AINDA AS RÁDIOS LOCAIS (Reeditado a 31 de Agosto de 2006)
Este tema começou - ou foi reatado - na 210.ª etapa, mas achei que faria pouco sentido colocar lá mais esta mensagem do meu caro Teixeira Correia. Porque foca aspectos bastante pertinentes, que merecem ser discutidos, coloco-a aqui. Entretanto, porque directamente visado no primeiro post, também o Fernando Emílio me enviou um e-mail. Fica assente que estas duas situações são de excepção, porque, afinal, o Blog serve para eu postar as minhas opiniões, havendo um local próprio para o contraditório. Os meus amigos alentejanos estão a deixar-me ficar mal... Se todos os outros conseguem colocar as suas ideias, porque será que eles não? Mas pronto, acrescento agora a posição do Fernando Emílio...
Teixeira Correia
Meu caro Madeira, voltando “à vaca fria” das 33 rádios locais na Volta a Portugal, deixa-me explicar que tal não será tão linear.
A PAD, há três anos que criou a figura da “Rádio e Jornal Local”, para divulgarem a volta nos finais de etapa. Ou seja, 20 órgãos de comunicação local, são da responsabilidade da organização. Se a eles juntares um colega que passou a corrida na Sala de Imprensa e que estaria credenciado, pelo menos por duas, para não dizer três rádios, sobram dez: Gilão (Tavira) Horizonte (Olhão), Voz da Planície (Beja), Portalegre, Oeste (Torres Vedras), Antena Miróbriga (Santiago do Cacém), Alenquer, Oásis (Porto Alto), Cister (Alcobaça), Matosinhos e Lidador (Maia).
Mas grave, é o pai de um ciclista do Vitória/ASC, estar credenciado como comunicação social, com os respectivos autocolantes e rádio volta e com credenciais para ele, mulher, filhos e pais ou sogros, faltou só o caniche ter cartão ao pescoço. Isso é que é de acabar, isso é que deveria fazer parte do relatório da AIJC. Isso é que é de lamentar. Quem foi que credenciou esse senhor e qual o seu órgão de informação. Mas Manuel sabes porque é que este senhor teve acesso a tudo ? É que paga as jantaradas no Minho e oferece as caixas de vinho verde, por isso não pode ser desmascarado e vai continuar a ser credenciado. Chamei a atenção para o facto, tenho fotos do carro do senhor, mas o representante da AIJC, não ligou patavina.
Sabes o que deveria fazer parte do relatório da AIJC, é a falta de nível de alguns jornalistas, quando colocam “Coisas” nas salas de imprensa destinadas a todos e alguns “arrabanham” as deles e as dos outros. Não sou daqueles que anda na Volta na “micar”, mas o que se passou em Beja é no mínimo vergonhosos.
A PT colocou uns sacos destinados aos jornalistas credenciados, e ai juntamos os tais 33, que continua o livro do Guita júnior e um rato para o PC. Sabes o que aconteceu. Quando cheguei à Sala de Imprensa já não havia. Porque que passou o dia lá fez o “favor” de guardar às “paletes”. E olha que dos 33, poucos lá estavam.
Saudações amigas e alentejanas
Um abraço,Tx.Correia
Fernando Emílio
Afim de esclarecer as pessoas que têm feito alguns comentários sobre o representante da A.I.J.C. convém informar o seguinte:
Em finais de Setembro de 2005 no decorrer dos Campeonatos do Mundo realizados em Madrid, a direcção deste organismo solicitou-me que fosse o seu representante em Portugal, situação que não tive qualquer relutância em aceitar.
No decorrer do mês de Novembro foram realizadas duas reuniões com o presidente da UVP/FPC Dr. Artur Moreira Lopes afim de se clarificar a situação da acreditação dos jornalistas conforme o regulamento da UCI, seguindo-se uma outra em Janeiro.
No mês de Novembro e no mês de Janeiro, na sede da empresa PAD-João Lagos Sport mantive idênticas reuniões com o Sr. João Moreninho, Administrador da Empresa. Na primeira foram apresentadas algumas sugestões e na segunda foram feitos alguns acertos que não alteravam aquilo que estava a ser alvitrado e que tinha merecido o apoio da UVP/FPC.
Dispensando-me de colocar aqui todos os assuntos e situações que forma sugeridas (mas que posso disponibilizar), o facto principal baseava-se na obrigatoriedade de todos os jornais ou rádios que solicitassem acreditações para jornalistas que não possuíssem Carteira Profissional, cartão AIPS ou cartão AIJC, a obrigatoriedade do Director desse Órgão declarar por escrito em papel timbrado e assinado, em como os enviados à Volta a Portugal pertenciam e exerciam funções no órgão de comunicação em causa.
Esta situação não sendo legal, tinha como objectivo em 2006 não criar problemas a nenhum órgão de comunicação que pretendesse efectuar a cobertura do evento.
A questão foi colocada à A.I.J.C. que a título excepcional autorizava tal situação mas unicamente para o ano em curso e o presidente Gilles Le Roc’h, colocava a seguinte pergunta: Se em Portugal se cumprem os regulamentos da FIFA e da UEFA porque não se hão-de cumprir os da UCI ? É por se tratar de ciclismo ou existem outros interesses menos claros ?
As sugestões apresentadas na UVP/FPC e na PAD-João Lagos Sport, foram enviadas aos restantes organizadores de provas internacionais. Na Volta ao Algarve, Volta ao Alentejo e Troféu Joaquim Agostinho não surgiram problemas e a situação resolveu-se, excepção a uma situação que vem sendo habitual em que a mesma pessoa conseguiu nas três provas ser acreditada duas vezes, provavelmente julgando que enganava quem passava as acreditações.
Significa que em nenhuma prova da PAD foram cumpridos os regulamentos e muito menos o que havia sido alvitrado, na medida em que a organização ignorou sempre que existia um delegado da A.I.J.C..
Embora presente na Volta a Portugal como jornalista, apenas me limitei a pedir a lista com o nome dos Órgãos de Comunicação Social presentes no evento (nem todos lá constavam), a qual anexei ao relatório em que são assinalados os diversos tipos de cobertura feitos pela Comunicação Social.
Fica portanto claro que o delegado da A.I.J.C. não exerceu qualquer função dentro da Volta a Portugal, pelo que recuso todo e qualquer comentário a esse respeito. As acreditações foram passadas pela organização às pessoas e entidades que muito bem entendeu e só ela poderá justificar qualquer situação ou reclamação.
Existiram Órgãos de Comunicação que nunca poderiam ser acreditados, além de outras situações que não vale a pena focar neste espaço.
Foi elaborada uma informação detalhada com a situação ocorrida na Volta a Portugal a qual foi enviada para a sede da A.I.J.C., independentemente do "relatório".
Convém esclarecer os menos bem informados que o "relatório" referente a cada prova, serve para mencionar o tipo de cobertura e quem esteve presente no evento.