PORTUGUESES ARRASAM NA EXTREMADURA
BIS DE CARDOSO E TRIUNFO DE MARTA
Manuel Cardoso (Riberalves-Boavista) repetiu hoje, em Mérida, o triunfo que ontem tinha conquistado na etapa de Miajadas e colocou o resultado em Riberalves, 3 – Madeinox, 2. Mas a equipa de Mestre Emídio Pinto voltou a empatar, acabando mesmo por ser a grande vencedora já que, com o segundo lugar na etapa, Nuno Marta arrebatou a vitória final na prova.
Estiveram brilhantes as três equipas portuguesas. Se aos algarvios da DUJA-Tavira lhes escapou uma etapa, conquistaram duas das classificações finais, as Metas Volantes, com Nélio Simão; e os Sprints Especiais, com Samuel Caldeira.
Manuel Cardoso triunfou na classificação por Pontos e só as classificações da Montanha (Tiago Machado, da Riberalves-Boavista, foi segundo) e Colectiva, a formação do professor José Santos terminou, também, na segunda posição) escaparam à armada portuguesa que arrasou por completo.
Dois corredores (Nuno Marta e Samuel Caldeira, 8.º) nos dez primeiros da Geral final; ainda Tiago Machado (13.º) nos primeiros 15 e Hugo Vítor (20.º), Manuel Cardoso (21.º), Nélson Rocha (24.º), todos da Riberalves-Boavista, e André Vital (Madeinox-Bric-Loulé) nos primeiros 25.
Vitórias em todas as etapas – André Vital (1.ª), Joaquim Sampaio (2.ª), Nuno Marta (3.ª) e Manuel Cardoso (as duas últimas) –; no final do terceiro dia, todas as camisolas em corredores das equipas portuguesas; vitória final na corrida, mais duas camisolas...
Dificilmente, no futuro, uma embaixada lusa conseguirá fazer tanto e de tão grande qualidade.
Claro que vai haver – já houve, ainda há – quem, bem à portuguesa tente diminuir a importância deste feito. Porque era uma corrida 2.2… porque o pelotão não tinha nomes sonantes…
Era o pelotão adequado à categoria da prova e a maioria das equipas concorrentes era exactamente do mesmo escalão que as três portuguesas. E, batendo-se com formações da sua igualha, as portuguesas mostraram uma superioridade arrasadora. Que interessa agora a categoria da corrida?
O que interessa é que, a partir da Extremadura, toda a Espanha – e não só – ficou a saber que em Portugal há equipas com muito valor. E isso só poderá ter uma consequência: no futuro, mais organizações quererão ter nos seus pelotões equipas portuguesas. Mas há ainda outra consequência: mais do que os pontitos UCI que foram conquistados, esta corrida terá contribuído para que estas equipas – e, por acréscimo, todo o pelotão luso – passem a acreditar mais nas suas qualidades e nas suas possibilidades.
Agora resta convencer os seus responsáveis que podem – e eu acrescento: devem – encarar cada uma das provas em que alinham como sendo tão candidatos quanto os outros.
A Madeinox-Bric-Loulé já dera um arzinho da sua graça, na Volta ao Alentejo, frente a um pelotão – apesar de a dar para o fracote – ainda assim com nomes mais sonantes e não perdeu a embalagem. O triunfo de André Vital, logo na primeira etapa, ajudou bastante a que todas as três formações lusas sentissem que, afinal, podiam fazer alguma coisinha. E que coisinha fizeram. Ganharam quase tudo.
Estão, por isso, de parabéns. O André, o Quim, o Manel Cardoso (que corredor!!!), mas também o Samuel Caldeira, o Tiago Machado, o Nélio Simão… todos. Todos. Com Nuno Marta a merecer um pouquinho mais de destaque. Andou de amarelo, perdeu a liderança mas acreditou e voltou ao primeiro lugar conquistando uma das vitórias que, estou certo, terá sido das mais saborosos. Ele que – não se deve viver só das memórias, mas elas também contam – foi várias vezes campeão nacional, nos escalões mais baixos.
Um abraço a todos – mesmo todos – e o meu agradecimento, por terem obrigado toda a gente a falar e a falar mais de Ciclismo. Do ciclismo português.
BIS DE CARDOSO E TRIUNFO DE MARTA
Manuel Cardoso (Riberalves-Boavista) repetiu hoje, em Mérida, o triunfo que ontem tinha conquistado na etapa de Miajadas e colocou o resultado em Riberalves, 3 – Madeinox, 2. Mas a equipa de Mestre Emídio Pinto voltou a empatar, acabando mesmo por ser a grande vencedora já que, com o segundo lugar na etapa, Nuno Marta arrebatou a vitória final na prova.
Estiveram brilhantes as três equipas portuguesas. Se aos algarvios da DUJA-Tavira lhes escapou uma etapa, conquistaram duas das classificações finais, as Metas Volantes, com Nélio Simão; e os Sprints Especiais, com Samuel Caldeira.
Manuel Cardoso triunfou na classificação por Pontos e só as classificações da Montanha (Tiago Machado, da Riberalves-Boavista, foi segundo) e Colectiva, a formação do professor José Santos terminou, também, na segunda posição) escaparam à armada portuguesa que arrasou por completo.
Dois corredores (Nuno Marta e Samuel Caldeira, 8.º) nos dez primeiros da Geral final; ainda Tiago Machado (13.º) nos primeiros 15 e Hugo Vítor (20.º), Manuel Cardoso (21.º), Nélson Rocha (24.º), todos da Riberalves-Boavista, e André Vital (Madeinox-Bric-Loulé) nos primeiros 25.
Vitórias em todas as etapas – André Vital (1.ª), Joaquim Sampaio (2.ª), Nuno Marta (3.ª) e Manuel Cardoso (as duas últimas) –; no final do terceiro dia, todas as camisolas em corredores das equipas portuguesas; vitória final na corrida, mais duas camisolas...
Dificilmente, no futuro, uma embaixada lusa conseguirá fazer tanto e de tão grande qualidade.
Claro que vai haver – já houve, ainda há – quem, bem à portuguesa tente diminuir a importância deste feito. Porque era uma corrida 2.2… porque o pelotão não tinha nomes sonantes…
Era o pelotão adequado à categoria da prova e a maioria das equipas concorrentes era exactamente do mesmo escalão que as três portuguesas. E, batendo-se com formações da sua igualha, as portuguesas mostraram uma superioridade arrasadora. Que interessa agora a categoria da corrida?
O que interessa é que, a partir da Extremadura, toda a Espanha – e não só – ficou a saber que em Portugal há equipas com muito valor. E isso só poderá ter uma consequência: no futuro, mais organizações quererão ter nos seus pelotões equipas portuguesas. Mas há ainda outra consequência: mais do que os pontitos UCI que foram conquistados, esta corrida terá contribuído para que estas equipas – e, por acréscimo, todo o pelotão luso – passem a acreditar mais nas suas qualidades e nas suas possibilidades.
Agora resta convencer os seus responsáveis que podem – e eu acrescento: devem – encarar cada uma das provas em que alinham como sendo tão candidatos quanto os outros.
A Madeinox-Bric-Loulé já dera um arzinho da sua graça, na Volta ao Alentejo, frente a um pelotão – apesar de a dar para o fracote – ainda assim com nomes mais sonantes e não perdeu a embalagem. O triunfo de André Vital, logo na primeira etapa, ajudou bastante a que todas as três formações lusas sentissem que, afinal, podiam fazer alguma coisinha. E que coisinha fizeram. Ganharam quase tudo.
Estão, por isso, de parabéns. O André, o Quim, o Manel Cardoso (que corredor!!!), mas também o Samuel Caldeira, o Tiago Machado, o Nélio Simão… todos. Todos. Com Nuno Marta a merecer um pouquinho mais de destaque. Andou de amarelo, perdeu a liderança mas acreditou e voltou ao primeiro lugar conquistando uma das vitórias que, estou certo, terá sido das mais saborosos. Ele que – não se deve viver só das memórias, mas elas também contam – foi várias vezes campeão nacional, nos escalões mais baixos.
Um abraço a todos – mesmo todos – e o meu agradecimento, por terem obrigado toda a gente a falar e a falar mais de Ciclismo. Do ciclismo português.
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