quinta-feira, abril 30, 2009

II - Etapa 397

SEMPRE PRESENTE

Passaram hoje 25 anos (!) sobre o acidente, na Quarteira, no decurso da Volta ao Algarve de 1994, que, no final da etapa que tinha meta na Quarteira, Joaquim Agostinho sofreu aquela que, infelizmente para todos nós, foi a sua última queda.

A história é mais ou menos conhecida.

O Centro de Saúde de Loulé não tinha meios para o socorrer; nem o Hospital Distrital de Faro.

Não foi possível disponibilizar um helicóptero para transferir o grande campeoníssimo para Lisboa.
Veio de ambulância, pela velha estrada nacional.

Só ao fim do dia deu entrada no Hospital da CUF, já em coma.
Resistiu 10 dias. Viria a ser considerado morto a 9 de Maio.

Nesta data todos nos inclinamos ante a sua memória.
Pese embora, há 25 anos atrás ainda não estivesse declarado clinicamente morto, nunca houve muitas esperanças...

II - Etapa 396

DO QUE JÁ PODEMOS ORGULHAR-NOS

Na primeira Etapa, TIAGO MACHADO (Boavista-Madeinox) foi segundo...


Na segunda Etapa, HECTOR GUERRA (Liberty Seguros) foi terceiro e TIAGO MACHADO vestiu a camisola amarela...



Hoje, a terceira etapa, dividida em dois sectores, no primeiro não aconteceu nada de relevante: no segundo, um contra-relógio individual, HECTOR GUERRA venceu mas, com o 4.º lugar conseguido - excelente - TIAGO MACHADO manteve a liderança...

E amanhã parte para a etapa raínha (falo dela um pouco mais atrás), com as seguintes vantagens:

1.º, Tiago Machado
(POR/Madeinox-Boavista), 10.09.07 horas

2.º, Glenn Chadwich
(NZL/Rock Racing), a 58 s
3.º, Héctor Guerra
(ESP/Liberty), a 2.34 m
4.º, Samuel Sánchez
(ESP/Euskaltel), a 2.39 m
5.º, Óscar Sevilla
(ESP/Rock Racing), a 2.42 m
6.º, Ángel Vicioso
(ESP/Andalucía), a 3.13 m
7.º, Branislau Samoilau
(BIE/Amica Chips), a 3.17 m
8.º, Francisco Mancebo
(ESP/Rock Racing), a 3.28 m
9.º Freddy Montaña
(COL/Boyaca), a 3.34 m
10.º, David Herrero
(ESP/Xacobeo), a 3.41 m

II - Etapa 395

UMA DAS MAIS DIFÍCEIS SUBIDAS QUE CONHEÇO

Esta edição da prova começou com uma fuga de dois Corredores na primeira etapa, sendo que um deles foi o Tiago Machado, da Boavista-Madeinox.

Quantos adeptos sabem que, para escapar aos problemas que abanam, desde a base, o Boavista Futebol Clube, a secção de Ciclismo se autonomizou este ano, inscrevendo-se na FPC como Boavista Clube de Ciclismo, cortando as ligações ao clube mãe?
Em frente...

Cumpridas três etapas, a de hoje com dois sectores, Tiago Machado é o líder da corrida. Resistiu, estoicamente - eu vi - ao crono desta tarde e mantém alguma vantagem sobre os 'tubarões' do pelotão. Como podem ver aqui,

Amanhã corre-se a etapa raínha desta prova, a Ascenção ao alto do Santuário del Acebo, junto a Cangas de Narcea. Conheço bem...

Não vai ser fácil, pese embora aqui tenha ganho a Volta as Astúrias o Fabian Jeker (Maia), o David Barbabéu, então no Boavista ter feito uma etapa espectacular e outros portugueses ou representantes de equipas lusas terem brilhado.


A etapa é difícil porque apresenta outras duas contagens de montanha antes da final. Que começa em pleno centro histórico da Cidade de Cangas de Narcea, sita a 380 metros de altitude, para, nos 10,5 quilómetros que faltam até à meta, no alto, se subir até à cota dos 1200 metros. O que dá um pendente médio de 12%.

Mas esta subida, que fiz por sete vezes, tem características muito especiais e amanhã, quem poder seguir a etapa através da RTPA, pode testemunhar.

Por cá, o que de mais parecido posso indicar, é a subida à Torre pelo lado de Seia, só que aqui o pendente não vai muito além dos 7,5 ou 8%.

Na escalada ao Acebo, numa montanha que até aí aos 1000 metros é completamente despedida de vegetação, o que faz do vento um inimigo terrível, há rectas de mais de 500 metros... sempre a subir.

Sem 'defesa' para os Corredores. E se o vento estiver contra, ainda pior.

II - Etapa 394

A MAIS PORTUGUESA DAS
CORRIDAS EM ESPANHA - I

Está a decorrer, sob o domínio das cores portuguesas, mais uma edição da Volta às Astúrias, provavelmente a mais portuguesa das corridas espanholas. Desde que na já longínqua década de 80 do Século passado o boavisteiro Pedro Silva ganhou, ao sprint na chegada a Avilés, ao então super-poderoso Laurent Jalabert.

Desde então, foram tantos os lugares de honra, quer em etapas, quer mesmo no pódio final, conquistados por corredores portugueses, ou representantes de equipas portugueses que, como não consigo tê-los todos de memória me abstenho de enumerar. Mas creio estar certo que, depois do Zé Azevedo, em 2000, o Tiago Machado é primeiro português a andar de amarelo...

O ano passado, por exemplo, a LA-MSS-Póvoa de Varzim dinamitou a corrida que ganhou com... o espanhol Angel Vicioso.


Para as 'donzelas' que venham a sentir-se incomodadas com este FACTO, e para não ficarem a remoer, lembro que NADA - vocês sabem do que estou a falar - 'sobrou para os Corredores espanhóis da equipa. Que, accionada a garantia bancária, via-FPC, os Corredores espanhóis da equipa da Póvoa receberam os três meses que essa garantia... garantia. O que não aconteceu - ainda - com os portugueses porque... estão preventivamente suspensos.

Porquê?
Não se sabe.
São 'reféns' no Guantanamo de Campolide.
Guantanamo ou... Gulag?

quarta-feira, abril 29, 2009

II - Etapa 393

FORÇA AÍ TIAGO!...

Estão cumpridas duas etapas da Volta às Astúras e o líder é o famalicense Tiago Machado, da Boavista-Madeinox. Curiosamente, um Corredor que consta do index da mui nobre e aprumada FPC. Mas que é dos melhores que temos.

[Nota: toda a estrutura tem de ter uma cúpula e a do Ciclismo é a FPC. Ainda acho que o dr. Artur Lopes é meu amigo. Como Homem bem formado que é, não deixará, com certeza, de achar que é imune a críticas. E terei todo o prazer em lhas explicar - as que eu lhe tenho feito - pessoalmente. O que nem seria inédito. Lembro até que, em dada altura, eu fui o ÚNICO (nem os 'fieis vassalos' tiveram coragem de se expor como eu o fiz) a saltar, de peito aberto, para a Praça Pública defendendo a Organização do Mundial 2001 em Lisboa.]

Se até sou capaz de reconhecer que é nos esconsos (não o serão tanto assim, tendo em conta a volumetria do faraónico projecto levantando em Aigle) corredores da UCI que se 'joga', em grossa fatia, o Ciclismo que temos, nada, nem ninguém, conseguirá substituir-se aos verdadeiros Heróis. Os que na estrada deixam suor, lágrimas e não tão raramente assim, sangue, e que são MESMO os nossos ídolos.

Vi o final da etapa em directo.
[Grande corrida, a do Hector Guerra!...]

Segundo percebi, amanhã a etapa é dividida em dois sectores, o segundo deles um crono individual. O Guerra é favorito, mas o TIAGO é português.

Conheço bem a Volta às Astúrias que cobri por seis anos consecutivos, com várias vitórias lusas pelo meio, e, daqui, sinceramente espero que o Tiago tenha sorte.
Que vontade não duvido que tenha...
Força Tiago... amanhã vou tentar ver outra vez.

II - Etapa 392

FOI BONITA A FESTA, AMIGO!

Acabei de ver, há pouco, na SporTv - eu que li mal o que escrevi, ou não percebi, e julgava que o Memorial Bruno Neves só ia passar na próxima 6.ª feira - imagens sobre a Corrida que o homenageou de forma sentida, como tive, no Domingo, oportunidade de testemunhar.


Castigam-nos - se me é permitido usar o termo - as saudades que sentimos dele. Do Bruno. Enche-nos, por outro lado, de alegria o facto de sabermos que a sua Memória está viva. E não deixaremos que isso deixe de acontecer.

E ainda sinto o teu olhar fixo no meu.
Não é só a Memória que está viva... TU continuas entre nós, amigo.

terça-feira, abril 28, 2009

II - Etapa 391

CICLISMO EM VÁRIAS FRENTES

Os amantes das duas rodas têm, nos próximos dias, razões mais do que suficientes para dar descanso às pernas e às máquinas ficando em casa e roubarem alguns minutos à prática da modalidade.

A PGM elaborou diversos conteúdos televisivos que começam já esta quarta-feira a exibir as competições mais importantes do último fim-de-semana.

A oferta é diversificada nos canais Sport TV e a RTP 2!

Esta quarta-feira e quinta-feira o Magazine TV Ciclismo (Sport TV 1) apresenta resumidamente, em horário nobre, o Memorial Bruno Neves e mais uma prova da Taça de Portugal BTT Maratonas além de outros assuntos.



TV Ciclismo
29 Abril – 4.ª feira – 22h00 – Sport TV1
30 Abril – 5.ª feira – 23h20 – Sport TV1

Na sexta-feira e durante todo o fim-de-semana as duas competições serão exibidas autonomamente em formato de resumo alargado.
1.ª Clássica Memorial Bruno Neves
1 Maio – 6.ª feira – 23h40 – Sport TV1
2 Maio – Sábado – 19h00 – Sport TV2
3 Maio – Domingo – 09h20 – Sport TV2

2.ª Etapa da Taça de Portugal de Maratonas – Alte (Algarve)
1 Maio – 6.ª feira – 21h30 – Sport TV3
2 Maio – Sábado – 17h30 – Sport TV3
3 Maio – Domingo – 20h30 – Sport TV3
4 Maio – 2.ª feira – 19h50 – Sport TV3

O triatlo, por ser uma modalidade que tem no ciclismo uma das suas vertentes mais espectaculares, também merece da PGM um destaque especial.
Para a Sport TV2 elaborámos a cobertura total do 4.º Triatlo Internacional de Lisboa de Longa Distância.

Lisboa International Triathlon
2 Maio – Sábado – 12h00 – Sport TV2
3 Maio – Domingo – 18h50 – Sport TV2
4 Maio – 2.ª feira – 22h30 – Sport TV2

(Texto PGM)

domingo, abril 26, 2009

II - Etapa 390

MAS ACONTECEU...

O I Memorial Bruno Neves era uma prova Oficial, da responsabilidade da Federação Portuguesa de Ciclismo e devidamente inscrita no Calendário.

Disputou-se hoje.

Nem uma linha, em nenhum jornal, a dar conta disso.
Já não questiono nada.
Apenas registo.

É forte - e a utilização do presente do indicativo é propositada - o que me liga ao Bruno.

Tenho (ainda tenho) - e hoje tive o grato prazer de perceber que tenho mesmo - muitos amigos no pelotão, mas aquele recíproco sentimento de que o que nos unia ia muito para além de uma simples simpatia, entre mim, e o Bruno Neves senti-o hoje.

Quem me conhece sabe que não sou crente, sabe que não sou de 'palpitações'... algo de especial nos ligou desde o início, era ele ainda um jovem sub-23 na equipa de Vila do Conde e eu um quase veterano no pelotão dos Jornalistas de Ciclismo, 'raça' em completa vias de extinção.

E, corrida após corrida, dia após dia dentro da mesma corrida, apertava-se - foi apertando-se - o 'laço' que nos ligava, não como Corredor/jornalista, mas como amigos. Tenho outros, vários outros, com os quais esta relação sobressaiu.

Que bom foi abraçar-te hoje Pedro; que bom foi abraçar-te hoje João; que bom foi abraçar-vos hoje Afonso, Rogério, Tiago... que bom foi abraçar-te hoje Manel... que bom foi abraçar-te hoje Bruno...

Hoje disputou-se, entre Oliveira de Azeméis e Nogueira do Cravo a primeira edição do Memorial Bruno Neves. Foi ganho, cumpridos os mais de 150 km, por um jovem a quem auguro um futuro seguro e sustentado, Edgar Pinto (na foto), da Liberty Seguros, de Américo Silva.



Mas o dia foi indelevelmente marcado por outras sensações.

O carinho do acolhimento por parte da Cristina Neves, o suporte da Patrícia. A força daquele aperto de mão do Senhor Neves... as lágrimas que a Dona Lina deixou escapar no meu ombro quando nos encontrámos... o indescrítivel sentimento de (perdoem-me a ousadia) me sentir quase membro da família. Aceito ser...

Não sou religiosamente crente. Em nada. Assumidamente agnóstico. Irredutivelmente agnóstico.
Definitivamente auto-excluído de quaisquer intenções de 'não acredito, mas, porém, contudo...'
Não acredito mesmo.

Por isso me sinto confuso. Me senti desarmado, na altura, e me sinto confuso agora...

Na habitual cerimónia do pódio (será que vai sair em algum lado?), quando olhei o cartaz com a foto do Bruno... tive a certeza que ele me estava a olhar. E o seu sorriso, o mesmo de sempre, interpretei-o como de agrado por eu estar ali. Tenho a certeza de que, esteja o Bruno onde estiver... naqueles momentos, o olhar - e o sorriso - fixado há já algum tempo por uma fotografia, estavam vivos. E me fitavam. Senti o Bruno feliz por eu estar ali.

TINHA de estar, meu amigo. Ou que raio de amigo seria eu....

Um grande, grande beijinho para a Dona Lina - o Bruno está em paz -, mais outro para a Cristina, mais um para a Patrícia... um forte e apertado abraço ao Senhor Neves.

Contem comigo para o que for preciso.
...
Serei tudo o que os que me desdenham quiserem - não lhes dou mais importância do aquela que têm... NENHUMA - mas também aqui estou para agradecer a quem o merece.

Obrigado Maria João... por tudo.

sexta-feira, abril 24, 2009

II - Etapa 389

FC PORTO

Marco Chagas foi o último corredor ao serviço dos dragões a ganhar a Volta. Foi em 1982, já lá vão quase 27 anos... Foi a primeira, das quatro Voltas que venceu. Passado todo este tempo, ainda é o recordista de vitórias na Volta!

(*)

II - Etapa 388

O ALENTEJO ESTÁ COM O CICLISMO



(*)

quinta-feira, abril 23, 2009

II - Etapa 387

COMUNICADO FPC
[editado]
Aproxima-se mais um fim-de-semana de grande actividade velocipédica, envolvendo os escalões de formação e os profissionais, tanto nas disciplinas de estrada como de BTT.

O pelotão de elite vai competir no sábado e no domingo.

No sábado disputa-se a Clássica de Vila do Conde, terceira prova a contar para a Taça de Portugal de Elite.

Será uma corrida em circuito, com partida (11h00) e chegada à Avenida Brasil.

O traçado soma 130,6 quilómetros, havendo um primeiro circuito, a percorrer três vezes, e um circuito urbano – dentro do habitual circuito automóvel -, a correr em cinco voltas.

No dia seguinte, disputa-se, entre Oliveira de Azeméis e Nogueira do Cravo,
o I Memorial Bruno Neves,
competição de homenagem ao malogrado ciclista, falecido em competição, em Maio de 2008.
(destaque da minha responsabilidade)

II - Etapa 386

TAÇA DE PORTUGAL DE ELITES
CORRE-SE EM VILA DO CONDE

Terra de ciclismo e de ciclistas - José Azevedo é um dos seus dilectos filhos - Vila do Conde acolhe, este fim-de-semana, a 3.ª etapa da Taça de Portugal de Elites e a 2.ª etapa do Circuito dos Campeões - Masters, provas apresentadas em cerimónia que contou com a presença do presidente da edilidade, Mário Almeida.

A Casa da Juventude de Vila do Conde foi o cenário escolhido para a apresentação pública da I Clássica de Vila do Conde, prova pontuável para a Taça de Portugal de Elites, e do Circuito de Vila do Conde, prova integrada no Circuito dos Campeões - Masters.

Dois eventos de ciclismo a ter lugar este fim-de-semana (sábado e domingo, respectivamente) e que trarão inusitada animação às ruas do concelho.

No acto público participou o presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Mário Almeida, para quem "o importante é vincar esta especial apetência do concelho para a prática daquela que considero a segunda maior modalidade desportiva nacional. Aqui nasceu o primeiro campeão nacional ao qual sucederiam tantos outros e não deixa de ser curioso que José Azevedo [hoje ligado à organização destas provas] também seja natural e residente em Vila do Conde, ele que também é um grande campeão".

Sobre a prova, o autarca formulou votos de maior sucesso, vincando que "queremos recolocar Vila do Conde no lugar que é seu por direito próprio e se temos vindo a apoiar as formações de ciclismo juvenil, também é importante que os jovens possam ver de bem perto os seus ídolos e estas provas servem essa estratégia na perfeição".


Já Pedro Soares, em representação da School Eventos [entidade promotora] aproveitou para enaltecer a forma "decidida como a autarquia acolheu a nossa proposta permitindo que todas as dificuldades fossem prontamente superadas. Se o ciclismo vive de carolice e coragem, o exemplo de Vila do Conde ultrapassou largamente tudo quanto é possível imaginar".

A José Azevedo coube a tarefe de apresentar as principais características dos traçados escolhidos, integralmente cumpridos em Vila do Conde embora com quilometragens diferentes (130 km para Elites e 52 quilómetros para os Masters).

Sábado, dia reservado às Elites, cumprir-se-á um primeiro circuito de três voltas grandes percorrendo todo o concelho para acabar num circuito mais pequeno, sobre o antigo traçado da prova automóvel.

Motivo de especial interesse as contagens de prémio da Montanha (de terceira categoria) e as Metas Volantes.

No domingo, os Masters darão vinte voltas ao antigo circuito automóvel.

"Trata-se de provas um pouco diferentes do habitual, um pouco mais rápidas, mas nem por isso menos selectivas, nas quais quisemos privilegiar o contacto com o muito público que esperamos venha a estar presente. Julgamos que é uma boa forma de proporcionar espectáculo e de retribuir o carinho e a disponibilidade patenteados pela autarquia" - vincou José Azevedo.

Em representação da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira enalteceu o arrojo dos promotores e da autarquia ao meterem ombros à organização destes eventos desportivos: "Em tempos de crise não podemos deixar de salientar que o ciclismo precisa de quem o dinamize e de quem o apoie e exemplos como os de Vila do Conde e da School Eventos são credores de toda a nossa confiança, admiração e apoio".

Nos dois dias as partidas estão agendadas para as 11 horas na Avenida Brasil, em Vila do Conde, com chegadas ao mesmo local.

Na prova da Taça de Portugal alinharão onze formações: Liberty Seguros, Madeinox-Boavista, Fercase-Paredes Rota dos Móveis, Barbot-Siper, Loulé-Aquashow, Palmeiras Resort-Tavira (elites) e Aluvia, E. Leclerc-S. João de Vêr, Mortágua, Crédito Agrícola-Pombal e Artesania Lugo (sub-23).

quarta-feira, abril 22, 2009

II - Etapa 385

Digo-o eu: o... Plano B, foi mesmo accionado!

terça-feira, abril 21, 2009

II - Etapa 384

COMO DIZEM OS ESPANHÓIS...
'NOS QUEDAMOS ENCANTADOS POR LO SABER'

Que eu tenha dado por isso, apenas o Record questionou a FPC sobre a eventualidade de a Volta a Portugal correr o risco de não se realizar este ano. Coisa que, muito sinceramente, nunca me passou pela cabeça. Primeiro, porque sempre o disse - e escrevi - e não tenho motivo para alterar a minha opinião, acredito no Senhor João Lagos.

Foi ele mesmo quem confessou, por acaso a A BOLA, que, e cito de memória, 'se há alguém que tenha conseguido escapar à crise conjuntural pela qual passamos, eu não sou um deles, vivo problemas'.

É de Homem. Aliás, não sinto qualquer necessidade de esconder a minha admiração por ele.

Hoje foi distribuído um comunicado que, até porque não está assinado, não se percebe bem de onde vem.

No primeiro parágrafo pode ler-se 'a UVP-Federação Portuguesa de Ciclismo e a PAD/João Lagos Sports vêm esclarecer?...'

No terceiro e último... 'Também não se poderá estranhar - e até é de louvar - que uma instituição como a UVP-Federação Portuguesa de Ciclismo procure ter sempre Planos B [sic]...'
Será um auto-elogio?
A assinatura do Comunicado ter-nos-ia esclarecido.
Assim...

Pela minha parte - e a minha opinião vale o que vale - nunca duvidei que a Volta a Portugal saísse para a estrada. Já fico de pé atrás com aquela parte do 'a possibilidade de não ser organizada nos mesmos moldes de anos anteriores', o que significará?

Mas fico, enquanto adepto confesso, satisfeito por ler: 'estando assim garantida a normal organização de todas essas provas [as que fazem parte do pacote que envolve a concessão da Volta a Portugal a terceiros, porque ordinariamente caberia à FPC organizá-la]... na actual temporada de 2009'.
Depois... ficamos sem saber.

Mas fico contente na mesma.
Só que a matutar numa coisa...
Que bom seria a FPC ter previsto um Plano B, não só para as corridas da PAD/João Lagos Sports, mas para todas as que os vários organizadores estão a ter enormes dificuldades em trazer para a estrada este ano...

II - Etapa 383

MEMORIAL BRUNO NEVES

Disputa-se no próximo Domingo, dia 26 de Abril, com partida marcada para as 11.00 horas, frente à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e chegada a Nogueira do Cravo cerca das quatro da tarde, junto à Junta de Freguesia e à Igreja desta localidade, a 1.ª Clássica Memorial Bruno Neves.


Para alguns, é uma corrida com um significado muito especial porque recorda um familiar, um amigo, que partiu cedo de mais; para muitos, mais uma oportunidade de, e sinceramente espero que, nem que seja em memória do Bruno, provar que o povo está com o Ciclismo, que o Ciclismo é a modalidade do povo.
Como do povo sempre foi o Bruno.

Não está fácil, mas ainda estou a tentar conseguir marcar presença.
Devo isso ao Bruno...

II - Etapa 382

OS FINS JAMAIS JUSTIFICARAM OS MEIOS
(... e esperamos que isso nunca venha a acontecer!)

‘Operação Puerto’
Juiz recusa fornecer provas... (
aqui).

Recordo que a 'Operação Puerto' foi uma operação policial...
... que na legislação espanhola (tal como a nossa), não havia enquadramento jurídico que sustentasse o caso.
... que nenhuma entidade, no caso, a Federação Espanhola de Ciclismo, que tem o seu próprio Conselho Disciplinar, não pode - tendo falhado o seu objectivo - aproveitar-se de provas reunidas pela polícia/Ministério Público para sancionar quem quer que seja, se o próprio Magistério Público não encontra bases para avançar com acusações concretas.
... que não há grande diferença entre a 'Operação Puerto' e o 'caso PCC', a não ser a insustentável - em termos legais - 'colagem' do CNAD a uma investigação que, na sua essência, foi policial, e se não foi... passamos a outra esfera de responsabilidades, contudo, sempre com o mesmo resultado.
... que também em Portugal não havia enquadramento legal extra-desportivo, para quaisquer sanções.
... que o que o CNAD 'sabe' não podia sabê-lo.
... que, ainda que se confirmem acusações, por parte do Magistério Público, estas assentarão única e exclusivamente - se vierem a ser provadas - na introdução em território nacional de produtos não licenciados farmicamente. Isso é irrelevante em termos desportivos.

... que não nos queiram convencer que não apanharam nenhum caso de doping porque EVENTUALMENTE houve manipulação; juridicamente, isso é indefensável, desportivamente também. Ou há, ou não há... ou então assumam publicamente que... 'deve haver, generalizado, espalhado por todas as equipas' e actuem em conformidade. Se é a VERDADE QUE BUSCAM!...
... ou há moralidade, ou 'comem' todos, é um dito comum na língua portuguesa.

Se partimos de SES, todos os SES são aplicáveis.

Não, não sou a favor do 'doping', sou é frontalmente e em consciência, contra a arbritariedade, a falta de lisura, o atropelo das Leis.
Ainda há Leis neste país.

Reconheço a força dos regulamentos desportivos, mas não enterro a cabeça na areia.
Se querem culpados... apanhem-nos respeitando a letra dos regulamentos e os seus princípios. Tudo o que fôr para além disso é inaceitável.

Tal como em Espanha - e assim começou esta Etapa - por cá nenhum Juíz oferecerá de mão beijada a uma instituição que, tendo poderes oficialmente reconhecidos para actuar nesse domínio [pretensa practica ilícita envolvendo produtos dopantes] com eles nada tenha conseguido.

O que a Polícia apreendeu é da polícia e transitou para o Magistério Público.
Os tribunais terão de decidir à luz das Leis vigentes na altura do acontecimento.

Quem não fez o seu trabalho... Pois!...
E repito: claro que não sou defensor do 'doping', mas acabo com o título que dei a esta Etapa: Os Fins Jamais Justificaram Os Meios (... e esperamos que isso nunca venha a acontecer)

Post Scriptum: Em relação à Nota que antecede esta Etapa...
não quero que os meus amigos entrem em 'guerra' por coisas de 'lana caprina'... Vejam lá isso.

domingo, abril 19, 2009

Nota

(COMPLETO) DESALENTO!...

Antes de mais nada, quero agradecer ao José Luís Ribeiro e ao Paulo Sousa que enriqueceram este espaço com as suas oportunas e pertinentes observações... obrigado a ambos.

O que está escrito, está escrito. Afinal não foi a Federação Portuguesa de Ciclismo a opor-se à participação do Manel Zeferino. Equívoco meu.

Mas tem esta Nota, como leva no título, o propósito de vincar o meu desalento.

O VeloLuso é um espaço pessoal, que já não sei se serve, ou não, o Ciclismo.
E não sei porque, como seu titular, o uso para desabafar.

Há coisas que - e façam o favor de reconhecer que não sou completamente parvo - me custa entender. Há situações que me deixam indignado. E venho aqui e deixo os meus desabafos.

19 de Maio de 2008 foi já há tanto tempo... Há 11 meses.
Até hoje, nada nem ninguém, deixou escapar para o domínio público o porquê dos castigos aos homens do Póvoa Cycling Clube.

Quase UM ano, e a FPC tem suspensos - e a mim escapasse-me em que base o pode fazer (falamos da 'coisa' desportiva) - uma série de Homens, ainda por cima meus Amigos, sem uma acusação, de foro desportivo, formal.

Se há... se hipoteticamente houver, alguma coisa que se enquadre num 'caso de polícia', enquanto a polícia responsável não avançar com dados claros e inequívocos - isto naquilo que seria um processo Estado/Cidadão - e enquanto os tribunais não decidirem quem tem razão, em termos desportivos não vejo, não vejo, como a FPC sustenta as suspensões.

Daí, os meus protestos...
E nem sequer ainda falei do caso do Pedro Cardoso que, convidado por uma empresa organizadora de eventos para dar a cara por uma iniciativa de propaganda e apoio à modalidade foi impedido de o fazer...
Porquê?

Isto são desabafos.
Porque me dói cá bem fundo a forma como estas pessoas estão a ser tratadas.
Mesmo que não fossem meus amigos, eu irritar-me-ia.
E desabafaria aqui.

Porque este é o meu espaço.

Há 11 meses que estamos às escuras...
E nestes 11 meses aconteceram coisas que me revoltam.
Por exemplo, accionada a garantia bancária junto da UCI, todos os corredores espanhóis da equipa já receberam os três meses de salários em atraso.
Os que estão suspensos pela FPC não!

O que me causa uma profunda desilusão, e daí o desalento, é o facto de ninguém mexer um dedo em defesa destes Homens.

Sou directo, claro e honesto: tem, em termos desportivos - algum caso de positivo, por exemplo (eu sei que há dois casos de apreensão de produtos proibidos) - a FPC móbil para manter os outros suspensos?

Há a outra faceta.
A PJ apreendeu, listou, fez analisar uma série de produtos.
Mas atenção... ISTO É UM CASO DE POLÍCIA.
E a legislação portuguesa nem sequer previa a posteriormente introduzida alínea de eventual crime contra a saúde pública.

E com isto volto ao mesmo.
Àquilo que, teimosamente, mais ninguém parece ter interesse em divulgar.

A FPC e o CNAD, à luz da legislação vigente à altura, NÃO PODERIAM ter acesso à informação recolhida pela PJ.

Deixem-me D E S A B A F A R !....

Deixem-me questionar o porquê o Manel Zeferino não pode entrar num passeio onde entrou quem não tem qualquer espécie de licença!...
Onde eu entraria se... soubesse andar de bicicleta!

Não confundam os meus desabafos com as minhas opiniões.
Estas são sempre sustentadas...

Como se diz no meu Alentejo... NÃO ME MOAM!...

Porra!, estou a ficar farto de ser mal compreendido.
Pior, de 'gajo porreiro' ter passado a 'besta negra'.
Só porque não aceito prepotências...
Mas podem tentar explicar-me...

sexta-feira, abril 17, 2009

II - Etapa 381

CLÁSSICA DA PRIMAVERA
(Etapa re-editada a 18 de Abril)

Primeira Nota: Não vão acusar-me de fugir com o 'dito cujo' à seringa porque faço questão de manter, no final desta Etapa, o escrito original ao qual não retiro uma vírgula (com a excepção, é evidente, à parte da homologação que, como devem ter percebido, não foi mais que um lapso - rectifico aqui, mas mão toco na mensagem inicial -, pois uma corrida não é homologada previamente; uma corrida não é sequer homologada; o que o é são os seus resultados; como toda a gente sabe).

Segunda Nota: Coloquei mal a situação. Reconheço-o. Deixei 'falar' o coração e não fui rigoroso. Alguns dos Comentários que me foram enviados foram feitos na base da menos rigorosa apresentação da questão fulcral. E, caro Afonso, por isso não publico o teu comentário. Há ainda outro comentário, de alguém que não se identifica claramente, que também não não vou publicar. Porque acho que foi a forma como aqui deixei a questão que vos levou àquelas reacções.

Vamos então ao essencial.

E começo pelo que é, de facto, importante.

Amanhã, pelas 11.00 horas, com partida da Esplanada do Carvalhido, na Póvoa de Varzim, realiza-se a 15.ª edição da Clássica da Primavera que tem 143,7 km e terminará, como habitualmente, na Avenida dos Banhos, por volta das três da tarde, com quatro passagens pelo Alto de São Félix. Quem conhece sabe o que significa.

Mas o que hoje teve lugar não deixa de ter - não tem, definitivamente - menos importância.

E, antes de me pronunciar, deixo aqui a mensagem do presidente do Clube Desportivo e Cultural de Navais, o senhor José da Silva Alves.


No ano em que o Centro Desportivo e Cultural de Navais comemora o seu 28.º aniversário a “Clássica da Primavera” atinge a sua 15.ª edição. Tal facto, por si só, já é importante, mas para assinalar esta longevidade era importante inovar e para tal vamos também organizar a 1.ª Prova de Ciclismo para Todos, desta feita quem quiser participar na festa do ciclismo poderá mostrar as suas capacidades e associar-se a esta prova que pretende ser, como se percebe, um hino à modalidade, endereçamos a todos o convite para se inscreverem (…/…) contamos com todos.

Em todo o concelho da Póvoa de Varzim o CDC Navais é a única colectividade que assume o
ciclismo como actividade relevante, muito para além das actividades ciclistas de carácter turístico-cultural que ocorrem um pouco por todo o concelho.

A “Clássica da Primavera” não surge como uma iniciativa desgarrada, ou como um esforço de busca de um evento que, pela diferença, suscite atenções.

Bem pelo contrário. Esta competição velocipédica é o natural corolário de uma actividade que na Póvoa de Varzim, todos consideramos identificadora de Navais, enquanto versão competitiva, Navais, sempre ao longo da sua história, esteve ao lado do ciclismo e desde o início dos anos 80 esta colectividade esteve no ciclismo competindo ao mais alto nível ainda o ciclismo era um desporto popular, com equipas federadas, mas com um forte impulso de equipas populares. Nessa altura foram conseguidas honrosas classificações e inclusive campeões Nacionais da modalidade.

Várias entidades e parceiros económicos do Município da Póvoa de Varzim não poderiam, em coerência, deixar de apoiar esta iniciativa cujos grandes vectores de acção privilegiam uma
crescente ligação da população ao uso da bicicleta sob a vertente de lazer, por um lado promovesse a modalidade, por outro permite-se uma maior consciência ambiental e de bem estar, esta modalidade e aglutinadora de inúmeras sinergias que têm nesta iniciativa o seu veículo promocional.

De referir que ao longo dos últimos anos tem sido necessário um número significativo de
colaboradores, desde a preocupação com a segurança até a necessidade de divulgação. Neste sector temos nos meios de comunicação local importantes veículos de divulgação e de afirmação do crescimento desta iniciativa. Para todos eles temos de estender a nossa admiração e continuo apelo, para que, continuem a estar ao lado desta iniciativa pois só desta forma poderemos continuar a crescer.

7 de Abril de 2009
O Presidente do Centro Desportivo e Cultural de Navais


Posto isto, volto a assumir a responsabilidade pelo texto. Que se segue.
Hoje realizou-se um encontro - não foi mais do que isso - de amantes do Ciclismo que, unicamente ligados por isso, fizeram do Ciclismo uma FESTA. E como a modalidade está carente...

Esse encontro foi pensado desde o início para ser parte, antecedendo-a, da "Clássica da Primavera", uma prova que vai conseguindo manter-se no Calendário quando muitas outras - e posso dar o exemplo da Volta a Trás-os-Montes - 'vão caindo'. Os homens que dedicam parte do seu tempo e muita, muita persistência, para a manter de pé deviam merecer um mínimo de respeito. Porque são eles, e outros como eles, que ainda vão sustentando o Ciclismo nacional. Mesmo quando as 'grandes organizações' claudicam.

Era pouco mais que um passeio de bicicleta. Contudo, apercebendo-se que um dos participantes - reforço, num passeio de bicicleta - era o Manel Zeferino (eu nem devia escrever isto, mas escrevo, a "Clássica da Primavera" tem, desde há, creio, dois anos, o apodo de Troféu José Zeferino; os mais novos ignoram a história, mas eu digo... José Zeferino era irmão do Manel, que faleceu, após uma queda, em Castro Verde, no decurso de uma Volta ao Algarve), volto atrás para se não perder o fio à meada... apercebendo-se que um dos inscritos era o Manel Zeferino, a FPC avisou que não permitiria o reconhecimento - é o termo correcto - da prova se ele não fosse impedido de alinhar.

E como impedir o Manel de alinhar... num passeio de bicicleta estreitamente ligado à prova que homenageia a memória do seu próprio irmão?

Há limites para tudo. E foi nesta amálgama de sentimentos que eu me enrolei todo no conteúdo original desta Etapa. Espero ter sido, agora, bem mais claro.

Impedir o Manel de correr seria, de facto, cumprir os regulamentos, porque ele está suspenso.
Seria?
O Manel há anos que deixou de ter uma licença de Corredor. Tem uma de Director-desportivo e o director-desportivo está suspenso. Sem culpa formada, mas está.

Que raio de alínea, em que raio de regulamento, é que estará escrito que NUMA CORRIDA PARA TODOS, em que qualquer um, federado ou não, com bicicleta de estrada, com qualquer outro modelo de máquina, pode correr e o Manel não?

Parece perseguição?
Não!... É perseguição...

Não concordo, mas até aceito que um Corredor de Estrada, estando sob suspensão, não pode alinhar em nenhuma prova - seja ela lá qual fôr - porque a sua licença de Corredor está suspensa, mas o Manel Zeferino NÃO TEM licença de Corredor.
Sob que argumento o poderiam impedir de alinhar numa prova... POPULAR?
Onde alinhou, tenho absoluta certeza, muita gente sem qualquer espécie de licença.

Isso, digam que sou eu que tenho mau feitio...

Não digo mais nada, a não ser...

Manel, um grande e forte abraço de solidariedade deste teu amigo incondicional que assina o nome por baixo

Manuel José Madeira

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SEMPRE A RAZÃO DA FORÇA...

O Centro Desportivo e Cultural de Navais organiza no dia 18 de Abril (amanhã) uma prova de ciclismo designada 1.ª Clássica da Primavera para Todos - prova aberta a todos os utilizadores de bicicleta (federados ou não) e a qualquer tipo de bicicleta - que irá percorrer o mesmo traçado da prova para os ciclistas profissionais.


Vai ser uma corrida... 'clandestina' porque a FPC vetou a sua homologação apenas por uma razão: o Manel Zeferino vai corrê-la.
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quinta-feira, abril 16, 2009

II - Etapa 380

GRANDE PRÉMIO JOSÉ AMARO

100 Ciclistas vão para a estrada para o 2.º Grande Prémio de Ciclismo José Amaro, que arranca a 18 de Abril em Grândola. Trata-se de uma iniciativa da organização do Clube de Ciclismo do Litoral, Câmara Municipal de Grândola e Associação de Ciclismo do Distrito de Setúbal.

O 2.º Grande Prémio de Ciclismo José Amaro, divide-se em 3 etapas:

18 Abril - 15.00 horas
corrida em linha (88,3 km), Grândola-Melides-Grândola
19 Abril – 10.00 horas
corrida em linha (73,6 km), Melides-Santiago do Cacém-Grândola
19 Abril – 15.30 horas
contra-relógio por equipas (9,9 Km), Jardim 1.º de Maio

Mais informações: www.cm-grandola.pt
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(na foto, José Amaro, que faleceu prematuramente vítima de cancro,
ampara Joaquim Agostinho após a queda que viria a ser fatal para o Campeoníssimo,
em 1984, em Albufeira, no decorrer da Volta ao Algarve)

II - Etapa 379

ELES VÃO ACABAR COM O CICLISMO!

Não é novidade que sinto uma profunda admiração pelo trabalho dos cartoonistas.
Não é por acaso que quase todos os jornais têm o seu, embora uns se destaquem mais que outros.

Num único 'quadrado' ou numa 'tira' é raríssimo que, sempre com um sentido mordazmente crítico, um cartoon não 'faça notícia'.

Sou adepto confesso do Augusto Cid, como do Bandeira ou do António. Como do Luís Afonso e do Carlos Laranjeira, para falar dos portugueses. Depois do já falecido Sam, acho que actualmente o Cid é o melhor cartoonjornalista da nossa praça.

Como também sou leitor de publicações estrangeiras tenho vários outros ídolos.
E não me envergonho de confessar a minha 'inveja' por eles, em traços mais ou menos simplificados conseguem fazer passar uma mensagem que eu, enquanto jornalista, acho jamais ser capaz de fazer, nem que tenha uma página de jornal inteira só para isso.

Diz-se que uma imagem vale por mil palavras. Um (bom) cartoon vale muito mais.

O Etayo, cartoonista do Meta2000, é excepcional.
Quantas 'laudas' não seriam necessárias para, por palavras, 'dizer' o que ele, semanalmente, diz no seu 'boneco'?
E sou tão seu admirador que já aqui lhe dediquei uma Etapa inteira.
Reproduzindo 'bonecos' seus.

O desta semana é soberbo. Até porque lhe junta a notícia. Não se esquiva a isso, sendo que a notícia pode ser arrasadora para a sua visão do caso. É desta coragem que também gosto.

Mas lá está... - independentemente da notícia escrita, real e que acolherá reacções pró e contra, é inevitável, principalmente quanto à dimensão do castigo que, quanto a este ninguém será neutro - a NOTÍCIA que, por mais que tentem convencer-nos do contrário, estou em crer que se confirmará, dentro de muito pouco tempo: estão a matar o Ciclismo.

Por cá também.
A PAD está em processo de insolvência e a FPC já está a preparar-se para a substituir na organização da Volta a Portugal. As outras corridas devem cair.

Ao contrário do que se quis fazer parecer, o ataque 'sniper' - perfeitamente direccionado e com alvo identificado - que destruiu a formação do Póvoa Cycling Clube, foi muito mais do que isso. E um dia destes a notícia terá que ser reescrita. Foi um atentado bombista que abalou toda a modalidade. Um terramoto. E o que não colapsou no primeiro abalo há-de vir abaixo nas inevitáveis réplicas.

Não termino com um... RIP, em relação ao Ciclismo em geral, porque há - e eu já delas aqui escrevi - maneira de recuperar a modalidade, enquanto espectáculo. Em relação ao português... infelizmente estou muito menos optimista.

Ah!... o cartoon do Etayo...


* RIP (rest in peace), quer dizer: Descansa em Paz, o que se diz normalmente a quem acabou de morrer.

segunda-feira, abril 13, 2009

II - Etapa 378

ACM RETOMA O PROBLEMA DO POLICIAMENTO
NAS PROVAS DE CICLISMO

A Associação de Ciclismo do Minho voltou a apelar ao Secretário de Estado da Juventude e do Desporto para que acabe com a discriminação que impede o ciclismo de aceder à comparticipação do Estado ao nível dos encargos com o policiamento. A ACM pediu também ao Provedor de Justiça a reabertura do processo iniciado em 2002 e que não conduziu à resolução definitiva do problema.

Recorde-se que a legislação relativa ao policiamento de actividades desportivas, nomeadamente o Decreto-Lei n.° 238/92, exclui e discrimina o ciclismo, por apenas traçar o regime de policiamento aplicável ao interior dos recintos desportivos e por não contemplar aquela modalidade com a participação do Estado nos encargos desse policiamento, nomeadamente, através dos resultados de exploração do Totoloto.

A Associação de Ciclismo do Minho (ACM) tem advogado a inclusão da modalidade no regime de policiamento dos espectáculos desportivos e da comparticipação do Estado, a uniformização dos critérios da prestação dos serviços de policiamento pela PSP e pela GNR e a implementação de um regime específico para o ciclismo, atento o facto de, para além de outras especificidades, nas suas provas o policiamento não ser facultativo mas sim obrigatório.
Numa carta enviada ao Secretário de Estado da Juventude e do Desporto em Fevereiro último, a Associação de Ciclismo do Minho apela a Laurentino Dias para que este adopte "as medidas consideradas justas e necessárias para a obtenção de uma solução que, a título definitivo, solucione o problema que afecta gravemente a modalidade".


No documento, a ACM recorda a Laurentino Dias a posição que este assumiu a 14 de Maio de 2003 quando, enquanto representante do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, recebeu a direcção da ACM. Na altura, Laurentino Dias foi peremptório a reconhecer a legitimidade das pretensões da Associação de Ciclismo do Minho, afirmando “ser uma questão com mérito” para a qual "não chega estar sensível”, sendo necessário “fazer alguma coisa”.

Entretanto, nos primeiros dias do corrente mês de Abril a Associação de Ciclismo do Minho voltou a interpelar o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto e o Provedor de Justiça enviando-lhes comprovativos das quantias que foi forçada a pagar para a realização do Prémio Cidade de Fafe [14 de Março de 2009], uma prova de apenas 60 quilómetros destinada à categoria de cadetes [atletas de 15 e 16 anos].


De acordo com a documentação, pelos serviços de policiamento foi paga a exorbitante quantia de 860,68 euros, sendo 508,47 euros destinados à GNR (destacamento que acompanhou a prova) e 352,21 euros à Policia de Segurança Pública de Guimarães (policiamento apeado em Guimarães entre as 16.09 e as 16.17 horas).

"O problema do policiamento de eventos desportivos realizados na via pública continua a carecer de uma resolução definitiva e todas as entidades que promovem actividades de ciclismo - onde se inclui a Associação de Ciclismo do Minho e as restantes associações regionais - continuam a ser obrigadas a despender avultadas quantias, circunstância que ameaça seriamente a continuidade dessas realizações, nomeadamente, para os escalões de formação", alertou a associação minhota.

A necessidade de obtenção de uma solução definitiva foi anteriormente defendida pela Provedoria de Justiça que, na sequência de uma exposição apresentada pela Associação de Ciclismo do Minho em Junho de 2002, recomendou ao Governo a alteração da legislação. Não tendo a recomendação conduzido à alteração legislativa, a Associação de Ciclismo do Minho solicitou em Fevereiro último à Provedoria de Justiça a reabertura do processo.

Na exposição de 2002, a Associação de Ciclismo do Minho começa por aludir a um conjunto de disposições legais portuguesas, tratados e normas europeias e declarações da Unesco que, no essencial, realçam a importância do desporto e atribuem ao Estado a missão de promover, estimular, orientar e apoiar a prática de actividades desportivas.


Abordando a questão da integridade física dos desportistas, o documento faz notar que o policiamento de actividades desportivas na via pública é absolutamente imprescindível, tanto por questões de segurança dos praticantes, como por questões de ordenação da circulação.

Não existindo alternativas viáveis à realização de provas de ciclismo fora da via pública, refere a exposição, também o policiamento apenas pode ser efectivado por duas entidades Estatais (PSP e GNR), gorando-se a possibilidade de recurso a serviços de entidades privadas.

Acresce que a legislação relativa ao policiamento de actividades desportivas “exclui o ciclismo (por apenas traçar o regime de policiamento aplicável ao interior dos recintos desportivos) e discrimina-o ao não o contemplar com a participação do Estado nos encargos desse policiamento, nomeadamente, através dos resultados de exploração do Totoloto”.
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Nota.1: Laurentino Dias é minhoto, nascido em Fafe.
Nota.2: ... e o que é que, até agora, fez a FPC a este respeito?

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(O texto publicado é da ACM; as DUAS notas da minha inteira responsabilidade)

domingo, abril 12, 2009

EXTRA

A TODOS OS AMIGOS
E LEITORES DO VELOLUSO
DEIXO OS MEUS VOTOS DE
.
UMA BOA PÁSCOA

II - Etapa 377

NÃO É UMA NOTÍCIA... É UM ECO

O VeloLuso não dá notícias, mas reservo-me o direito de fazer de caixa de ressonância se leio alguma interessante.

Aqui, antes de prosseguir, quero deixar uma palavra de incentivo, juntamente com os meus parabéns, quer à Imprensa Regional, quer - já vão perceber porquê - às Associações de Ciclismo. É nelas [associações] que tem que se plantar novas 'Árvores' que, no futuro, nos garantam bons 'Frutos'.
O Ciclismo luso está muito carente disso.

Algumas - não posso dizer todas porque, na realidade, não sei o que cada uma anda a fazer... vou sabendo, como é o caso que adiante exporei - já aqui destaquei. Casos da Associação de Ciclismo do Porto e da Associação de Ciclismo do Minho.
São dois exemplos.
Aos quais há a acrescer mais este...

O crédito vai todo para o Jornal Reconquista, de Castelo Branco, e espero que não se importem que aqui reproduza o trabalho assinado pelo camarada Artur Jorge...




A boa agenda do ciclismo
A Associação de Ciclismo da Beira Interior alargou o número de propostas competitivas para esta época. A primeira corrida (estrada) é já dia 25.
Uma maratona de bicicletas todo-o-terreno e um campeonato de resistência com quatro provas (Fundão, Guarda, Silvares e Castelo Branco) constituem as principais novidades do calendário de provas da Associação de Ciclismo da Beira Interior (ACBI) para a nova temporada.

A associação que superintende ao nível federado as várias disciplinas ciclísticas nos distritos de Castelo Branco e Guarda, presidida por Agnelo Quelhas, vai abrir o conjunto de organizações já este mês, dia 25, com a prova da Taça de Portugal de cadetes na cidade albicastrense, realizada em circuito urbano. Ainda no âmbito das provas de estrada, a ACBI vai organizar uma prova da Taça de Portugal de juniores, em Penha Garcia, a 17 de Maio, evento que terá a parceria do Grupo Desportivo daquela localidade raiana. E também o já tradicional GP da Lardosa (Agosto), aqui em conjunto com a Comissão de Festas de Santo António. É uma prova para ciclistas juniores.

O BTT é uma das apostas
A modalidade chama muitos praticantes e, depois de uma experiência que não despertou grande entusiasmo, a Associação abalança-se num campeonato de resistência, “com distâncias mais longas e prémios monetários atractivos”. O quadro competitivo inicia-se a 23 de Maio no Fundão e conclui-se a 6 de Setembro em Castelo Branco, com a prova urbana que na edição de estreia (em 2008) atingiu um nível bastante interessante (lembram-se da descida da Caleja Nova?).

Maratona
Um dos maiores desafios chegará em Outubro: a primeira maratona de BTT organizada pela ACBI. Uma prova fora de estrada, com uma distância compreendida entre os 80 e os 100 quilómetros, e que terá partida e chegada em Castelo Branco.

“Estamos a tentar estabelecer uma parceria com o Tejo Internacional. Com a marca deles podemos atrair participantes e, por sua vez, o evento não deixará de constituir um veículo de promoção da região”, adiantam os directores da Associação de Ciclismo da Beira Interior.
Em agenda encontram-se ainda duas provas da Taça de Portugal de BMX, em Junho (6 e 7) na pista da Associação do Bairro do Valongo. A ACBI manterá ainda “apoio às provas e passeios no âmbito do ciclismo para todos”.

A equipa directiva da Associação regista ainda o facto de contarmos presentemente com um lote de excelentes praticantes, nas várias disciplinas: “eventualmente constituirá algum reflexo do trabalho de dinamização que tem sido levado a cabo”.

E à conversa vêm os nomes de Carlos Baltazar (estrada), Manuel Mendes e João Fidalgo (BMX), David Rodrigues, Alexandre Guilhoto, António Catarino e a equipa das Bicicletas Santiago/Mérida (BTT).

Para saberem mais, aqui fica... http://www.ac-beirainterior.net/

sábado, abril 11, 2009

II - Etapa 376

SERÁ O CHAMADO... ESPÍRITO DA PÁSCOA?!!!

Surpresa! Também aqui não acrescento nem uma linha. Sigam os links...
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II - Etapa 375

AGORA JÁ POSSO!...

Por motivos óbvios, obrigo-me a um período de silêncio em relação ao... 'dar notícias'.
Aliás, isto é um eufemismo porque nunca foi objectivo do VeloLuso 'dar notícias'.
O VeloLuso foi, é, e será sempre, um espaço de Opinião que apenas vincula o cidadão Manuel José Madeira, na minha qualidade de adepto do Ciclismo.

Quem dá notícias são os jornalistas, os jornais, os sitios na Internet que existem para isso mesmo.
O VeloLuso é, apenas, um blog...

A... 'notícia' é velha, de quatro dias. Já quase toda a gente a deu.
Não sou como o outro que está convencido que os Corredores Profissionais (ou não) de Ciclismo não lêem jornais. Vá lá saber-se porquê!...

Portanto, já toda a gente o sabe, mas eu não quero deixar de, até como forma de solidariedade para com o João, perder a oportunidade de a 'colar' aqui. Porque é apenas colar o que a agência Lusa divulgou.
Não acrescento, propositadamente, nem mais uma letrinha.

Póvoa de Varzim, Porto, 07 Abr (Lusa) - O ciclista português João Cabreira vai participar na Clássica da Primavera, a 18 e 19 de Abril, na Póvoa de Varzim, depois de o seu castigo de dois anos ter sido suspenso pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

O campeão nacional de estrada recorreu do castigo por alegada "prática de viciação de amostra de controlo de dopagem" e, segundo o próprio confirmou à Agência Lusa, o Conselho Jurisdicional da Federação Portuguesa de Ciclismo consentiu que enquanto "decorre a fase de averiguações deste processo", João Cabreira pode voltar à estrada.

O controlo ao atleta foi feito a 19 de Maio de 2008, e, na altura, terá sido, alegadamente, detectada a uma substância mascarante designada de protease.

O ciclista voltou a sublinhar que desconhece esse pó: "nunca ouvi falar, nem nunca o vi na minha vida".

Apesar de dizer que está satisfeito por voltar a correr, João Cabreira explica que não está na melhor forma física, porque não tem treinado, limitando-se, nos últimos meses, "a andar de bicicleta".

Afastado das provas, o ciclista contou que estes meses têm sido muito complicados: "Não faço aquilo que gosto e estou a ser acusado de algo que não fiz".
"Ninguém imagina o que é andar na rua e as pessoas olharem-me como se eu fosse um batoteiro. É muito injusto carregar este sentimento de injustiça", lamentou.

João Cabreira diz que vai aguardar "a decisão final com serenidade", porque acredita que vai ser provada a sua "inocência".

Se assim não for, promete recorrer para o Tribunal de Arbitral do Desporto, em Lausana, na Suiça.

"Irei até às últimas instâncias até provar a minha inocência, concluiu.

MYV.
Lusa/Fim.

quinta-feira, abril 09, 2009

II - Etapa 374

RESULTADOS DO TESTE DE ARMSTRONG

(cliquem na imagem para a ver maior)

II - Etapa 373

VIR'Ó DISCO E TOCA... O MESMO!
"Quieren la cabeza de Lance a cualquier precio"

"No es ninguna sorpresa, porque sabíamos que le iban a hacer la vida difícil, pero no de esta forma."

Después de ser padre por segunda vez, Johan Bruyneel se ha incorporado a la Vuelta al País Vasco. Llegaba después de pasar un día complicado con el 'caso Armstrong' y la AFLD.

"Está claro que quieren la cabeza de Lance a cualquier precio", explicaba al respecto con resignación.

"No es ninguna sorpresa, porque sabíamos que le iban a hacer la vida difícil, pero no de esta forma. Lance ha pasado 24 controles antidopaje por medio mundo desde que anunció que volvía a correr: 23 se han efectuado sin problemas, pero el último, el único que se ha hecho en Francia, ya nos está complicado la vida".


Bruyneel estuvo presente el día del famoso control.

"Una persona que se acreditó como inspector de la AFLD se presentó en la casa de Lance en Niza. Y, como es lógico, antes de dejarle pasar hicimos unas llamadas para saber si debíamos dejarle o no, primero porque cualquiera puede mostrar una acreditación de un organismo determinado y segundo porque no sabíamos si la AFLD tiene autoridad para hacer controles a extranjeros. Creo que preguntar no es ningún delito, ¿no? No es nada extraordinario. Cuando comprobamos las cosas, le dejamos pasar y Lance se sometió a un control de orina, sangre y capilar, que han dado negativo".

La AFLD, sin embargo, se aferra al hecho de que el inspector estuvo casi media hora esperando fuera, sin ver lo que hacía Armstrong.

"Fueron 20 minutos. Y se aferran a cualquier pequeño detalle para intentar sancionarle. Es buscar y buscar para intentar encontrar algo. Es evidente que algunos quieren la foto con un rifle en la mano y el trofeo, la cabeza de Lance, en la otra. Y lo importante es que los controles han sido negativos".

Sus críticos pueden pensar que, en ese tiempo, Lance pudo manipular su orina.

"¿Y la sangre y el pelo también?", responde Bruyneel con rapidez.

"Si no fuera por la gravedad del caso, darían ganas de reír. Pero nos sentimos impotentes, cualquier cosa vale con tal de hacer daño". Nadie sabe lo que puede ocurrir, aunque el Tour, 'su' Tour, podría correr ahora peligro.

"Dicen que Armstrong ha violado la ley antidopaje, pero abrir un expediente disciplinario no es sinónimo de sanción. En otros deportes todo esto que le está sucediendo a Lance sería inimaginable".
(in-Marca / Josu Garai)