segunda-feira, abril 30, 2007

503.ª etapa


EL NARANCO: UMA DAS CLÁSSICAS
MAIS BONITAS QUE CONHEÇO

Disputa-se amanhã uma das mais bonitas “clássicas” a que já tive oportunidade de assistir in loco, a Subida al Naranco, nas Astúrias. E vamos ter duas equipas portuguesas no pelotão. O Benfica e a Liberty Seguros.

Quase irmã gémea da Volta às Astúrias – em Espanha há (havia) essa espécie de tradição, colar uma clássica a uma prova de cinco dias, permitindo amenizar despesas com a contratação de equipas e prolongando por mais dois dias – que o de intervalo também conta, já que os jornalistas estão lá – o noticiário sobre ambas as corridas.

Acontecia com o Troféu Luís Puïg/Volta à Comunidade Valenciana e com a Clássica de Almeria/Volta a Múrcia, por exemplo. Mas tudo isso o ProTour levou…

Voltas às Astúrias ainda fiz umas quantas, para A BOLA e na primeira, em 2000, falhei a Subida al Naranco. Mas nas outras vezes que me desloquei às Astúrias foi para cobrir ambas as corridas.

É uma corrida dura, a Subida. Não só na sua parte final, com aqueles últimos 7,5 quilómetros desde Oviedo – pendente médio de 7% mas tão difícil… – mas porque antes, o pelotão ainda tem de ultrapassar mais uma mão cheia de dificuldades.

Amanhã, e quem tenha acesso à RTPA (Rádio Televisão do Principado das Astúrias), que pode ser acedida via internet poderá constatar isso mesmo, embora o plano de emissão (três horas, tal como vai acontecer todos os dias na Volta às Astúrias) deixe de fora a subida ao alto de la Collada de Arnicio, logo aos 63 km. Contagem de 1.ª categoria que começará, estou certo, a fazer logo a primeira grande selecção de valores.

A transmissão televisiva começará cerca de maia hora antes da segunda grande montanha do dia à qual, apenas nove quilómetros depois, se segue uma outra, mas nada estará definitivamente esclarecido antes que, após a passagem pela capital do Principado, se inicie a subida para El Naranco, montanha, estilo Sr.ª da Graça, que se ergue à vista da cidade de Oviedo.

Claus Möller, em 2001, então ao serviço da Maia já venceu esta corrida, mas as minhas memórias, no que respeita às Astúrias gravaram outros episódios – inesquecíveis – que guardo para amanhã. Há que matar o tempo.





Foto: o cartaz da edição de 2002, com Claus Möller a bater Oscar Sevilla

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