segunda-feira, janeiro 26, 2009

domingo, janeiro 25, 2009

II - Etapa 311

ETERNAMENTE PRESENTE

A novidade é-me dada pela Cristina Neves [ver comentário na Etapa anterior] e de imediato me associo ao acontecimento. Modestamente, da forma que posso fazê-lo. Aqui neste cantinho onde morará para sempre a memória do meu querido Bruno... apesar dos altos e baixos que a vida nos reserva, por um momento também eu sorri assim, como tu sempre o fazias. Até um dia, amigo!

sexta-feira, janeiro 23, 2009

II - Etapa 310

SEMPRE DISPONÍVEL... (*)

Não sei de mais nada!
Recebi este cartaz do Ezequiel Lobo, pessoa amante do Ciclismo, não tenho dúvidas.
Ainda por cima, reporta-se a uma prova em Évora, cidade que admiro particularmente.

Não sei de mais nada, mas aqui fica o cartaz...

(*) Já sei mais algumas coisas... (mais informações sobre a maratona em www.ccevora.com)

quinta-feira, janeiro 22, 2009

II - Etapa 309

O QUE ELE, SOZINHO, CONSEGUE FAZER!

Desde que anunciou a sua intenção de regressar ao pelotão, o estadunidense Lance Armstrong, hepta vencedor do Tour - e não hepta-campeão como costumo ler, porque o Tour é uma corrida, não um campeonato -, mal grado o torcer do nariz de uns quantos e a aberta discordância de outros tantos, reganhou para para o Ciclismo espaço nobre nos jornais. E não só [vide foto].

Há quem não goste dele, porque não!
Há quem não goste dele porque desconfia...
Há quem goste dele porque sim.
Há quem goste dele porque sobreviveu a uma doença terrível...
Há quem o admire profundamente pelo atleta que é.
Incluo-me neste grupo.

Sentir o cheiro da morte muda qualquer ser humano. Percebe-se a mesquinhez reinante na nossa Sociedade e, normalmente, abraça-se uma causa. O Armstrong tem a dele e, já li, foi por isso que voltou.

Li, ainda em folhas de prova - escritas em computador e depois imprimidas - com o texto que viria a ser publicado e fi-lo para um trabalho que A BOLA fez sobre o livro, a história da sua luta contra a morte. Mas nem sequer foi esse relato, real, que me impressionou, foi a forma como ele voltou à estrada para ganhar... sete vezes consecutivas a Volta a França. Isso sim, fez de mim seu admirador.

Mas estou a desviar-me do objectivo deste artigo...

É folhear os jornais dos últimos dias e verificar que, com o regresso de Armstrong, o Ciclismo voltou a ter lugar cativo no noticiário diário. Nem que tenha sido como barbaridades que li, onde, por exemplo, um título vincava que ele fora apenas sexagésimo não sei quantos, numa chegada em grupo que, com os normais cortes, fez com que tivesse gasto mais dez ou doze segundos que o vencedor.

É não perceber nada de Ciclismo. Quantas corridas (ou etapas) ganhou o Armstrong ao sprint? Querer fazer dele, agora, um sprinter... é ir além da ignorância.
Mas nem é isso que aqui está em causa...
... o que quero sublinhar é que, gostando-se ou não dele, Lance Armstrong é o maior.

Pelo menos - e eu já disse que, pessoalmente estou entre os que acreditam nele - porque, só o peso do seu nome recuperou para o Ciclismo espaço na Comunicação Social.

Pode até nem ganhar nada - garanto que não acredito nisto - mas é impressionante o que ele, sozinho, consegue fazer pela Modalidade. Agradeçamos-lhe por isso...

quarta-feira, janeiro 21, 2009

II - Etapa 308

AI, AI!...

Em Espanha um Juíz tenta reabrir o processo Operatión Puerto.
Os motivos são claros e compreensivos: tudo aquilo pode configurar um atentado à Saúde Pública. Consta da Lei Geral do país, mas sem repercussões a nível desportivo porque à data do escândalo aquela ainda não contemplava os casos de doping no desporto.

Como a nossa, à data do mais badalado dos casos, também ainda não contemplava.

O que será que hoje, quarta-feira, FPC e secretário de Estado da Juventude e Desportos vão discutir? (*)
Vamos sabê-lo, mais tarde ou mais cedo.

A... estratégia de não ter sido produzida nenhuma acusação formal, porque a Lei ainda não estava em vigor, com o eventual intuito de, agora, o fazer, enquadrando-a na entretanto aprovada Lei - se for essa a ideia - seria uma mancha perpétua na honorabilidade de ambas as partes, e coisinha que qualquer advogado estagiário desmontaria sem a menor dificuldades.

Não está previsto na Constituição Portuguesa a rectroactividade das Leis.
Era o que faltava!

Mas voltando ao princípio. Todos os jornais de referência espanhóis, desportivos ou não, falaram nos últimos dias dessa vontade de reabertura do processo Operatión Puerto.

Houve uns mais sérios que outros, que não iludiram os seus leitores e deixaram bem claro que, para além do Ciclismo, outras modalidades como o Atletismo, o Ténis e mesmo o Futebol podem sair chamuscados.

Aliás, desde o início que eu digo aqui que a acção da Guardia Cívil não se ficou pelo zero (ou quase) por causa do Ciclismo, mas por causa de outros elementos encontrados e que feririam - quase me atreveria a dizer de morte - modalidades em que os espanhóis têm vindo a dominar.

Incluindo a Fórmula 1.
O Alonso não foi campeão do Mundo por acaso, nem foi por acaso - nem por causa do carro - que perdeu o título.
E temos o Nadal... estava na lista do doutor Fuentes, como as equipas de futebol do Barcelona, do Valência e do Real Madrid...

Por alguma razão, apesar de não ter sido possível evitar falar do seu nome, o homem continua em actividade.

Há poderes superiores ao Poder.

Talvez por isso este Juíz, e é bom lembrar que em Espanha há quem se pele por ser um novo Baltazar Garzón, queira - ou já tenha, é indiferente - reabrir o processo Operatión Puerto.

Agora ignorar o que todos sabemos e indexar isso apenas ao Ciclismo, como se fosse só esta a modalidade em xeque...

(*) Afinal não é hoje:

22-01-2009 - Gabinete SEJD
Debate da Proposta de Lei que estabelece o regime jurídico contra a dopagem no desporto

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Nota

No dia de ontem, o VeloLuso ultrapassou o engraçado número das 200 mil visitas.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

II - Etapa 307

O OFF-SHORE DE CAMPOLIDE

Podíamos ter um dos melhores pelotões do Mundo!... Agora é tarde de mais.

Peço desculpa por não o ter visto antes, mas, legalmente - porque os seus estatutos assim o permitem - a Federação Portuguesa de Ciclismo poderia, este ano, ser aquela com mais equipas profissionais inscritas.

Porquê?
Porque [vide documento anexo] cobra pela inscrição de uma equipa Profissional Continental - equipa deveras profissional - apenas 10% do que cobra às Continentais.
Que deveriam ser equipas de formação mas que, por cá, são as verdadeiras... "profissionais".
E não vai entre aspas por acaso.


Ponham lá as peneiras que quiserem, não consta que jamais tenham tapado o Sol.

E todas estas letras que aqui gastei foram de mais...
...basta atentar ao Documento Oficial da própria Federação Portuguesa de Ciclismo.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Nota

É IMPORTANTE

Porque poderia passar despercebido - refere-se a algumas etapas atrás - não quero aqui deixar de chamar a Vossa atenção para o comentário que a dr. Marina Albino deixou na Etapa 303.

Pessoalmente acho que alguém, neste caso a APCP, devia tornar público quais as equipas não cumpridoras e em relação às quais foram - porque sei que já foram - accionadas as garantias bancárias.

Em nome de um Ciclismo transparente...
(Digam-me que publico aqui...)

II - Etapa 306

DEPOIS DA AC PORTO
A VEZ DA AC MINHO


Ainda há bem pouco tempo houve eleições na Associação de Ciclismo do Porto e, na única lista que se apresentou a escrutínio - e no seu programa - adivinha-se uma bem vinda vontade de mudar alguma coisa. Não para que tudo fique na mesma, como vinha a acontecer no Ciclismo português nos últimos anos, mas para mudar mesmo.

Agora é a vez de a Associação de Ciclismo do Minho votar - também se comprometeu uma única lista - e eleger os seus novos Órgãos Sociais e, também aqui se pressentem ventos de mudança. O que aplaudo.

Com os Clubes - na sua esmagadora maioria, entregues a, apesar de voluntoriosos, não lhes nego isso, mas a puros carolas que na maioria das vezes nem pelos seus próprios interesses sabem zelar - abaixo, e com uma estrutura federativa esgotada (escolham o significado que mais vos agradar e tentem adivinhar aquele que eu pensei ao usar a palavra), se não queremos que o Ciclismo em Portugal caia em estado vegetativo resta-nos a esperança de, associação a associação, aparecerem pessoas com vontade de levar em frente a mudança que urge ser feita.

Apesar de as eleições acontecerem apenas no próximo sábado, porque não há razões que indiciem a sua não vitória, aqui deixo, desde já expresso o meu desejo de bom trabalho e o meu modesto incentivo para que levem adiante as suas intensões lavradas em programa.

Que outras associações se sigam. Ser-se menos novo, ou estar-se há muito tempo no mesmo lugar não significa, necessariamente, um factor negativo, contudo, e repetindo-me, aquilo a que temos vindo a assistir nos últimos anos é ao tal... mudar qualquer coisa para que tudo fique na mesma. Ponhamos um ponto final, parágrafo, nisso.

Gente nova, com ideias novas, com programas novos, com intensões novas e determinada a levá-las por diante, só podem fazer bem à Modalidade.

Tal como fiz em relação à AC Porto, aqui deixo o elenco que, a partir do próximo sábado - não sei ainda quando será a cerimónia oficial, mas apenas formal, da tomada de posse - passará a gerir a AC Minho:

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL
Presidente: Diogo Ribeiro
vice-presidente: Emanuel Fernandes;

secretários: Ângela Oliveira e Álvaro Amorim
DIRECÇÃO
Presidente: José Luís Ribeiro
vice-presidentes, área financeira: Amâncio Passos;
área desportiva: Francisco Marinho;
área administrativa: Esser Jorge Silva
directores: Jorge Gonçalves, José Lopes, Joaquim Mendes, Nino Pereira e José Gomes
suplentes: João Guimarães, Aníbal Rocha, Humberto Guimarães, Tiago Laranjeiro e Edmundo Pereira
Secretário-geral: Luís Teixeira
CONSELHO FISCAL
Presidente: João Paulo Rodrigues
vogais (2): a designar
CONSELHO JURISDICIONAL
Presidente: Manuel Oliveira Martins
vogais (2): a designar

-------------

Entretanto, tendo e não tendo a ver com o assunto, aproveito para destacar o papel que o Luís Teixeira desde há muito tem na AC Minho. Também é sabido que esta associação tem sido das mais activas - pese embora tenha deixado cair o histórico Grande Prémio do Minho - e mais ecléticas (dentro da modalidade). Quanto pesará o trabalho do Luís Teixeira nisto? Pesa de certeza. Ora eu sei que a FPC contribuia com uma certa verba - eu sei quanto, mas não interessa para o caso - para ajudar a AC Minho a ter o Luís Teixeira a tempo inteiro; sei também que este ano na Rua de Campolide deixaram de achar que esse contributo era, mais do que necessário, muito importante para o funcionamento da associação.

domingo, janeiro 11, 2009

Nota

QUAL A DIFERENÇA?

Os democráticos Estados Unidos mantêm há décadas um campo de concentração - não é mais do que isso, e em quase nada, salvo os fornos crematórios, o distingue de Auschwitz, Treblinka ou Dachau - que, para bem da sua conturbada consciência, está convenientemente situado na Ilha de Cuba. Refiro-me a Guantanamo, é evidente. Onde, de forma perpétua, se enclausuram suspeitos, a esmagadora maioria dos quais jamais verá provada a sua culpa.

No Ciclismo português estamos há nove meses há espera que se prove que nove homens estão mesmo legalmente impedidos de exercer a sua profissão.

Qual a diferença? É muito pouca.
A farda dos prisioneiros de Guantanamo é laranja.
O pesadelo dos homens de que falo está encerrado entre paredes cor-de-rosa...

sábado, janeiro 10, 2009

II - Etapa 305

DOIS APONTAMENTOS
(não posso dar notícias)
BONS, PARA VARIAR

Não posso... nem dou. Mostro-vos o caminho até elas. Com um sentido obrigado à Imprensa Regional.

Registo 1. (*)

Registo 2. (*)

II - Etapa 304

NEM OS PROGENITORES FORAM AO "ENTERRO"!...

O famigerado ProTour foi enterrado sem pompa nem circunstância. A sua morte, há muito prevista, terá acontecido em paz. Provavelmente durante o sono. Foi-se. Não deixa saudades e nem sequer consta que os seus progenitores o tenham acompanhado à última morada.

Pelo contrário, e da forma usualmente farisaica como se têm movido nos últimos cinco a seis anos, os pais da besta apareceram no final da semana muito satisfeitos com o facto de... o Calendário Mundial ter sido reunificado. Eles, os mesmos que o retraçaram, criaram uma coisa irreal, plantéis de 30 corredores, a obrigar a orçamentos loucos de dezenas de milhões de euros, muitos deles. Ora, quem investe tanto pede resultados; para se conseguirem resultados... exactamente.

Nem vale a pena prosseguir, todos entendem.

Ao mesmo tempo, obrigados a subdividir-se em mais do que uma frente, as principais equipas aceitavam os convites de algumas – ainda na altura – grandes corridas, para depois apresentarem um segundo ou terceiro conjunto, defraudando as expectativas dos organizadores e, pior ainda, irritando os patrocinadores que se sentiam enganados... pelos organizadores que não tinham culpa.

E quantas corridas desapareceram do calendário nestes últimos cinco anos?
Algumas delas com história, como sabem.

Logo no final do primeiro ano da experiência se percebeu que a ideia pecava por pouco madurada. Houve demasiada pressa em salvar algumas peles e para que essa meia dúzia se salvasse, sacrificaram-se dezenas de outras.

De organizações a equipas.
Quantas desapareceram nestes últimos cinco anos?

Estou à vontade porque desde a primeira hora me posicionei contra aquilo que não foi mais do que uma tentativa de assalto ao pote do ouro, só que feita por amadores, quando os donos do pote eram, são, organizações tremendamente bem oleadas, poderosas, com fortes influências.


Quem é que ficou admirado com o facto de três organizadores apenas terem feito frente à UCI, terem rido das ameaças feitas por esta, terem cedido o mínimo que queriaM ceder para, quando, tendo dado a mão perceberam que lhes queriam agarrar o braço pura e simplesmente romperam as intenções de cooperação?

Eles, os ricos, sujeitarem-se ao ridículo ataque de candidatos a novo-ricos, presunçosos mas sem ideias nem... obra feita. Que queriam, em espécie de golpe palaciano, instalar-se nos grandes cadeirões que, naturalmente, os seus detentores defenderam com as armas que tinham. A força dos milhões que geram e fazem gerar, o que os liberta de qualquer traiçoeiro abraço de uma qualquer anaconda.
E saltaram fora.


E as equipas fizeram orelhas moucas às histéricas ameaças gritadas de Aigle. E, como era evidente, nem chegou a haver confronto porque as armas estavam, estiveram sempre, do mesmo lado.

Mas, teimosamente, houve quem tenha resistido até ao fim na defesa do indefensável. O ProTour morreu em data incerta, há dois ou três anos lá para trás. O enterro aconteceu agora, pela calada, como se enterra um indigente. Tudo de que a Sociedade se envergonha.

E as corridas desaparecidas – este ano é a grande Volta à Comunidade Valenciana que está em risco, para não tomar já como certo o anúncio de que não se vai realizar mesmo?
E as equipas que desapareceram?

E as que sobrevivem de forma artificial?
Não, não me estou a referir em concreto ao pelotão português.

Aqui ao lado, em Espanha, não fora a intervenção, em termos orçamentais bastante significativa das Regiões Autonómicas, aquele que será, actualmente o Ciclismo mais forte do Mundo – ganharam quase tudo o que de mais importante havia para ganhar, das três grandes aos Jogos Olímpicos, lembram-se? – poderia estar ridiculamente equiparado ao português. Digo ridiculamente sustentado na abissal diferença de potencial económico entre os dois países.

Entretanto, e enquanto ia perdendo o braço-de-ferro com as três grandes organizações, a UCI virou-se para a parte mais fraca desta cadeia, os Corredores.
Em nome de uma transparência que só os cínicos podem publicamente defender, porque todos sabemos que, e insisto, não é só no Ciclismo mas em todas as modalidades de Alto Rendimento, sempre houve doping, há doping e haverá sempre doping.

O mais certo, e estou ainda esperançado que, nomeadamente cientistas que se venham a debruçar sobre o fenómeno, com a ajuda clara e sem receios dos médicos, repito-me, que acompanham atletas de disciplinas de Alto Rendimento, do Ténis à Natação, do Atletismo de velocidade ao Atletismo de Fundo e do Futebol, sim... do Futebol, assumam a definição e a sua pública defesa daquilo que, nos dias de hoje e tendo em conta o que se pede aos atletas - não raro, em actos elevados ao insustentável peso de "defesa da honra nacional" - é, de facto, doping.

Ainda hoje se fala dos campeões-proveta fabricados na ex-RDA. Nunca se atreveram a insunuar o mesmo em relação à ex-URSS porque? Porque os grandes Estados Unidos faziam, e fazem, a mesmíssema coisa. E hoje em dia, ainda que mais ou menos disfarçadamente, aponta-se o dedo à China. Mas as qualidades dos jamaicanos são endógenas... Repito, é tão grande o cinismo neste campo que, quem quiser ser honesto para consigo próprio, e só assim o poderá ser em relação a terceiros, o melhor que tem a fazer é ficar calado.

Ao longos das últimas décadas tudo mudou. Desde os apetrechos, sejam bicicletas, sejam as simples bolas de futebol, até aos métodos de treino... e insiste-se numa lista de produtos proibidos elaborada empiricamente.

E o que aconteceu nos últimos anos no Ciclismo, não tenham dúvidas, resultou de uma guerra de bastidores entre as duas facções em que a criação do ProTour dividiu o Modalidade e que penalizou, principalmente, para não dizer unicamente, os Corredores.
Salvo uma ou duas excepções.

Desceu-se tão baixo, nesta procura de resultados – de sinal diferente, claro, quem o não percebeu? -, com as organizações de corridas a lutarem por manter o espectáculo ao seu nível e as organizações de... defesa da saúde dos atletas a fazerem tudo para descredibilizar esse espectáculo esfalfando-se por descobrir batota em tudo o que era corrida – que se atropelaram até direitos fundamentais de todos os Homens, como o Direito à Privacidade (obrigatoriedade de informarem onde estavam 24 horas por dia, 365 dias por ano) e o Direito ao Bom Nome, com acusações (pelo menos ainda) não provadas.
Mas siga a tropa!

Volto a ver que todos estão agora felizes. O Calendário Mundial foi reunificado, a UCI voltou a andar de braço dado com os, até há pouco, arqui-inimigos (retomou a boleia que eles lhe dão, é o que é!...) e, aparentemente... não aconteceu nada!

Termino remetendo-vos ao artigo anterior a este. À carta do Cédric Vasseur... Leiam-na quantas vezes for preciso para a compreenderem.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

II - Etapa 303

É NA UNIÃO QUE ESTÁ A FORÇA
(... e meus amigos,
vocês NÃO SÃO o elo mais fraco!)

Não faço a mínima ideia se o Cédric Vasseur, presidente da CPA - Cyclistes Professionnels Associés (no nosso léxico: Associação Internacional dos Corredores Profissionais), é ou não admirador do filósofo alemão Karl Marx. Eu, confesso, sou admirador - e cada vez mais - porque este homem, nascido em 1818 (morreu em Inglaterra, aos 65 anos) que não consta ter nascido de mãe virgem e de ter um pai todo-poderoso que reinasse sobre a terra e os céus, deixou-nos um legado de importância incontornável.

Esqueçam as ligações que, à posteriori, lhe colaram ao nome - embora, na sua génese, eu acredite que a ideia era a de observar a sua doutrina - e quem conhece a sua obra e reconhece a influência que os seus pensamentos tiveram no desenvolvimento da sociedade, sobretudo das classes mais baixas, até muito perto do final do Séc. XX (mais de 180 anos!) saberá interpretar o que vou escrever a seguir.

Sou membro de pleno direito da AIJC - Associação Internacional de Jornalistas de Ciclismo - e recebo mensalmente o boletim da CPA.

Neste último, o presidente deste organismo - que quer, e precisa, e para isso precisa do apoio de todos os Corredores profissionais, devolver aos Corredores o protagonismo que é deles, que é vosso, porque sei que muitos me lêem -, depois de um balanço à temporada de 2008 termina com um - quase diria, pungente - apelo à Classe.

E quando li o documento - cá vem a ligação com Karl Marx - lembrei-me logo de uma das suas mais célebres frases. Recordo que estávamos em meados do Séc. XIX, em plena Revolução Industrial.

E a frase é esta:
OPERÁRIOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!
Troquem o operários - que vocês não deixam de o ser - por Corredores...

Numa leitura lúcida e inteligente daquilo que se passa na actualidade, Cédric Vasseur chama a atenção para o facto de o Ciclismo continuar a ser um Espectáculo, espectáculo que continua a motivar multidões e, como ele bem o descreve, as pessoas não vão à beira da estrada, às zonas de partida e chegadas das etapas, para ver os carros topo de gama ou os autocarros quase futuristas que as equipas hoje em dia apresentam. Vão ver os Corredores.

Vão ver os Corredores, os verdadeiros, os únicos artistas deste espectáculo que é o Ciclismo.

E ao que é que estamos a assistir?

Passe a imagem, que podendo não ser bonita não tem nada de pejorativo porque, tal como vocês, os artistas de circo são credores de toda a nossa admiração.

Estamos a assistir que os donos do circo, começando pela União Ciclista Internacional, descendo um degrau até às federações nacionais e mais um outro até aos organizadores (sem esquecer, porque não seria honesto se o não sublinhasse aqui, as equipas), estão muito mais preocupados em tentar salvar os respectivos negócios (e tachos, acrescento eu) do que em fazer qualquer coisa que SALVE o Ciclismo.

Por cá, as últimas notícias que li - e já repararam que deixei de dar notícias, o VeloLuso regressou ao formato inicial, que é o de espaço de opinião, não de um jornalista (que tem um vínculo contratual com uma entidade que lhe paga o ordenado ao fim do mês e perante o qual tem compromissos a que não pode fugir) mas de um fervoroso adepto -, dizia, para que não nos percamos, as últimas notícias que li foi a de que o principal organizador de corridas em Portugal quer baixar as categorias das suas provas internacionais, e até passar algumas a meras corridas domésticas.

Quem quiser ver a coisa pelo lado da sobrevivência do Ciclismo em Portugal até pode achar que isso será o mais correcto. E nem peso na consciência me fica porque há muito venho a dizer que temos corridas internacionais a mais.

Mas se conseguimos perceber um rabo de fora, é porque há um gato escondido.

Corridas internacionais 2.2 custam ao organizador METADE do preço das de 2.1 e corridas domésticas aproximam-se do décimo de encargos, em relação às primeiras. E onde é que se poupa dinheiro? Nos prémios aos Corredores.

É verdade que se não houver quem organize corridas... não há trabalho para os Corredores.

Mas, ao contrário do que se costuma dizer, a verdade não é só uma. Há muitas e cada parte escolhe aquela que lhe der mais jeito.

Sabemos - se o conseguisse provar já o tinha feito - que há equipas que não pagam o que regulamentarmente está estipulado aos seus corredores; temos agora as organizações mais preocupadas em salvar os anéis, em detrimento dos dedos, e os dedos são aqueles que fazem o espectáculo, os Corredores. Sabemos - por mais estranho que isso possa parecer - que a FPC NUNCA se deu ao trabalho de verificar se os contratos que avaliza são verdadeiramente cumpridos; sabemos que a FPC aceita a inscrição de massagistas, mecânicos - apesar de os seus serviços administrativos terem de passar duas licenças à mesma pessoa, porque os massagistas e os mecânicos também precisam de uma licença -, e se for necessário... padeiros, serventes de pedreiro ou entregadores de pizzas... como se fossem corredores para ultrapassar a questão das idades regulamentadas para as equipas Continentais.

Sabemos que há corredores que assinam um contrato de 12 meses, a cobrar 1000 € por mês a uma equipa e, paralelamente, assinam um compromisso de, mensalmente... doarem esses mil euros à mesmíssima equipa. Correm de borla, deixando colegas que o não podem fazer no desemprego.

Mas pronto... este artigo serve apenas para chamar a atenção para o comunicado da CPA, assinado pelo seu presidente, Cédric Vasseur cuja parte final aqui vos deixo...

Eu sei que a Vida não está fácil, mas no meu Alentejo diz-se que só se põe às nossas cavalitas se nós nos baixarmos...

domingo, janeiro 04, 2009

II - Etapa 302

ELEIÇÕES NA A. C. PORTO


Após as eleições realizadas no passado dia 22 de Dezembro – é importante registar que a lista apresentada a sufrágio obteve 100% dos votos expressos (100 por cento, nem um branco, nem um nulo) e que nelas participaram 56% dos clubes com direito a voto –, na última sexta-feira, dia 2 de Janeiro de 2009, teve lugar a cerimónia de tomada de posse dos membros para os diversos Órgãos Sociais da Associação de Ciclismo do Porto.

Órgão Sociais cujo elenco completo aqui deixo, com os desejos de um bom trabalho durante todo o vosso mandato que coincidirá com o presente Ciclo Olímpico.

Assembleia-geral
Presidente – Manuel Ferreira
Vogal – dr. Orlando Ventura
Secretario – Eduardo P. Bandeira
Suplentes: Paulo Fernando Ferreira e Tiago Manuel Soares


Direcção
Presidente – dr. Miguel Ribeiro
- representa a Associação em actos públicos;
- toda a vertente administrativa
vice-Presidente – Paulo Sousa
- toda a vertente desportiva;
- estrada (sub 23, profissionais e veteranos);
- substitui o Presidente (em caso de ausência)
Directora Jurídico/Financeira – dr.ª Sónia Mendes
- área jurídica;
- área financeira
Director – Gabriel Azevedo
- estrada (escolas até juniores)
Director – Pedro Vigário
- BTT
Director – Jorge Rocha
- BTT
Director – prof. Fernando Sousa
- formação;
- desporto escolar
Director – Rui Russo
- comunicação e imagem
Director – André Saleiro
- informática
Suplentes: Nuno Silva, Joaquim Teixeira, Silvestre Ribeiro, António Matinha, Nuno Vieira, prof. Valter Sousa, Joaquim Amado, Luís Monteiro, dr. Francisco Ferreira, dr. Hugo Figueiredo, José Braga Marques e Nuno Ribeiro


Conselho Fiscal
Presidente - dr. António Gaspar Dias
Vogal – dr. Rodrigo Santos Lopes
Vogal – dr. Eduardo Nunes
Suplentes: dr. Mário Magalhães Ferreira e José Ferreira Gomes


Conselho Jurisdicional
Presidente – dr. Alberto Santos
Vogal – dr. António Sousa
Vogal – dr. Alberto Clemente
Suplentes: dr. Paulo Norberto Carvalho e dr. António Carlos Pinto


Conselho de Arbitragem
Presidente – Cláudio Guimarães
Vogal – Carlos Guimarães
Vogal – dr. Carlos Nogueira
Suplentes: António Ramos e José Silva