segunda-feira, junho 28, 2010

ANO V - Etapa 63

CAMPEONATOS NACIONAIS

Disputaram-se, no final da semana passada, os Campeonatos Nacionais de Estrada que, uma vez mais, foram acolhidos pela cidade de Santa Maria da Feira.

Grande destaque... o facto de Vanessa Fernandes, a nossa melhor triatlista, participando pela primeira vez não ter deixado os seus créditos por pernas alheias tendo arrebatado os dois principais títulos femininos, o contra-relógio individual e a corrida de fundo, na categoria de elites.

Duas outras notas:
a primeira para Rui Sousa que, já veterano - não ligues Rui, a data de nascimento impressa no BI não tem nada a ver com a categoria que ninguém ousa negar-te - conseguiu, finalmente, chegar ao título nacional...

Ainda me lembro, já passaram uns anitos, que em Oliveira de Azeméis, ele, o Rui mais, perdoem-me se a memória me estiver a atraiçoar, o Bruno Castanheira 'deram' o título ao Rui Lavarinhas. 'Dar', no sentido de reconhecimento de que o companheiro, mais velho que eles, poderia não voltar a ter outra oportunidade... Curiosamente, o Bruno haveria de ser Campeão Nacional, depois ou três anos mais tarde... O Rui Sousa merece, por tudo o que fez no Ciclismo português, por ser, provavelmente, desde os últimos sete/oito anos o melhor co-equipier nas equipas por onde passou, merece, escrevia eu, ostentar a camisola de Campeão Nacional quando o fim da sua carreira se aproxima.

A segunda nota para o facto de o jovem Nélson Oliveira ter voltado a ganhar o campeonato na sua categoria, os sub-23... Que ninguém duvide, temos Campeão. Para já, está numa equipa do segundo pelotão espanhol, mas tardará a engrossar a representação lusa nas principais equipas internacionais.

A seguir deixo todos os pódios destes nacionais...
... porque todos, os que foram campeões/campeãs, todos os que subiram ao pódio em cada uma das corridas e todos e todas as que, contra a corrente, terem a coragem de se assumirem como Corredores Profissionais, ou aspirantes a isso, merecem o meu respeito. E admiração.

PÓDIOS
Contra-relógio

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Elites, masculinos (40,5 km; média... 46,986 km/h)
1.º, RUI COSTA (Caisse d'Épargne)
2.º, Sérgio Sousa (Madeinox-Boavista)
3.º, Mário Costa (Barbot-Siper)
Sub-23, masculinos (32,5 km; média... 48,148 km/h)
1.º, NÉLSON OLIVEIRA (Xacobeo-Galicia)
2.º, Fábio Silvestre (Liberty-Stª M. Feira)
3.º, Pedro Paulinho (Mortágua-Basi)
Juniores, masculinos (24,6 km; média... 46,445 km/h)
1.º, RAFAEL REIS (Crédito Agrícola-Alcobaça)
2.º, João Leal (Crédito Agrícola-Alcobaça)
3.º, Luís Sousa (ASC-Vila do Conde)
Cadetes, masculinos (16,6 km; média... 44,130 km/h)
1.º, PEDRO HENRIQUES (Crédito Agrícola-Alcobaça)
2.º, Gonçalo Amado (Silva&Vinha-ADRAP)
3.º, Luís Gomes (Silva &Vinha-ADRAP)

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Elites, femininas (16,6 km; média... 41,050 km/h)
1.ª, VANESSA FERNANDES (CT Perosinho)
2.ª, Anaïs Moniz (Milharado-Intermarché-Mafra)
3.ª, Isabel Caetano (CSN Epinay)
Juniores, femininas (8,5 km; média... 40,800 km/h)
1.ª, DANIELA REIS (Milharado-Intermarché-Mafra)
2.ª, Ana Silva (Silva&Vinha-ADRAP)
3.ª, Ana Azenha (OuriqueBike-Ouriquense)
Cadetes, femininas (8,5 km; média... 36,690 km/h)
1.ª, ANA RITA REIS (NC Baixa da Banheira)
2.ª, Ana Paula Reia (NC Baixa da Banheira)
3.ª, Sara Carneira (Silva&Vinha-ADRAP)

Fundo
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Élites, masculinos (159,9 km; média... 36,749 m/h)
1.º, RUI SOUSA (Barbot-Siper)
2.º, Célio Sousa (Madeinox-Boavista)
3.º, André Cardoso (Palmeiras Resort-Prio-Tavira)
Sub-23, masculinos (135,3 km; média... 37,453 km/h)
1.º, MARCO COELHO (Liberty-Stª M. Feira)
2.º, Pedro Paulinho (Mortágua-Basi)
3.º, Joni Brandão (Liberty-Stª M. Feira)
Juniores, masculinos (110,7 km; média... 34,369 km/h)

1.º, RAFAEL REIS (Caixa Agrícola-Alcobaça)
2.º, João Leal (Caixa Agrícola-Alcobaça)

3.º, Samuel Magalhães (Vulcal-Inplenitus-CC Centro)
Cadetes, masculinos (61,5 km; média... 32,558 km/h)
1.º, LUÍS GUIMARÃES (Neves-Vauner-Ramalde)
2º, Miguel Macedo (Seissa-ACR Roriz-Givec)
3.º, Ricardo Teixeira (Liberty-Stª M. Feira)
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Elites, femininas (63,5 km; média... 29,830 km/h)
1.ª, VANESSA FERNANDES (CT Perosinho)
2.ª, Ester Alves (Lointec)
3.ª, Celina Carpinteiro (OuriqueBike-Ouriquense)
Juniores, femininas (50,8 km; média... 28,389 km/h)
1.ª, ANA SILVA (Silva &Vinha-ADRAP)
2.ª, Daniela Reis (Milharado-Intermarché-Mafra)
3.ª, Susana Conceição (Milharado-Intermarché-Mafra)
Cadetes, femininas (25,4 km; média... 28,61 km hora ***)
1.ª, JOANA MONTEIRO (MSS-P. Varzim-MaxiBikes
2.ª, Marisa Santos (MSS- P. Varzim-MaxiBikes
3.ª, Ana Rita Reis (NC Baixa da Banheira)


*** - informação recolhida no sítio do Organizador que, para uma velocidade média superior à extensão da corrida, ainda assim dá à vencedora o tempo de 1.17,23 horas !!!!

ANO V - Etapa 62

ALGARVIO VENCE NO MINHO

Ricardo Mestre (Palmeiras Resort-Prio- Tavira) foi o grande vencedor do 28.º Grande Prémio do Minho.


Na derradeira etapa o corredor da equipa de Tavira integrou a fuga que, ao quilómetro 20, deixou o pelotão para trás e conquistou a Camisola Amarela.

José Mendes (LA-Rota dos Móveis-Paredes), que partiu para a última etapa de 144 km, em Guimarães, de amarelo, terminou na terceira posição, a 1.19 minutos, atrás ainda de João Benta (Madeinox-Boavista).

sábado, junho 26, 2010

ANO V - Etapa 61

33.º GPITV/TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO

Nota prévia: Não foi esquecimento, não foi outra coisa que não a absoluta falta de tempo. Recebi - e aqui venho agradecer publicamente - da Associação Desportiva do Oeste, o convite para estar presente na apresentação da corrida, que foi na 6.ª feira! Como todos sabemos, a Vida gira, dá voltas... e numa dessas voltas eu saí do Ciclismo para passar a ter outras tarefas no meu jornal. Não tive hipóteses de estar presente. A notícia da apresentação desta corrida que eu acompanhei durante muitos anos, quase 15, apareceu discreta. O jornal O Jogo nem uma linha lhe dedicou... Fico triste.
Agradecendo à Organização o facto de não se terem esquecido de mim, resta-me divulgar aos, agora, cerca de fiéis cem leitores diários (estou a ver que também vou ter que oferecer um DVD, como os jornais fazem para serem comprados, que não lidos...), o documento que me enviou. Editado, para não ser eu a 'fazer' de Jornal...


* A 33.ª edição do Grande Prémio Internacional de Ciclismo de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho este ano caracteriza-se por estar associada às Comemorações do Bicentenário da Defesa das Linhas de Torres Vedras e do Centenário da República Portuguesa.

Esta prova decorrerá de 7 a 11 de Julho, num programa composto por um prólogo e quatro etapas, onde, Torres Vedras será cenário do primeiro e último dia de prova e que percorrerá a zona Oeste, parte da área metropolitana de Lisboa alargando-se ainda ao Ribatejo e distrito de Leiria, num itinerário com o total de 589,5 km.

Programa resumo:
Dia 7 (quarta-feira) – Prólogo (17.15 horas)
Torres Vedras (Monumento Joaquim Agostinho-Forte S. Vicente), 5,3 km
Dia 8 (quinta-feira) – 1.ª Etapa
11.30 horas, Samora Correia - 15.30 horas, Manique do Intendente, 166 km
Dia 9 (sexta-feira) – 2.ª Etapa
11.30 horas, Sobral de Monte Agraço - 15.20 horas, Carvoeira (Parque Eólico), 148,2 Km
Dia 10 (sábado) – 3.ª Etapa
11.30 horas, Mafra - 15.20 horas, Vimeiro, 170 Km
Dia 11 (domingo) – 4.ª Etapa
15.00 / 17.30 horas, Circuito de Torres Vedras (10 voltas), 100 km
O prólogo, em Torres Vedras, partirá da Av. Villenave d’Ornon (junto ao Monumento a Joaquim Agostinho), pela variante poente, Boavista e Olheiros, numa extensão de 5,3 km, e chegará à porta do Forte de S. Vicente, uma das maiores fortificações das Linhas de Torres e, com toda a certeza, a mais bem conservada.

A 1.ª etapa, no dia 8 de Julho, dedicada ao Ribatejo, com um total de 166 km, ligará Samora Correia, no concelho de Benavente, a Manique do Intendente, no concelho de Azambuja, pela segunda vez como local de chegada pois, habitualmente, tem sido de partida. Passará por Benavente, Alpiarça, Almeirim, Vale de Santarém, Cartaxo, Azambuja, Aveiras e Alcoentre, num traçado plano, com grandes rectas, propicia a roladores.

Pelo terceiro ano consecutivo, haverá a chegada ao Parque Eólico da Carvoeira, que coincidirá com a Meta de Montanha de 2.ª categoria, no dia 9 de Julho.
Partindo do Sobral de Monte Agraço, esta 2.ª etapa retornará ao Sobral, passando também por Cabeço Montachique, S. Antão do Tojal, Abrigada, Alto de Montejunto, Vila Seca e Matacães, numa extensão de 148,2 km e, por certo, irá provocar algumas redefinições na classificação até porque tem tudo para ser a etapa rainha desta edição da prova.

A 3.ª Etapa, a cumprir no dia 10 de Julho, será a mais longa, com 170 km e a partida terá como enquadramento o Conventol de Mafra. O percurso seguirá por Malveira, Gradil, Encarnação, Turcifal, Varatojo, Torres Vedras, Silveira, A-dos-Cunhados, Toledo, Ramalhal, Campelos, Atouguia da Baleia, Lourinhã e terminará junto ao Monumento da Batalha do Vimeiro.

Finalmente, a última etapa será o tradicional Circuito de Torres Vedras, este ano com maior número de quilómetros por volta (10 km) e, consequente redução do número de voltas, que serão também dez. A partida é junto ao Monumento de Joaquim Agostinho e a chegada será no topo da Avenida Poente.

Antecedendo o Circuito, duas outras iniciativas preencherão a manhã.
Assim, com partida às 10 horas teremos a Taça de Portugal/Liberty Seguros, para o pelotão nacional feminino, e o 3.º Passeio de Ciclismo para Todos, em Homenagem ao eterno Joaquim Agostinho.

quarta-feira, junho 16, 2010

ANO V - Etapa 60

APENAS... UM LAPSO?

É Oficial! Mesmo que ninguém o diga publicamente!...

E não foi dito (que eu tenha ouvido) ou escrito (que eu tenha lido), mas a decisão - e não deixo de sublinhar a MINHA OPINIÃO PESSOAL, enquanto adepto do Ciclismo - inqualificável do TAS, que puniu um Corredor pelo PRETENSO uso, de uma substância que NÂO ESTAVA, NEM ESTÁ AINDA, na lista dos produtor proíbidos inibiu-o de exercer a sua profissão por dois anos, com datas bem definidas... a começar no dia 24 de Fevereiro de 2009. Sem nenhuma adenda que refira o que para trás ficou.

E, para trás, doa a quem doer, o Corredor foi DUAS vezes 'castigado' pelo Conselho de Disciplina da FPC e das DUAS vezes, ilibado pelo Conselho Jurisdicional do mesmo organismo.

Logo, o Campeonato Nacional de Fundo de 2008 não podia mais manter-se numa espécie de 'limbo'... ou o seu vencedor era castigado por qualquer ilícito, válido à altura, ou a FPC NÃO TEM argumentos para o não homologar.

E já foi homologado.
Mesmo que TODOS se tenham 'esquecido' de o lembrar.
Não há maneira de apagar um facto só porque o não publicitam...

HOMOLOGADO o Campeonato Nacional de Fundo de 2008, afastados todos os argumentos para continuar a querer escondê-lo resta recordar...


O CAMPEÃO NACIONAL

DE FUNDO,
EM 2008

FOI O JOÃO CABREIRA

(LA-MSS-PÓVOA
CYCLING CLUB)

PARABÉNS
RENOVADOS
CARO JOÃO


ANO V - Etapa 59

28.º GRANDE PRÉMIO DO MINHO

De 18 a 20 de Junho, o Grande Prémio do Minho em ciclismo regressa à estrada depois de alguns anos de interregno. Vila Nova de Cerveira, Guimarães, Barcelos e Valença assumem primazia no percurso das três etapas do 28.º Grande Prémio do Minho, competição que será disputada pelo pelotão nacional de Elites e Sub 23.
Com o arranque da competição em Vila Nova de Cerveira e o final na montanha da Penha (Guimarães), um pelotão de cem corredores (Elites e Sub 23) terá que percorrer um total de 438 quilómetros repartidos por três etapas, durante as quais encontrarão seis contagens do prémio da montanha e nove metas volantes.

Em prova estarão treze equipas dos escalões de elite e Sub 23:
Madeinox-Boavista, LA-Rota dos Móveis, Barbot-Siper, Palmeiras Resort-Prio-Tavira, Loulé-Aquashow, ASA-Vitória-RTL, ALuvia-Valongo, Liberty Seguros-Santa Maria da Feira, Mortágua-Basi, Crédito Agrícola, Cartaxo-Capital do Vinho-CC José Maria Nicolau, Gondomar-Coração de Ouro e Maia-Bike Team.

ETAPAS DO 28.º GRANDE PRÉMIO DO MINHO

1.ª etapa, sexta-feira, 18 de Junho
Vila Nova de Cerveira-Vila Nova de Cerveira, 140 km
Cerveira-Arte e Beleza Natural
Partida: 13.58 horas; Chegada: 17.20 horas

2.ª etapa, sábado, 19 de Junho
Valença-Barcelos, 154 km
Valença, Fortaleza Viva/Barcelos está o máximo
Partida: 11.58 horas; Chegada: 15.34 horas

3.ª etapa, domingo, 20 de Junho
Guimarães-Guimarães/Penha, 144 km
Guimarães-Capital Europeia da Cultura’2012
Partida: 11.55 horas; Chegada: 15.30 horas

ANO V - Etapa 58

ALENTEJANA'10
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4.ª e última etapa / Redondo-Évora, 162 km
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Venceu a etapa o alemão Steffen Radochla (Nutrixxion-Sparr)
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VENCEDOR FINAL: David Blanco
(Palmeiras Resort-Prio-Tavira)
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EQUIPA VENCEDORA:Palmeiras Resort-Prio-Tavira

sábado, junho 12, 2010

ANO V - Etapa 57

ALENTEJANA'2010
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3.ª Etapa: Reguengos-Monsaraz (cri), 18,4 km
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Vencedor: David Blanco (Palmeiras Resort-Prio-Tavira)
novo líder e virtual vencedor

Nota: Três 'tavirenses' nos primeiros cinco da Geral... é obra!

sexta-feira, junho 11, 2010

ANO V - Etapa 56

ALENTEJANA'2010
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2.ª etapa: Viana do Alentejo-Estremoz, 180,2 km
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Vencedor: Bruno Pires (Barbot-Siper

Nota: Boa 'patrício'!!! Era um cadinho a subir e aproveitas-te. Amanhã também acaba a subir... Sei que não és contra-relogista mas... deposito toda´s as minhas esperanças em ti.

quinta-feira, junho 10, 2010

ANO V - Etapa 55

ALENTEJANA'2010
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1.ª Etapa * Vidigueira-Aljustrel, 178 km

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Vencedor: o sempre jovem Cândido Barbosa

(Resort Palmeiras-Prio-Tavira)

Nota: Olha, olha, aquilo alí à esquerda não é um aparelho de 'photo-finish' (que 'luxo' para uma prova que já todos tinham enterrado)

quarta-feira, junho 09, 2010

ANO V - Etapa 54

RAIVA E INDIGNAÇÃO!...

Em relação ao que a seguir vou deixar escrito, já não sou, em consciência, capaz de dizer que me surpreendo.

Somaram-se-me, nos últimos dois anos, tantas desilusões (e atenção! podem são ser essas em que estão a pensar...) que a paixão, cega, como o são todas as paixões, pelo Ciclismo - ainda e sempre a MINHA modalidade - parece esvair-se a cada dia que passa.

Queria, digo-o sinceramente, queria, que a chama, ainda que esmorecida, que me fez passar por tantos sacrifícios, mormente de ordem pessoal e, agora, naturalmente irreversível, ainda, no mínimo, me servisse como um sinal. De que nem tudo está perdido.

Eu sei que continua a haver gente boa no Ciclismo. Boa, em todos os sentidos. Mas também fiquei de pé atrás em relação à esmagadora maioria.

Se me saísse o Euromilhões, acreditem ou não, o meu primeiro grande objectivo seria o de vir aqui desmascarar duas mãos cheias de gente que sempre viveu do Ciclismo e pouco (comparativamente foi, definitivamente, pouco) ou nada lhe deram.

Ia gastar os milhões em advogados pois sei que não me perdoariam.
Mas sei que ia ganhar na barra. Contudo, não tenho posses para isso e por isso me calo. Mas não esqueço.

INSENSIBILIDADE E...
(POIS) QUE HEI-DE CHAMAR-LHE?

Estava marca para a passada 3.ª feira a primeira audiência em Tribunal do Processo que opõe a familia do Bruno Neves à companhia de seguros que, na altura, se não segurava todas as equipas do pelotão profissional, poucas haveriam de lhe escapar.

Bom negócio. O Seguro Desportivo é obrigatório e fundamental para a inscrição das equipas... O risco de algum acidente grave, não podendo ser posto de lado, também não é tão grande assim. Bom negócio, repito...

Ora, não sendo, de facto, 'notícia de âmbito desportivo' ninguém falou ou escreveu que, aceitando o resultado da autópsia - introduzo uma questão: se a companhia de seguros a toma como garantida, porque é que ainda há, mesmo a nível institucional, na família do Ciclismo, quem sobre ela levante dúvidas? - essa companhia de seguros, dado que o resultado foi morte súbita, usou as armas que tem ao seu dispor e se 'cortou' no pagamento da indemnização.

'Morte subita, podia ter acontecido com o atleta a dormir', é, tanto quanto sei, a âncora da defesa da dita companhia. Contra todos os factos e a realidade, dolorosa realidade: o Bruno morreu sentado em cima de uma bicicleta, em plena competição desportiva.

Esta é a parte da 'insensabilidade', que vai marcada alí atrás em corpo maior.

Vem agora a parte que não sou capaz de catalogar...

O julgamento estava marcado para a passada 3.ª feira. Pelo lado do Bruno estava a família e as testemunhas arroladas, a Companhia de Seguros também marcou, como é natural, a sua presença e iam ser ouvidos ainda o médico que efectuou a autópsia e o médico oficial da corrida em que o Bruno morreu.

Julgamento com hora marcada, claro: 9.30 da manhã.

Ligeiro atraso... Às 10 horas a Juíza encarregue de julgar o conflito chama os representantes de ambas as partes. Como todos os demais, mau grado ter sido notificado três meses antes - três meses - e haver prova presente em Tribunal que o próprio assinara a recepção da notificação, o Luís Almeida enviou, pelas 9.45 horas um fax a cominicar que, à altura do acidente já não era presidente do clube. Que se tinha demitido! Porque os meus parcos conhecimentos da legislação associativista me deixam na dúvida... o Órgão máximo de qualquer colectividade não é a Assembleia-geral e só desta poderão emanar decisões?

A demissão do presidente do clube chegou a ser discutida? Foi aceite?

É que me parece redutor - e eu sei da história toda - que se envie uma carta a dizer que, a partir desse momento renuncia ao cargo, ainda por cima quando, ANTES de a carta, devidamente registada, como é da praxe, ter chegado à sede do clube, o presidente que, para ele já não era presidente, ter participado numa reunião de emergência com a restante direcção, exactamente na sequência da investida da PJ/CNAD...

O estranho, ou o mais estranho, porque há muita coisa estranha nisto tudo, é que o homem recebeu a intimação para comparecer em Tribunal, em Março, aceitou-a pessoalmente e isso consta do 'canhoto' do registo de correspondência, e só 15 minutos depois da hora marcada para o início da audiência, quando todas as outras partes já estavam nos seus lugares, é que enia um fax a dizer que não compareceria porque... na altura já não era presidente do clube.

Teve três meses para o fazer... Porquê esperar até áquele momento quando, pelo menos de véspera, já sabia que não iria comparecer?

É esta a parte a que não sei o que chamar-lhe.
E como o Euromilhões só será sorteado na próxima sexta-feira, é melhor eu ficar por aqui.

Com um abraço forte e muitos beijinhos para a família que sofre há dois anos e continua a ter que passar por situações destas, termino desta forma:

"Não me digas que não compreendes
"Quando os dias se tornam azedos
"Não me digas que nunca sentiste
"Uma força a crescer-te nos dedos
"E uma raiva a nascer-te nos dentes
"Não me digas que não compreende... (*)
(*) Poema da canção 'Que Força é Essa',
da autoria de Sérgio Godinho
.
Mas o mais importante nisto tudo tem a ver com o sofrimento de uma família. A do Bruno. E com o sofrimento de todos aqueles que lhe eram mais chegados. Esse sofrimento será para sempre mas, de cada vez que parece que alguma coisa - e não estou nem de perto nem de longe, a falar de indemnizações -, dizia, de cada vez que parece que alguma coisa pode, por fim, ser retirada a esse sofrimento, porque já passou, foi resolvida... há-de sempre acontecer o contrário.
Claro que este julgamento vai ter que ser feito. Terá uma nova data e sabemos a que velocidade anda a nossa Justiça. Passarão mais quantos anos? Um? Dois? Mais?... Mas um dia, no futuro (dentro deste espaço) a família e os amigos vão voltar a ver a ferida, que ainda hoje lhes sangra, a voltar a abrir-se. Vão ter que passar por tudo outra vez...
Associo-me à vossa dor, ao vosso desespero. À vossa indignação...
Estarei, como estive desde o primeiro minuto, ao vosso lado, ainda que nos separe a distância física.

terça-feira, junho 08, 2010

ANO V - Etapa 53

WELLCOME BACK TO THE GOOD OLD TIMES!...

Rapidamente que o tema me causa alguma brotoeja.

Realizou-se no passado fim-de-semana mais uma edição da Volta a Trás-os-Montes. Que estava no calendário, esteve para não se realizar mas que, graças 'à boa vontade e amor pela modalidade' acabou mesmo por ir para a estrada.

Com duas etapas.

Na primeira, com uma chegada em alto, e segundo li, foram cronometrados (à mão) com o mesmo tempo meia dúzia de Corredores. Não vi, é possível que sim, pese embora a experiência que tenho me leve a torcer o nariz...

Numa prova com apenas duas etapas, na primeira, com chegada em alto, não houve bonificações intermédias... Pena, daria algumas hipóteses a que sobe menos bem.

Na segunda houve uma bonificação intermédia, uma chegada que, pela foto que vi, me parece inequivocamente passível de proporcionar um corte de tempo.

Uma vez mais, tirado à mão porque não havia transponders, nem photo-finish, nem vídeo !!!
Numa prova 2.12. A contar para o calendário nacional.

[À parte: hoje, até na loja dos chineses e dos indianos se compram telemóveis que filmam durante 30 segundos]

Mas, agora a sério... Realizou-se uma Prova Oficial SEM comunicações rádio, SEM moto-ardósia e... UPA, UPA, 50 metros de barreiras antes da meta. Os regulamentos obrigam a 300 metros. Regulamentos... a palavra não vos é de todo desconhecida, pois não?

Queixou-se o Paredes. em Comunicado, porque acha que poderá ter sido prejudicado.

Responde a Organização 'que é apenas mau perder' e que para a próxima a organizem eles...

À distância, felizmente à distância, não sei se hei-de rir ou chorar.

Vangloria-se a Organização de que 'a prova contou com uma segurança como poucas'...
Do resto, se falou - à parte aquele, 'se não gostaram, para o ano não há' - ninguém fez disso eco.

Li, e cito de memória, 'os cronometristas de chegada eram do melhor que temos'... Boa! Ainda bem...

Mas não brinquemos ao Ciclismo - e já não entro no clássico choradinho do 'andamos aqui por amor, não ganhamos nem para os reconhecimentos', pois não... a gente acredita! - e tenhamos todos vergonha (englobo-me porque EU ainda me sinto da família, nem que seja eu a ovelha negra), é melhor inventar do que não haver corridas? Eu digo que NÃO!

Não é esse o caminho. Mas tendo em conta a organização, sabendo como pensa o seu líder que ainda defende uma Volta a Portugal com três semanas, e pelos vistos, sem tecnologia de apoio nem respeito pelos regulamentos, também não fico de todo admirado.

É o símbolo que resta do Ciclismo dos anos 70/80... Cabe aos mais novos, sob pena do dever de se manterem calados, darem um passo em frente e tomar-lhes (aos adeptos dos 'good old times', sim esses em que, como também li, as vitórias e distribuição dos prémios eram discutidas ao almoço pelos directores, sem o mínimo de respeito pela competição) o lugar.

Quanto aos responsáveis máximos pela modalidade... só uma questão: é este o ciclismo que querem para Portugal?

sexta-feira, junho 04, 2010

ANO V - Etapa 52

A PARANÓIA É TOTAL
(Pedais a motor? E capacetes a jacto?...)

Por todo o Mundo - não, não é só em Portugal - todos os anos desaparecem corridas, todos os anos desaparecem equipas e o mais preocupante, compreender-me-ão, nem são os Corredores de 30 anos que ficam no desemprego, mas o facto dos de 22 não vislumbrarem uma saída para o seu futuro.

Preocupam-se os senhores da UCI com isso?
Não detecto sinal algum...

O Mundo é de modas. Em todas as suas áreas. No Ciclismo [leia-se: UCI....] a 'moda' é caçar fantasmas. E tem vindo a valer tudo.

Toda a nossa vida tem regras, estabelecidas por quem de direito, sendo que, infelizmente, somos nós que os escolhemos e tarde de mais damos conta que nos enganámos redondamente.

Passando, à área do Desporto e, concretamente, ao Ciclismo, há Regulamentos escritos e aprovados, quer na área desportiva, quer na protecção a eventuais casos de atropelo, por exemplo, à Verdade Desportiva.
Falo do Doping. Não me assusta a palavra.

Há regras, neste caso, uma lista que por acaso até é bem extensa, elaborada pelos doutos cientistas dos vários organismos que, todos juntos, se encadinham numa instituição chamada AMA - Agência Mundial Anti-dopagem, lista na qual são descriminados, um a um, os produtos que as doutas mentes decidiram poderem vir a influenciar a tal verdade desportiva à qual, como é evidente, nenhum de nós, amantes da modalidade, nos opomos.

É necessária e fundamental. Porque os Corredores são Homens como os demais e como os demais sofrem acidentes, têm lesões, podem ser, subitamente, vítimas de uma qualquer maleita.

Essa lista, enumerando e dando nome a todos os produtos considerados passíveis de vir a beneficiar desportivamente o atleta, logo, atropelando a Verdade Desportiva, é regularmente actualizada.

Como qualquer Lei. A Constituição de um país, ou o Código Penal também o são, tentando - quero eu acreditar - fazer com que a Sociedade e a Justiça sejam mais justas para com o cidadão comum.

Não, não me desviei do assunto-tema desta Etapa, apenas precisei de enquadrá-lo de forma a que todos, pelo menos os de boa vontade, percebam como eu acho que tenho razão. Acho que tenho.

Ah!... (passe o que a minha convicção tem de naïf), as regras não podem, em caso algum, ser alteradas durante o jogo. Perceberão o que quero dizer.

Em Portugal temos um caso de um Corredor que foi castigado pelo Tribunal Arbitral Desportivo por, pretensamente (li que sim foi detectada, li que não, não foi possível provar) ter recorrido a uma substância que, se os doutos cientistas o dizem, quem sou eu para os contrariar, aniquila uma série de proteínas entre as quais PODERIA estar uma que é fundamental para detectar a EPO.

Primeira questão...
... se nada foi detectado, porque vingou a tese do PODERIA?

Deixem-me usar um dos meus exemplos parvos...

Fumo dois maços de cigarros por dia. Faz-me mal, eu sei. Mata. Mas mata devagarinho e eu não tenho pressa nenhuma em morrer.

Vende-se em qualquer farmácia uma coisa chamada Guronsan. É um ácido ascórbico que ajuda a limpar as 'sujidades' que, voluntariamente ou não, ingerimos. Incluindo, por exemplo, o álcool em excesso.

Ora, há quatro anos, desde que tive de recorrer às 'boxes' devido a um problema de saúde mais ou menos grave, que eu não ingiro álcool. Mas tomo uma pastilha de Guronsan porque continuo a fumar 40 cigarros por dia e parece que tomando a coisa fico com menos catarro.

Agora... se é que este cenário é risível, fazendo-me análises, e detectando-me rastos de Guronsan... quem é que pode acusar-me de beber bebidas alcoólicas?

Voltemos então atrás... quem é (ninguém provou) que pode dizer que as tais, até há pouco menos de um ano completamente desconhecidas proteases serviram para mascarar qualquer tipo de coisa?


Pior... e agora volto aos Regulamentos, à Lista de Substâncias Proibidas, ao que for necessário... essa coisa não consta do índex. Esqueceram-se? Não sabiam? Não previram? (até os cientistas comentem falhas infantis), então como é que se aceita o que... 'ah! não consta da Lista mas é castigado na mesma'.

Levando ao exagero, para que mesmo os mais burros - claro que os há - compreendam, amanhã descobre-se que a Água das Pedras potencializa fisicamente os atletas e pronto...

Não perceberam!
Alguns não perceberam mesmo mas eu explico, que para isto tenho uma paciência infinita.... Se a Água das Pedras não está na Lista de Produtos Proibidos, como se pode penalizar alguém por a beber?
Em sequência... se as tais proteases não constam da Lista de Produtos Proibidos, como se pode fazer de conta que sim, que fazem? MESMO que sim, que actuem como mascarantes.

As regras estão escritas, nos Regulamentos e na Lista de Produtos Proibidos e nela não constam.

Que se reúnam os doutos cientistas e façam nova lista e as incluam nela. Quem achará mal? Ninguém...

Esta UCI, esta AMA fazem-me sempre lembrar a mais asquerosa coisa que nós inventámos nos últimos anos... a ASAE. Mas que, felizmente, foi travada por alguém...

Mas - e já perceberam que este vai ser um artigo longo - a fixação a UCI e da AMA atropela tudo o que é bom senso.

Vejamos o caso Valverde... É ridículo. Se quem o devia julgar, que era a Real Federação Espanhola de Ciclismo o não fez, por lhe faltar a sustentação jurídica do país, como é que terceiros o podem fazer?

E dou de novo um exemplo parvo... como são todos os meus exemplos: há países onde nem na rua se pode fumar. Será que corro o risco de vir a ser sancionado por qualquer tribunal de um desses países só porque, quando saio de casa acendo um cigarro?

Sinceramente... já não sei.
Mentira! O exemplo não era inocente.
É inaceitável a ingerência, neste caso, da UCI, numa matéria que uma associação sua achou que não devia punir.

Estamos a falar de associações de carácter meramente virtual.
Ok, a Real Federação Espanhola de Ciclismo está, porque o aceitou, sob a jurisdição da UCI.
O país Espanha, que tens as suas próprias Leis é que não 'cabe' na jurisdição seja de quem for.

E ontem mesmo uma das notícias do dia era a da suspeita de que haja bicicletas cuja roda pedaleira é 'auxiliada' por um motor dissimulado...

Amanhã, espero ler que já se desconfia que haja capacetes que têm escondidos jactos propulsores e, a partir daí, imagino tudo...

Só uma coisa eu vejo perfeitamente clara sem precisar de imaginar nada...
... mas se o escrevesse, provavelmente era, outra vez, chamado a tribunal.

Preocupem-se com o futuro do Ciclismo.
Era tudo o que eu mais desejava...

quarta-feira, junho 02, 2010

ANO V - Etapa 51

A NOSSA 'ALENTEJANA' ESTÁ VIVA!...
VIVA A NOSSA 'ALENTEJANA'...

Foi, na passada 2.ª feira à tarde apresentada, na Vidigueira, a 28.ª edição da Volta ao Alentejo, a nossa ‘Alentejana’. Já sabia que o ia ser e esperei para ver o que os jornais hoje [neste momento já é ontem] trariam…

A ‘Alentejana’ não é uma corrida qualquer…



Não há outra Corrida em Portugal – pese embora o extraordinário crescimento, que, naturalmente, saúdo (abraço amigo Rogério, continuamos sem tempo para por a conversa em dia…) da Volta ao Algarve que nos trouxe cá o Lance Armstrong e foi ganha pelo Alberto Contador, vencedor do Tour de França.

Dou de barato que haja quem, tendencialmente, tenha propensão para uma memória selectiva ‘apagando’ o que, seja por que motivo fôr, na altura não lhe interessar - felizmente são mais os que mantêm uma memória viva e lúcida - mas que não tente sonegar factos.

E, enquanto Alentejanos não nos podemos esquecer, nunca, que foi no Alentejo – com a excepção das corridas de exibição na velhinha Pista do velhinho, e entretanto desaparecido, Estádio José de Alvalade, em que Eddy Merckx marcou presença há 50 anos… ou quase – que tivemos pela primeira vez a presença de um dos maiores nomes de sempre do Ciclismo Mundial, o navarro Miguel Induráin que, em 1996, se apresentou à partida, em Sines, já como penta vencedor do Tour.

Não estou a fazer comparações entre Corridas, mas não vou deixar passar em claro que pela ‘Alentejana’ passaram, e ganharam, nomes como Melchor Mauri, vencedor de uma Vuelta, de José Luís Rubiera, Claus Möller, Aitor Garmendia, mesmo Andrei Zintchenko ou Laszlo Bodrogui… tudo nomes que, quando venceram a ‘Alentejana’ estavam entre os melhores do pelotão Mundial.

Voltemos ao princípio.

A 28.ª edição da Volta ao Alentejo foi apresentada na passada 2.ª feira...

'O Jogo' ignorou o acontecimento. Os outros desportivos contaram-nos do traçado… e como ‘desgraçadamente’ a prova caiu para a categoria 2.2.

Esperem lá… não é essa a mesmíssima categoria do Troféu Joaquim Agostinho este ano?
Passaram-me, com certeza, as manifestações de preocupação relativamente a esse facto…

Há quem não queira que a ‘Alentejana’ se mantenha.
Há, em concreto, quem a tenha deixado cair.
Felizmente, também houve quem tivesse lutado por ela. E a segurasse.

Escrevi aqui que uma eventual interrupção poderia ser a sua morte, que valeria tudo, para a manter na estrada.
Confiava.


Sabia que, se os recém chegados, fosse por motivos políticos fosse lá pelo que fosse, até se estavam nas tintas, mas que os homens, alguns – felizmente, os suficientes – que a criaram, que a fizeram crescer mesmo com todas as limitações com as quais tiveram que se debater, não dormiriam descansados se ficassem de braços caídos.
E não me desiludiram.



A ‘Alentejana’ resistiu a uma tentativa de assassinato.

Algumas carpideiras que já haviam ensaiado os prantos, falsos, como o de todas as carpideiras, tão depressa que puderam mudaram de fato e mostraram-se a apoiá-la, na segunda-feira, na Vidigueira.

Ontem, os jornais – com a excepção d’O Jogo, que não terá tido espaço (espero não estar enganado, mas procurei a noticia e não a vi…) – davam-nos conta de que a prova… puta madre, foi reduzida em um dia, caiu para 2.2 e ia ter o pelotão completo com equipas de clubes. Pouco mais.

Para os Alentejanos, e não só, para os que amam a Volta ao Alentejo, e graças à contribuição do meu caro TC, posso acrescentar mais algumas coisinhas.

Por exemplo, o que foi dito na cerimónia de apresentação e do qual ninguém fez eco:

Manuel Narra, presidente da Câmara de Vidigueira, era um homem feliz pelo facto da ‘Alentejana´ começar na ‘Vila dos Gamas´.
Alfredo Barroso, ex-director da Volta e vogal da CIMAC, recordou que a corrida "teve um trajecto atribulado até renascer".
Artur Lopes, presidente da federação, falou de um grande evento que "tem que continuar a ser acarinhado e apoiado".
Joaquim Gomes, director da PAD, justificou que a Volta ao Alentejo “é um evento apetecível”, assegurando, ele que venceu a Corrida em 1988, que tudo vai ser feito para que “a Volta passe a ter seis dias e que suba de categoria”.

Mais, recorde-se que a ’Alentejana’ é a única corrida internacional do Mundo, em que nas edições disputadas, vinte sete, teve outros tantos vencedores. Dos corredores em actividade só cinco podem repetir o triunfo e quebrar a tradição: Maxime Bouet (2009), Manuel Vasquez (2007), Sérgio Ribeiro (2006), Xavier Tondo (2005) e Danail Petrov (2004).

E, repetindo o que os jornais disseram, acrescento que a 28.ª edição da Volta ao Alentejo em Bicicleta, com os artistas possíveis, mas que, todos estamos cientes disso, tudo darão para proporcionar o melhor dos espectáculos, tem quatro etapas, num total de 538,6 km, sendo que uma delas será um crono individual.

Montanha… apenas duas contagens.
Repito-me… o possível.
A subida até ao centro da Cidade de Moura, no primeiro dia (4.ª categoria) e na Serra d’Ossa (3.ª categoria) na última etapa.

A primeira etapa, a cumprir no dia 10 de Junho, ligará a Vidigueira a Aljustrel por Moura, Serpa, Beja e Ferreira, num total de 178 km; a 2.ª, levará a caravana de Viana do Alentejo até Estremoz, é a mais longa de todas, com os seus 180,2 km; a 3.ª é o crono que ligará Reguengos de Monsaraz à medieval vila de Monsaraz, são 18,4 km mas, quem conhece sabe que a parte final, mormente quando se entrar do empedrado milenar, as rampas chegam aos 7% de pendente… finalmente, no último dia cumprir-se-á a ligação entre o Redondo e Évora, provavelmente as duas localidades mais presentes na história da prova.

São estas as equipas participantes…
LA-Rota dos Móveis-Paredes, Madeinox-Boavista, CC Loulé-Louletano-Orbitur-Aquashow, Barbot-Siper e Palmeiras Resort-Prio-Tavira. É este o ‘pelotão’ nacional, com todo o respeito – e o meu pessoal Muito Obrigado [valha isso o que valer] - pelos dirigentes, técnicos, pessoal auxiliar, atletas e patrocinadores que permitem que AINDA haja um pelotão… ‘profissional’ em Portugal; as equipas de clube Cartaxo-Capital do Vinho, Liberty Seguros-St.ª Maria da Feira, Aluvia-Valongo, Mortágua-Basi, Maia-Bike Team e ASC-Vitória-RTL e pelas convidadas Nutrixxion-Sparkase (Ale), Vendée U (Fra) e Caja Rural e Heraklion-Murcia, daqui da vizinha Espanha.

… e aqui podem saber de mais algumas coisas.

Obrigado, pelas 'dicas' e pelas fotos, meu caro Teixeira Correia