sexta-feira, fevereiro 04, 2011

ANO VI - Etapa 20

VINGOU O BOM SENSO

Em nome de todos os que ainda são capazes de Sofrer pelo Ciclismo, sem outro objectivo que não seja o de ver a Nossa Modalidade Bem Tratada por quem a rege - já bastam os bitaites da cáfila de ignorantes e/ou mal intencionados que se pelam por a denegrir - Obrigado.

Obrigado ao Conselho de Justiça da FPC por ter sido capaz de fazer juz ao nome e, mesmo desautorizando-se [é evidente que é apenas e só um recurso literário], fazer... Justiça.

Refiro-me, se ainda o não perceberam, ao levantamento do castigo aos irmãos Costa. Ok... não foi levantamento do castigo e esse ficará marcado (injustamente) nas suas cédulas, mas retirar-lhes o impedimento de correr durante um ano, reduzindo o castigo aos cinco meses que já cumpriram, acaba por ser um mal menor. Mas, atenção, zurrarei aqui [é o que dizem quando se referem às minhas intervenções mais acutilantes... 'deixem-no zurrar!'] com a amplitude que for necessária, e em sua defesa, se os Corredores acharem por bem serem ressarcidos de um castigo que o próprio acto do CJ reconhece ter sido injusto.

Quando foram punidos já se sabia que a substância que acusaram - um ingrediente comum a vários suplementos vitamínicos que os atletas, não só do Ciclismo, tomam normalmente - deixaria de fazer parte do Index das substâncias passíveis de serem consideradas proibidas.

Bastava, na altura que, quem de direito viesse a público e explicasse isto mesmo - porque sou visceralmente contra o encobrimento de situações ilícitas (e, insisto, ainda há um caso de hormonas de crescimento por explicar!) - e tinha-se evitado que o nome de dois jovens valores (e se é assim que a FPC trata as promessas, fica explicado o castigo a um Corredor que tanto deu à modalidade e que, no ano em que se despedia da competição, foi punido com... 15 anos de castigo) tivesse sido beliscado.

Adivinho que haja quem diga... só quem está no convento sabe o que se passa lá dentro.
Eu contraponho... estamos fartos de públicas virtudes que encobrem, há anos, privados vícios.

...

Porque se situa, mais ou mesmo (salvaguardando as devidas proporções), dentro dos mesmos parâmetros lamento o arrastamento do 'caso-Contador'. É líquido que sim, é possível a ingestão de produtos proibidos através de uma simples refeição.

Todos sabemos como os pintos, os cordeiros, as vitelas ou os leitões ficam al dente num terço do tempo em que naturalmente ficariam. A quantidade do produto detectado em Alberto Contador é doentiamente ridículo. Ninguém será capaz de defender outra tese que não a que, por mais fundo que tivessem que escavar, o queriam tramar.

Há meias decisões tomadas. Uns dizem que fizeram o que lhes competia, logo outros se apressam a dizer que não há - e não há, de facto - ainda uma decisão oficial. Neste meio tempo um profissional está sem saber qual vai ser o seu futuro e, mais importante ainda, um Homem sem saber qual vai ser a sua Vida!

E isto acontece... no Desporto!

Os franceses já impediram uma primeira vez Alberto Contador de tentar vencer o Tour duas vezes consecutivas, deixando a Astana de fora; a prova perdeu interesse! No ano seguinte Contador venceu de novo mas os franceses não gostam dos espanhóis (o inverso também pode ser verdade mas é inaceitável numa competição desportiva) e o ano passado repescaram Lance Armstrong para cartaz. Voltou a ganhou o Contador e eles repetem a cena...

... antes um luxemburguês, ainda que germanófolo, que um espanhol.
É a única coisa em que a organização pensa.

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