[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
domingo, março 27, 2011
ANO VI - Etapa 35
PARABÉNS A TODOS!... PORQUE TODOS OS MERECEM . . Filipe Cardoso, da gaiense Barbot-Efapel, esmagou os cépticos que, nos dois primeiros dias de corrida, nas micro-crónicas que os jornais me ofereceram (uma maneira de dizer, porque os paguei), pareciam torcer para que um corredor de uma equipa estrangeira vencesse... Deficiente leitura da corrida?, pouco tempo junto dela?, incapacidade de, só naquelas linhas o explicarem?... Em mim subsiste a dúvida. Mas venceu um português, de uma equipa portuguesa, provavelmente aquela que, no contexto em que fecharam as inscrições por cá, este ano, mais merecia. Isto porque conseguiu 'resgatar' alguns Corredores, entre eles o Filipe, ao flop que foi a Nova Liberty. Antes de prosseguir, glória aos vencedores e honra aos vencidos. . Depois dos 'entretantos', vamos então aos... 'finalmentes'. O Ciclismo português, aquele que está, por má sina, confinado ao rectângulo das nossas fronteiras, ainda existe graças à impagável vontade de meia-dúzia de boas vontades, amantes indefectíveis da Modalidade, que sabem que estão a investir para perder mas que, ainda assim, estou certo, esperariam um pouco mais de ajuda. Refiro-me aos patrocinadores. E depois há as organizações. Passam pelos mesmos problemas, têm despesas consideráveis, assumem-as na esperança de algum retorno e, no fim... calculo a frustração... No primeiro caso, curvemo-nos, os adeptos, claro, ante Carlos Barbot. Com o município de Gondomar a roer a corda - há quanto tempo?, dez anos?, sei que eu estava em Espanha, na Vuelta, quando me telefonaram a dizer que a Gondomar-Barbot acabara. Semana e meia depois, quando regressei a Portugal, soube que Gaia substituiria Gondomar. Até hoje, e sempre com Carlos Barbot - curiosamente, um homem do automobilismo, para quem não sabia - a assumir as despesas. Voltando às Organizações, para tentarem conseguir ter uma cobertura, no mínimo... que possam mostrar aos seus patrocinadores, acarretam com a despesa de 'levar' os jornalistas, proporcionando-lhes, pelo menos, o alojamento. Já acontecia no meu tempo, e, nomeadamente, o Troféu Joaquim Agostinho e este mesmo GP Costa Azul, pagaram-me hotéis... (**) mas posso mostrar, porque as tenho aqui comigo, sempre foram publicadas páginas completas sobre as respectivas corridas. Não era, nunca poderia ser - e o primeiro obstáculo a que isso acontecesse seria eu próprio - um 'pagar' de favor. E naqueles dois asteriscos, ali atrás, que serão explicados mais à frente, vão ficar a saber que nunca o foi. Era uma questão de opção editorial... o Ciclismo era prioritário. Mas se a prova não tivesse interesse não a íamos cobrir só pra dormir à borla... e houve muitas que não cobrimos. Eu era responsável editorial. Era uma altura em que se sonhava alto no Ciclismo português? É verdade. Mas é agora, mais do que nunca, que a Modalidade precisa que lhe dêem uma mão. . (a) - Esta edição do GP Caixa Agrícola-Costa Azul, oferecendo as mesmíssimas condições que oferece desde há anos, só teve a presença de dois... colaboradores de dois OCS. . Nem um, mesmo com esta ajuda, mandou um Jornalista cobrir a prova!!! . Que Ciclismo querem ter se o não apoiarem? Vamos então aos asteriscos, e começo pelos dois, vão já perceber porquê... . (**) - Foi ideia apresentada, e acerrimamente defendida, por alguém que, durante décadas, 'negociou' o Ciclismo, do qual viveu. Contactava patrocinadores, assinava contratos de publicidade, recebia o dinheiro, elaborava orçamentos, 'pegava' naquilo que era necessário para convencer o OCS do qual era... colaborador (tem a carteira profissional n.º 2137, enquanto a minha, que apareci duas décadas depois, é a 1587), e saía para a estrada como gestor supremo de um orçamento do qual já guardara o suficiente para servir de 'almofada', o que não acontecia porque mantinha a 'sua' equipa sob um regime de mão-de-ferro. . Quando o tacho acabou e se viu perdido, levou todos os outros (onde eu me incluo, na minha boa fé) a aceitarem usar isso [os convites institucionais] como argumento junto das respectivas chefias para continuarmos na estrada. Daí o não poder negar que fiz corridas do Troféu Joaquim Agostinho e do GP Costa Azul, como o último GP Jornal de Notícias, um ou dois dos CTT/Correios de Portugal com a dormida paga. . Aqui faz falta uma... duas, se quiserem, ainda que de sinal diferente, excepções: Sempre paguei, e mais do que uma vez paguei do meu bolso, as dormidas da Volta ao Alentejo; Devo - jamais o esconderia - à mesma pessoa, o facto de, se não todas, quase todas as vezes que cobri a Volta ao Algarve o ter feito graciosamente, em termos de alojamento. . Não, ao contrário do que alguns possam estar a pensar não se tratou nunca, em caso algum, de promiscuidade. Muito menos no Algarve em que até ficávamos em unidades hoteleiras muitas vezes alheias à Organização. Eram conhecimentos pessoais, e por aqui me fico... . Aliás, estendamos a questão para além fronteiras. A FPC pagava (e ainda paga) aos representantes dos principais OCS nacionais as dormidas aquando dos Campeonatos do Mundo realizados na Europa. Eu estive em Itália e na Bélgica. Como os outros. Pessoalmente sempre senti alguma relutância em embarcar neste 'sistema'. Mas assumo que o fiz. Ressalvando, uma vez mais, que sempre dei a esses trabalhos a dignidade que eles mereciam, não por causa que me pagavam a cama (que se calhar, o meu patrão não pagaria) mas porque a opção editorial era minha e, sem nunca, mas mesmo nunca - tenho os recortes todos - prejudicando outra modalidade, havia espaço para contemplar tudo o que era importante.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário