segunda-feira, setembro 24, 2007

896.ª etapa


DE UM LADO CHOVE… DO OUTRO FAZ VENTO
(Mas… ninguém sabia mesmo?!...)


Custa-me a aceitar e, confesso, que se mo dissessem sem o provar, eu começaria por não querer acreditar.
Mas não é preciso tentar provarem-mo. Atestei-o pessoalmente.

Desde quarta-feira da última semana, e até sexta – uma por dia, curiosamente – recebi informações provenientes de entidades particulares; a primeira de um clube, o Gaia Clube de Ciclismo; as outras duas de empresas que assessoram, respectivamente, o SL Benfica e a Liberty Seguros.

Ia disputar-se, no domingo, dia 23 de Setembro, uma corrida para Profissionais de Ciclismo em Lisboa. Ok… é de todo justo que aqui o diga que já o sabia, lendo o Cyclolusitano. Questiúnculas à parte.

Foi no Cyclolusitano que li, a primeira vez, que ia acontecer um tal… Circuito dos Túneis. E onde li, também, que o evento constava da agenda da Câmara Municipal de Lisboa. Consultando o sítio na Internet da capital do País, a informação era a mínima mas redireccionava-me para o sítio da Federação Portuguesa de Ciclismo. Bastou um clique para dar de caras com… nada.

Depois funcionou o correio electrónico com origem em três das quatro equipas que aderiram ao formato.

Apesar do “beliscão” que aqui deixei então, na tentativa de espoletar novidades, só mesmo no domingo, em notícias de 10 linhas, dois dos desportivos falavam da corrida. O terceiro optou – quem sou eu para os julgar – por, na ausência (creio eu que tenha sido esse o motivo) de informações oficiais nem falar nisso. Foi também o único que hoje sublinha o facto de não ter falado antes na corrida porque dela não tinha oficialmente conhecimento. Foi o Record.

Entretanto, hoje, segunda-feira, recebi, tanto do Clube de Ciclismo de Tavira como da Crédito Agrícola-Pombal, informações sobre um, para mim totalmente desconhecido Grande Prémio Regional…

Fiquei irritado comigo mesmo. Tinha acabado de chegar de mais uma consulta médica. Abri o correio electrónico e deparei com as duas mensagens. Antes de tudo, apressei-me a pô-las no Blog. Condensadas numa só, claro. Depois fui ver o sítio da Federação Portuguesa de Ciclismo.

Como é que me tinham passado, assim, ao lado, duas corridas que mereceriam sempre publicidade? Por inépcia minha.
Não foi.

No sítio da FPC não consta nenhuma destas corridas, embora, pelo menos, a do Circuitos dos Túneis tenha sido – crendo nas informações disponíveis – uma organização da própria federação.

E dou comigo a bater com a cabeça na parede. Então… em datas que no Calendário Oficial deveriam ter sido preenchidas pela concessionada PAD, acabam por acontecer corridas organizadas directamente pela FPC e NINGUÉM sabe disto?

O que é que aconteceu?
A FPC não quis prejudicar a PAD?
Mesmo que o “não prejudicar” tenha sido a realização de corridas completamente… “clandestinas”?
Porquê?

Como é que acontece uma corrida de profissionais em pleno coração de Lisboa e… NINGUÉM SABE?
Não fora a perspicácia de alguém que num sítio particular – refiro-me ao Cyclolusitano, e não a mim – “descobriu” na agenda da Câmara Municipal de Lisboa a organização deste evento e…
… e teria acontecido exactamente o mesmo que com o denominado Grande Prémio Inter-Regiões do qual só tive conhecimento hoje.

Depois de receber as mensagens do Fernando Mota e da Ana Luísa de Jesus.

O que é que está a acontecer com o Ciclismo Português?
Se a FPC delegou noutras entidades a organização destas corridas… porque é que estas as não anunciaram?
Se as assumiu… porque é que as não anunciou?

Expliquem-me, alguém que me explique, porque é que se realizam corridas e estas não são publicitadas?

Quero dizer… sei porquê se realizam, não sei é porque é que não publicitadas.

E seria de todo impossível tentarem convencer-me que não são publicitadas porque… não vale a pena.

E não está, a própria Federação Portuguesa de Ciclismo, a brincar com – para não escrever achincalhar – o estatuto de profissionais dos corredores nela inscritos?

Qual é o profissional que se dispõe a trabalhar se esse trabalho for totalmente em vão? Dizem-me?
A mensagem do Record – que, se calhar, até passou despercebida – sabe a pouco.

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