sábado, novembro 10, 2007

966.ª etapa

(DUAS) NOTAS SOLTAS

Podemos achar curioso, engraçado – podemos rir-nos, isso pode acontecer –; podemos achar triste e até… trágico. Aconselha o bom senso que, como dizem os brasileiros… relevemos (não demos importância…).
Mas não nos esqueçamos delas porque dizem algo (muito) com o qual teremos que contar.
Infelizmente.

1.ª nota – O Tiago Machado será ouvido, no âmbito do inquérito que lhe foi levantado por causa da Volta a França do Futuro – e que o deixou de fora dos Mundiais –, no próximo dia 15… Dois meses depois de lhe ter sido cassada a licença!...

2.ª nota – Há aqui uns dias atrás um grupo de Corredores do Norte combinou com um grupo de companheiros da região da Feira uma joguito de futebol, para descontrair. Juntaram-se vários. Os suficientes para fazerem duas equipas e transpirarem um pouco a correr, para variar, atrás de uma bola.
Até aqui nada de novo!
Acontece quase todos os anos, no defeso.
Mas o motivo desta nota vem já a seguir…

Para espanto de todos, quando se preparavam para a jogatana quem é que aparece?

Uma equipa do CNAD!...
Exactamente!

Souberam do encontro e aproveitaram o facto de poderem ter ali à mão um grupo significativo de Corredores… Não!
Ah, pois não foi isso não...

Deslocaram-se, os senhores do CNAD à Feira, a um encontro de Corredores que por acaso tinham marcado uma partidinha de futebol, para controlar… um Corredor.
Um só.

Toda a gente sabe que os homens do CNAD podem aparecer em casa de qualquer Corredor profissional quando bem entender – (ainda) não se chegou à questão dos Direitos, Liberdades e Garantias que não pode deixar de fora um Cidadão só porque é Corredor de Ciclismo – e não digo que eles, entre si, não comentem que foram controlados.
Que saibam todos, portanto, quem e quando foi controlado…
Mas a pergunta que deixo é esta:

Não é, quase diria… enxovalhante, chegar-se a um grupo de amigos que se reuniu para confraternizar durante um par de horas e chamar um à parte - com todos os outros a olharem-se entre si - para proceder a um controlo que poderia ter sido feito em qualquer outra altura?

O direito desse Homem à sua privacidade não foi absurdamente ignorado, vilmente atropelado, ignobilmente abusado?
Estaremos todos a endoidecer?

Sem comentários: