terça-feira, junho 30, 2009

II - Etapa 469

HÁ MOTIVOS PARA PREOCUPAÇÕES
(e a sensação é a de que tudo está

armadilhado e isso magoa)

É a principal arma de quem sabe que é detentor do poder - seja em que área for -, embora algumas vezes se irrite com factos com os quais não é capaz de lidar, porque são factos, não desmentíveis, não manipulávéis...
Mas como podem, têm (quase sempre) trunfos guardados para, se isso for necessário, tentar, pelo menos tentar, virar o jogo a seu favor.

Digo pelo menos tentar porque, na verdade, poucas vezes o têm que fazer por falta de oposição, de quem consiga o contraditório.

Nos últimos tempos, e isso é constatável, têm-se precavido. Sabem que, a qualquer momento podem ser contestados e, como disse, guardam trunfos. Na manga. Como todos os batoteiros.


No passado dia 27 de Junho, quando, e todos os que seguem o processo o sabiam, publiquei aqui esta imagem:


Foi o único artigo que li - que que não quer dizer que outros OCS o não tenham feito, dos que li, este foi o único - e que marcava a data do final das suspensões preventivas de Corredores, técnico, massagistas, presidente do Clube e médico do PCC.
Não escrevi, na altura, que o artigo estva perfeito... Fiquei-me pelo facto de ter sido o único artigo que nos recordou o acontecimento.

Na altura não o escrevi, mas, confesso agora, fiquei preocupado com algumas passagens.
Por exemplo, cito as declarações do presidente da FPC:
«É um processo enorme, com diversos volumes, que terminou à [sic] - devia der... há - cerca de mês e meio e que deverá ser, assim espero, alvo de apreciação pelo Conselho de Disciplina até ao final do próximo mês [Julho]. O CD tem por hábito ser rápido nas suas decisões e estou em crer que até ao termo de Julho a sua decisão será conhecida, não obstante eventuais recursos poeteriores

Antes disto, e saído da pena do autor do artigo - sem que o sustente em factos de direito - lê-se, a abrir a peça, e volto a citar:
«Quando as justiças não se encontram - penal e desportiva - surgem desfechos incomuns como os de hoje [26 de Junho, data da publicação do artigo em causa], os protagonistas do "caso LA-MSS", corredores e dirigentes, completaram o prazo máximo de um ano de suspensão preventiva imposto pela FPC e podem regressar à competição.»

Comecemos por aqui de modo a que os adeptos percebam o que, de facto, se passou. Se está a passar...
- A FPC não impôs um ano de suspensão a ninguém;
É um caso de conhecer os Regulamentos.
Os factos nos quais os presumíveis implicados - e recordo que na Língua Portuguesa, esta palavra tem dois significados, o primeiro arrola-os como DE FACTO protagonistas provados; o segundo significa que, mesmo sem nada provado contra eles são IMPLICADOS por simples suspeita de terceiros - poderiam vir a ser castigados enquadravam-se num castigo disciplinar de DOIS anos sendo que os Regulamentos têm claro que uma suspensão preventiva NÃO PODE IR ALÉM DE METADE DO TEMPO da eventual concretização do castigo.

A FPC não impôs uma suspensão de um ano... Previa que, até hoje, tivesse conseguido o castigo máximo de DOIS ANOS a todos os que arrolou como... "culpados".

Passou um ano, tal não aconteceu... a suspensão preventiva deixa de ter efeito, para além de, como escrevi na altura, ter ROUBADO uma ano de vida a todos os envolvidos.

Segunda falha no texto original.
Não há, de forma alguma há qualquer ligação entre justiça penal e desportiva.
Logo, o atraso da primeira não justifica o da segunda.
Que fique claro.

E o motivo da minha preocupação...
O senhor presidente da FPC fala em, cito: «Não obstante eventuais recursos posteriores».

Descodifiquemos tudo isto.
A Justiça Desportiva teve mais do que tempo para decidir.
De forma não admissível, esticou todos os prazos à espera de uma decisão Judicial, pese embora dela poucos proveitos pudesse vir a tirar. Mas serviu de argumento para prolongar o martírio destes homens impedidos de exercer a sua profissão.

Depois, adivinha-se o arquivamento do processo cível.
Por falta de enquadramento legal.
Há quantos meses eu escrevi aqui isto?
Porque ninguém se interessou em seguir a pista?

A seguir, porque não será mais sustentável segurar a decisão desportiva, os resultados serão os mesmo mas, seja a FPC, seja qualquer outro organismo empenhado neste caso... pode recorrer.
O que significará que a via sacra daqueles homens será prolongada.

Mais... dois deles, pelo menos dois, têm já equipa para poderem correr a Volta a Portugal.
Só que, com a FPC a arrastar a divulgação das suas decisões até final deste mês... quando elas vierem a público virão coladas com os já anunciados recursos, o que não irá dar tempo a que os Corredores possam recorrer desses recursos a tempo e participar na Volta.

Esta história mete nojo.
É uma perseguição pessoal e não tem nada a ver com prosaicas lutas anti-doping.
Tal como à mulher de César não se pedia que fosse séria, mas que parecesse que o fosse, os verdadeiros protagonistas de todo este processo - que não são os implicados, mas os implicadores - já podiam ter encenado uma acção semelhante, visando qualquer outra equipa, mesmo avisando com 15 dias de antecedência para haver tempo de resguardar as tais caixas de medicamentos sem nome e máquinas de medição do hematócrito.

O povão até tinha "engolido" a história da "vontade da defesa da verdade desportiva".
Nem nisso conseguiram ser inteligentes.

E volto um pouco atrás...
É o mal dos "governos absolutistas".
Não sentem necessidade de parecer sérios...

II - Etapa 468

COMO APÊNDICE À ETAPA 466...

Deixei passar uns dias para ver se alguém aparecia a tentar explicar o que está a acontecer.

Então o João Cabreira venceu, NÃO OFICIALMENTE, o título de Campeãp Nacional de Fundo...
Falso!

Os campeonatos de 2008 NÃO FORAM HOMOLOGADOS logo, oficialmente NÃO HÁ CAMPEÕES de 2008.

Então, porque é que ao João Cabreira foi impedido usar a Camisola de Campeão Nacional, isto enquantro os outros CAMPEÕES NÃO OFICIAIS as usaram?

Que têm a dizer a isto os directamente interessados? As suas equipas? Os seus patrocinadores que AINDA SÃO QUEM SUSTENTA A MODALIDADE?
E insisto...

Onde - mostrem-mo - está o Comunicado (convinha que sem datas falsas) que confirma que os titulos de 2008 NÃO SÃO OFICIAIS?

II - Etapa 467

SEM MAIS NENHUM COMENTÁRIO!...

(x)
É que ratazanas há por aí de mais...
... mas eu reforço o que disse ali atrás...
.
RECUSO-ME A SER TRATADO COMO UM ATRASADO MENTAL...

segunda-feira, junho 29, 2009

II - Etapa 466

RECUSO-ME A SER TRATADO COMO ATRASADO MENTAL!...

E, do nada, sai-me esta informação...
estas informações...


O JOÃO CABREIRA venceu NÃO OFICIALMENTE o Campeonato de estrada (fundo) do ano passado.

NÃO OFICIALMENTE... porquê?
Passe a redundância, oficializado por que Comunicado Oficial da Federação Portuguesa de Ciclismo?

(E não me venham com comunicados cozinhados na hora, como um tal que autorgava, em folha institucional, com Código Postal e tudo, um curso que teria sido completado numa altura em que... nem havia ainda Código Postal!)

Qual é o Comunicado Oficial da FPC - número e data - que define como NÃO OFICIAL o título conquistado pelo João Cabreira o ano passado?

Se foi autorizado a correr, o mais que podia ter acontecido teria sido, pós campeonato, o Corredor ter sido apanhado em qualquer situação que, à luz dos Regulamentos, o impediria de ostentar o título.

Não aconteceu. Todos sabemos disso.

Mais, todas as provas têm uma data limite para serem homolgadas.
A dos Campeonatos Nacionais do ano passado foi abusivamente ignorada...

Não se deixa de se ser Campeão porque a FPC se esqueceu de homologar a prova...
ou então apresenta dados concretos - sempre passíveis de recurso - para o não fazer.

Fê-lo? Não!

O Campeonato Nacional de Estrada, vertente de Fundo, não existiu o ano passado apenas por vontade da... FPC.

Lamento que a Confederação do Desporto de Portugal, liderada pelo meu amigo Carlos Cardoso, se deixe levar nesta maningância.

Voltarei ao assunto.
Não sem antes deixar bem expressa a minha repulsa por actos de puro autoritarismo só comparáveis às desprezíveis ditaduras onde quem está no poder faz tábua raza da Lei. Mas pequenos ditadores só se sustentam à custa de grande falange de repugnantes 'pretorianos'.

Que haja quem tenha um pouco de vergonha...
Não há HOMENS de espinha direita no Ciclismo português?
Parece que não!...

II - Etapa 465

CAMPEÕES NACIONAIS'2009

Disputaram-se no final da última semana os Campeonatos Nacionais de Ciclismo...
... Glória aos Vencedores; Honra aos vencidos.


Manuel Cardoso
é o novo Campeão Nacional de Fundo


A classificação final ficou assim ordenada:

1.º, Manuel Cardoso (Liberty Seguros), 4.22,50 horas

2.º, Rui Costa (Caisse d'Épargne (Esp), a 8 s
3.º, Hélder Oliveira (Barbot-Siper), a 13 s
4.º, Bruno Barbosa (LA-Paredes Rota dos Móveis), a 23 s
5.º, Joaquim Andrade (LA-Paredes Rota dos Móveis), a 28 s
6.º, Pedro Soeiro (CC Loulé-Louletano-Aquashow), mt
7.º, Luís Pinheiro (Madeinox-Boavista), mt
8.º, Luís Silva (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), mt
9.º. Hernâni Broco (Liberty Seguros), mt
10.º César Fonte (Cartaxo Capital do Vinho-CC José Maria Nicolau), mt

- Dois destaques...
* primeiro para o facto do 'velho' Joaquim Andrade ainda ter conseguido ser 5.º classificado (já agora rectifico o que escrevi há algumas etapas atrás, om Quim vai disputar a sua 21.ª Volta a Portugal consecutiva - tendo terminados todas as 20 já cumpridas - e não a 20.ª como eu escrevi. Obrigado Teixeira Correia pela chamada de atenção!)
* segundo para o honroso 10.º posto de um Corredor de uma equipa Elite não profissional, o César Fonte, do Cartaxo.




Tiago Machado
o novo Campeão Nacional de 'crono'

.
A classificação ficou assim ordenada:

1.º, Tiago Machado (Madeinox-Boavista), 50,31 minutos
2.º, Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), 51,53 m
3.º, José Mendes (Liberty Seguros), 52,00 m
4.º, Joaquim Sampaio (Madeinox-Boavista), 52.49 m
5.º, Hélder Oliveira (Barbot-Siper), 53,07 m
6.º, Nélson Rocha (Madeinox-Boavista), 53,12 m
7.º Mário Costa (Barbot-Siper), 53,15 m
8.º Nuno Ribeiro (LIberty Seguros), 53.27s m
9.º, Ricardo Mestre (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), 53,27 m
10.º, Bruno Pires (Barbot-Siper), 53,43 m

- Dois destaques...
* primeiro, para o 4.º lugar de outro dos 'avôs' do pelotão, o Joaquim Sampaio (quem primeira parte de época estás a fazer Quim!!!)
* segundo, para o facto de Hélder Oliveira ter sido o único a conseguir ficar no top-five em ambas as especialidades. Parabéns...


... e há as meninas!
(ou a menina...)

As classificações:


Fundo...
1.ª, Ester Alves (4 Life-Freebike-Bike Clube São Brás), 2.00,59 horas

2.ª, Celina Carpinteiro (4 Life-Freebike-Bike Clube São Brás), 2.03,07 h

3.ª, Rute Costa (4 Life-Freebike-Bike Clube São Brás), 2.06,21 h



'Crono'
1.ª, Ester Alves (4LIfe-Freebike-Bike Clube São Brás), 23,29 minutos

2.ª, Ângela Fernandes (CC Spol-Caixanova), 25,38 m

3.ª, Ana Vigário (4Life-Freebike-Bike Clube São Brás), 25,40 m
.

Última nota...

a Liberty Seguros
tem nas suas fileiras
os dois campeões ibéricos.



Manuel Cardoso, Campeão de Portugal



e Rúben Plaza, Campeão de de Espanha



Ao lado direito de Plaza, como vice-campeão de Espanha,
está Tino Zabala, corredor da
LA Alumímios-Paredes Rota dos Móveis

domingo, junho 28, 2009

II - Etapa 464

E NINGUÉM ME EXPLICA
AS CINCO METAS VOLANTES
NUMA ETAPA DO TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO?

Negá-lo-ão, estou certo, e será a minha palavra contra a deles, mas juro que, ao longo de muitos anos alguém muito chegado perorava, ano após ano, contra, por exemplo, o GP Abimota porque tinha a Camisola da Câmara Municipal, a Camisola da Junta de Freguesia, a Camisola da Associação dos Bombeiros; a Camisola da Associação de Reformados; a Camisola da Associação dos Sem Abrigo; a Camisola da Associação dos dos Fumadores de Cachimbo... [percebem que é caricatura, não?]

Há dias deixei aqui uma pergunta no ar:
Como é que uma etapa de uma prova que faz parte do Calendário Internacional, no Circuito Europeu, contra tudo o que está nos regulamentos, apresenta... CINCO metas volantes.

Não 'exijo' que mo respondam aqui... mas há quem, ainda que indirectamente, esteja muito próximo da organização e continue a a exibir-se como um... 'jornal'.

Já lá deixei o repto.
Há alguma coisa a esconder?
Deve haver uma explicação lógica.
Justifiquem os apoios que recebem.

II - Etapa 463

AH, POIS É! DIGO EU...

Acho que era o António Dias - caramba, há 'séculos' que não vou ao Cyclolusitano!!! - que embirrava solenemente comigo quando, na sua opinião, eu argumentava, de forma a aligeirar a carga negativa que sempre 'esmagou' o Ciclismo adiantando que o doping não era, não é, mal exclusivo da NOSSA modalidade.

Contra-argumentava ele que o que se passa de mal com os outros não justifica e blá, blá, blá... estava (está) certo. Eu apenas queria vincar que UM caso de doping no Ciclismo valia, em termos de notícia, pelo menos 100 vezes mais do que em qualquer outro atleta de qualquer outra modalidade.

Deixemo-nos de entretantos e vamos directamente aos finalmentes...
A maioria dos portugueses que lêem diariamente jornais desportivos leram hoje isto...
.

.
Olha que novidade! A não ser a do lançamento do livro...

Mas, contudo, no universo dos que leram isto, já arrisco que a grande maioria não ouviu as declarações do mesmo fulano aos microfones de uma rádio nacional.

Que disse ele?
Que é tudo verdade, mas que, quando esteve no FC Porto nunca aconteceu.
Ah! ah! ah! ah!...

Deve ter-se lembrado dos abanões que o holandês Co Adriensen levou, dentro do seu carro, à saída do Olival... É que, sendo TODOS maus, nos hooligans à portuguesa há uns mais maus que os outros. Maus e tão 'respeitados' que se dão ao luxo de acompanharem o seu 'Papa', que se apresentou num tribunal escoltado por dois polícias e duas dezenas de guardas pretorianos.

Cá para mim, o livro só vai sair depois de... visto e revisto.
Mas que há, há...

sábado, junho 27, 2009

II - Etapa 462

E AGORA?!...

Não vou voltar aos mesmos argumentos que, na devida altura - que foi logo desde a primeira hora - aqui esgrimi com a total consciência de que este processo, ferido de ilegalidade desde a raiz, iria dar em nada. Só os, naturalmente, ou por cegueira, obtusos encheram laudas de serviçal opinião que tentava sustentar o insustentável.

Tiro daqui o meu chapéu ao João Santos que deixou provado ser um JORNALISTA imparcial. E foi o único com a suficiente sensibilidade de Justiça a ter a coragem de, na hora certa, lembrar aos esquecidos e, sobretudo, aos... 'esquecidos' que a data de ontem não era uma data qualquer no Ciclismo luso.

Poderia escrever aqui, agora, ainda que resumido, a diferença entre ser-se Jornalista e escrevinhador de 'notícias'; entre quem não receia sublinhar factos, e este indesmentivelmente é-o, e quem não passa de mero cumpridor de agenda - e se a agenda ignora a data... não há notícia - ou, pior ainda, de quem está tão comprometido que, mesmo sabendo, por motivos que quase todos conhecem... calam.

Eu já aqui havia deixado uma pista.
Que reponho nesta Etapa.

Há exactamente dez dias que o Conselho Disciplinar da Federação Portuguesa de Ciclismo está a avisar os elementos suspensos há um ano que essa suspensão terminava ontem.

Suspensos preventivamente durante UM ANO quem que, nesses 365 dias o mesmo CD tivesse conseguido provar os motivos dessa mesma suspensão preventiva.

Mas se todos sabíamos que isso ia acontecer...

E agora?

Será que vamos conseguir perceber em que Estado de Direito vivemos, realmente?

Tirando o médico e o dirigente, foram oito as pessoas inicialmente suspensas, tendo acontecido a 'repescagem' de mais um elemento.

Há um ano que são olhados, passe a expressão, como 'criminosos'; há um ano que estão impedidos de exercer a sua profissão; tiveram que procurar outras saídas profissionais para poderem dar de comer á família... e hoje estão livres e podem, se alguém os quiser contratar, voltar à actividade sem que qualquer coisa fosse provada contra eles e que sustentasse a prevenção preventiva.

E ninguém vai ser responsabilizado por isso?

Quem vai devolver a estes homens este ano de vida perdido?

Não consigo esquecer-me das ridículas fantasias em se criar uma Associação de Equipas Profissionais. Lembro-me da ridícula ideia - e aqui só a adjectivo desta forma porque partiu da mesma pessoa que, sazonalmente, aparece a defender uma Associação de Equipas Profissionais (profissionais????, hummmmmmm....) - da criação de uma Liga...

... mas não esqueço o ensurdecedor silêncio de TODOS em relação ao assassinato do Póvoa Cycling Club. Se foi para tentar salvar a pele a uma outra equipa... falhou. Como pode ser constatado.

Voltarei ao assunto, estejam descansados. E espero, sinceramente espero, que a consciência vos pese. A TODOS.

E para que não fiquem dúvidas de que estou aqui a rebolar-me a rir á VOSSA custa, vou terminar assim:

Grande Agraço para ti Manel;
Grande Abraço para ti, Pedro;
Grande Abraço para ti, Afonso;
Grande Abraço para ti, Cláudio;
Grande Abraço para ti, Tiago;
Grande Abraço para ti, Rogério;
Grande Abraço para ti, Paulo;
Grande Abraço para ti, Fernando...
e um grande, Grande Abraço para ti também, João.

Que tentaram mas não foram capazes de te apanhar noutra rede.

E fica a solene promessa...
... eu não desistirei até que a Justiça seja reposta em relação a estes Homens.
E, com com o peso da minha insignificância, virei a pedir cabeças... e cabecinhas também.

II - Etapa 461

27 DE JUNHO DE 2008 / 26 DE JUNHO DE 2009



(Ainda há quem, cuja memória não se apaga!... Bem haja.)
Para quem não teve oportunidade de ler este trabalho, assente o rato sobre a imagem, clique no botão da direite e escolha 'guardar como'... a imagem passará para os vossos computadores num tamanho no qual é possível lê-la

sexta-feira, junho 26, 2009

II - Etapa 460

LA ALUMÍNIOS ESTÁ DE VOLTA


II - Etapa 459

NUM MUNDO NO QUAL OS HOMENS JULGAM
QUE MANDAM, COMO ENCARAR O FACTO DE
O MAIOR CORREDOR DE SEMPRE SER... UMA MULHER?

É, incontornavelmente, a notícia do dia.

A pouco mais de quatro meses de completar... 51 anos de idade, Jeannie Longo sagrou-se ontem - mais uma vez e quem é que, de memória, ainda consegue por quantas? - campeã de França de contra-relógio deixando a segunda classificada a cerca de meio minuto.

Segundo a Agência Lusa, é o seu 56.º titulo nacional, aos quais há a acrescer quatro medalhas olímpicas. Não refere os títulos mundiais...

Eu rendo-me e, orgulhosamente - enquanto apaixonado pelo Ciclismo - curvo-me perante a sua figura. Haverá alguém com quem a comparar? Digam-me.

(Acrescentado no Domingo, dia 28 de Julho)
E ontem, foi terceira na prova de fundo, ganhando mais uma medalha...

quinta-feira, junho 25, 2009

II - Etapa 458

TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO'2009

A 32.ª edição do Grande Prémio Internacional de Ciclismo de Torres Vedras/Troféu Joaquim Agostinho, que decorrerá de 8 a 12 de Julho, sendo uma prova 2.2, foi ontem apresentada.

O programa é composto por um prólogo e quatro etapas.

Dia 8 (quarta-feira) – Prólogo

17.00 h – Brejenjas (Silveira)-A-Cunhados, 9 km
Dia 9 (quinta-feira) – 1.ª Etapa

Silveira (11.45 h)-Benavente (15.50 h), 176,3 km
Dia 10 (sexta-feira) – 2.ª Etapa

Sobral Monte Agraço (11.45 h)-Carvoeira/Parque Éolico (15.20 h), 151,6 km
Dia 11 (sábado) – 3.ª Etapa

Manique Intendente (11.45 h)-Vimeiro (15.55 h), 181,4 km
Dia 12 (domingo) – 4.ª Etapa

Circuito de Torres Vedras, 12 voltas (15.30/18.05h), 98,4 km

A área de abrangência do Troféu Joaquim Agostinho é a zona Oeste, parte da Área Metropolitana de Lisboa, alarga-se ainda ao Ribatejo e distrito de Leiria num total de 616,7 km.

Este ano perfaz 25 anos que Joaquim Agostinho pretendia disputar o Grande Prémio Internacional de Torres Vedras, todavia nesse ano sofreu o trágico acidente que o vitimou.


Assim, em sua homenagem, o Prólogo desta edição do Troféu que tem o seu nome deste 1985, partirá da sua aldeia natal Brejenjas.

A 1.ª Etapa, no dia 9 de Julho, ligará a Silveira a Benavente, com um total de 176,3 km num traçado inicial com pequenas dificuldades e com os últimos 100 km planos e uma espectacular aproximação final;

No dia 10 de Julho, a partida da 2.ª Etapa será do Sobral de Monte Agraço indo terminar no Parque Éolico da Carvoeira.


As cinco metas volantes [???] (*), quatro metas de Montanha e dois pontos quentes num percurso acidentado de 151 km garantirão a emoção e espectacularidade desta etapa que seguramente deverá ser a rainha deste Troféu;

A 3.ª Etapa, no dia 11 de Julho, com partida da bonita Praça dos Imperadores de Manique de Intendente e chegada ao Monumento da Batalha do Vimeiro será a mais longa com os seus desafiantes 181,4 km, apresentando uma dificuldade média;

A 4.ª e última etapa será a da consagração que definirá qual o Vencedor Final do Troféu Joaquim Agostinho'2009. Este ano manteve-se o traçado do ano passado tendo-se deslocado a chegada para o topo da Avenida Poente mas mantendo-se a Partida junto ao Monumento a Joaquim Agostinho.


Os ciclistas percorrerão os 8,2 km do percurso 12 vezes num total de 98,4 km.

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(*) - O press-release que recebi, e transcrevo praticamente da íntegra, remete-nos para o site oficial da prova, que podem ver aqui www.trofeujoaquimagostinho.com.

Infelizmente não encontrei o Regulamento Particular da prova.
Lembro, por isso o RGTC da Federação Portuguesa de Ciclismo, decalcado do regulamento da UCI.

Título 2 - PROVAS DE CICLISMO DE ESTRADA
Capítulo VI - PROVAS POR ETAPAS (N)
Bonificações

Artigo 2.6.019
É permitido prever bonificações nas seguintes condições:
1. Grandes Voltas
sprints intermédios, máximo por etapa: 3
Bonificações máximas
sprints intermédios: 6 - 4 e 2 segundos
chegada da etapa: 20 - 12 e 8 segundos

2. Outras provas
sprints intermédios, máximo por etapa: 3
Bonificações máximas
sprints intermédios: 3 - 2 e 1 segundos
chegada da etapa: 10 - 6 e 4 segundos

Artigo 2.6.020
Só podem ser atribuídas bonificações nos sprints intermédios de etapas, caso também o sejam na chegada.

Toda a gente sabe que a soma da bonificação, para o primeiro a passar nos sprints intermédios, não pode ser superior à bonificação máxima no final da etapa.
[vide: Grandes Voltas... 3x6=18; chegada=20; outras provas... 3x3=9; chegada=10]

Tenho que confessar que, neste momento, não sei se esta corrida tem ou não bonificações. Pode não ter.
E bonificações onde?
Só nas Metas Volantes?
Ou também nos Pontos Quentes?
Só nas Metas Volantes... digo eu.
Então como é possível uma etapa ter... 5 (cinco) metas volantes?

Lembro-me, aqui há uns anos e nesta mesma corrida, que quando estava a escrever a 'Etapa do Dia', que não era mais do que a apresentação da etapa que decorreria no dia seguinte [o dia em que o jornal saía para a rua] ter detectado um erro no regulamento particular pois a jornada era dividida em duas meias-etapas e, sendo que as meias-etapas só dão 6 - 4 - 2 segundos de bonificação, estavam previstas, para a primeira meia-etapa, três metas volantes que davam... 3 - 2 e 1 segundos de bonificação, o que contrariava o regulamento que é claro: a soma do máximo das bonificações intermédias não pode ser superior à bonificação final para o vencedor da etapa.

Fico com esta dúvida.
Não vai haver bonificações nenhumas... embora, e ainda assim haja um limite máximo para sprints intermédios e a etapa em causa tem... oito (8), e estamos apenas perante uma situação... comercial, ou então não estou a ver o Colégio de Comissários a deixar passar um erro tão grosseiro como este, pese embora o facto de, só por já ser oficial, esta corrida ter tido que passar pela aprovação da Federação Portuguesa de Ciclismo...

Fico a aguardar que a minha dúvida seja esclarecida.
Porque eu sei que a esmagadora maioria dos simples adeptos não conhece os regulamentos, mas isso não legitima o seu atropelamento.

II - Etapa 457

DOIS PORTUGUESES NO TOUR?
PODERÁ VIR A SER REALIDADE!

A formação espanhola Caisse d'Épargne - impedida, por métodos incrivelmente kafkianos de fazer alinhar o seu chefe-de-fila natural no Tour - já tem, mais ou menos delineada, a equipa que apresentará à partida, no Mónaco.
E pode haver uma surpresa.

Uma agradável surpresa, para todos nós, portugueses.

Transcrevo, o comunicado que me chegou:
Eusebio Unzúe já escolheu seis dos nove corredores que irão participar no próximo Tour de France que arrancará, no Mónaco, no próximo dia 4 de Julho, um sábado.
Os seleccionados são David Arroyo, Iván Gutiérrez, Luis Pasamontes, Oscar Pereiro, Luis León Sánchez y Xabier Zandio.
Os outros três corredores serão indicados após a realização dos Campeonatos Nacionais de Estrada e sairão do quarteto formado por Rui Costa, Arnaud Coyot, José Joaquín Rojas y Rigoberto Uran.

A Astana ainda não revelou a equipa que levará a França e o que sabemos, e o que foi veículado pela Imprensa, é que Alberto Contador quer Sérgio Paulinho com ele na equipa. Aliás, será por estar na calha para o Tour que o Sérgio não vai participar nos Nacionais.

Em contrapartida, o Rui joga nos mesmos Nacionais a provável estreia na maior Corrida do Mundo.

Torço por ele.

II - Etapa 456

CAMPEONATOS NACIONAIS DE ESTRADA
.


Começam esta quinta-feira, 25 de Junho, em Santa Maria da Feira, os Campeonatos Nacionais de Estrada, organizados pela PAD/Lagos Sports, que se estendem até 28 de Junho.

As provas de contra-relógio realizam-se nos dois primeiros dias de competição para os cadetes, femininos, juniores, sub-23 e elites.
No Sábado e Domingo realizam-se as provas de fundo, também para todos os escalões em competição.

Rui Costa, que corre na espanhola Caisse d'Épargne, vencedor da prova francesa 4 Dias de Dunquerque e que mais recentemente terminou na 13.ª posição a Volta a Suíça confirmou a inscrição na prova em linha do Campeonato Nacional de Fundo da classe Elite.

O Europarque será a zona nevrálgica da organização durante os cronos enquanto o castelo de St.ª Maria da Feira irá servir de ponto de partida e chegada de todas as provas de fundo.

segunda-feira, junho 22, 2009

II - Etapa 455

E NÃO ACONTECEU JÁ POR CÁ?!... (*)


(*) - Não é uma afirmação, muito menos uma insinuação... É uma pergunta!


No 'caso-PCC', definitivamente... não!
Apesar do recuo dos principais patrocinadores, o Director-Desportivo manteve-se, mantém-se, ao lado dos seus homens.

Abraço Manel. És grande!...

II - Etapa 454

OLHA QUE BONITO!...

O Ciclismo não está em risco. Não vai morrer.

Estará 'doente' mas, neste caso, precisa do apoio e do carinho e acompanhamento e posições públicas de vontades de quem queira ajudar.

Como é lógico, esperava-se que essas manifestações viessem da parte de quem tem responsabilidades directas sobre a modalidade.
Não é uma crítica, é uma cosntatacção!

'Piratei' esta imagem do semanário Meta2000.
Vejam que bonito!...
.

Mas em Portugal também há escolinhas, também há quem se preocupe. Não há é sopro, quanto mais grito que redundaria em eco do esforço desses carolas.

Mas que se saiba que existem.

Daqui a minha singela homenagem aos Homens e Mulheres que, verdadeiros e desinteressados - porque as escolinhas de Ciclismo não são negócio de facturação, como as de futebol - amantes da modalidade insistem remar contra a maré.

O caminho não será fácil. Eles sabem-no.
Vocês sabem-no.
Mas, por favor... não desistam.

sábado, junho 20, 2009

II - Etapa 453

COMO ANTIGAMENTE

A Organização do Tour'09 decidiu impôr que duas das etapas a disputar - não foram ainda divulgadas quais - o serão com total e completa interdição de comunicações entre os Corredores e os seus carros de apoio, onde seguem os directores-desportivos que, hoje em dia, na maioria das provas, para além do rádio-volta têm o privilégio de seguir a corrida em directo pela televisão, sabendo da posição dos principais adversários e, a partir daí, mexer as suas próprias peças da forma que lhes der mais jeito.

Já aqui me manifestei frontalmente contra o maldito pinganillo que coarta a iniciativa do Corredor em prol da fria leitura da corrida por parte do director-desportivo.

Mas, sou franco, divido-me na opinião.

Ver Corredores a atacar porque se sentem bem, sem olhar a tácticas colectivas sempre foi a génese do espectáculo Ciclismo, sendo que, como é evidente, há Corredores e Corredores e há ataques e ataques.

Hoje em dia uma boa equipa de Ciclismo percebe-se pelo entrosamento - usando o jargão do futebol - entre os seus elementos e praticamente dispensa os "recados" soprados ao ouvido.

Para além disso, desde que a moda do pinganillo pegou - e falo só do exemplo português - 80% dos Corredores acomodou-se.

Rolam ao sabor da velocidade do pelotão, esperam pelas indicações do técnico - que em outros 70% dos casos (partindo do princípio que só há três entre dez equipas com capacidade para ganhar corridas) - nunca chegam a ser ouvidas.

Mas isto é tema para outra etapa...

Voltemos a princípio...
A Organização do Tour'09 deliberou - e a medida foi aceite pela Associação dos Corredores Profissionais - que em duas das etapas não haja contactos, a não ser boca-a-boca (como antigamente), entre os Corredores e os respectivos técnicos.

Não sei se vou poder assistir, provavelmente não... mas gostaria.
Pelo menos terei dessas etapas os ecos que a CS me proporcionarem...

sexta-feira, junho 19, 2009

II - Etapa 452

CAMPEONATOS NACIONAIS

Santa Maria da Feira recebe os Campeonatos Nacionais de Estrada, organizados pela PAD/Lagos Sports de 25 a 28 de Junho.

As provas de contra-relógio realizam-se nos dois primeiros dias de competição, no Sábado e Domingo realizam-se as provas de fundo.

Vão estar em competição os escalões Cadetes, Femininas, Juniores, Sub-23 e Elites.

O Europarque será a zona nevrálgica da organização durante os “cronos” enquanto o Castelo de St.ª Maria da Feira irá servir de ponto de partida e chegada de todas as provas de fundo.

Em termos de Elites...
quem sucederá
a JOÃO CABREIRA?

Ou terão a coragem de "apagar" o seu nome da lista?
Até porque não lhe foi permitido o uso da Camisola de Campeão durante toda a temporada.
Eu não o vou apagar!

E deixo aqui um "estória".

Há para aí uns... cinco anos, publicava-se um "jornal" chamado A RODA. Numa noite de fecho, ponho aqui os nomes porque não o desmentirão, o Delmino Pereira e a Helena Antunes estavam a fechá-lo, exactamente em vésperas de "nacionais" e faltava texto. Porque estavam a fazer o jornal na sala ao lado da minha e eu lá tinha ido espreitar sugeri que podiam preencher o espaço com... a Lista de Todos Os Campeões Nacionais.
Não a tinham.

Eu tinha. Foi publicada.
Ah!... A RODA era um jornal da Federação Portuguesa de Ciclismo...
Espero que tenham actualizado o arquivo.

II - Etapa 451

"DESPORTO PORTUGUÊS DE BOA SAÚDE"

O título é da responsabilidade do Correio da Manhã e encabeça uma notícia de meia coluna (na página 39) da sua edição de ontem.

Pelo que leio, é tirado de uma afirmação do senhor secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias que se limita, segundo a mesma notícia, a "salvaguardar alguns problemas de natureza financeira localizados no futebol".

Não li mais!
Logo, por pudor.

"Alguns problemas" englobam, por exemplo, um clube que durante toda a temporada não pagou um cêntimo a nenhum dos seus futebolistas...

Coisa de somenos para o senhor secretário de Estado.

E nas outras modalidades?
Eu sei que não dão direito a peça de dois minutos no telejornal da noite...

Saberá o senhor secretário de Estado que no próximo dia 26 se completa um ano; doze meses; 365 dias; quase 9.000 horas de desespero desde que 16 homens foram suspensos preventivamente pela Federação Portuguesa de Ciclismo sem que, durante todo este tempo, esta tenha conseguido concretizar a acusação que sustentaria a suspensão?

Não é para efeitos folclóricos que já aqui falei diversas vezes de Guantamano. O Campo de Concentração onde os Estados Unidos reduzem à condição de sub-humanos homens sobre os quais não conseguem provar qualquer tipo de culpa, senão julgavam-nos e condenavam-nos.

O "guantamano" à nossa dimensão não veste os presumíveis culpados - até porque não vão conseguir provar qualquer sombra de culpa - de laranja, mas está pintado de rosa.
Ironia das ironias, uma casa dominada por quem defende o "vermelho".
A Liberdade, os Direitos dos Cidadãos...

Mas sempre houve... desvios, para além da antiga Cortina de Ferro.
Se calhar, em vez de Guantanamo devia apelidá-lo de Gulac!

Mas o mais importante, aquilo que quero que "sobreviva" desta Etapa, é que o senhor secretário de Estado do Desporto está a Leste (caramba!... tanta coincidência!!!) do que realmente se passa no Desporto nacional.

II - Etapa 450

ENTRE O ABOMINÁVEL CINISMO
E A TOTAL FALTA DE VERGONHA...
A DESILUSÃO DE SENTIR QUE NÃO FUI CAPAZ
DE FAZER PASSAR A MINHA MENSAGEM

Não pode ninguém acusar-me de ser um defensor do uso de produtos dopante ou de práticas que atentem, principalmente, contra a saúde dos atletas. No caso, é é óbvio, sempre me cingi ao Ciclismo. A minha modalidade.

Bati-me, e vou continuar a bater-me até que me deixem, por um único, um só, objecto: a legalidade. Legalidade tem a ver com a Lei. As Leis estão escritas, a sua letra é para cumprir e jamais me convencerão que os fins justificam os meios. Ou então não precisaríamos de Leis.

As Leis existem e só o tentar contorná-las, violando-as, para se chegar onde, observando os trâmites legais, não se consegue chegar, é condenável. Inaceitável.

Por mais do que uma vez, usando exemplos, às vezes tão... terra-a-terra que, acredito, muitos se terão rido de mim, tentei alicerçar o que, de facto, está em causa.

Os Direitos e Liberdades dos Cidadãos.

Escrevi, por mais do que uma vez, que assumia determinadas posições porque, a melhor forma de evitar que a minha casa seja assaltada, passa também por zelar por que a do meu vizinho o não seja.

Será uma parábola, mas os menos indigentes a pensar devem ter percebido.
Ou não... É essa a dúvida que agora, neste preciso momento, me atormenta.

Quis fazer passar uma mensagem mas, aparentemente, não fui capaz.

Se calhar estou a dar-me demasiada importância.
Se há quem argumente que um comentário meu, aqui, neste cantinho, tem maior impacto do que se tivesse sido feito num jornal de expressão nacional...

[Olham para o número de visitas ao VeloLuso e não percebem que das, vá lá... 200 diárias, pelo menos há 30 pessoas que cá vêm espreitar, pelo menos, duas vezes. E então quando são publicados comentários, quem os escreveu vem ainda mais vezes, primeiro para ver se foi publicado, depois para ver se houve reacções... mas isto é outra história...]

Como alguém disse, e não posso creditar a expressão porque, francamente, não me lembro a quem a ouvi... deixemo-nos de entretantos e passemos aos finalmentes.

Em todo o 'caso-PCC', porque é à volta dele que têm acontecido as minhas opiniões, desde o primeiro minuto que o que defendo é a PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
Está na Constituição, não há volta a dar-lhe.
Engulam os sapos que quiserem.

E eu alertei, várias vezes, para o perigo de - mesmo tendo origem numa modalidade desportiva que há mais de década e meia percebi que tem tendências autofágicas - num estalar de dedos tudo fosse invertido e acabássemos, com o beneplácito da CS, por inventar uma coisa impossível que é o de CULPADOS POR PRESUNÇÃO.

Pessoas, no caso concreto, Corredores que, segundo parâmetros fixados à margem de tudo o que qualquer Lei Geral diz, são considerados culpados até prova em contrário.

Em nenhum Estado de Direito isso é aceitável e por isso mesmo o ónus da prova cabe sempre à acusação.

Vinha ontem na CS que cinco Corredores apresentaram valores anormais em relação a uma cadernetazinha imposta por entidade privada e vinha escrito que, cito "violaram o código anti-doping".

Violaram?
E as provas que têm de ser apresentadas pela acusação?

Mas o cinismo é tal, que quem "acusa" se demite de punir, deixando a terceiros esse ónus.
E depois vem a tal falta de vergonha - para justificar o título desta Etapa -, pelo menos, pelo que leio, há equipas que já castigaram corredores porque esses valores anormais dizem respeito à temporada transacta... quando o Atleta em causa representava outra equipa.

Conseguem antever a confusão que vai acontecer no futuro?

A equipa A, para parecer séria, apressa-se a castigar um seu corredor porque os dados... anormais, são referentes à época anterior quando esse corredor representava outra equipa.

Vai acontecer uma queda de dominós, porque qualquer equipa B vai fazer o mesmo, muito provavelmente com um corredor que na época transacta corria pela equipa A...
E por aí adiante.

Cinismo e falta de vergonha.

E sempre os mesmos a pagarem a factura: os Corredores.

Como cínico e sem vergonha é escrever que "castiguem-se os batoteiros para deixar respirar quem é honesto". (*)

(*) - Posso não escrever tudo o que sei, mas sei tudo o que escrevo!

quarta-feira, junho 17, 2009

II - Etapa 449

OBRIGADO PELO CONVITE.
NÃO SERÁ FÁCIL, MAS TUDO FAREI
PARA PODER ESTAR PRESENTE...


É uma estória longa, com 18 anos de existência.

Recém chegado à [dolorosamente, para mim] extinta A CAPITAL, e porque fui preencher a vaga deixada por um companheiro que mudara para outro jornal e que habitualmente cobria o Ciclismo, acabei por ficar com o "menino nos braços". Eu, que na altura não conhecia um único Corredor, um único técnico... Nunca tinha escrito sobre Ciclismo.

N'A CAPITAL, por tradição - ainda não tinha entrado na derrapagem que culminaria com o seu fecho, mas era, sempre fora, um Jornal para a região da Grande Lisboa - de Ciclismo fazia-se, o Grande Prémio A CAPITAL, a Volta, claro, que toda a gente fazia (e continua a fazer) e o Troféu Joaquim Agostinho, porque se desenrolava, como ainda hoje acontece, exactamente na Região da Grande Lisboa, se a alargámos à Região Oeste.

Entre 1991 e 2005 cobri 15 Voltas a Portugal e... 14 Troféus Joaquim Agostinho. Já não me recordo o ano que falhei mas, porque entretanto havia assumido um cargo de editoria n'A BOLA, para onde havia transitado, e porque o outro editor estaria de férias, não recordo, foi impossível eu ir para a estrada porque tinha que estar na redacção a coordenar a Secção de Modalidades.

Tenho, por esta corrida, um carinho muito especial. Nela fiz inúmeros amigos, desde o seu promotor, o Francisco Manuel Fernandes, passando pela Maria João Patrício que hoje [ontem] me enviou este convite, passando pela Cristina Matias, pela Fátima Mota, pela Elsa Neto... tenho receio de me esquecer de algum nome por isso não vou tentar citá-los a todos... Mas sublinho o do Luís Fernandes.

E há um outro que não esqueci, o do Carlos, da Fonotel... rapaz pelo qual o meu computador tinha um respeito incrível pois, recusando-se a obedecer-me, mal ele lhe punha as mãos em cima voltava, diria miraculosamente, se acreditasse e milagres, a funcionar.

O Carlos, o homem das comunicações na Sala de Imprensa, por quem, no início de mais uma edição e notando a sua falta perguntei para ficar a saber que tinha falecido, antes dos 30 anos, com o abominável cancro.

[Não te esqueci, não te esquecerei, companheiro!]

Somo mil e uma histórias à volta do Troféu Joaquim Agostinho. Todas elas boas. De camaradagem, de entreajuda... de baptismo de recém chegados às lides...

Tenho saudades!

Perdoem-me a fraqueza.

Hoje estou noutro departamento, onde também faço falta por isso não poder garantir a minha presença, mas volto a dizê-lo... vou tentar lá estar.

Um grande e forte abraço a todos.

II - Etapa 448

EU NÃO DIGO TUDO O QUE SEI...
MAS SEI TUDO O QUE DIGO! (*)

Leram a Etapa anterior? Ok!...


Nota de Imprensa n.º: 027
Data: 15.Junho.2009

Reflexo de uma crise que também afecta o ciclismo
Fercase retira-se do projecto
Paredes-Rota dos Móveis

As negociações para a renovação do contrato de patrocínio nem sempre foram fáceis mas na altura prevaleceu a vontade de manter a ligação por mais um ano, pelo que a equipa profissional do Clube de Ciclismo de Paredes voltou à estrada ostentando a imagem da Fercase em associação com a marca Paredes-Rota dos Móveis.
No entanto a ligação acaba agora de forma abrupta também por força da conjuntura internacional pouco favorável.

Já no início da temporada os novos desafios empresariais assumidos pela Fercase, associados a uma conjuntura muito pouco favorável, chegaram a fazer perigar a ligação ao ciclismo.
Na altura tudo foi superado mas a verdade é que agora o desenlace revela-se inevitável.
A empresa de produtos para a indústria de mobiliário, ainda que a meio da época, anunciou a sua indisponibilidade para continuar a apoiar o projecto do Clube de Ciclismo de Paredes.

Na origem desta decisão está apenas e tão somente o facto da principal representada da Fercase, com sede na Alemanha - Grupo Carbo - ter visto ser decretada a sua insolvência.
Num quadro tão pouco favorável, as atenções da Fercase voltam-se para a prospecção do mercado em busca de nova(s) representada(s) daí que a empresa se tenha visto forçada a suspender a sua presença nas estradas portuguesas.

Reconhecendo a mais-valia que representou a associação ao ciclismo, Fernando Seabra, administrador da Fercase, não esconde o seu desalento por se ter visto forçado a tomar decisão tão drástica.
"É claro que quando os tempos são de crise somos obrigados a ponderar mais e melhor os nossos investimentos. No momento presente era impossível manter a nossa presença. Temos consciência do transtorno que isso representa para o Clube de Ciclismo de Paredes mas não tínhamos alternativa. Quem sabe, no futuro, se não poderemos voltar, ainda com mais determinação..."

Por parte do Clube de Ciclismo de Paredes a postura não é de resignação.
"Estamos reconhecidos pelo empenho e colaboração da Fercase ao longo dos últimos dois anos e meio. Compreendemos as suas razões mas não podemos ficar agarrados ao passado pelo que há que seguir em frente. O processo de acordo em patrocínios não é fácil, muito menos rápido. Temos de encarar o futuro com o optimismo possível e tentar, com o máximo de celeridade, arranjar alternativas. É para isso que estamos a trabalhar", garante Vasco Pinto, presidente do clube.

(*) - Frase do grande jornalista que foi Alfredo Farinha. Que jamais estará morto na memória daqueles que com ele tanto aprenderam.

terça-feira, junho 16, 2009

II - Etapa 447

O NOSSO CICLISMO CAIU...
(e estamos todos a olhar para ver se se levanta;
ninguém dá uma ajuda!)

Com os feriados no final da passada semana, só hoje [que já é ontem], segunda-feira, pude recolher os meus exemplares do Meta 2000.

É sempre com inegável prazer que folheio e leio o único jornal de ciclismo Ibérico - que, de quando em vez lá dedica umas linhas ao que se passa para cá de Valença, Quintanilha, Vilar Formoso, Caia ou Vila Real de Santo António, mas que também o faz - e me delicio com a independência que (orgulhosamente, acredito) ostenta.

O Meta 2000 é, sobretudo, sustentado pela RFEC e pelas federações autonómicas. Com uma contrapartida, claro: noticiar o que acontece por toda a Espanha.
Mas sem reverências.
De uma forma invejavelmente independente.

É dura, por exemplo, a crítica dirigida à RFEC quanto ao local escolhido para os nacionais espanhóis de estrada, deste ano, e não é só nas entrelinhas que se percebe que, por trás dessa escolha estarão interesses que ultrapassam, em muito, os desportivos.

Claro que ao ler isto logo fui "sugado" pela realidade portuguesa.

Porque é que quase todas as modalidades têm, nos diversos jornais, rubricas fixas de opinião assinadas por especialistas que, não raro - antes pelo contrário - assumindo-se como críticos independentes que o são, apontam aquilo que, na sua opinião (por isso são opinadores), não está a seu gosto?
E porque é que das poucas que não têm direito a esse espaço consta o Ciclismo?

Por falta de especialistas?
Por falta de especialistas independentes?

Convidem e paguem - como pagam aos outros - o Alves Barbosa para assinar semanalmente uma coluna de Opinião sobre a realidade do nosso Ciclismo.
Não é por acaso que chamo aqui o nome do Alves Barbosa, do grande Alves Barbosa, mas porque tenho a certeza que é dos poucos conhecedores que é capaz de ser totalmente independente.
E ninguém duvida que ele sabe de Ciclismo.

Aliás, a volta que o ciclismo português deu nos últimos anos - incluindo a "explosão" das demais vertentes que não a de estrada - foram por ele previstas há 18 anos, numa entrevista que me deu, a mim, ainda a sede da FPC era na acanhada Barros Queirós.

Está no cabeçalho do VeloLuso.
O Ciclismo português precisa ser discutido.

Basta de salamaleques.

O Ciclismo português - e aqui deixo a minha vénia aos praticantes que são o seu último sopro de vida - caiu.
.

E estamos todos a olhar para ver como se levanta. Se se levanta.
Sem ninguém disposto a dar uma ajuda...

Nem pela forma em que nós, portugueses, somos "especialistas universais"... dizendo mal do statuos quo!

É isso que me incomoda.

Porquê?

Que força é essa que "cala" quem devia estar na primeira linha da defesa da modalidade?

domingo, junho 14, 2009

II - Etapa 446

X GRANDE PRÉMIO CTT-CORREIOS DE PORTUGAL

O valenciano Adrian Palomares que, entre outras formações, em Portugal representou o Boavista, ao serviço da qual, em 2001, venceu o Troféu Joaquim Agostinho, ganhou hoje a 10.ª edição do Grande Prémio CTT-Correios de Portugal sendo que para isso foi primordial o triunfo no Alto da Senhora da Graça.

Em termos colectivos, a vitória nesta corrida, uma das basilares do calendário nacional, pertenceu à Resort palmeiras-Prio-Tavira.

Parabéns aos vencedores.



PS: Faltam 12 dias dias para se completarem 12 meses sobre a suspensão de Corredores, técnicos, auxiliares e até dirigentes do Cycling Clube da Póvoa... Quem tem notícias sobre o assunto?

sábado, junho 13, 2009

II - Etapa 445

QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA
C O E R Ê N C I A ?

Sem mais comentários, vou directo ao assunto:

1. Em Agosto de 2007, concretamente no dia 1, e conforme poderão verificar na 734.ª etapa, aqui no Veloluso, que então escrevi, poderão ler isto:

(…/…) o Joaquim Gomes (…) já o disse. Há regulamentos; há quem tenha por obrigação fazer aplicar esses regulamentos e, se não há consequências… sobra o quê?

A Organização da Volta a Portugal, seja por iniciativa do Joaquim Gomes, seja porque a directiva vem de bem mais acima… descarta-se, e muito bem, do papel de juíz.

Mas voltando ao Joaquim Gomes…
Conheço o Joaquim há 17 anos! É uma pessoa acima de qualquer suspeita e a sua posição quanto a estes casos, só podia ser esta:
“Quem, regulamentarmente, podia castigar estes corredores, não o fez. Porque haveria a PAD/Lagos Sports fazê-lo?”

E correram a Volta as equipas da Saunier Duval, da Fuerteventura-Canárias e da Barloword que tinham corredores na famigerada lista da Operatión Puerto.

2. O ano passado, tivemos no pelotão, por exemplo, a mesma Saunier Duval, rebaptizada de Scott-American Beef depois de, no decurso do Tour, nomeadamente aquele que vinha a ser a sua grande figura, Ricardo Riccò, ter sido apanhado num controlo anti-doping com um positivo confirmado pela contra-análise.

Ao mesmo tempo, sem que NENHUM POSITIVO se lhe pudesse apontar, a Organização da Volta decidiu – ou foi instada a isso? – não aceitar a equipa da LA-MSS-PCC, esgrimindo argumentos que, até hoje, e começo a perder a noção dos meses que já passaram, ainda não foram provados.

3. Hoje sou surpreendido com duas novidades na mesma notícia. A Organização da Vuelta (que já é da ASO) não aceitou o pedido de participação, nem da russa Katiusha – que praticamente está de fora, também, do Tour por problemas relacionados com alegadas practicas proibidas e a ASO, neste aspecto, é mais virginal que um Convento de Irmãs Carmelitas Descalças – nem da Fuji-Servetto que não é mais do que a terceira designação em menos de 12 meses da… Saunier Duval.

A outra novidade é que a formação de Santander parece já estar segura va Volta a Portugal e que a sua exclusão do Tour abre as portas à Katiusha para correr também a nossa Volta.

Ainda em relação à Volta a Portugal do ano passado… ainda guardo na caixa de mensagens do meu telemóvel aquilo que o Joaquim Gomes, a 29 de Julho (duas semanas antes do início da corrida) pelas 22:30.18 me enviou…
Compreendi-o.

Mas agora vejo-me obrigado a voltar a terreiro.

Eu demito-me, já!, desse papel.
Mas haja alguém que tente definir a palavra… coerência.