COREM DE VERGONHA!...
Insurgi-me, a quente, logo no dia de Natal quando se soube que um dos maiores estrategas, um dos melhores técnicos do Ciclismo nacional - falo de Mestre Emídio Pinto - tinha falecido (tinha, quando acordei, mensagens de diferentes proveniências nos meus três telemóveis).
A minha primeira preocupação foi ligar o PC e ver o que A BOLA dizia.
Nada!
Era dia de Natal, sempre houve alguma tolerância, em todos os jornais por que passei, e que 'elasticava' a hora de chegada à redacção. Quem tem serviços em Agenda, por exemplo, de manhã, também pode chegar um pouco mais tarde desde que o Editor da sua secção já lhe tenha comunicado o espaço que lhe está destinado. E como os 'gráficos' também têm direito a esta... tolerância, de que vale a pena ir a correr para os jornais se, por exemplo, os editores ainda não fazem ideia dos espaços que vão dar a cada um dos assuntos, e os desenhadores de páginas vã chegar um pouquinho atrasados e não há onde escrever?
Ainda por mais quando em dois dos 'desportivos' o Ciclismo é tratado por colaboradores pagos à peça e o terceiro insiste no 'ecletismo' dos seus 'especialistas' e, por isso não tem nenhum que se aproveite. A não ser que lhe caia na mesa um bendito comunicado.
Fiquei, ali, numa espécie de equilíbrio de risco.
O Record foi o primeiro a dar a notícia, que me irritou, pese embora nem tenha sido a pior.
A seguir a má nova já está n'O Jogo... falo nas edições electrónicas, claro.
E a BOLA?
Sonhador incorrigível ainda pensei que, mesmo dando o 'cliché' à concorrência, A BOLA se atrasava porque estava a preparar qualquer coisa de sério, ao nível do Emídio Pinto, logo, sairia por cima.
Mas as horas passavam.
Já tinha o meu artigo, aqui escrito quando surgiu a dúvida: haveria alguma possibilidade de não saberem? Impossível!
Caramba, já que - há alguns anos - tenha deixado de ser o seu 'moço de mão', que o ajudava a encher a mala do carro de packs de garrafas de água (e foram - para minha vergonha, e com vergonha - muitos hectolitros, quando uma garrafinha de água custava 0,25 €) >>> quando se se apresenta, impecavelmente, de fato e gravata e ao volante de um Mercedes (embora não seja dele) é preciso ser mesmo mesquinho, pequenininho, pronvinciano e, desde novinho aprendido ter a 'desviar' em seu proveito nem que fosse um par de botas velho >>> recomecemos: já que deixei de lhe carregar água, não quero tirar-lhe o pão!
Fiquei quieto.
E A BOLA - na altura não o sabia - 'picou' um comunicado da FPC e deu uma noticia vergonhosa. Daí a minha indignação na altura. Principalmente pela falta de alguém com responsabilidade de coordenação que tenha percebido que Emídio Pinto não foi, definitivamente não foi, apenas... um ex-ciclista.
PS: Ciclista é um andador de bicicleta!
Quem do Ciclismo faz profissão é Corredor.
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