domingo, setembro 30, 2007

Mais uma acha para a fogueira...

Com o início do ano universitário diminuiu de forma drástica o meu tempo disponível.
As minhas ausências vão ser frequentes.
Com a época a finalizar, para trás ficaram já as aquisições do Benfica. Cândido Barbosa e Ruben Plaza prometem reforçar uma equipa com mais ambições.
Mas como será a definição dos candidatos, com estes dois e José Azevedo?
Conseguirá Orlando Rodrigues gerir bem estes galos para um só poleiro?
Perguntas de adepto para encontrar resposta na próxima temporada.

Entretanto decorrem os campeonatos do Mundo em Estugarda. Como quase sempre prestação muito discreta dos portugueses.
Um pequeno destaque para Rui Costa, 15ª nos sub-23, na prova de Estrada.

Hoje de manhã foi surpreendido com a suspensão de José Rodrigues, que não pode participar na prova desta tarde, que foi ganha, de novo, pelo italiano Paolo Bettini.
O motivo da impossibilidade do português participar, deve-se ao facto de ter registado níveis superiores ao permitido numa análise sanguínea efectuada esta manhã.
Volto a um conversa que já por aqui deixei? Então e o médico ou médicos da Federação não deviam controlar estas situações?
Mais uma vez vamos ser notícia pelos piores motivos.
Mais uma acha para a fogueira do doping.

Na classificação final dos portugueses na prova de Estrada em Elites, Nuno Ribeiro foi o único que concluiu, em 37º, a 47" do vencedor.
Hernâni Broco, Bruno Neves, Hugo Sabido e Ricardo Martins desistiram.
É caso para perguntar.
Valerá a pena ir a estas competições para fazer esta figura?

terça-feira, setembro 25, 2007

900.ª etapa


(AINDA QUE INVOLUNTARIAMENTE)
É INJUSTO E PENALIZADOR O DISTANCIAMENTO
EM RELAÇÃO AOS JORNAIS EM PAPEL

Comecemos pelo princípio: será involuntariamente!...
É involuntariamente, porque - nomeadamente em relação ao Ciclismo - a Imprensa (não preciso repetir que Imprensa escrita é um bárbaro pleonasmo, pois não?) descurou o acompanhamento das Modalidades que não o futebol. Estou careca de tanto escrever isto.

É injusto porque, ainda assim, as NOTÍCIAS são SEMPRE dadas pelos jornais. Ainda por cima nas Modalidades (que não no futebol). Aceito, pacificamente, que na rádio haja programas nos quais se conseguem tronitantes exclusivos. Aceito porque é verdade e, não raro, levam depois os jornais atrás.
Mas nas Modalidades?
Nem programas de rádio nem sítios na Internet.
Digo-o sem corar nem desviar os olhos.

Se lêem alguma notícia de Ciclismo, por exemplo, num qualquer sítio, tipo... Infodesporto, podem crer que essa notícia foi "sacada" de um dos jornais em papel.
Não o referem... Pois não!

Mesmo afastado há quase dois anos não me esqueço que vi, nesse mesmo sítio, o do Infodesporto, notícias assinadas por mim às quais nem uma vírgula faltava.
Sem a menor referência a A BOLA, que fora quem dera a notícia.
Acontece.
Não devia acontecer... mas acontece.

E, se os jornais em papel ainda vão respeitando o trabalho dos outros, referindo que souberam aqui ou ali... nos sítios on-line são raros os exemplos disso.

Tudo isto a propósito de um post que li no Cyclolusitano.
Estou proibido de escrever, mas não me foi coertado o acesso, já o referira.

(Rui, lendo algumas das mensagens sobre alguns dos assuntos mais sérios, começo mesmo a sentir-me desafiado a sublinhar que estou proibido de escrever, quando me vejo citado no próprio Cyclolusitano!... É assim algo - mantidas as devidas proporções, que eu sei quanto valho e não valho tanto - como um sítio onde se discuta a política actual permitir que o Zé da Esquina opine a seu bel-prazer, impedindo o Pacheco Pereira de lá escrever porque invoca, para alicerçar as suas opiniões, artigos concretos da Constituição Portuguesa. Mas o sítio é teu... lá saberás o que estás a fazer.)

Voltando sete linhas atrás, alguém, que por acaso até já andou nisto da escrita e até teve oportunidade de escrever - ainda que a meias - um livro sobre uma figura do Ciclismo nacional, cita o Infodesporto. Claramente porque não compra jornais em papel.

Se vocês, os que gostam de Ciclismo, e há quem confesse que não está para sujar as mãos com a tinta deixada pelos jornais impressos, os abandonam - sim, aos jornais - com que autoridade podem depois vir reclamar pela falta de informação?

Os mesmos de sempre continuarão a pesquisar, a telefonar diariamente a técnicos e empresários e a dar notícias.
Que depois são desonestamente aproveitadas por sítios que vocês, porque não compram jornais em papel, citam.
Como se tivessem sido eles a dar a novidade.

E a bola de neve cresce.

No dia seguinte voltam a não comprar jornais.
De vez em quando esse, e outros sítios publicam notícias piratadas dos jornais, e vocês sentem que estão suficientemente informados.

Entretanto, quem, nos jornais, tem que fazer dez telefonemas para conseguir uma notícia... cada vez tem menos espaço de manobra.
As Modalidades não vendem.

Obrigado "por nada", a quem publicita os nossos vampiros.

899.ª etapa


FELICIDADES ANDRÉ!...
OBRIGADO, ANGEL!...

Duas notícias que vieram a público nos últimos dias e que eu ainda não tivera oportunidade de comentar.

A primeira diz-nos que o jovem André Cardoso, que este ano se sagrou Rei da Montanha na Volta a Portugal com as cores da Fercase-Rota dos Móveis, assinou um compromisso válido por um ano com a madridista Relax-GAM.

É uma equipa ao nível das equipas médias em Portugal, mas tem por si esse "pequeno pormenor" de... um calendário bem mais abrangente e exigente. Onde o André terá oportunidade de medir qualidades - que não lhe faltam - num pelotão qualitativamente melhor.
É uma oportunidade. E fez bem o André em aproveitá-la.

Recordo agora, porque é o momento certo, uma notícia que assinei há dois anos, quando me encontrava em Espanha a cobrir mais uma edição da Vuelta. Encontrava-me na pequena mas airosa cidade de San Ildefonso de la Granja, a meio caminho entre Segóvia - a cidade natal de Perico Delgado - e o alto de Navacerrada, não muito longe de Madrid.

Em San Idelfonso de la Granja foi fundada, no século XVIII a Real Fabrica de Cristales, mais ou menos ao mesmo tempo que a Real Fábrica de Vidro era fundada na Marinha Grande pelo Marquês de Pombal, pelo que as duas cidades estão geminadas.
Mas não é de história que pretendo falar aqui - só que não me esqueci do resto por causa deste pormenor.

Depois de termos almoçado, um conhecido representante de Corredores, espanhóis, mas também portugueses, revelou que tinha quase tudo acertado para a transferência - curiosamente, para a então Fuenlabrada-Relax (a mesma equipa) - de duas jovens promessas lusas: o Bruno Neves, então na Madeinox, e o Sérgio Ribeiro, que na altura escolheu ficar na Barbot-Halcon. Havia um terceiro nome no ar, e com esse, nesse dia em que falámos, parecia tudo acertado. Era Hugo Sabido, que acabou por ir para a britânica Barloworld. Quer dizer, quando falámos havia uma quase certeza e duas grandes hipóteses. Nenhuma se confirmou.

(Pena, não foi Sérgio?...)

Agora, dois anos depois, o André Cardoso aparece a assinar pela mesma equipa dos subúrbios de Madrid. O grande segredo para se vingar é o de acreditarmos em nós próprios. E o segredo do êxito, o de sabermos aproveitar as oportunidades que nos são oferecidas.
Felicidades André.

OBRIGADO ANGEL!...

Entretanto, Angel Edo põe fim a uma carreira que ficará sempre ligada ao nosso país. Não foi fácil a sua vida de sprinter numa equipa - a Kelme - que, em 25 elementos, tinha 20 trepadores. Por isso, e depois de ter vindo a Portugal correr um Grande Prémio Mitsubishi, tendo ganho uma (ou duas?) etapas... no ano seguinte Manuel Zeferino foi buscá-lo.

E foi ele o grande dominador, entre nós, das chegadas em grupo durante um bom punhado de anos.

Catalão, não foi sem algum espanto que os jornalistas com presença mais assídua nas corridas notaram - e isso foi escrito - a preocupação de Angel Edo em falar o mais depressa possível a nossa língua. O que, de facto aconteceu.

Foi um extraordinário corredor. Chegada em grupo, e, ainda se por cima acontecesse ligeiramente a subir... era do Edo!

Lembro-me especialmente de uma, num Grande Prémio Rota do Marquês, em Pombal, junto à Escola Secundária. Embalava-se na "descida" do rebaixamento da avenida para passar sob a linha dos caminhos de ferro, seguia-se mais cerca de 600 metros em plano mas depois... a surpresa: uma curva à direita e uma subidinha de deixar o mais desprevenido de língua de fora. Ganhou o Angel Edo, claro.
E foi sempre um corredor de equipa, pelo menos na Maia.

Terminavam as etapas - estou a falar da Vuelta, por exemplo - propícia aos sprinters e ele convertia-se em mais um operário, no lote de operários de luxo que a formação maiata tinha na altura.
E sempre disponível para os jornalistas.
Mesmo quando não ganhava. Nunca o vi mal disposto.

O emagrecimento do orçamento da equipa da Maia, há dois/três anos, levou-o de volta a Espanha, mas acabou por terminar a carreira em Portugal, com as cores do Vitória-ASC.
No meio tempo, juntamente com mais dois sócios, criou uma empresa de representação de Corredores - que conta, na sua agenda, por exemplo, com o alentejano Bruno Pires - e é a isso que se vai dedicar de ora em diante.

Despede-se das estradas no próximo dia 7 de Outubro.

Pelo que fez em Portugal, merecia que não nos esquecessemos dele.
Por mim, Angel... Obrigado.

Por teres sido um Corredor exemplar.
Por nunca teres deixado de ser um Homem simples. E, já agora... pela tua preocupação em, tão rapidamente, teres investido na aprendizagem da nossa língua, o que foi uma pura demonstração de respeito para com quem te tinha dado a mão e... uma oportunidade de mostrares o quão grande eras. És. Serás sempre.

Obrigado, Angel Edo.

898.ª etapa


PORTUGAL NOS MUNDIAIS
José Mendes e Rui Costa

os primeiros a entrar em acção

A Selecção Nacional de sub-23 que se encontra em Estugarda (Alemanha) para participar nos Campeonatos do Mundo é a primeira a entrar amanhã em competição.
José Mendes e Rui Costa disputam o contra-relógio individual na distância de 38,1 quilómetros que se inicia às 9.00 horas.

O Seleccionador José Poeira está confiante numa boa prestação: «Estão aqui os melhores corredores da especialidade que procuram os melhores resultados. Pela nossa parte estou confiante numa boa prestação. O percurso apresenta algumas dificuldades podendo considerar-se bastante técnico nos últimos quilómetros».

Corredores conheceram percursos

Três dos corredores que participam nas provas de contra-relógio, José Mendes, Rui Costa (sub-23) e Ricardo Martins (elites) treinaram de manhã no circuito da prova durante cerca de 90 minutos, enquanto os restantes realizaram um treino que durou cerca de três horas e meia nas estradas próximas da pequena vila de Bittenfeld onde se encontra a comitiva portuguesa.

José Mendes entra em competição às 9.12 horas e Rui Costa às 10.51 horas, enquanto Hernâni Brôco e Ricardo Martins o fazem na quinta-feira a partir das 12.30 horas.

Decisões adiadas

Os principais pontos que faziam parte da reunião do Comité Director da UCI ficaram adiados para serem decididos ao longo da semana depois de serem revistas e analisadas algumas propostas.

Em virtude das três grandes Voltas abandonarem o ProTour, os calendários terão que ser revistos: sabe-se que o Tour irá ficar com uma categoria especial, comparada ao Campeonato do Mundo, enquanto o Giro e a Vuelta, assim como as provas pertencentes à ASO, RCS e Unipublic, passarão a integrar o calendário Continental Europeu.

O ProTour passará a incluir provas da Austrália, Estados Unidos, China e Rússia que irão ocupar os lugares deixados em aberto por estas competições que, segundo a UCI, será uma aposta na mundialização do ciclismo.

(Texto VIVEX/FP)

segunda-feira, setembro 24, 2007

897.ª etapa


SERIA A MELHOR DAS SOLUÇÕES, MAS...

O ProTour esbraceja como um não nadador naufragado no meio de um dos Oceanos.

Ainda hoje recebi um comunicado dos australianos do South Australia Down Under Tour a comunicarem que, de "corrida engraçada" subiram, no nível da apreciação da UCI a "canditados" a ser corrida ProTour.

Aliás, eu acho que qualquer um - alô Volta ao Alentejo!... - que assine a folhinha por baixo poderá, em 2008 ser ProTour.

Desde que o carro da frente leve a foto, em grande, do senhor Verbruggen - perdão, McQuaid - assim ao estilo do Pai da Nação, estilo Mao Tsé Tung.

Entretanto, a Unipublic anuncia a ruptura definitiva com o mesmo ProTour. E lança até a ideia de alianças externas à prepotente UCI.

O que falta para que nos aliemos?
O que falta para um grande calendário Ibérico comum?

Pois, sem ser o facto de estarmos empenhados, via federação, ao "império"... MAU!

896.ª etapa


DE UM LADO CHOVE… DO OUTRO FAZ VENTO
(Mas… ninguém sabia mesmo?!...)


Custa-me a aceitar e, confesso, que se mo dissessem sem o provar, eu começaria por não querer acreditar.
Mas não é preciso tentar provarem-mo. Atestei-o pessoalmente.

Desde quarta-feira da última semana, e até sexta – uma por dia, curiosamente – recebi informações provenientes de entidades particulares; a primeira de um clube, o Gaia Clube de Ciclismo; as outras duas de empresas que assessoram, respectivamente, o SL Benfica e a Liberty Seguros.

Ia disputar-se, no domingo, dia 23 de Setembro, uma corrida para Profissionais de Ciclismo em Lisboa. Ok… é de todo justo que aqui o diga que já o sabia, lendo o Cyclolusitano. Questiúnculas à parte.

Foi no Cyclolusitano que li, a primeira vez, que ia acontecer um tal… Circuito dos Túneis. E onde li, também, que o evento constava da agenda da Câmara Municipal de Lisboa. Consultando o sítio na Internet da capital do País, a informação era a mínima mas redireccionava-me para o sítio da Federação Portuguesa de Ciclismo. Bastou um clique para dar de caras com… nada.

Depois funcionou o correio electrónico com origem em três das quatro equipas que aderiram ao formato.

Apesar do “beliscão” que aqui deixei então, na tentativa de espoletar novidades, só mesmo no domingo, em notícias de 10 linhas, dois dos desportivos falavam da corrida. O terceiro optou – quem sou eu para os julgar – por, na ausência (creio eu que tenha sido esse o motivo) de informações oficiais nem falar nisso. Foi também o único que hoje sublinha o facto de não ter falado antes na corrida porque dela não tinha oficialmente conhecimento. Foi o Record.

Entretanto, hoje, segunda-feira, recebi, tanto do Clube de Ciclismo de Tavira como da Crédito Agrícola-Pombal, informações sobre um, para mim totalmente desconhecido Grande Prémio Regional…

Fiquei irritado comigo mesmo. Tinha acabado de chegar de mais uma consulta médica. Abri o correio electrónico e deparei com as duas mensagens. Antes de tudo, apressei-me a pô-las no Blog. Condensadas numa só, claro. Depois fui ver o sítio da Federação Portuguesa de Ciclismo.

Como é que me tinham passado, assim, ao lado, duas corridas que mereceriam sempre publicidade? Por inépcia minha.
Não foi.

No sítio da FPC não consta nenhuma destas corridas, embora, pelo menos, a do Circuitos dos Túneis tenha sido – crendo nas informações disponíveis – uma organização da própria federação.

E dou comigo a bater com a cabeça na parede. Então… em datas que no Calendário Oficial deveriam ter sido preenchidas pela concessionada PAD, acabam por acontecer corridas organizadas directamente pela FPC e NINGUÉM sabe disto?

O que é que aconteceu?
A FPC não quis prejudicar a PAD?
Mesmo que o “não prejudicar” tenha sido a realização de corridas completamente… “clandestinas”?
Porquê?

Como é que acontece uma corrida de profissionais em pleno coração de Lisboa e… NINGUÉM SABE?
Não fora a perspicácia de alguém que num sítio particular – refiro-me ao Cyclolusitano, e não a mim – “descobriu” na agenda da Câmara Municipal de Lisboa a organização deste evento e…
… e teria acontecido exactamente o mesmo que com o denominado Grande Prémio Inter-Regiões do qual só tive conhecimento hoje.

Depois de receber as mensagens do Fernando Mota e da Ana Luísa de Jesus.

O que é que está a acontecer com o Ciclismo Português?
Se a FPC delegou noutras entidades a organização destas corridas… porque é que estas as não anunciaram?
Se as assumiu… porque é que as não anunciou?

Expliquem-me, alguém que me explique, porque é que se realizam corridas e estas não são publicitadas?

Quero dizer… sei porquê se realizam, não sei é porque é que não publicitadas.

E seria de todo impossível tentarem convencer-me que não são publicitadas porque… não vale a pena.

E não está, a própria Federação Portuguesa de Ciclismo, a brincar com – para não escrever achincalhar – o estatuto de profissionais dos corredores nela inscritos?

Qual é o profissional que se dispõe a trabalhar se esse trabalho for totalmente em vão? Dizem-me?
A mensagem do Record – que, se calhar, até passou despercebida – sabe a pouco.

895.ª etapa


GRANDE PRÉMIO INTER-REGIÕES (SUL)
Vitória do feirense César Fonte


Decorreu no último fim-de-semana a primeira edição do Grande Prémio Inter Regiões (Sul). A prova que contou com duas etapas, Ourique-Sagres, na distância de 135 km ,e Albufeira-Albufeira, com 137 km de extensão, ficou marcada pela presença de ciclistas da categoria júnior que assim tiveram um primeiro contacto com o pelotão sub-23.
A prova, mais uma vez, foi disputada a uma velocidade muito viva, bastante movimentada, com várias fugas onde todas as equipas pretendiam estar representadas.

O Grande Prémio Inter-Regiões, que marca o fim da época 2007, confirmou alguns valores que se têm destacado ao longo da temporada. Um desses valores, Sérgio Ruas (CA-Pombal), voltou a estar em particular destaque, não só com a conquista da classificação da Montanha, mas também ao estar na luta pela vitória final. Ruas venceu as duas contagens para a camisola Azul (Odemira e Salir) e apresentou-se, tanto em Sagres como em Albufeira, a disputar a vitória na prova. O 5.º lugar em Sagres e o 3.º em Albufeira valeram o 4.º lugar na Geral Final.

Os vencedores das etapas foram, respectivamente, César Fonte (SM Feira-E. Leclerc) e Daniel Mestre (Tavira-DUJA).

O vencedor final foi César Fonte (SM Feira-E. Leclerc), que somou 6.27.42 horas

No próximo fim-de-semana, nos dias 29 e 30 de Setembro realiza-se o GP Inter Regiões-Zona Centro. No Sábado, a primeira etapa tem 94,2 km com partida e chegada a Mação, começando pelas 14 horas e terminando pelas 16.15 horas. No Domingo, a segunda e última etapa tem 96,8 km, com partida e chegada no Cartaxo. O início da prova está marcado para as 11.00 horas e a chegada à meta pelas 13.20 horas.
(Texto a partir das contribuições de Fernando Mota e Ana Luísa da Jesús;
fotos CA-Pombal, Tavira e Maria João Gouveia)

domingo, setembro 23, 2007

894.ª etapa


TÚNEIS DE LISBOA - BRUNO SANCHO EM NONO
FOI O MELHOR DO BENFICA
(Estranha ausência de público
numa corrida no centro da cidade!)

Bruno Sancho, em 9.º lugar, foi o ciclista do Benfica melhor classificado na Clássica dos Túneis, corrida disputada esta tarde no centro da capital, entre o Campo Grande e a Avenida da República, num circuito com 17 voltas, que totalizou 93,5 quilómetros.

A prova, que teve a participação de nove equipas mistas, com Sub-23 e Elites, foi ganha César Quitério (Liberty Seguros), tendo os corredores do Benfica terminado nas seguintes posições: 9.º, Bruno Sancho; 29.º, Pedro Lopes; 33.º, José Azevedo; 44.º, Hugo Sancho; 47.º, Edgar Pinto; 48.º, Rui Costa; 49.º Hélder Miranda; 55.º, Márcio Barbosa.

"Foi um traçado muito bem escolhido e só foi pena o público não ter aparecido a assistir e a dar o seu entusiasmo à corrida" – assim se manifestou o técnico do Benfica, Gonçalo Amorim, acerca das características desta corrida no centro da cidade.

Quanto à prestação da equipa benfiquista neste prova de final de temporada, sublinhou: "Planeamos a corrida para que o Bruno Sancho chegasse nas melhores condições e assim aconteceu, simplesmente o melhor que ele teve possibilidades de fazer, no 'sprint' final foi o 9º lugar."

(Texto do Press Release que me chegou da parte do SL Benfica)

sexta-feira, setembro 21, 2007

893.ª etapa


NÃO HÁ ESPAÇO (NEM CORAGEM) ONDE FALHA…
VEM OSTENSIVAMENTE PROVOCAR-ME AQUI


Primeira nota prévia: com este artigo não estou a violar a minha promessa de respeitar um período de nojo até que os Mundiais cheguem ao fim. Não vou falar dos Mundiais… Vou responder a uma “provocaçãozinha” em torno do… Tiago Machado.

Segunda nota prévia: sou um apaixonado pelos exercícios “policiários”. Concorro, há anos, aos desafios de o Público, pelo Verão. Aqueles em que nos contam as histórias, plantando aqui e ali as pistas essenciais para que se resolva o enigma e deixam a história sem fim, cabendo-nos, a nós, concorrentes… deslindarem o caso.

É um excelente exercício à inteligência.
E não é fácil batermo-nos naqueles concursos. Eu nunca passei do último terço da tabela. São uns verdadeiros e muito bons – extraordinários mesmo – detectives. Aos quais nenhuma pista escapa.
Mas o concurso assenta, para além do facto de se deslindarem as pistas, conseguir-se uma exposição credível perante o júri. Tal qual os advogados num tribunal. As alegações finais são fundamentais.

Porque vários “inspectores/Procuradores do Ministério Público” podem chegar à mesma conclusão, só que há os bons – os óptimos – que conseguem nas alegações finais convencer o júri. O que nem sempre acontece com a esmagadora maioria dos momentaneamente investidos como… “advogados de defesa”.

Porquê estas duas notas introdutórias? Porque eu deslindei o caso que se segue mas, por inaptidão – ainda – não sou capaz de elaborar as fundamentais alegações finais. Logo, não seria capaz de convencer o júri. E o “réu” – por minha exclusiva culpa – corre o sério risco de sair… condenado.

Peço desculpa a quem acreditou, que alguma vez acreditou, que eu poderia vir a ser capaz. Só prometo que vou aperfeiçoar-me. O necessário para, na próxima vez, poder demonstrar que o “colega” de acusação… não tem razão.

Neste caso, embora o seu argumento seja perfeitamente desmontável… falta-me o essencial. Provar que ele está indignamente “feito” com a acusação.

PARTE.1 – O CASO

Caro Manuel Madeira
Sou um leitor habitual do VeloLuso, sei que o Sr. apesar não ter sido ciclista, técnico, dirigente ou outro agente da modalidade, foi um jornalista que divulgou a modalidade durante muitos anos e por razões de saúde não está a exercer a profissão.
Conheço-o há pelo menos 16 anos, e sempre achei o que escrevia era para divulgar a modalidade que penso que o Sr. ainda gosta. O que foi escrito por si sobre a convocatória para a Selecção Nacional que nos vai representar em Estugarda no final deste mês de Setembro foi de uma total ignorância do que é o ciclismo e do conjunto de regulamentos que existem e que devem ser cumpridos. O Sr. Tiago Machado e a sua equipa tinham conhecimento do calendário de participações do ciclista na Selecção Nacional desde Janeiro de 2007 quando o Sr. José Poeira se reuniu com todas as equipas que forneceram corredores para as participações das selecções. O Sr. Tiago Machado iria participar na Taça das Nações em Portugal de 30 de Março a 1 de Abril, no Tour d`Avenir de 6 a 15 de Setembro e no Campeonato do Mundo de 26 a 29 de Setembro.
A 17 de Agosto , em conversa telefónica o seleccionador nacional Sr. José Poeira confirmou que o corredor iria ser convocado para o Tour d`Avenir. A 24 de Agosto foi enviada por escrito para o clube e para o ciclista a convocatória. Se o Sr. Tiago Machado não se encontrava em condições de participar, tinha 5 dias para o fazer (por escrito). Em Nafarros informou verbalmente o seleccionador nacional que não queria participar na prova em França alegando alguma fadiga e que se iria preparar para o Campeonato Mundial. Essa mesma fadiga permitiu participar na mesma data (do Tour d`Avenir) no Grande Premio da Estremadura. Foi-lhe dito que não estava dispensado e que teria que se apresentar á convocatória.
A 3 de Setembro o Sr. Nuno Alves comunicou por fax e por telefone a hora do embarque no Aeroporto de Lisboa. A essa comunicação telefónica o Sr. Tiago Machado respondeu que não embarcava e que ia falar com o professor José Santos. Não compareceu no aeroporto.A FPC errou porque não suspendeu de imediato o corredor. Foi injusto o que o Sr. escreveu sobre o seleccionador nacional Sr. José Poeira. Acumula as selecções masculinas de cadetes, juniores, Sub-23, elites e femininas. As suas escolhas devem ser respeitadas apesar de estarmos de acordo ou não. Em Espanha o seleccionador não escolheu o Valverde.
O Sr. não se limitou a prestar má informação. Com uma ignorância total (repito) limitou-se descrever o que não sabe, a inventar com uma imaginação fértil tal como qualquer aluno duma escola primária que escreve uma redacção para ter a melhor nota da turma.
Errar é humano. Às vezes, no meu dia-a-dia isso acontece e tenho que ter a humildade de o reconhecer e pedir desculpa. Isso não me desqualifica. È o mínimo o Sr. que pode fazer para que o leitor acredite e respeite aquilo que escreve.
Cordialmente.
Fmarques

PARTE.2 – AS MINHAS PRÉ-ALEGAÇÕES

Primeiro, o insigne “Delegado Público” tem uma má relação, não só com a Língua Portuguesa, mas também com alguns termos técnicos. O que reduz o espectro de… quem será?
(O tratar por senhor - Sr., está errado - meia dúzia das personagens é quase uma assinatura. Mas só a vou divulgar aqui quando o... o senhor não tiver buraco onde se esconder.)

Segundo, o insigne “Delegado Público” revela ao longo do texto uma indesmentível aproximação à parte aqui tida como a acusação – em relação ao meu texto – o que, juridicamente até se compreende porque assume a sua defesa. E estreita-se o laço.
Sobram menos hipóteses para se tentar chegar à sua verdadeira identidade.

PARTE.3 – A DESMONTAGEM DE UM DISCURSO FERIDO DE IMPRECISÕES

Caro Manuel Madeira Sou um leitor habitual do Veloluso, sei que o Sr. apesar não ter sido ciclista, técnico, dirigente ou outro agente da modalidade, foi um jornalista que divulgou a modalidade durante muitos anos e por razões de saúde não está a exercer a profissão.
Conheço-o há pelo menos 16 anos, e sempre achei o que escrevia era para divulgar a modalidade que penso que o Sr. ainda gosta. O que foi escrito por si sobre a convocatória para a Selecção Nacional que nos vai representar em Estugarda no final deste mês de Setembro foi de uma total ignorância do que é o ciclismo e do conjunto de regulamentos que existem e que devem ser cumpridos.

- É óbvio que quem assina me conhece. Em circunstâncias normais, seria meu amigo, que eu não tenho inimigos na família do Ciclismo.
- É óbvio que – por pessoais interesses? – o signatário me chuta para canto ao escrever que… FUI um dos jornalistas que divulgou a modalidade.
ERRO, meu caro. Não fui. SOU! AINDA SOU!
(Aliás, fica, desde já, convidado para o meu funeral!... Obrigado pela sua presença, mesmo que não verta uma lágrima!)
- Nesta parte, é curioso que apareça alguém a acusar-me de desconhecer os regulamentos quando, não há muito tempo ainda, fui escorraçado de um sítio onde se pretende discutir o Ciclismo por… abusar das citações dos Regulamentos do Ciclismo.

Em relação ao, cito: "conjunto de regulamentos que existem e devem ser cumpridos…" pode limpar as mão à parede se não lhes juntar o DEVER que QUELQUER ATLETA TEM EM REPRESENTAR O SEU PAÍS (é o que dizem os regulamentos), mas que, em relação aos elites ninguém tem, como dizem os espanhóis, cojones para fazer aplicar.
É típico de uma sociedade hipotecada o não tocar nos poderes instituídos e mostrar a sua musculatura em relação aos mais fracos. Será esse o seu caso?
Eu acho que sim.
Logo… você é pequenininho… ou vendido!

Continuemos que aqui há pano para mangas…

O Sr. Tiago Machado e a sua equipa tinham conhecimento do calendário de participações do ciclista na Selecção Nacional desde Janeiro de 2007 quando o Sr. José Poeira se reuniu com todas as equipas que forneceram corredores para as participações das selecções. O Sr. Tiago Machado iria participar na Taça das Nações em Portugal de 30 de Março a 1 de Abril, no Tour d`Avenir de 6 a 15 de Setembro e no Campeonato do Mundo de 26 a 29 de Setembro.A 17 de Agosto , em conversa telefónica o seleccionador nacional Sr. José Poeira confirmou que o corredor iria ser convocado para o Tour d`Avenir. A 24 de Agosto foi enviada por escrito para o clube e para o ciclista a convocatória. Se o Sr. Tiago Machado não se encontrava em condições de participar, tinha 5 dias para o fazer (por escrito).
Se vamos falar de Calendário é melhor ignorar que estamos a 31 horas da realização de uma prova da qual, até agora só se sabe nas catacumbas da Rua de Campolide.

Esta parte do seu texto limita ainda mais a descoberta do seu nome real.
Ou é assalariado da FPC, ou apenas almoça à borla na Tasquinha do Lagarto.
(A propósito, a forma correcta de escrever, em francês, Volta a França do Futuro é… Tour de l’Avenir.)

Depois, fico na dúvida. Será que sabe o suficiente de Ciclismo para se atrever a confrontar-me? Em Janeiro quem é que sabe se, em finais de Setembro vai estar em condições? Estou perfeitamente de acordo em que os planos de trabalho das Selecções sejam trabalhados atempadamente. Mas não sejamos herméticos. Há sempre – deve haver – uma margem de flexibilidade para tudo.

(Aqui não resisto mais… Seleccionador Nacional escreve-se com a primeira letra em CAIXA ALTA; a abreviatura de Senhor é, sempre, em caixa baixa: sr.)

Ponto seguinte – mas por via da minha promessa de respeitar o tal período de nojo vai ter que ficar para ser explicado mais tarde – em vésperas de uma competição de Selecções, o Seleccionador Nacional terá, obrigatoriamente, que falar com o DD das equipas dos corredores, que são quem de mais perto lida com eles. E DEVIA ter em consideração a opinião do DD.

Levemos a coisa ao extremo – e não é tão ridículo como pode parecer (no máximo, é tão ridículo como o que aconteceu) – se o Corredor em causa tem sofrido um acidente e estivesse incapacitado? Ah! Pois é… É isso mesmo…

Fechando este ponto… não sou eu quem porá o meu pescoço sob a lâmina da guilhotina quanto ao conhecimento integral dos regulamentos, mesmo por parte dos DD. Incluindo o Seleccionador Nacional – deixemo-nos de paternalismos.
Quando o Corredor em causa disse, mesmo que en passent, que não estava em condições de ir à Volta a França do Futuro, e se o disse ao próprio Seleccionador Nacional, este, sabendo – acho que sabe, mas não juro! – os regulamentos, dir-lhe-ia: comunica isso por escrito.

O que é que aconteceu?
O Seleccionador Nacional SABIA que o Corredor em causa não ia estar presente no Tour de l’Avenir (é assim que se escreve) e nem lhe comunicou que ficaria sob alçada disciplinar nem, o que seria mais lógico, assumiu a sua responsabilidade e, pensando pela sua própria cabeça, media a situação, considerava o peso específico que este Corredor poderia ter na Alemanha e convocava outro para a corrida francesa onde, benza-nos deus, fizemos uma figura deplorável! Facto!
Pelo meio, se a FPC resolvesse instaurar um processo disciplinar a ESTE Corredor, pelo menos a Selecção não se tinha apresentado em França com menos um elemento.

Posto isto, o signatário da mensagem que chegou à minha caixa de correio electrónico… das duas uma: ou está enterrado até às orelhas na máquina da FPC, ou não sabe o que diz.

Cada coisa a seu tempo. Antes do Mundial houve a Volta a França do Futuro e nada, nada impedia a substituição de um corredor por outro.
Portugal participou com menos um corredor por única e exclusiva culpa da FPC.
O resto viria depois.
O resto foi o silêncio.

PARTE.4 – O MAU EXEMPLO DE AS INTERVENÇÕES POR PARTE DA FPC ESTAREM CONDICIONADAS A UMA E SÓ UMA AGENDA (E NÓS TODOS SABEMOS QUAL É)

A FPC errou porque não suspendeu de imediato o corredor. Foi injusto o que o Sr. escreveu sobre o seleccionador nacional Sr. José Poeira. Acumula as selecções masculinas de cadetes, juniores, Sub-23, elites e femininas. As suas escolhas devem ser respeitadas apesar de estarmos de acordo ou não. Em Espanha o seleccionador não escolheu o Valverde. O Sr. não se limitou a prestar má informação. Com uma ignorância total (repito) limitou-se descrever o que não sabe, a inventar com uma imaginação fértil tal como qualquer aluno duma escola primária que escreve uma redacção para ter a melhor nota da turma.Errar é humano. Às vezes, no meu dia-a-dia isso acontece e tenho que ter a humildade de o reconhecer e pedir desculpa. Isso não me desqualifica. È o mínimo o Sr. que pode fazer para que o leitor acredite e respeite aquilo que escreve.
Errou sim senhor!
E sempre ouvi dizer que não há pior do que um erro do que ser emendado por outro erro.
As datas foram ficando por este texto atrás. Que as comparem.
Então… um Corredor diz – já evitando o termo “avisa” – a 28 de Agosto que não se sentia em condições para correr a Volta a França do Futuro… depois disso corre o Grande Prémio Vinhos da Estremadura, de 13 a 16 de Setembro, quando a VFT se disputou entre 6 e 15 do mesmo mês, e só depois de a CS ter… achado “estranho” que esse Corredor não esteja no lote de convocados é que a 19 de Setembro a FPC reúne e decide pela… “imediata” suspensão do Corredor?

Imediata desde quando?
Cumprem os regulamentos e ROUBAM os resultados que o Corredor conseguiu na corrida que disputou A PENSAR NOS CAMPEONATOS DO MUNDO?
Mas que organização é esta que só dá por que um Corredor é passível de condenação desportiva… DEPOIS de este ter disputado uma corrida?

Pior… O que querem que eu diga?
Conivente não sou. Não serei.
Digo a verdade?
Aguentam-se com ela?
(Isto também não passa de um cantinho na Internet e não lhe dêem mais valor do que aquele que tem…)

PARTE.5 – SE ESTAVA COM SONO… FOSSE DORMIR. SE FOI POR OUTRO MOTIVO… NADA QUEM UM DUXE FRIO E UM GURONSAN NÃO DISFARCE…

Foi injusto o que o Sr. escreveu sobre o seleccionador nacional Sr. José Poeira. Acumula as selecções masculinas de cadetes, juniores, Sub-23, elites e femininas. As suas escolhas devem ser respeitadas apesar de estarmos de acordo ou não. Em Espanha o seleccionador não escolheu o Valverde.
- Nunca fui injusto para com o Seleccionador Nacional e nunca o poderei ser…
- Não percebo porque vêm à baila as outras Selecções, que, por acaso, até nem tinham actividades para estas datas…
- Em Espanha O SELECCIONADOR NACIONAL, PACO ANTEQUERA, ESTÁ, DESDE SEMPRE, NA LINHA DA FRENTE NA DEFESDA DA PARTICIPAÇÃO DO ALEJANDRO VALVERDA NOS MUNDIAIS...

Ok… Vá lá tomar um duche, que isto não foge daqui…

Já voltou? Acordado? Ainda vê o tecto a andar à roda? Pois! Acontece…
Mas isso passa.

PARTE.6 – GATO ESCONDIDO COM O RABITO DE FORA…

O Sr. não se limitou a prestar má informação. Com uma ignorância total (repito) limitou-se descrever o que não sabe, a inventar com uma imaginação fértil tal como qualquer aluno duma escola primária que escreve uma redacção para ter a melhor nota da turma.Errar é humano. Às vezes, no meu dia-a-dia isso acontece e tenho que ter a humildade de o reconhecer e pedir desculpa. Isso não me desqualifica. È o mínimo o Sr. que pode fazer para que o leitor acredite e respeite aquilo que escreve.
Eu não “presto” informações.
Informo, quando no exercício pleno da minha principal actividade.
E não escolho quem devo “entalar” e quem devo atirar à fogueira - uiiiiiiiiiii... as coisas que eu sei e calo! - como fantoche que se deixa manusear e manda às malvas convicções e dobra a espinha a troca de... Estugarda?

Nunca escrevi nada que não soubesse.
Mas há ainda muita coisa sobre a qual sei… e AINDA não escrevi.
E quem vai impedir-me?
Deve ser o seu pesadelo!...

Acabei de fazer exactamente o que pede na última frase. Sem erros de português, claro…
E não se preocupe com os meus leitores.
Conhecem-me perfeitamente e sabem que podem confiar.
Mal, mal está quem… não tem leitores.
E que já foi esquecido pelos outros.

Mande sempre.
Na próxima vez acredito sinceramente que, pelo menos, já serei capaz de ligar o seu IP a uma meia dúzia de outros. E vou escarrapachá-los TODOS aqui…
Passe bem.

892.ª etapa


CIRCUITO DOS TÚNEIS DE LISBOA

Uma mensagem electrónica do Gaia Clube de Ciclismo (Barbot-Halcon) revela-me a existência de uma corrida no próximo... domingo. Daqui a menos de 48 horas!!!

Mistério! Então e ainda ninguém (CS) sabe de nada?

Mas isto do Circuito dos Túneis fez acender-se-me uma luzinha no cérebro (ao contrário do que podem pensar ainda funciona...) e, lá gastei quase uma hora a vasculhar nos meus arquivos.

Em Dezembro de 2004, o então anunciado novo-projecto do Ciclismo do Benfica, com Natalino Lopes à frente, apresentou como primeira grande iniciativa exactamente... um Circuito dos Túneis de Lisboa. E exactamente com o mesmo percurso.

Foi recuperado? Anda bem.
Serão, então, 18 voltas entre a Praça do Saldanha e o Campo Grande, usando as faixas centrais da Avenida da República e passando, exactamente, pelos túneis do Campo Pequeno, do Campo Grande e da Avenida da Igreja. Sete mil metros a cumprir por 18 vezes, num total de 126 quilómetros. A partida, segundo a mensagem vinda de Gaia será às 15 horas.

Peço desculpa se estou a cometer alguma inconfidência! Se calhar não era para se saber...

quinta-feira, setembro 20, 2007

891.ª etapa


CÁ ESTÁ O COMUNICADO
QUE EU AINDA NÃO VIRA
(ESTOU A FICAR ESCLOROSO)

Esclarecimento da Direcção da UVP-FPC

Face a alguns comentários públicos - [ainda bem que houve um Jornal diário que falou no assunto, senão ficava a pensar que se referiam a este simples cantinho na blogosfera!...] - relativos à não inclusão do licenciado Tiago Machado no lote de corredores seleccionados para os Campeonatos do Mundo de Estrada, a realizar na próxima semana, em Estugarda, vem a Direcção da União Velocipédica Portuguesa-Federação Portuguesa de Ciclismo (UVP-FPC) tornar público o seguinte esclarecimento:

1 - Foi recentemente apresentada à Direcção da UVP-FPC uma exposição elaborada pelo Seleccionador Nacional, José Poeira, sobre a ausência do ciclista Tiago José Pinto Machado, portador da licença n.º 20874, da equipa Boavista – Riberalves, na Delegação participante no Tour l’Avenir – Volta a França do Futuro, prova para que tinha sido previamente convocado. Ainda foi apresentada uma informação do Presidente-Adjunto e Coordenador das Selecções, Francisco Fernandes, que enquadra o assunto em termos do Regulamento das Selecções Portuguesas de Ciclismo.

2 - Assim, após debate sobre o assunto, foi deliberado que, em consequência da não comparência à convocatória de integrar a Selecção Nacional e ao não cumprimento do Regulamento das Selecções Portuguesas de Ciclismo, que o ciclista Tiago José Pinto Machado da equipa Boavista – Riberalves, portador da licença nº 20874, fica provisoriamente suspenso da sua actividade ao abrigo do artigo 20.º do referido Regulamento, o qual refere: “O ciclista que convocado para os trabalhos da Selecção Nacional, a eles não comparecer, ficará automaticamente suspenso devendo entregar a respectiva licença à UVP/FPC”.

3 - Ficou ainda deliberado que este processo será entregue ao Conselho de Disciplina da UVP-FPC, e que se instaurará um inquérito ao atleta e ao Director Desportivo da sua equipa por eventual procedimento anti-regulamentar considerando o Regulamento das Selecções, nomeadamente o previsto nos artigos 13.º – “Qualquer ciclista inscrito na UVP/FPC fica obrigado a exercer a sua actividade na Selecção, se para tal for devidamente convocado”, e 16.º, que enumera os deveres dos ciclistas seleccionados, no caso do ciclista Tiago Machado e ainda o mencionado no artigo 18.º, o qual define quais os deveres dos Clubes e seus dirigentes, no caso do Director Desportivo, Prof. José Santos.

Nota: Volto a insistir que não altero uma letra, uma vírgula ao que escrevi antes. E agora - adivinhem porquê - ainda menos. Mas prometo cumprir um período de nojo. Até ao dia 30! Para não vir a ser acusado de... desestabilizar as Selecções.
I'll be back!...

890.ª etapa


"CHAPA 4"

Afinal... - eu e as minhas precipitações! - já há um "Comunicado Oficial".
Inodoro e incolor. Como era de esperar.
Por isso mantenho, letra a letra, vírgula a vírgula, o artigo anterior.
========
Entretanto, é com agrado que vejo no site da FPC o link para a PETIÇÃO A FAVOR DOS DIREITOS DOS CICLISTAS NA ESTRADA.
Tem a data de 20 de Setembro. Hoje.
Publiquei-a aqui no passado dia 4 de Setembro, fez na terça-feira... 15 dias.
E republiquei-a mais duas vezes, a 6 e a 8.
Doze dias depois a FPC descobriu-a. Parabéns!...

889.ª etapa


PODEMOS SABER TODA A VERDADE?
OU NEM POR ISSO?!


Não foi difícil adivinhar. O Tiago Machado não vai aos Mundiais porque não se mostrou disponível para correr a Volta a França do Futuro! Facto!

Não posso citar agora, neste momento – e bastava-me ir ali ao monte de jornais que aguardam o arquivamento – o que li exactamente na altura, mas, mesmo de memória – que não é tão má assim – lembro que, pelo menos um dos desportivos deu conta de que o jovem corredor de Famalicão comunicou ao Seleccionador Nacional que, estando firmemente interessado em apresentar-se nas melhores condições nos Mundiais, preferia ficar em Portugal e correr o Grande Prémio Vinhos da Estremadura – integrando um pelotão maioritariamente elite – do que se deslocar a França.

Como o fez, em que termos o fez… desconhecemos. Mas li aquilo. De certeza.
E, confesso agora – embora depois de conhecida a chave, todos fossem capazes de fazer seis no totoloto – que logo desconfiei que as coisas não ficariam por ali. E a prova concreta foi a de que Portugal – com tantos jovens valores – foi para a Volta a França do Futuro com… menos um elemento.

Terá o Tiago respondido mal ao Seleccionador? Não disse nada, tendo apenas mandado recado? Isso explicaria a falta de um elemento na Equipa Nacional na última prova da Taça das Nações de sub-23.

O que interessava saber era se, de facto, houve diálogo. E, só para ajeitar a coisa, em que termos esse terá decorrido.

O Tiago Machado não se baldou à corrida francesa para ficar em casa a descansar. Não senhor!

Já agora, para as memórias mais curtas, relembro que nas cinco etapas do Grande Prémio Vinhos da Estremadura o Tiago Machado foi o sétimo na geral final – o melhor dos sub-23 – a apenas 20 segundos do vencedor; que foi o 3.º, no Prémio da Montanha (classificação final) e o primeiro no Prémio da Juventude… pela enésima vez este ano.
Foi 11.º nas 3.ª e 4.ª etapas e sétimo na última. Não podem dizer que andou a… brincar. Ele queria ir aos Mundiais. Os últimos que faria na categoria de sub-23.

E é forte em todos os terrenos. Para além de ser o bi-campeão Nacional de contra-relógio.

Compare-se isto aos currículos dos seleccionados, sendo que só o facto de eu escrever sobre o assunto é, desde logo delicado. Não quero – repito: NÃO QUERO minimizar, de forma alguma os que foram chamados e vão ter a enorme responsabilidade de representar o País.

Mas é mais uma das muitas histórias mal contadas do Ciclismo português nos últimos tempos.

O Tiago Machado não disse nada – o que contrariaria a notícia que li – e faltou, de facto à convocatória, ou respondeu mal ao Seleccionador ou… Ou o quê?
E se disse ao Seleccionador que preferia ficar em Portugal e correr o Grande Prémio Vinhos da Estremadura em vez de ir à Volta a França do Futuro… alguém, nomeadamente o Seleccionador, lhe disse, na altura, que se não fosse a França esquecesse os Mundiais? Disse?

Não creio, pelo afinco que ele pôs na corrida estremenha, tudo leva a crer que estava, de facto, a treinar a fundo para o seu grande objectivo de fim de temporada. Pois é… Os Mundiais.

Disseram-lhe que se não fosse a França agora ficava em casa? Disseram? E ele respondeu mal?

Só isso justificaria a hoje anunciada suspensão e respectivo inquérito. Inquérito a quê?
Por má educação? Por falta de empenho – que demonstrou – não foi com certeza…

Há milhentas situações em que não basta sermos sérios. É fundamental que parecemos sê-lo.

O Tiago não avisou ninguém e faltou à convocatória, ou respondeu torto ao Seleccionador, ou ao Director da federação ligado às Selecções e essa suspensão deveria ter sido imediata. E ele deveria ter sido impedido de correr o Grande Prémio Vinhos da Estremadura.

Clareza é isto.

Mas não. Primeiro, oficialmente é dada a conhecer a convocatória e depois, na habitual fuga de informação sabe-se que o Tiago Machado, afinal é neste momento alvo de um inquérito. E o neste momento, segundo a notícia, data de… ontem!

Depois de a convocatória ter sido publicamente revelada.
Mas há sempre um sacana de um gato escondido com o rabo de fora.
Há dois dias o Tiago confirmava que não sabia se ia aos Mundiais porque no seu clube havia sido recebida a convocatória de um seu companheiro de equipa e a dele não.
Deixo aqui um desafio.

Para que todos saibamos o que aconteceu, e para que a polémica morra quanto mais depressa melhor, que a FPC torne público o “relatório” que, aparentemente, foi apresentado pelo Seleccionador Nacional, conjuntamente com o Director para as Selecções da FPC; que nos explique a todos, porque foi preciso esperar pela fraquíssima prestação da nossa Selecção na Volta a França do Futuro e, principalmente, porque foi permitido ao Tiago Machado participar no Grande Prémio Vinhos da Estremadura antes de… já após a divulgação dos convocados para Estugarda, terem sido paridos um inquérito e uma suspensão àquele que, de entre o extraordinariamente bom quadro de sub-23 com que contamos, é incontestavelmente o… melhor!

É ridículo, para a FPC, aceitar olimpicamente a falta de interesse dos melhores corredores nacionais, na categoria de elites, em prolongarem mais um mês e meio a sua temporada e depois castigar, à posteriori – ainda por cima – um dos poucos PROFISSIONAIS que estava disposto a ir dar o que ainda tem, mais o que muitos acharão que já não tem, em nome do País.

Esta é uma factura a menos de 15 dias. E alguém vai pagá-la.
Basta-nos, aos que ainda percebem alguma coisa de Ciclismo e não estão enfeudados a poder nenhum, esperar sentados. Comodamente sentados.

E eu prometo que não vou ficar calado.
Entretanto, espero que algum colega no activo – porque têm esse direito (esse ainda tem) – procure trazer a público os verdadeiros motivos pelos quais o nosso melhor sub-23 é, de uma forma a raiar o abjecto, posto de fora da Selecção.

PS.: Tiago, não desistas nem desesperes… não serão nenhuns yes-men que vão derrotar-te numa qualquer secretaria a cheirar a mofo. Um abraço. Grande.

888.ª etapa


AINDA BEM QUE HÁ UM JORNAL… ESPANHOL
PARA QUE FIQUEMOS A PAR DESTAS COISAS


Vale a pena ser assinante so semanário espanhol Meta2Mil, por mais que não seja, para ficar a saber que um corredor – e uma equipa – portugueses ganharam… quase tudo numa corrida em Espanha.
Falo de uma equipa de juniores? E depois?
Não percebo é porque, NEM A EQUIPA publicitou o facto.

Vem na edição desta semana do Meta2Mil que eu aqui cito, enviando um grande Viva!!! ali para os lados de Santa Maria da Feira. Para o Fernando Carvalho e para o Luís Almeida que, aparentemente, sabe em quem apostar.

Sem mais comentários, o que escrevo a seguir é tirado do Meta2Mil.



VOLTA JÚNIOR À COMUNIDADE DE LA RIOJA
O CORREDOR PORTUGUÊS IMPÔS-SE EM TODAS AS ETAPAS
DOMÍNIO AVASSALADOR DE NÉLSON OLIVEIRA NA RONDA RIOJANA


Resultados
1.ª etapa – 7 de Setembro
Nalda-Nalda, 48 km
(média: 39,91 km/h)
1.º, Nélson Oliveira (LA-MSS-Trevomar), 1.12.46 horas
2.º, Jon Aberasturi (Aranako), a 2.05 m
3.º, Aitor Alvare (G. Baska), a 2.09 m
4.º, Luís Rosmaninho (LA-MSS-Trevomar), a 2.10 m
5.º, Miguel Dominguez (PSA Vigo), m.t.


2.ª etapa – 8 de Setembro
Rioja Alta Golf-Calahora, 100 km
(média: 40,52 km/h)
1.º, Nélson Oliveira (Trevomar), 2.28.04 horas
2.º, Víctor Revuelta (A. Lavin), m.t.
3.º, Markel Antón (E. Lubeko), a 1.05 m
4.º, Samuel Nicolás (Incera), m.t.
5.º, Andrés Malanda (B. Santader), a 1.36 m
7.º, Vasco Pereira (Trevomar), m.t.
10.º, Rubén Cabral (Trevomar), m.t.


3.ª etapa – 9 de Setembro
Viña Ijalba-Logroño, 91 km
(média: 37,37 km/h)
1.º, Nélson Oliveira (Trevomar), 2.25.29 horas
2.º, Vasco Pereira (Trevomar), m.t.
3.º, Jon Aberasturi (Aranako), a 2.09 m
4.º, Dailos Báez (E. Lubeko), m.t.
5.º, Víctor Revuelta (A. Lavin), a 2.11 m


GERAL FINAL
1.º, Nélson Oliveira (Trevomar), 6.06.19 horas
2.º, Vasco Pereira (Trevomar), a 4.00 m
3.º, Víctor Revuelta (A. Lavin), a 4.27 m
4.º, Jon Aberasturi (Aranako), a 6.02 m
5.º, Dailos Baéz (E. Lubeko), a 6.22 m


GERAL FINAL EQUIPAS
1.ª, LA-MSS-Trevomar, 18.31.15 horas
GERAL FINAL PONTOS
1.º, Nélson Oliveira (LA-MSS-Trevomar)
GERAL FINAL MONTANHA
1.º, Vasco Pereira (LA-MSS-Trevomar)
2.º, Nélson Oliveira (LA-MSS-Trevomar)

GERAL FINAL METAS VOLANTES
1.º, Vasco Pereira (LA-MSS-Trevomar)
2.º, Nélson Oliveira (LA-MSS-Trevomar)

quarta-feira, setembro 19, 2007

887.ª etapa


EXPLIQUEM-ME PORQUE É QUE O TIAGO MACHADO
NÃO "CABE" NA SELECÇÃO NACIONAL

Posto aquilo que deixei escrito no artigo imediatamente anterior a este, alguém que tente explicar-me porque é que o Tiago Machado não "cabe" nesta Selecção Nacional!
É o mais completo dos nossos jovens corredores, o mais impulsivo, o mais imprevisível, mas também aquele que melhor se enquadra neste tipo de provas, como os Mundiais.

Atacou cedo de mais? Rebentou antes de tempo? Tal como o conheço não me admiraria nada. Como não me admiraria nada que fosse capaz de andar duas ou três voltas - ou mais - na frente da corrida. E aí - atenção, muita atenção... - não seria o Tiago Machado a dar nas vistas. Era... PORTUGAL!

Então porque se abdica de um corredor desta estirpe que até anunciou que se estava a preparar especificamente para a prova?

Ficou mal explicada a sua ausência na Volta a França do Futuro, mas não foi explicada porquê?

Que hipóteses teve o Tiago Machado de vir a público defender as suas opções?
Nenhuma.
Não cabiam nas 12 linhas que os jornais dedicaram à coisa.
Mas tinha, ou não, razão?

Que fazem os opinadores encartados? E o respeito em relação aos leitores?

A participação portuguesa na Volta a França do Futuro foi desastrada. Não escrevi desastrosa, mas desastrada... Não sabem a diferença... confirmem.

E volto a frisar - e quero que isto fique absolutamente claro - que nada do que escrevi, nem no artigo anterior, nem que estou a escrever neste, visa os Corredores.
Os que são chamados vão, fazer o que se lhe é mandado...

Não pude ler - porque ninguém achou interessante escrever - as explicações do Seleccionador Nacional sobre a forma como decorreu a Taça do Mundo das Nações. Porque é que começámos tão bem... por exemplo, com o Tiago Machado! - e, depois da vitória do Rui Costa em Itália simplesmente nos eclipsámos.

Porque é que a Selecção teve que ser tão... alargada. Porqe é é que não se manteve o tal núcleo duro que é sempre fundamental manter.

E, se o Tiago até correu a Volta a Portugal, nem o Rui Costa nem o Vítor Rodrigues tivera outros compromissos que os impedisem de continuar a fazer parte da Selecção.

Caramba!... Expliquem-me isto. Expliquem que eu nem sequer sou tão obtuso como alguns julgam que sou. E, explicado, eu perceberia.
Andamos a brincar às Selecções!
É a minha dedução lógica. E eu não sou um qualquer. Não me enterrem antes de eu morrer!
Andamos a brincar às Selecções mas isso eu até relevaria. É o mal de se ter um emprego, em vez de se ter de responder por um... trabalho!

Do que li... e foi tão mal explicado que não posso jurar pondo a minha mão direita sobre tais escritos, foi que o Tiago terá dito en passent que preferia ficar em Portugal a preparar os Mundiais a ir à Volta a França do Futuro.

Porque é que uma situação destas não mereceu o mínimo de interesse por parte da CS?
Foi assim?
E se foi... Será que foi excluído da Selecção para os Mundiais por causa disso?
Nós, os amantes do Ciclismo, PRECISAMOS saber isso.
Até para não sermos injustos para com terceiros.

Eu acho que foi por causa disso.
E é claro que se podem - quem se achar com o direito a isso - defender.
Vou - quer dizer... ia, se o meu estado de saúde isso me permitisse - rebolar-me a rir se, agora, alguém saísse a terreno defendendo o que eu acho indefensável.
E sei que não estou sozinho.

886.ª etapa


A GENTE TENTA SEMPRE LEVAR ISTO A SÉRIO…
E A FEDERAÇÃO? LEVOU?

Para quem gosta de Ciclismo e, por isso, gasta algum do seu tempo a ver as principais corridas na televisão, a comprar os três jornais desportivos diariamente e a vasculhar a Internet na busca de novidades já não constitui novidade nenhuma a forma como os principais países encaram os Campeonatos do Mundo.

Na grande maioria deles [países] as escolhas são pacíficas.
Têm três, quatro corredores que formarão sempre o núcleo duro das respectivas selecções e depois, não sou eu a dizer o contrário, abrem-se mais uma ou duas vagas preenchidas na forma de… prémio por aquilo que os restantes corredores fizeram durante a temporada.

E há os casos mais complicados. Que se resumem, diria eu, a apenas dois países: a Espanha e a Itália. Aí, não só os tais núcleos duros nem sempre são consensuais, como a escolha dos nomes dos homens para dar a cara ao vento acaba sempre envolta em alguma polémica. Ambos os países têm um elevado número de grandes Corredores e em ambos, estes esfarrapam-se por um lugar na Selecção.

Em Portugal vinga um tão inexplicável como incompreensível alheamento – para não dizer ostensivo auto-afastamento – por parte dos nossos melhores Corredores.
Porquê?

É a mais sincera das questões que ponho porque, francamente, não percebo as razões que levam os nossos profissionais – principalmente estes – a fugir dos Mundiais como o demo nunca fugiu da cruz.
Um autêntico enigma.

E nós, os que gostamos do Ciclismo, cedo nos pomos a escolher selecções.
E não nos faltam – é a ideia com que se fica – Corredores para fazermos uma selecção que, argutamente dirigida, assentando as nossas esperanças na experiência de quatro ou cinco corredores, tivesse homens que conseguissem ler a corrida, marcar as rodas certas, entrar nos grupos de excelência e…

E depois tudo dependia de um momento de sorte ou de… inspiração.
Quem não se lembra ainda da forma como o Sérgio Paulinho se sagrou vice-Campeão Olímpico há pouco mais de três anos?

Mas não! Os nomes mais sonantes do pelotão luso parece que não abdica mesmo dos três meses de férias!
Acaba a Volta a Portugal em meados de Agosto e, até que, em Novembro, voltem a trabalhar a sério, já tendo em vista a temporada que se segue… a imagem que passa é a de que… não chateiem!

É um assunto ao qual nenhum dos observadores encartados pode fugir.

Tem a ver com as equipas?
Mas qual é a equipa – sponsor – que descarta a possibilidade de uma publicidade extra durante mais de cinco horas de corrida vista em termos – autenticamente – globais?

Lembram-se das horas e horas que nos últimos Mundiais, com a camisola da Bulgária mas com os calções da DUJA-Tavira o Krassimir Vasilev andou escapado?

E porque é que as equipas, pagando doze meses de ordenados aos seus Corredores, aceitam pacificamente que estes resolvam ter três meses de férias?

E porque é que – aqui é que a porca torce o rabo – a Federação Portuguesa de Ciclismo se limita a encolher os ombros?
Não queres ir não vais… levamos outro.

Sendo TODOS, respeitosamente, seleccionáveis… quem nos explica porque é que A, B ou C não acata a convocatória?
Pior!... Impõem a sua posição e conseguem até evitar essa convocatória.

Em termos de opinião pública, construída sobre a informação disponibilizada pelos OCS, ninguém terá negado a sua participação nos Mundiais.
É verdade. NINGUÉM, que se saiba, se negou ir à Alemanha.

Funcionam canais paralelos de comunicação e o Seleccionador Nacional não muge nem tuge… A cada ano que passa, constrói a Selecção com os que... não se recusam a ser convocados.

Eu, se fosse seleccionador, ainda por cima a tempo inteiro, no dia de descanso da Volta, que acontece no final da primeira semana da Volta, anunciava os meus preferidos. Ai fazia isso fazia… E, depois, se algum se negasse seria devidamente penalizado pela opinião pública. Porque não há nada que justifique um NÃO à representação do País.
Ainda por cima… desde o final da Volta a Portugal até aos Mundiais vão quase 45 dias!

Tempo mais do que suficiente para uma preparação perfeitamente direccionada.

O que dirão os espanhóis que têm a Vuelta a acabar OITO dias antes dos Mundiais?

É nítida a falta de pulso que, se quisermos ser mais contundentes podemos traduzir como completo eclipse do Seleccionador. Mas afinal, o que faz o José Poeira na federação?
Conduz o carro nas corridas!

É um Homem – assim, com letra grande – bom.
Mas é bom de mais.
Não pode – mas ele sempre teve esta postura – ficar refém das vontades de cada um dos Corredores.

E, claro, a FPC não sai isenta desta (triste) história…
Parte – larga parte – dos dinheiros que vai buscar ao Orçamento do Estado (o que quer dizer, aos meus, aos nossos Impostos) é em nome das representações nacionais que, teoricamente, providenciará nas principais corridas internacionais.

E depois, nem nos Mundiais consegue afirmar-se.
Eu vejo nisto um simples e desinteressado – e o mal está neste desinteressado – encolher de ombros.
Não querem ir?
Ok… Vão outros…

Mas uma Selecção de Portugal, que é financiada, mesmo que indirectamente, pelos impostos dos portugueses, de todos os portugueses, não pode – NÃO PODE – ser escolhida entre quem… não se importa de ir.

Sabendo todos nós os problemas, até em termos financeiros, por que passa o Ciclismo nacional, NÃO PODEMOS aceitar que a FPC “impinja” os gastos com as Selecções Nacionais como factor de pressão, aquando das negociações das tranches a que acha ter direito, do todo do “bolo” que o Governo reúne – às custas dos nossos impostos, reforço – e depois…

Depois reduza aquilo que deveria ser a Selecção Nacional a um grupo de boa vontade que não se importa de fazer mais uma corrida…
Mas não é uma corrida qualquer. São os Campeonatos do Mundo, caramba!

O senhor secretário de Estado do Desporto que se cale em relação ao murro que o Scolari até falhou. Mais ou menos apertada, a Selecção de futebol vai conseguir os seus objectivos...
Olhe é para estes exemplos.

Numa altura em que trouxemos OURO dos mundiais de atletismo e de triatlo e PRATA dos mundiais de judo… eu TENHO VERGONHA, não dos atletas, que apoio e apoiarei sempre e que fique claro que estão de fora desta “guerra”, mas da Federação Portuguesa de Ciclismo. Porque, conseguidos os subsídios… se demite das suas funções.

Imaginam a Federação Portuguesa de Atletismo a abdicar do Nélson Évora ou da Naide Gomes? Da Federação Portuguesa de Judo a abdicar da Telma Monteiro?

Doutor Artur Moreira Lopes… as Selecções Nacionais de Ciclismo TÊM QUE SER EXACTAMENTE COMO AS OUTRAS… LEVAR OS melhores.

Confio no seu bom senso.
Mas sei que chegámos a este ponto por – não digo que por mais nada, mas por – desinteresse do Senhor Presidente!...

885.ª etapa


PORTUGAL NOS CAMPEONATOS
DO MUNDO DE ESTUGARDA

O seleccionador nacional, José Poeira (na foto), deu a conhecer a lista de atletas que irão estar presentes nos próximos Campeonatos Mundiais de Estrada, a realizar na cidade alemã de Estugarda, entre 25 e 30 de Setembro.

Recorde-se que o nosso país se fará representar nas categorias de sub-23 e elites maculinos, quer nas provas de contra-relógio individual, quer nas corridas de fundo.

Para a categoria de sub-23, a prova individual terá uma extensão de 38,1 quilómetros (duas voltas a um percurso de 19,05 km) com o primeiro corredor a largar pelas 8.00 horas do dia 26 de Setembro. Na prova de fundo, a realizar a partir das 12.30 horas de sábado, dia 29, serão 171,9 km, o somatório das 9 voltas a um circuito de 19,1 quilómetros.

Para a categoria de elites as extensões das corridas são, logicamente, superiores: 44,9 km no contra-relógio individual, que se realiza no dia 27, a partir das 11.30 horas (duas voltas a um circuito de 22,45 km) e na prova de fundo o percurso terá 14 voltas, num total de 267,4 quilómetros, com a largada marcada para as 9.30 de domingo, 30 de Setembro.

José Poeira já esteve na Alemanha a inspeccionar os traçados e caracteriza-o: "Estaremos perante provas menos exigentes do que as de Treviso ou Lisboa, só para dar dois exemplos, mas, mesmo assim, a pedir atletas em bom momento. Não há grandes subidas a cumprir, sobretudo em termos de extensão, mas são percursos que acabarão logicamente por produzir as suas diferenças. Estamos confiantes numa boa prestação em ambas as categorias, numa Selecção lógica dos corredores que neste momento se apresentam em melhores condições de defender condignamente as cores nacionais numa prova tão importante."

A lista dos seleccionados é a seguinte:
Sub-23
Rui Costa (SL Benfica); José Mendes (SL Benfica); Vítor Rodrigues (Liberty Seguros); César Fonte (SM Feira-E. Leclerc) e Nélson Rocha (Riberalves-Boavista).
Os dois primeiros participarão nas duas corridas, no crono e na prova de fundo.

Elites
Hernâni Brôco (Liberty Seguros); Ricardo Martins (Fercase-R. Móveis); Nuno Ribeiro (Liberty Seguros); Hugo Sabido (Barloworld); Bruno Neves (LA-MSS-Maia) e José Rodrigues (Vitória-ASC).
Os dois primeiros participarão nas duas corridas, no crono e na prova de fundo.

884.ª etapa


BETTINI AVISOU 24 HORAS ANTES
QUE IA CORRER COM A CAMISOLA ARCO-IRIS
E QUE AINDA HOJE VAI PARA CASA

Começa a transmissão do dia, da Vuelta, na EuroSport e ambos os comentadores se interrogam sobre o estranho facto de Paolo Bettini levar a camisola de Campeão do Mundo em vez daquela que identifica o líder da classificação da Regularidade e que deveria levar...

Não sabem os factos e não encontram uma explicação lógica, por isso entregam-se a divagações. Talvez não seja Bettini a aposta do seleccionador de Itália para os Mundiais... talvez por isso ele, "estranhamente" ainda não tenha desistido... talvez a "compensação" por não ir ser o líder da azzurra em Estugarda passe pela conquista do Prémio da Regularidade...

Entretanto, escrevo eu estas linhas e já há um retrocesso nos comentários, mas já é tarde.

Ontem à tarde, terminada a etapa, Paolo Bettini foi um dos convidados da TVE para se falar dos Mundiais e não teve problemas em comunicar que abandonaria a corrida no final da etapa de hoje e que, porque seria a última oportunidade de luzir a camisola arco-iris, hoje iria envergá-la. Disse mais. Disse que a equipa ia tentar saber se a organização não se oporia e, ali, em frente às câmaras de televisão, em directo, garantiu que, de qualquer dos modos o faria e pediu publicamente e por antecipação, desculpas à organização e aos patrocinador da camisola.

A corrida do Campeonato do Mundo é uma lotaria. Sempre. Há sempre um pelotão alargado de favoritos, muitas vezes o campeão acaba por ser mesmo um desses, mas qual? Ninguém pode apostar num nome; nenhum corredor pode ter a certeza de que vai ser o Campeão.

Logo - e depois no domingo, dia 30, à tarde logo saberemos -, e pré-anunciada a decisão de abandonar a Vuelta no final da etapa de hoje, só sobrava a Bettini este dia para se despedir da camisola de Campeão.

Foi ele próprio quem o anunciou.
Claramente e sem margem para dúvidas.
Ontem à tarde, em directo na TVE.

Por acaso, só um dos desportivos apanhou essa informação e a publica hoje o que quer dizer que, mesmo que não tivessem querido ver mais um pouco do que acontecia na Vuelta, espreitando para a TVE, nenhum dos comentadores da EuroSport leu O Jogo.