segunda-feira, abril 30, 2007

503.ª etapa


EL NARANCO: UMA DAS CLÁSSICAS
MAIS BONITAS QUE CONHEÇO

Disputa-se amanhã uma das mais bonitas “clássicas” a que já tive oportunidade de assistir in loco, a Subida al Naranco, nas Astúrias. E vamos ter duas equipas portuguesas no pelotão. O Benfica e a Liberty Seguros.

Quase irmã gémea da Volta às Astúrias – em Espanha há (havia) essa espécie de tradição, colar uma clássica a uma prova de cinco dias, permitindo amenizar despesas com a contratação de equipas e prolongando por mais dois dias – que o de intervalo também conta, já que os jornalistas estão lá – o noticiário sobre ambas as corridas.

Acontecia com o Troféu Luís Puïg/Volta à Comunidade Valenciana e com a Clássica de Almeria/Volta a Múrcia, por exemplo. Mas tudo isso o ProTour levou…

Voltas às Astúrias ainda fiz umas quantas, para A BOLA e na primeira, em 2000, falhei a Subida al Naranco. Mas nas outras vezes que me desloquei às Astúrias foi para cobrir ambas as corridas.

É uma corrida dura, a Subida. Não só na sua parte final, com aqueles últimos 7,5 quilómetros desde Oviedo – pendente médio de 7% mas tão difícil… – mas porque antes, o pelotão ainda tem de ultrapassar mais uma mão cheia de dificuldades.

Amanhã, e quem tenha acesso à RTPA (Rádio Televisão do Principado das Astúrias), que pode ser acedida via internet poderá constatar isso mesmo, embora o plano de emissão (três horas, tal como vai acontecer todos os dias na Volta às Astúrias) deixe de fora a subida ao alto de la Collada de Arnicio, logo aos 63 km. Contagem de 1.ª categoria que começará, estou certo, a fazer logo a primeira grande selecção de valores.

A transmissão televisiva começará cerca de maia hora antes da segunda grande montanha do dia à qual, apenas nove quilómetros depois, se segue uma outra, mas nada estará definitivamente esclarecido antes que, após a passagem pela capital do Principado, se inicie a subida para El Naranco, montanha, estilo Sr.ª da Graça, que se ergue à vista da cidade de Oviedo.

Claus Möller, em 2001, então ao serviço da Maia já venceu esta corrida, mas as minhas memórias, no que respeita às Astúrias gravaram outros episódios – inesquecíveis – que guardo para amanhã. Há que matar o tempo.





Foto: o cartaz da edição de 2002, com Claus Möller a bater Oscar Sevilla

502.ª etapa


VOLTA À BRETANHA

Apesar de ter esperado até agora, a verdade é creio não ter ainda todos os elementos necessários sobre a 5.ª etapa, um crono individual em Missillac, na distância de 24,250 km.

Certo é que o holandês Lars Boom (RB3) venceu a etapa, mas, em relação aos corredores da Vitória-ASC... faltam-me dois. Não terão alinhado? Não sei. O sítio oficial da corrida ainda não disponibilizou os resultados.

Pelo que sei, José Martins (42.º) terá sido o mais rápido dos vitorianos, com o tempo de 33.45 minutos, longe dos 30.54 minutos de Boom. Pedro Costa aparece-me como 43.º (33.49 minutos) e o jovem Bruno Lima (Vigna Magna-Cropu/Esp), como o... último, com 36.59 minutos.

Na pior das hipóteses, amanhã rectificarei o que houver a rectificar.

501.ª etapa


CIRCUITO ALPENDRE
NA ESTRADA JÁ ESTE SÁBADO

Vai para a estrada já no próximo sábado, dia 5 de Maio, a 17.ª edição do Circuito Restaurante Alpendre, com organização do Clube de Ciclismo de Tavira, e apoio da direcção técnica da Associação de Ciclismo do Algarve.

Vão estar presentes as equipas DUJA-Tavira (elites e sub-23), Liberty Seguros, Madeinox-Bric-Loulé, Vitória-ASC, Barbot-Halcon, Fercase- Rota dos Móveis, Riberalves-Boavista, LA-MSS-Maia e CC Loulé-Jardim Hotel (sub-23).

Na categoria de elites, a equipa DUJA-Tavira vai participar com os corredores Martin Garrido, Luís Silva, Paul Sneeboer, Krassimir Vasilev, Luís Bartolomeu, David Livramento, Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Nélio Simão, Nélson Vitorino e Cláudio Apolo. a categoria de sub-23 marcarão presença Henrique Casimiro, Daniel Mestre, Idalécio Sousa, Thomas Metcalfe, Luís Conceição, Plamen Stanev, Tiago Dias e João Pereira.

A partida está marcada para as 15.00 horas, junto ao Restaurante Alpendre - daqui o meu grande abraço e esse grande amante do ciclismo que é o Rogério Domingues -, e serão percorridos 154 km que terminarão em Vila Nova de Cacela. O pelotão vai passar por Tavira, Pedras d’el Rei, Manta Rota, Altura, Monte Gordo, Vila Real de Santo António, Monte Francisco, Azinhal, Sentinela, Barragem, Cerro do Enho, Cortelha, Corte António Martins, Cacela, Conceição de Tavira, Cumeada, Faz Fato e Sta Rita.

No domingo, dia 6, segue-se o Troféu Reis Eusébio, um circuito a ter início e fim no concelho de Loulé.


(Obrigado, Ana Luísa Jesus)

500.ª etapa


RUI COSTA (SLB) É O NOVO LÍDER
DO GIRO DELLA REGIONE (SUB-23)

Confirmando a brilhante actuação que está a ter nesta edição do Giro delle Regioni, quarta prova para a Taça das Nações em Sub-23, Rui Costa concluiu hoje a etapa rainha da prova, Chianciano Terme-Montepulciano, na distância de 146 quilómetros, num óptimo sétimo lugar e como deixou para trás qualquer dos outros três corredores que estavam à sua frente na geral, ascendeu à liderança da prova.

Esta quinta tirada incluia como principais dificuldades uma contagem de montanha de primeira categoria, em Cetona e duas de segunda, a última das quais coincidente com a meta.
"Mas essa dureza não impressionou os atletas, pois os ataques começaram logo a surgir de início", referiu o seleccionador nacional, José Poeira. "Estivemos com o Cláudio Apolo na principal fuga do dia, que integrou 17 unidades e nada menos do que três eslovenos, mas a conjugação de esforços de várias equipas, entre as quais a África do Sul, muito interessada nas metas volantes, acabou por anular essa tentativa. Já perto di final escaparam-se quatro corredores, em que um deles oferecia algum perigo, pelo que foi necessário controlar a vantagem do grupo, que chegou à meta com escassos segundos de vantagem. Já na última subida, o Rui respondeu muito bem a um ataque que lhe foi feito e ficou na frente do grupo de quatro que estava empatado no comando, acabando por subir à primeira posição da geral. Agora iremos tentar controlar a corrida na etapa de amanhã, sabendo que não vai ser fácil, pois o percurso é plano, facilitando a tarefa das equipas com grandes roladores. Mas vamos dar tudo por tudo para vencer!"

A última etapa corre-se amanhã em Artena, numa distância de 130,5 quilómetros, em nove voltas a um circuito de 14,5 Km.


Classificação da etapa
1.º, Chris Froome (Que), 3.41.26 horas
2.º, Cyril Gautier (Fra), m.t.
3.º, Andrey Zeits (Caz), a 4 s
7.º, Rui Costa (PT/SLB), m.t.
56.º, Vitor Rodrigues (PT/LSE), a 1.02 m
69.º, Márcio Barbosa (PT/SLB), a 2.10 m
79.º, António Amorim (PT/MAI), m.t.
80.º, Cláudio Apolo (PT/DUJ), m.t.
Classificação geral Individual

1.º, Rui Costa (PT/SLB), 19.38.33 horas
2.º, Dennis van Winden (Hol), a 3 s
3.º, Gasper Svab (Esl), m.t.
50.º, Vitor Rodrigues (PT/LSE), a 8.43 m
73.º, Márcio Barbosa (PT/SLB), a 30.45 m
88.º, António Amorim (PT/MAI), a 44.30 m
101.º, Cláudio Apolo (PT/DUJ), a 52.19 m

Texto: Vivex/FP
(Obrigado Fernando)

499.ª etapa

RECORDANDO
A VOLTA À EXTREMADURA



Fotos: extremaduraciclismo.net

498.ª etapa


JOSÉ RODRIGUES (VITÓRIA-ASC) VENCE
MEMORIAL BARREIRO DE MAGALHÃES

José Rodrigues, do Vitória-ASC, impôs-se na sexta edição do Prémio Município de Amarante-Memorial Dr. José Barreiro de Magalhães, prova 1.12 hoje disputada com a distância de 135 quilómetros e na qual alinharam 84 ciclistas de 16 equipas.

A corrida ficou marcada por uma fuga de oito elementos que se entenderam muito bem na frente e conseguiram um avanço que não seria contrariado até final.
Desse grupo, e já nos quilómetros finais, destacar-se-iam três corredores que acabariam por decidir entre si a vitória. Mais forte nos derradeiros metros, José Rodrigues garantiu a primeira vitória da época para o Vitória-ASC, batendo sobre o risco de chegada os seus companheiros de escapada.

De salientar que Hélder Oliveira (Madeinox-Bric-Loulé) se impôs na classificação da montanha; Rui Sá (Barbot-Halcon) foi o melhor na classificação das Metas Volantes, e a Madeinox-Bric-Loulé se impôs colectivamente.

Classificação final
1.º, José Rodrigues (ASC), 3.35.11 horas
2.,º Hélder Oliveira (MAD), m.t.
3.º, Sérgio Sousa (MAD), a 5 s
4.º, Jorge Nogaledo (FRM), a 3.00 m
5.º, Fernando Sousa (MAD), a 4.30 m

domingo, abril 29, 2007

497.ª etapa


TAÇA DAS NAÇÕES - SUB.23
PORTUGAL MARCA PASSO

Não teve consequência a brilhante prestação da Selecção de Portugal (sub.23) na Taça das Nações, depois do brilharete conseguido na primeira manga da prova, realizada exactamente no nosso país.

É verdade que aí contámos com alguns corredores profissionalizados, mas as ausência de Tiago Machado, Nélson Rocha, e mesmo de José Mendes ou Edgar Pinto não explicam tudo.

Ganhámos a manga disputada em Portugal mas depois disso e até hoje - em mais duas corridas de um dia e quatro etapas realizadas na segunda prova por etapas do calendário da competição - só conseguimos mais... dois pontos.

A Eslovénia, por exemplo, que saíra de Portugal com 22 pontos, já somou mais 47 (!); a França, que em Portugal somou 18 pontos, já leva mais 40 e a Dinamarca, que em Portugal fizera 14 pontos, já tem mais 38.

Resultado: quando faltam duas etapas para o final do Giro della Regione, em Itália, Portugal caiu para o quarto posto e, ainda assim, beneficia do facto de a Espanha não se ter feito representar na corrida italiana.

Rui Costa, do SL Benfica

É este o escalonamento, depois da 4.ª etapa do Giro della Regione, hoje disputada:

1.ª, Eslovénia, 69 pontos
2.ª, França, 48
3.ª, Dinamarca, 42
4.ª, PORTUGAL, 37
4.ª Espanha, 24
5.ª Rússia, 22

Entretanto, e porque - acredito que por mera opção editorial - em Portugal nenhum dos jornais desportivos conseguiu ainda perceber a importância desta prova (alguns ignoram-na mesmo), deixo aqui as classificações das quatro primeiras etapas do Giro della Regione, ficando também a promessa de que amanhã e depois voltarei com as actualizações.


1.ª etapa – Forneli-Macchiagodena, 121,2 km
média: 36,586 km/h
1.º, Alexander Gottfried (Ale), 3.18.46 horas
2.º, Gasper Svab (Esl), m.t.
3.º, Rui Costa (PT/SLB), m.t.
37.º, Vítor Rodrigues (PT/LSE), a 53 s
44.º, Alcides Almeida (PT/SMF), m.t.
82.º, António Amorim (PT/MAI), a 5.14 m
105.º, Márcio Barbosa (PT/SLB), a 14.02 m
118.º, Cláudio Apolo (PT/DUJ), a 14.42 m
2.ª etapa – Citta’s S. Ângelo-Citta’s S. Ângelo, 154 km
média: 39,260 km/h
1.º, Grega Bole (Esl), 3.55.21 horas
2.º, Chris Froome (Que), m.t.
3.º, Anton Reshetnikov (Rus), a 10 s
16.º, Vítor Rodrigues (PT/LSE), m.t.
33.º, Rui Costa (PT/SLB), m.t.
63.º, Alcides Almeida (PT/SMF), a 47 s
70.º, Cláudio Apolo (PT/DUJ), a 1.23 s
130.º, Márcio Barbosa (PT/SLB), a 10.07 m
131.º, António Amorim (PT/MAI), m.t.
3.ª etapa - Porto Recanati-Cingoli, 169,5 km
média: 36,386 km/h
1.º, Stefano Pirazzi (Ita), 4.39.30 horas
2.º, Grega Bole (Esl), a 18 s
3.º, Manuel Belletti (Ita), m.t.
9.º, Rui Costa (PT/SLB), m.t.
30.º, Vítor Rodrigues (PT/LSE), a 22 s
64.º, Márcio Barbosa (PT/SLB), m.t.
115.º, António Amorim (PT/MAI), m.t.
121.º, Cláudio Apolo (PT/DUJ), m.t.
Alcides Almeida (PT/SMF), desistiu
4.ª etapa – Pistoia-Serravalle, 155,2 km
média: 38,360 km/h
1.º, Pavel Kochetkov (Rus), 4.02.45 horas
2.º, Simon Clarcke (Aus), a 1 s
3.º, Sung Baek Park (Cor), m.t.
33.º, Rui Costa (PT/SLB), m.t.
46.º, Márcio Barbosa (PT/SLB), a 2.41 m
67.º, Vítor Rodrigues (PT/LSE), a 6.59 m
72.º, António Amorim (PT/MAI), a 9.14 m
85.º, Cláudio Apolo (PT/DUJ), a 10.59 m

496.ª etapa


UMA EM CADA CINCO CORRIDAS JÁ FORAM ANULADAS

Estava há minutos atrás a tentar descobrir uns resultados no sítio oficial da União Ciclista Internacional quando atentei ao número de provas inscritas no Calendário Internacional que... não se disputaram.

Na verdade, e desde o princípio da época até ao dia de hoje -29 de Abril -, das 91 provas agendadas 17 foram anuladas. Depois, e por mera curiosidade, fui ver o que acontecerá no mês que aí vem, Maio.

Pois bem, havia 56 corridas no calendário mas... oito já foram anuladas.

Isto é, traduzindo os números em percentagens, desde o início da temporada até agora, deixou-se de se realizar 18,7% das corridas previstas - quase uma em cada cinco.

No próximo mês, e para já, 14% das corridas inicialmente previstas não vão sair para a estrada.

Por cá, entretanto, soube-se que não se efectuará o Grande Prémio do Minho...

Agora - e o exemplo português, no que respeita à corrida minhota (que até nem é internacional) fica de fora - digam-me lá... o facto de as organizações não poderem, usando uma expressão tauromática, escolher os melhores cartéis, por culpa, evidente, da elitização trazida pelo ProTour, tem ou não directamente a ver com isto?

Claro que tem.
Surpreende-me é que ainda haja quem defenda esta cisão - que não é outra coisa - no ciclismo, deixando os organizadores à mingua de patrocinadres que, a investirem, seria para terem as melhores equipas que fosse possível, com os melhores corredores que fosse possível ter.

495.ª etapa


PORTUGUESES ARRASAM NA EXTREMADURA
BIS DE CARDOSO E TRIUNFO DE MARTA


Manuel Cardoso (Riberalves-Boavista) repetiu hoje, em Mérida, o triunfo que ontem tinha conquistado na etapa de Miajadas e colocou o resultado em Riberalves, 3 – Madeinox, 2. Mas a equipa de Mestre Emídio Pinto voltou a empatar, acabando mesmo por ser a grande vencedora já que, com o segundo lugar na etapa, Nuno Marta arrebatou a vitória final na prova.

Estiveram brilhantes as três equipas portuguesas. Se aos algarvios da DUJA-Tavira lhes escapou uma etapa, conquistaram duas das classificações finais, as Metas Volantes, com Nélio Simão; e os Sprints Especiais, com Samuel Caldeira.
Manuel Cardoso triunfou na classificação por Pontos e só as classificações da Montanha (Tiago Machado, da Riberalves-Boavista, foi segundo) e Colectiva, a formação do professor José Santos terminou, também, na segunda posição) escaparam à armada portuguesa que arrasou por completo.

Dois corredores (Nuno Marta e Samuel Caldeira, 8.º) nos dez primeiros da Geral final; ainda Tiago Machado (13.º) nos primeiros 15 e Hugo Vítor (20.º), Manuel Cardoso (21.º), Nélson Rocha (24.º), todos da Riberalves-Boavista, e André Vital (Madeinox-Bric-Loulé) nos primeiros 25.

Vitórias em todas as etapas – André Vital (1.ª), Joaquim Sampaio (2.ª), Nuno Marta (3.ª) e Manuel Cardoso (as duas últimas) –; no final do terceiro dia, todas as camisolas em corredores das equipas portuguesas; vitória final na corrida, mais duas camisolas...
Dificilmente, no futuro, uma embaixada lusa conseguirá fazer tanto e de tão grande qualidade.

Claro que vai haver – já houve, ainda há – quem, bem à portuguesa tente diminuir a importância deste feito. Porque era uma corrida 2.2… porque o pelotão não tinha nomes sonantes…

Era o pelotão adequado à categoria da prova e a maioria das equipas concorrentes era exactamente do mesmo escalão que as três portuguesas. E, batendo-se com formações da sua igualha, as portuguesas mostraram uma superioridade arrasadora. Que interessa agora a categoria da corrida?
O que interessa é que, a partir da Extremadura, toda a Espanha – e não só – ficou a saber que em Portugal há equipas com muito valor. E isso só poderá ter uma consequência: no futuro, mais organizações quererão ter nos seus pelotões equipas portuguesas. Mas há ainda outra consequência: mais do que os pontitos UCI que foram conquistados, esta corrida terá contribuído para que estas equipas – e, por acréscimo, todo o pelotão luso – passem a acreditar mais nas suas qualidades e nas suas possibilidades.

Agora resta convencer os seus responsáveis que podem – e eu acrescento: devem – encarar cada uma das provas em que alinham como sendo tão candidatos quanto os outros.

A Madeinox-Bric-Loulé já dera um arzinho da sua graça, na Volta ao Alentejo, frente a um pelotão – apesar de a dar para o fracote – ainda assim com nomes mais sonantes e não perdeu a embalagem. O triunfo de André Vital, logo na primeira etapa, ajudou bastante a que todas as três formações lusas sentissem que, afinal, podiam fazer alguma coisinha. E que coisinha fizeram. Ganharam quase tudo.

Estão, por isso, de parabéns. O André, o Quim, o Manel Cardoso (que corredor!!!), mas também o Samuel Caldeira, o Tiago Machado, o Nélio Simão… todos. Todos. Com Nuno Marta a merecer um pouquinho mais de destaque. Andou de amarelo, perdeu a liderança mas acreditou e voltou ao primeiro lugar conquistando uma das vitórias que, estou certo, terá sido das mais saborosos. Ele que – não se deve viver só das memórias, mas elas também contam – foi várias vezes campeão nacional, nos escalões mais baixos.

Um abraço a todos – mesmo todos – e o meu agradecimento, por terem obrigado toda a gente a falar e a falar mais de Ciclismo. Do ciclismo português.

494.ª etapa


VOLTA A RIOJA: PABLO URTASUN
JUNTA ETAPA AO PRÉMIO DA MONTANHA


Definitivamente, esta foi uma semana em cheio para o ciclismo português. Se na Extremadura já se viu como foi, um pouco mais a norte, na Rioja, a Liberty Seguros não o fez por menos e arrancou também uma vitória retundante na derradeira etapa, com Pablo Urtasun a chegar a Logroño com quase três minutos de vantagem sobre o grande pelotão. Depois, no sprint para a discussão pelos restantes dois lugares de honra, Cândido Barbosa só foi batido pelo basco Koldo Fernandez, classificando-se na 3.ª posição segurando o terceiro lugar na Geral final.
Mas mais, com este resultado, o corredor de Rebordosa garantiu o triunfo na classificação por Pontos. Como Pablo Urtasun venceu o prémio da Montanha, a Liberty Seguros, para além da vitória na última etapa, ainda teve dois homens no pódio final.
Urtasun foi ainda o segundo classificado nas Metas Volantes e, por equipas, a Liberty foi terceira classificada. Uma incursão bastante proveitosa, esta a Rioja

VOLTA À BRETANHA: JOSÉ MARTINS
RECUPERA VICE-LIDERANÇA NA MONTANHA

Na Volta à Bretanha houve três corredores que lograram chegar a Rennes com uma pequena vantagem sobre o pelotão onde vinham quase todos os elementos da Vitória-ASC, com Pedro Costa – sempre ele – que está a fazer uma corrida muito regular, a voltar a cotar-se como o melhor da equipa tendo terminado na 18.ª posição, com o mesmo tempo do quarto classificado.
Bruno Lima, da espanhola Vigna Magna-Cropu, também entrou no pelotão.
Apesar de ter perdido alguns minutos na etapa, José Martins conseguiu, no entanto, recuperar a vice-liderança no prémio da Montanha.

493.ª etapa


HOMENAGENS MAIS DO QUE JUSTAS

Disputa-se hoje, com as equipas que sobraram – e isto não é uma crítica a ninguém, muito menos às equipas que aproveitaram convites do estrangeiros, até porque quase todas elas se estão a dar muito bem -, disputa-se hoje, escrevia, o 6.º Prémio Câmara Municipal de Amarante que, se não estou em erro, é o segundo ano que leva o cognome de Memorial dr. José Barreiro de Magalhães.

A título meramente informativo – porque os interessados já o devem saber – a corrida tem 135 quilómetros, começa às 14.05 horas e, prevê-se, terminará pelas 17.40 horas.

O tema deste artigo tem a ver com o crescendo do uso do nome de antigas glórias do ciclismo nacional como aposto à designação tradicional de algumas (já várias) provas do nosso calendário.
Sem outro auxílio que não o da minha memória, diria que a primeira pedalada foi dada pela Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Torres Vedras – já com Francisco Manuel Fernandes como responsável – que, em 1985 acrescentou ao Prémio de Ciclismo de Torres Vedras o nome de Troféu Joaquim Agostinho. A minha biblioteca – em termos de obras sobre ciclismo – é curta nem me preocupei em procurar noutros suportes. Escrevo de memória, como referi.

Lembro, porque estive lá, que em 1999, pouco depois do início da temporada o Benfica – então regressado ao ciclismo após longa ausência – organizou uma corrida a que se deu o nome de Clássica José Maria Nicolau. Começou junto ao antigo estádio da Luz e terminou no Cartaxo, com vitória do Manuel Liberato, então no Troiamarisco-Porta da Ravessa.

Depois, há dois ou três anos, a velha Volta a Terras de Santa Maria passou a ter apelido: Troféu Fernando Mendes. Nada de mais justo. Apareceu o Troféu Reis Eusébio, no Algarve, este Memorial dr. José Barreiro de Magalhães e, há oito dias, a Clássica da Primavera, organizada pelo C Navais surgiu também com o nome Troféu José Zeferino, malogrado irmão do meu caro Manel Zeferino, que faleceu no Alentejo, por acaso no decurso de uma Volta ao Algarve.

Aperceberam-se os últimos da geração antes da minha que era imperioso perpectuar o nome de algumas das princpais figuras do nosso ciclismo porque, infelizmente, os mais novos – na sua esmagadora maioria – nem o nome dos corredores actuais sabem e isso é visível por andarem permanentemente com a folhinha oficial dos inscritos na mão para procurarem, pelo número dos dorsais, o corredor com quem querem falar. A culpa também não é deles. Está a morrer – pelo menos a desaparecer, de uma ou outra forma – a derradeira onda de jornalistas que se podiam intitular de… ciclismo.

E porque é que eu me fui lembrar disto, justo agora?
Porque achei curiosíssimo – e daqui me inclino respeitosamente perante quem teve a ideia – o facto de cada uma das etapas do próximo Grande Prémio Abimota ter um nome. É verdade!

Provavelmente os jornais – e todos os outros meios de comunicação -, chegada a hora de falar da corrida dirão apenas que a primeira etapa ligará a povoação de Caldas do Gerês a Terras do Bouro… e por aí adiante.

Por isso, e para que a iniciativa da empresa que organiza a corrida, a Abimota (é uma Associação Industrial, e não uma Empresa; já agora fica esclarecido), não fique sem o devido destaque, aqui deixo o quadro das etapas que constituirão a 29.ª edição do Grande Prémio Abimota. Com os seus sobrenomes.

GRANDE PRÉMIO ABIMOTA

Dia 7 de Junho
Caldas do Gerês-Terras do Bouro, 118 km
(etapa Ribeiro da Silva)
Dia 8 de Junho
S. Bento da Porta Aberta-Santa Maria da Feira, 152,2 km
(etapa Sousa Cardoso)
Dia 9 de Junho
Santa Maria da Feira-Montemor o Velho, 151,9 km
(etapa Alves Barbosa)
Dia 10 de Junho
Montemor o Velho-Coimbra, 74,9 km
(etapa Ivo Neves)
Cantanhede-Águeda, 83,3 km
(etapa António Batista)

E repito-me: daqui aplaudo, a mãos ambas, a ideia e felicito quem a teve.

Entretanto, e porque já o são do conhecimento público (eu retireio-os dos sítios oficiais na internet) aproveito e deixo aqui o percurso de mais duas corridas.

GP INT. PAREDES-ROTA DOS MÓVEIS

Dia 17 de Maio
Santiago de Compostela-Vigo, 191,7 km
Dia 18 de Maio
Vigo-Maia, 194,4 km
Dia 19 de Maio
Maia-Rebordosa, 148,3 km
Dia 20 de Maio
Porto-Lordelo, 149,3 km

TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO

(Aqui, destaco o facto de, pela primeira vez, que me lembre - e nos últimos 17 anos cobri 15 edições da prova – haver um prólogo. Um contra-relógio individual de 8 km cujos últimos 3 são a subir!!!)

Dia 11 de Julho
Matacães-Ereira (Maxial), 8 km
Dia 12 de Julho
Carvoeira-Lourinhã, 163 km
Dia 13 de Julho
Sobral do Monte Agraço- alto de Montejunto, 152 km
Dia 14 de Julho
Manique do Intendente-Montelavar, 173 km
Dia 15 de Julho
Circuito de Torres Vedras, 99 km

Segundo o sítio oficial da organização, são as seguintes as equipas participantes:
ProTour (1) – Cofidis (Fra)
Continentais Profissionais (4) – SL Benfica, Slipstream (EUA), Karpin-Galicia (Esp) e Andalucia-CajaSur (Esp)
Continentais (10) – Liberty Seguros, LA-MSS-Maia, Barbot-Halcon, Riberalves-Boavista, DUJA-Tavira, Madeinox-Bric-Loulé, Fercase-Rota dos Móveis (Paredes), Vitória-ASC, Extremadura-Spiuk (Esp) e Grupo Nicolas Mateos (Esp).

Entreanto, volto atrás. À homenagem que algumas das corridas vêm a fazer a nomes importantes do nosso ciclismo. Seria injusto esquecer que o Circuito Alpendre (Tavira) tem, há já muitos anos, por detrás o nome de Rogério Domingues. Fica aqui também a minha homenagem a esse homem – felizmente ainda vivo – que tanto tem ajudado o ciclismo algarvio.

sábado, abril 28, 2007

492.ª etapa


TAÇA DO MUNDO - SUB.23
RUI COSTA (BENFICA) É 4.º
NO GIRO DELLA REGIONE

O italiano Stefano Pirazzi venceu hoje, isolado, a 3.ª etapa do Giro das Regiões (Itália), quarta prova a contar para a Taça do Mundo das Nações, para a categoria de sub-23. Pirazzi gastou 4.39.30 horas para cumprir os 169,5 km que uniam as localidades de Porto Recanati e Cingoli, menos 18 segundos que o primeiro pelotão onde vinha o português Rui Costa que foi 9.º, na meta.

Depois de cumpridas três das seis etapas a classificação geralíndividual é liderada pelo dinamarquês Niki Ostergaard, com 11.54.07 horas, o mesmo tempo que os três corredores que o seguem na tabela, sendo Rui Costa o 4.º classificado.

491.ª etapa


MADEINOX, 2 – RIBERALVES, 2
CARDOSO “EMPATA” DESPIQUE


Continua a ser dominada pelos portuguesas a 22.ª edição da Volta à Extremadura espanhola, embora – e outra vez no puntómetro (já acontecera no segundo dia a André Vital – Nuno Marta (Madeinox-Bric-Loulé) tenha perdido hoje a camisola amarela para o holandês Reiner Honig (P3). Mas o corredor da Silveira mantêm-se no segundo posto, com o mesmo tempo do líder.

A etapa, a quarta, teve pela quarta vez um vencedor português, desta feita o jovem Manuel Cardoso (Riberalves-Boavista) que empatou assim o despique com a Madeinox. Vital e Marta ganharam para a equipa de Loulé; Joaquim Sampaio já tinha facturado para os axadrezados, na 2.ª etapa.

Apesar de tudo, nota-se que os espanhóis ganham terreno na Geral. Se já chegou a haver quatro portugueses nos primeiros cinco, agora o segundo luso melhor colocado é Tiago Machado (Riberalves-Boavista), no 12.º posto, a seis segundos, o mesmo atraso que é acumulado por Samuel Caldeira (DUJA-Tavira), que é o décimo quarto. Nos primeiros 25 já só há mais três portugueses. Hugo Vítor (Riberalves-Boavista) é 17.º, a 40 segundos; André Vital (Madeinox-Bric-Loulé) é 22.º, a 1.08 minutos e Manuel Cardoso o 24.º, dois segundos mais atrasado.

No que se refere às outras classificações, Nuno Marta perdeu, de uma assentada, as duas camisolas que tinha, mas uma delas, a azul, da regularidade, foi para ao dorso de Manuel Cardoso que assim substituiu o companheiro Tiago Machado no pódio. Machado, que era o líder da Montanha, baixou para o segundo lugar por troca com o holandês (outro holandês pirata) Wouters Poels (P3).

Quem se manteve, com unhas e dentes na frente das classificações que já liderava – Metas Volantes e Sprints Especiais – foi Samuel Caldeira (DUJA-Tavira).

VOLTA A RIOJA: CÂNDIDO BAIXA AO TERCEIRO LUGAR

A segunda etapa da Volta a Rioja, também em Espanha, foi hoje dominada pela Caisse d’Épargne que, com Vladimir Karpets, Ruben Plaza e David Arroyo, ocupou os três primeiros lugares na chegada a Casalarreina. Cândido Barbosa voltou a ser o melhor da Liberty Seguros ao cortar a meta na 5.ª posição caindo, na Geral, para o terceiro posto, atrás de Plaza e de Karpets.

Mas nem tudo foi prejuízo para a equipa de Américo Silva que duplicou o número de camisolas em relação ao primeiro dia pois, se Pablo Urtasun conseguiu defender-se a contento e manter a (colorida) camisola de líder da Montanha, Cândido Barbosa passou a titular da camisola branca, como primeiro na geral da Regularidade.

VOLTA À BRETANHA: TUDO NA MESMA

Na Volta à Bretanha (França), e em relação à portuguesa Vitória-ASC, manteve-se tudo praticamente na mesma. Pedro Costa voltou a ser o melhor na chegada, foi 9.º, a quatro segundos do vencedor, ocupando o 19.º posto na Geral, a 40 segundos do líder. Já José Martins desceu uma posição na classificação da Montanha, sendo agora o terceiro.

490.ª etapa


COMPLETAMENTE INÉDITO
PORTUGUESES COM 5 CAMISOLAS

Não há corridas de primeira nem de segunda. Cada prova é uma prova e, normalmente, os pelotões são aqueles que podem correr essa prova. Por isso, não devemos substimar este autêntico feito do Ciclismo Luso. Hoje, quando sair para a estrada a 4.ª etapa da 22.ª edição da Volta à Extremadura, depois de as primeiras três terem sido ganhas, respectivamente por André Vital (Madeinox-Bric-Loulé), Joaquim Sampaio (Riberalves-Boavista) e Nuno Marta (Madeinox-Bric-Loulé), cinco das seis camisolas em disputa são pertença de corredores portugueses. Só não vestem, é evidente, aquela que é atribuída ao melhor extremenho.

Não sei como é que os corredores irão vestidos.
Nuno Marta vai de amarelo. Isso é uma certeza. Mas a camisola azul (regularidade) também é sua. O segundo nesta clasificação é Samuel Caldeira (DUJA-Tavira), mas ele é titular de... outras duas: a verde, das metas Volantes, e a rosa, dos Sprints Especiais... e a vermelha, da Montanha é de Tiago Machado (Riberalves-Boavista).


Para que seja recordado no futuro, o VeloLuso aqui deixa este testemunho.












Parabéns para eles todos, claro.




Fotos: extremaduraciclismo

sexta-feira, abril 27, 2007

489.ª etapa


NUNO MARTA GANHA EM BADAJOZ
CÂNDIDO É SEGUNDO EM RIOJA

Segue de vento em popa a participação das equipas portuguesas nas provas que estão a decorrer aqui ao lado, em Espanha. Na Volta à Extremadura, terceira etapa, terceira vitória lusa, desta feita com Nuno Marta (Madeinox-Bric-Loulé) que passou também a liderar a Classificação Geral Individual.

Disputada ao sprint, por um primeiro grande pelotão, os corredores lusos não deixaram os seus créditos por pernas alheias e a vitória foi discutida por dois corrdores dos nossos. Samuel Caldeira (DUJA-Tavira) foi o segundo.

Na Geral Individual, Nuno Marta contabiliza o mesmo tempo que o segundo classificado - na verdade, ainda não houve um líder isolado -, o alemão Reiner Honig (P23). Samuel Caldeira (11.º), Hugo Vítor (14.º) e Tiago Machado (18.º), ambos da Riberalvel-Boavista, estão a escassos seis segundos do primeiro lugar.

Mas há mais a contar da excitante prestação das três equipas lusas na Extremadura. Tiago Machado venceu a única contagem do dia, para o Prémio da Montanha, e subiu ao primeiro lugar desta classificação; nas Metas Volantes, Tiago Machado venceu a primeira e Samuel Caldeira a segunda (com Manuel Cardoso e Luís Silva, esta da DUJA-Tavira, a fazerem 2.º e terceiro). Caldeira, lidera as Metas Volantes, mas não só, pois é também o primeiro nos Sprints Especiais.
Por fim, a Riberalves-Boavista é a segunda classificada por Equipas.

Ao fim de três dias de prova, três vitórias em etaas, dois líderes e na posse de quatro camisolas, está a valer nota 20 a prestação da Madeinox-Bric-Loulé, Riberalves-Boavista e DUJA-Tavira, nesta Volta à Extremadura que termina no domingo.

CÂNDIDO BARBOSA SÓ BATIDO POR LODDO

Um pouco mais a norte, ainda em Espanha, disputou-se a 1.ª etapa da Volta a Rioja e Cândido Barbosa (Liberty Seguros) foi segundo, atrás do italiano Alberto Loddo (Selle Itália) e à frente do nosso bem conhecido Alexey Markov (Caisse d'Épargne).

Mas os comandados de Américo Silva mostraram-se bastante activos durante a tirada, com Pablo Urtasun a vencer a única contagem para o prémio da Montanha, garantindo, assim, a liderança desta classificação, e com César Quitério, que fez 3.º na primeira Meta Volante, e 2.º, na segunda, a aparecer no segundo posto da respectiva classificação.

VITÓRIA-ASC UM POUCO MAIS DISCRETA

A 5.ª equipa nacional a correr neste momento lá fora, a Vitória-ASC, que disputa a Volta à Bretanha (França), esteve um pouco mais discreta, isto apesar de Pedro Costa se manter à distância de apenas 40 segundos do líder, mas... com mais 51 corredores entre os dois. Pedro Costa integrou a grande fuga do dia e foi 16.º na etapa, com o mesmo tempo do vencedor, o holandês Jos Pronk (Time). José Martins é ainda segundo classificado no Prémio da Montanha.

quinta-feira, abril 26, 2007

488.ª etapa


JOAQUIM SAMPAIO REGRESSA ÀS VITÓRIAS
NUMA MUI LUSA VOLTA À EXTREMADURA

Os portugueses estão a dominar a 22.ª edição da Volta à Extremadura espanhola, pese embora André Vital (Madeinox-Bric-Loulé) tenha perdido - ainda assim, só no... puntómetro - a liderança para Javier Moreno (Extremadura-Spiuk). Uma questão de posições à chegada.

Hoje, a vitória na etapa foi disputada - segundo li - ao sprint e... Joaquim Sampaio bateu o seu jovem companheiro Manuel Cardoso! Moreno foi terceiro - e aí garantiu a camisola amarela - mas o quarto foi outro português: Samuel Caldeira, da DUJA-Tavira.
André Vital foi nono, com o mesmo tempo do segundo, e Nuno Marta 11.º.
Cinco portugueses nos primeiros onze.

Aqui há lugar para um parêntisis.
Depois de aqui ter escrito que na Volta ao Alentejo as equipas portuguesas se tinham deixado submeter por espanholas da sua igualha, eis a resposta...

Muito bem, sou o primeiro a bater palmas.
Mas... insisto, porque é que, com um pelotão semelhante, no Alentejo (e que, ao que se viu, não era assim TÃOOOO superior ao português) - embora a prestação, tanto numa corrida como na outra, de... André Vital me atrapalhe os argumentos pois esteve excelente na Alentejana e vai muito bem na estremenha - estas equipas da, chamemos-lhe assim, segunda linha (Madeinox, Riberalves e DUJA) não se assumem da mesma forma que o estão a fazer agora?

Em Portugal continua-se a deixar o trabalho para as equipas consideradas mais fortes e espero, sinceramente, que esta demonstração, na Extremadura, as liberte bastante mais e as leve a esgrimir forças de igual para igual com Benfica, Maia ou Liberty Seguros...

Mas pronto!... Voltando à Volta à Extremadura, André Vital é agora 3.º na geral, com o mesmo tempo dos dois corredores que o antecedem na tabela; Nuno Marta é quatro; Manuel Cardoso, sétimo e Alejandro Marque, décimo.

VITÓRIA-ASC NA VOLTA À BRETANHA

Pedro Costa, oitavo classificado, foi o melhor homem do Vitória-ASC, na 1.ª etapa da Volta à Bretanha (França), tendo sido cronometrado com o mesmo tempo do vencedor, o que aconteceu, aliás, com todos os outros, à excepção do malaio NgYoung Li, que chegou já bastante atrasado.

Na geral individual, Pedro Costa é também o melhor português - 76.º, a 40 segundos do líder -, José Martins é 95.º, a 46 segundos, e Bruno Lima, que corre pela espanhola Vigna Magna-Cropusa, é 97.º, com o mesmo tempo de José Martins que é o 4.º classificado na geral da Montanha.