domingo, dezembro 25, 2011

ANO VII - Etapa 7

PERDEMOS A 'VELHA RAPOSA'
EMÍDIO PINTO FALECEU

NA NOITE DE NATAL

Parece o bater sempre na mesma tecla, mas que outra forma há de dar uma notícia assim?
Perdemos um Grande Amigo, um Grande Homem do Ciclismo... um dos maiores.

Emídio Pinto, a Velha Raposa, corredor do FC Porto, o seu clube de sempre, nos anos 40 e 50 do Século passado, e depois Técnico sabedor e... ganhador, era uma das figuras mais consensuais do pelotão onde, que me lembre, só tinha amigos.

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Ontem à noite o coração traiu-o aos 79 anos e a morte afastou-o, fisicamente, de todos esses amigos aos quais me orgulho muito de pertencer.

Tantas horas de conversa que repartimos... quer dizer, em que ele contou milhentas estórias e eu, quase embevecido o ouvi.

EMÍDIO PINTO FOI O PRIMEIRO
E, ATÉ HOJE, O ÚNICO TÉCNICO PORTUGUÊS
QUE VENCEU UMA ETAPA NO TOUR


Foi em 1984. Joaquim Agostinho tinha regressado a Portugal e ao Sporting e bastava o seu estatuto para que a equipa fosse convidade a participar na Grande Boucle. Entretanto, e como todos ainda recordamos, Agostinho faleceu em Maio desse ano. Trenendamente abalado com o sucedido, Manuel Graça, que orientava a equipa cedeu o seu lugar a Emídio Pinto que então comandou a equipa Sporting-Raposeira cuja principal figura era Marco Chagas, mas foi um jovem, à altura praticamente desconhecido, Paulo Ferreira, quem, no final de uma fuga e aproveitando o desentendimento entre os seus dois parceiros de aventura, dois franceses, mas de equipas diferentes, num último esforço ganhou a etapa sobre a meta. Em nome da memória de Agostinho, mas a sapiência - a tal que lhe valeu o cognone de Velha Raposa - de Emídio Pinto a ter um papel fundamental nesse histórico triunfo.

E AQUELE SORRISO SEMPRE NO ROSTO...

Conheci-o quando apareceram umas corridas abertas a formações amadoras, dirigia ele o Canelas, equipa de Gaia que, alguns anos nais tarde e com o apoio de um bom sponsor passou para o pelotão profissional tendo por lá ficado enquanto a Madeinox a apoio.

O momento mais alto desta fase da sua vida terá sido a vitória, em 2005, na chegada a Santa Maria da Feira, do seu jovem pupilo Bruno Neves (também ele já desaparecido) que bateu num renhido sprint o super favorito Cândido Barbosa.

SÓ MESMO UMA 'VELHA RAPOSA'...


Outra das mais reluzentes páginas da História do Ciclismo português e da Volta a Portugal volta a ter Emídio Pinto como protagonista.

Aconteceu em 1981. Comandava ele o fortíssimo conjunto do FC Porto com Marco Chagas como chefe-de-fila, mas também com Belmiro Silva, vencedor da Volta três anos antes como pontas-de-lança quando logo à segunda etapa, que ligava Évora a Vila Real de Santo António (204 km) um míudo de 20 anos apenas, de seu nome Manuel Zeferino se escapou e conquistou uma vantagem tal que Emídio Pinto nem pensou duas vezes. A ordem foi a de dar o máximo e chegar à frente com o maior tempo possível sobre o pelotão. Ao mesmo tempo teve, logo ali, que 'convencer' os líderes da equipa que... passavam a trabalhar para defenderem a liderança do rapaz. Que venceu a Volta.


Caro Mestre (como eu lhe chamava), que esta nova etapa seja percorrida em Paz. É grande a tristeza que nos envolve a todos, mas guardaremos para sempre nos nossos corações a sua boa disposição e o seu sorriso. E todos os seus 'meninos' - que era como tratava os rapazes que orientou ao longo da sua carreira - se hão-de lembrar sempre de si.



Fez por merecer um lugar imorredouro na História do Ciclismo português por isso não será favor nenhum que o seu nome seja eternamente recordado.

domingo, dezembro 18, 2011

segunda-feira, dezembro 12, 2011

ANO VII - Etapa 6

TEMO PELO FUTURO DO CICLISMO PORTUGUÊS
MAS QUEM, COM DOIS DEDOS DE TESTA
NÃO PENSA O MESMO?


Ok, há muito de preguiça aqui, mas não só! Com as constantes obrigatórias idas ao Hospital - perco a vontade de tudo três dias antes, e fico nesse limbo nos três dias seguintes o que, tudo somado, já tem, por vezes, ultrapassado um mês - com a dificuldade, cada vez maior de me mover neste estrito espaço a que chamo 'escritório' há alturas em que não posso adiar mais fazer uma limpeza ao montão de jornais que se vão acumulando.

E isso põe-me de novo em confronto com coisas que já li há meses mas que, na altura, não tive oportunidade de comentar.

A BOLA - agora a data não sei e não vou voltar atrás - perguntou a vários presidentes de várias federações qual seria a implicação no seu - delas, federações - dos inevitáveis cortes nos subsídios, afinal de contas, a principal, quando não a única, fonte de entrada de divisas.

Artur Moreira Lopes, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo não gastou muitas palavras no assunto. Cito de memória: «Com menos dinheiro teremos que ter menos equipas, com menos Corredores, e menos provas!... Não há como inventar.»
Repito, cito de memória não tendo, obrigatoriamente, sido estas textualmente as suas palavras. A ideia, contudo, não a estou a deturpar. E, sendo caso disso lá terei que voltar mesmo ao monte de recortes que já guardei...

AML está a pouco mais de um ano do final do seu mandato, que foi de muitos anos, e perceber-se-á (percebem, os amantes da Modalidade? Eu não!...) que está cansado e já a trabalhar em relação ao seu futuro.

Disse-me um passarinho que passará para o grande cadeirão do antigo 'Salão Portugal', ali para as bandas da Ajuda!


Quanto ao futuro imediato, que já se iniciou há dois meses atrás, nem ponta de ideia para uma solução. Menos equipas? Com menos Corredores? Menos dias de provas? Isto é diminuir a ração de pão e água a que o Ciclismo luso já estava obrigado. Ainda bem que temos quem tenha ideias!

Em relação a AML temos de convir que tem tido uma vida difícil.
Ele é a Direcção da FPC, ele é o lugar na Comissão Executiva da UCI, ele é o 'peito' mais largo da ADoP - e em-se safado bem -, ele é a protecção mais ou menos declarada a um 'delfim' que, por ele, mais não faz do que dar tiros nos próprios pés... ele é o tal trabalho 'na sombra' para garantir o cadeirão da Calçada da Ajuda... uffff, é obra.

Tanto trabalho que nem teve tempo para 'salvar' o 'seu homem das Selecções'.

As Selecções, e toda a gente sabe disso, são 'pelouro' do presidente. Mesmo que o organigrama me desminta. Quem escolhe e define quem nos representa internacionalmente tem um nome: Artur Moreira Lopes. Depois há uma 'família' enorme que escolhe quem é que corre o quê e como é que há-de correr.

Na sala ao lado, fazendo estalar os dedos, fica sentado, à espera, o massagista a quem toda a gente chama seleccionador nacional. Massagista e condutor do primeiro carro oficial. De resto, provavelmente porque não lho explicam bem, há anos que não percebe o que ali anda a fazer.

Ninguém o contesta, porque contestá-lo seria contestar a vontade as decisões de AML.

Voltemos, então, um pouco atrás...
... o presidente da FPC NÃO TEM soluções para o futuro imediato do Ciclismo português...

O 'seleccionador nacional'...
... e reporto-me ao que disse ao 'porta-voz' que foi integrado na delegação portuguesa nos últimos Mundiais, tendo, para isso, sido necessário abdicar de um Corredor, e não foi nem a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez...
... o 'seleccionador nacional', na sua ingenuidade - é um Homem Simples e, acreditem, bom; que eu conheço há 20 anos - disse e está escrito que, volto a citar de memória mas, como adivinham, tenho o recorte do(s) jornal(is), que... «para fazer estas figuras mais vale não virmos»!

NINGUÉM, MAS MESMO NINGUÉM, teve 'tomates' para cortar o mal pela raiz.
Ou o seleccionador não presta e teria de ser de imediato afastado, mas todos sabemos que não é ele o responsável pelos seleccionados, ou quem o é, de facto - também todos sabemos quem é, deveria tomar o seu lugar, salvo seja, no cadafalso!

Porque é que TODA A COMUNICAÇÃO SOCIAL, na parte ligada à modalidade se calou?
Porque já tinha dado a 'dentadinha' na parte que lhe coubera para se manter fiel 'ao dono'.


x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

Não vou 'gastar' outra entrada.
Nesta mesma arrumação de jornais fui dar com uma página inteira do "Meta200" (16/11/11) que dava conta da actividade da Federação Autonómica de Ciclismo da Comunidade Valenciana (FACCV) no ano prestes a chegar ao fim.

Agora, vou só deixar números, mas - caramba, não me vão obrigar a estar a dizer sempre a mesma coisa... - se os refiro é PORQUE TENHO EM MINHA POSSE a prova!

Então, é assim...
Em 2011 a FACCV (vejam o mapa junto para compararem a dimensão desta região de Espanha com Portugal) teve...

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... inscritos, 426 Clubes!
... a sua selecção autonómica representou a Região em 36 eventos...
... a FACCV organizou 11 provas Nacionais...
... registou 7.437 licenças desportivas...
... para além das provas nacionais, organizou mais 315 provas regionais...
... tinha registadas 51 Escolas de Ciclismo...
... e 57 Equipas, nos outros diversos escalões

Mas isso é em Espanha, pensarão alguns de vocês. E, outros, com toda a propriedade, dirão, mas isso foi na Comunidade Valenciana e esses números não são suficientes para sustentar a realidade em Espanha. Concordo. Mas, contra factos não há argumentos...

sábado, dezembro 03, 2011

ANO VII - Etapa 5

PERDEMOS MAIS UM DOS NOSSOS
QUE DESCANSE EM PAZ. NÃO SERÁ ESQUECIDO


Só há pouco deparei com a notícia que, desde ontem, estava na minha caixa de correio. Já nada posso fazer, por exemplo, proporcionando a amigos e companheiros que a ela não tiveram acesso por outro meio, a possibilidade de o acompanharem num último adeus.


Faleceu, de forma inesperada, na última 5.ª feira o Ivo Silva, membro da equipa LA-Antarte-Rota dos Móveis-Paredes, onde há já vários anos era mecânico. O funeral terá sido hoje - se nada se alterou - em Godomar.


Citando parte da nota que a equipa me fez chegar, «... [Ivo Silva era] uma pessoa admirada e respeitada por todos quantos com ele tiveram o prazer de privar; não resistiu ao derradeiro desafio e partiu deixando-nos a todos mais pobres; com o seu passamento, a sua alegria, o seu companheirismo e o seu profissionalismo passam a ser grande baixa no seio da equipa.»


Resta-me juntar à vossa a minha dor e, apresentar as minhas condolências, não só à equipa mas, sobretudo à sua família.



Manuel José Madeira

quinta-feira, novembro 24, 2011

ANO VII - Etapa 4

ARARAS, PAPAGAIOS E OUTROS BICHOS FALANTES!

O título enganou-vos, não foi?
O tema é a suprema reunião - com um 'circo' montado à sua volta como nunca se vira - da AMA/UCI com Alberto Contador.

Sabem do meu delírio (não pode ser outra coisa) por escrever quatro, cinco ou seis mil caracteres quando me sinto embalado. Embalado estou, mas terrivelmente cansado também...
Há coisas que não matam mas moem, mas não desprezemos as que moem e matam. Estou no limite.

Mas ainda mexo! Não façam já a festa e cancelem lá a encomenda dos foguetes!

Venho aqui pedir, a qualquer alma caridosa que me queira ajudar, a perceber apenas duas ou três coisas...

Daqui a pouco há dois anos que o Alberto Contador foi 'apanhado' num controlo num dia de descanso do Tour - e não 'fora de competição' como falaciosamente, eu acredito mais que por ignorância e má fé - com a detecção de 50 picogramas (*) de um produto que dá pelo vestusto nome de clembuterol e, por isso, desde essa altura que tem a cabeça no cepo à espera que o machado do carrasco se despenhe sobre o seu pescoço.

Entretanto, foi correndo e... ganhando, como aconteceu no Giro deste ano.

A decisão da UCI/AMA emperrou, aonde, e porque motivo?

Porque é que ninguém me diz isso?
Emperrou, emperrou, até que, só agora, o 'julgamento' esteja a decorrer.

Entretanto, e recordo, pelo menos ano e meio depois, a acusação 'reforçou' os seus argumentos com uma novidade. As amostras então recolhidas - e há jornais que trazem data certa e tudo - afinal desmascaravam outra coisa e passo a citar: «a presença de ftalatos (composto qúímico derivado do ácido ftálico - pois então, introduzo eu - utilizado como aditivo para deixar o plástico mais maleável».

Antes da brincadeira, pois se o não for terá que ser analisado como qualquer coisa muito mais grave, a dúvida.

Porque é que na análise original só acusou o tal de clembuterol (*)?
Onde andavam os ftalatos?

Foram então usadas as mesmíssimas recolhas para, quando já toda a gente se ria dos 50 picogramas (*), fazer novas análises?

E isso é permitido?
Não devem as amostras ser destruídas após as análises?
Faz sentido!
Ou então continuariam à disposição dos laboratórios ad-eternum, permitindo que a ciência lhes falcutasse, seis meses, um ano, dois anos, cinco anos depois da sua recolha, ferramentas das quais não dispunham à sua data. A da recolha. E isso, isso eu sei. É ilegal!

Ok, agora a brincadeira.
Primeiro: o que são 50 picogramas de, seja o que for, por unidade de sangue?
(*) - RESPOSTA: 0,000.000.000.050

Segundo: ftalatos, composto qúímico derivado do ácido ftálico utilizado como aditivo para deixar o plástico mais maleável...

SUGESTÃO: pensaram em... preservativo?!... ;-)

domingo, novembro 20, 2011

ANO VII - Etapa 3

* NÃO FORAM GASTOS NA LOUVÁVEL
LUTA CONTRA À... "BATOTA DESPORTIVA"
(onde o Ciclismo é apenas uma pontinha do 'Iceberg')






Clicando na imagem pode ler-se a notícia...









domingo, outubro 30, 2011

ANO VII - Etapa 2

DE REPENTE FIQUEI SEM VONTADE!...
SÓ ISSO

Praticamente desde a passada segunda-feira que, recuando seis anos comecei a ver, 'etapa' a 'etapa' tudo o que tinha escrito durante estes seis anos. Fui tomando notas. Momentos altos do nosso Ciclismo, momentos críticos (por diferentísimas razões), momentos de esperança, críticas, aplausos, sujestões, iniciativas... [como os Troféus VeloLuso].

Momentos de dor, quando tive de aqui deixar nomes e memórias de muitos (foram muitos) que nos deixaram, empobrecendo a modalidade e deixando de luto a Família do Ciclismo. De Brito da Mana a Francisco Nunes; de Bruno Santos ao João Carlos Garcia e ao Sousa Casimiro; do meu irmanito Bruno Neves a Xavi Tondo... [faltarão aqui alguns; peço perdão mas, como digo já adiante, desisti].

Momentos de glória, como as vitórias ao mais alto nível, no Grande Pelotão e entre os Maiores, de Sérgio Paulinho, Manuel Cardoso, Rui Costa...

Mas desisti a meio. Também por isso aqui faltarão alguns nomes. Desisti por falta de motivação.
Este meu bloguito, que me permitiu espraiar a escrita sem a preocupação do número de caracteres usados e vincar a minha opinião, a dada altura em casos que seria impossível fazê-lo noutro qualquer suporte, vai, com certeza, sobreviver-me. Até os administradores do servidor, por 'falta de comparência' da minha parte o apagarem.

A dada altura, ainda quando lia, 'etapa' a 'etapa', desde a primeira de todas, e ia tomando notas para abrir este 7.º ano de escrita, mais ou menos regular, fiquei sem vontade de prosseguir.

Passei a fase em que, por semana, tinha em média nos sete dias, mais de mil páginas lidas. Dias com mais de 700 visitas...

De repente vi-me praticamente sozinho numa luta desigual. Sabia, sei-o, que havia mais gente intelectualmente honesta para não ficar calada perante clamorosos atropelos aos mais elementares direitos de dúzia e meia de pessoas das quais se diziam amigos; provavelmente, em privado, também lhes emprestaram a sua solidariedade, mas publicamente escolheram a saída mais fácil. Não me admiraria, contudo, que ainda hoje almocem, ou jantam, ou bebem uns copos juntos. O único trocidado fui eu porque não me escondi. E tenho um imenso orgulho nisso.

E foi quando desisti. Deixei de procurar as tais 'marcas' que vinha a apontar para escrever uma 1.ª etapa tipo 'memórias', como tinha pensado fazer para abrir o 7.º ano do blog.

Em vez disso, republico, como podem ler a seguir, a primeira de todas as etapas.
Poderia ter sido escrita hoje, não acham?

ANO VII - Etapa 1

Podia ter sido escrito hoje...

SÁBADO, OUTUBRO 29, 2005
1.ª etapa

Estamos numa encruzilhada. Dito, desta maneira, até parece que foi de repente que se nos deparou a dúvida sobre qual o caminho a seguir quando, na realidade, há muito que esse caminho não é mais do que o somatório de encruzilhadas, com quase toda a gente a tomar, perfeitamente ao acaso, o rumo que institivamente lhe parece ser o melhor.
E tem tido muito de institivo o caminho que o ciclismo luso tem escolhido desde há uns anos a esta parte.

Convinha, contudo, que os mais interessados fizessem um pequeno esforço de forma a tentarem perceber se esta é, afinal de contas, só mais uma encruzilhada para somar às tantas outras que, de uma maneira ou outra, se foram passando, ou se, pelo contrário, a sorte pode estar prestes a acabar.
Sorte porquê? Porque, em tantas encruzilhadas, alguma vez se há-de ir dar a um caminho... sem saí¬da. Já se pensou nisso? Nesta autêntica roleta russa, continua a arriscar-se. Conscientemente? Não, às vezes sou levado a pensar que não. De todo.
Mas somos um Paí¬s de crentes. Apesar de tudo.

Ainda não se fez um balanço honesto da temporada finda há cerca de um mês. Provavelmente, e uma vez mais, esse balanço nunca vai ser feito.
Mascaram-se as dificuldades de 2005, acrescentam-se uns pózinhos de ilusão com o timbre de 2006, fecham-se os olhos e, outra vez, escolhe-se um dos caminhos que se oferecem. Pode ser que tenha saída.

E tem tido, para a maioria. Apesar de tudo.

Mesmo ganhando menos, os corredores conseguem enganar-se mais uns meses (que é o que os separa da primeira falha no recebimento dos honorários acordados); com a cedência dos corredores, as equipas técnicas acabam por ver salvo o emprego, nas mesmíssimas condições; com as equipas formadas lá se vão fazendo umas corridas; com as corridas que se fazem, disfarça-se a pobreza de um calendário desiquilibrado...

... desde que tudo dure até Agosto, pois o pensamento de todos está fixado na Volta a Portugal. Aliás e como se viu este ano, até houve quem se tivesse dado ao luxo de não comparecer em corridas - depois de se terem queixado que havia poucas corridas - para, supostamente, se apresentarem melhor na Volta.

E a Volta começou da melhor maneira para aqueles que desde Outubro do ano anterior só pensam em, quase vendendo a alma ao diabo, construirem um grupo na secreta esperança de, naqueles dez dias conseguirem um brilharete. A única equipa do pelotão que chegou a Oeiras sem uma singular vitória para amostra... ganhou a 1.ª etapa da Volta.

Estava justificada a temporada. Por esta hora, pisam-se os mesmos passos, sonham-se os mesmos sonhos, torneiam-se os mesmos problemas de sempre. Sempre fazendo fé que não será desta ainda que, na tal encruzilhada, o instinto de sobrevivência os não salvará do trilho sem saída nem retorno.

Que um dia, inevitavelmente, até por falta de mais escolhas, vai mesmo ser o escolhido.

publicada por mzmadeira @ 3:52 AM
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sábado, outubro 29, 2011

29 de Outubro de 2005

29 de Outubro de 2011



6 anos de VeloLuso

quarta-feira, outubro 26, 2011

ANO VI - Etapa 76

COM TODA A JUSTIÇA...
(digo e sublinho Eu!)

Vidal Fitas, director-desportivo da equipa de ciclismo profissional Tavira-Prio, foi nomeado pela Confederação do Desporto de Portugal para o prémio “Desportista do Ano/2011” na categoria de treinador. Num País de futeboleiros vai ser difícil bater o Villas-Boas, mas fica o registo.

Vidal Fitas, entre muitos outros êxitos alcançados nesta temporada, atingiu o ponto alto com a vitória da Volta a Portugal, o que conseguiu pelo quarto ano consecutivo.



O treinador algarvio é seleccionado pelo segundo ano consecutivo para este prémio de relevante valor no panorama desportivo.




(texto editado)

Obrigado Ana Luísa Jesús

domingo, outubro 23, 2011

ANO VI - Etapa 75

SURREALISTA!

Alguém com 'a cabeça entre as orelhas' - como escreveu Sérgio Godinho que dê aqui uma ajuda...
... inclusivé... a mim!

Mas estamos a discutir calendários por alma de quê?

Alguém sabe se vamos ter EQUIPAS na próxima época? Então...

ANO VI - Etapa 74

CONTUDO, 'ELE' MOVE-SE!

Galileu Galilei, físico, matemático, astrónomo italiano morreu na fogueira por ter tido a 'lata' de afirmar que a Terra não era o Centro do Universo e que se movia, não só em torno de um eixo imaginário, proporcionando os dias e as noites, como em torno do Sol, esse sim o centro da nossa Galáxia e que influenciava, como influencia, conforme a amplitude da elipse que o nosso planeta descreve em seu torno, as estações do ano - isto quando havia estações do ano.

Estranha esta introdução, não é?
Mas preferi usá-la em vez do que antes tinha pensado e que era:

Afinal a Alentejana 'ressuscitou'!

Apesar de... 'o mesmo de sempre', naturalmente, agora informado por quem de direito, ainda brincar com as palavras. Não decorrem negociações nenhumas para que a Volta ao Alentejo dê o nome a uma das três provas que a PAD inscreve como GP.1, GP.2 e GP.3. Já está definido isso. Logo, já se sabe a sua data!

Mas a figura é chata, só que ao contrário de Galileu Galilei - se tivesse a coragem de o admitir em público - só sabe que nada sabe. Ainda assim não deixa de, antes de escrever, cito: «Decorrem negociações para que a Volta ao Alentejo seja disputada...», não resistiu em escrever, volto a citar: «... o GP Abimota que ocupa as datas previstas para o Alentejo [SIC]». Sem Volta, sem nada...

Duas questões...

... SE... "a Volta ao Alentejo está fora dos calendários", como escreveu, como é que havia datas previstas para a sua realização?
... SE olhasse para as datas em que, habitualmente, a Alentejana vinha a realizar-se e para o Calendário Desportivo Nacional (e para quem Organiza o quê) não fazia figuras tristes...
Mas... ainda há alguém que o leve a sério?

quarta-feira, outubro 19, 2011

ANO VI - Etapa 73

EU TENHO VERGONHA NA CARA...
(e um capital de credibilidade no Ciclismo
que poucos mais têm e que jamais desbaratarei)

Vi um título e fiquei preocupado.
Li o texto e fiquei arrepiado. Nada nele justificava o título (enquanto leitor senti-me atraiçoado).

Reagi e, nessa reacção acabei por ser injusto para com terceiros.

Como EU TENHO VERGONHA NA CARA (*) venho aqui penitenciar-me.

Escrevi eu, "A PAD deixou cair a Alentejana"!
Não é verdade.
Por isso peço, aqui e agora, DESCULPA àquela entidade e, mais directamente, ao Amigo Joaquim Gomes.

Já havia escrito que na tal... 'notícia'... a 'fonte' era perfeitamente identificável, que foi ouvido o Eng.º Alfredo Barroso - que se mostrou surpreendido e confessou que não sabia que a Alentejana estava 'DE FORA DOS CALENDÁRIOS' - mas não houve o cuidado (não dispensável) de ouvir a outra parte: a PAD.

Enquanto mero leitor, ainda que profundamente ligado à modalidade - e isso ninguém me tirará - não me competia a mim esmiuçar a credibilidade da... notícia!

(Com aquela chancela, doa a quem doer, desconfio sempre. É mau, manipulador, subserviente, inventor, intriguista e não compreendo como é detentor de uma Carteira Profissional...)

Até ter acesso à verdade!
A minha fonte? A mais fidedigna. Mais ninguém o poderia ser.
Ainda não falei com ele porque hoje passei o dia no Hospital, mas recebi a sua mensagem:

«Também fiquei surpreendido. Estou a trabalhar em várias soluções para a Volta ao Alentejo. É mais uma das 'confusões' do mesmo de sempre», escreveu-me o Joaquim Gomes.

E eu, que 'berrara' para que as autarquias do Alentejo Litoral, co-patrocinadoras do Grande Prémio da Costa Azul recuassem e, ante a 'queda' da Alentejana, deixassem de apoiar a PAD...
... peço aqui, pública e humildemente, DESCULPA.

O facto de não constar no Calendário do Circuito Europeu da UCI, logo, deixará de ser Internacional, não põe em causa a continuidade da Volta ao Alentejo!

Continua, no entanto, a ser quase fundamental que todos nos unamos de forma a garantir que...

... A ALENTEJANA NÃO MORRERÁ.


(*) -- Alguém que tente explicar o que isto significa àquele que todos sabem.

segunda-feira, outubro 17, 2011

ANO VI - Etapa 72

NÃO VAMOS DEIXAR MORRER A 'ALENTEJANA'


Não sei ainda como - também não sei o que é preciso - mas se a PAD nos abandonou... o primeiro passo é ÓBVIO: nenhuma Câmara Alentejana ajudará a PAD.
Façam o GP Costa Azul na Madeira!


O que urge é aglotinar vontades e, nem que seja pedindo porta-a-porta, todos os Alentejanos vamos ajudar a que a nossa Corrida não morra assim.


Estou CERTO de que não morrerá!
Como corrida 2.12, podemos, como muito bem há alguns dias li, há a hipótese de convidar equipas espanholas, na condição de transfronteiriças. Se alguma portuguesa, porque o mais engraçado é que o supra-sumo da informação sobre Ciclismo, em Portugal, anda a anunciar a 'morte' da Alentejana e ainda não foi capaz de nos dizer se vamos ter pelotão para o próximo ano!, dizia, se alguma equipa nacional (a Volta a Rioja - não, eu não me esqueço, e como não devo nada a ninguém!... - não irá coincidir nas datas?) não quiser vir... não vai fazer falta!


NÃO VAMOS DEIXAR MORRER A ALENTEJANA
NÃO VAMOS DEIXAR MORRER A ALENTEJANA
NÃO VAMOS DEIXAR MORRER A ALENTEJANA

ANO VI - Etapa 71

CINISMO E MÁ VONTADE... COMO EVITÁ-LOS?
IMPERDOÁVEL É A FALTA DE OBJECTIVIDADE,
A MANIPULAÇÃO DESCARADA DE UM TEXTO
CUJO CONTEÚDO MANDA O TÍTULO PR'Ó LIXO!

Provavelmente há mais quem o deseje, e há muito, que o 'enterro' da Volta ao Alentejo - que já foi a segunda melhor Corrida por Etapas realizada entre nós - nos é 'oferecido' em forma de notícia, obviamente, um tudo nada... exagerada, como um dia teve de escrever uma das maiores figuras das letras portuguesas confrontado com a notícia... da sua própria morte. Mas, escrevia eu, provavelmente há mais quem deseje a 'morte' da Alentejana, não deixa de ser preocupante é o facto de o 'porta-voz' ser, ano após ano, ser o mesmo. Um alentejano, verdadeiro expert em 'cavalgar' as 'ondas boas' (teria dado um excelente surfista!...) esquecendo sempre que há muita gente, muita mesmo, mais do que aquela que ele julga saber, que num estalar de dedos desmontará a sua... 'dor de cotovelo'.

Mas, e escrevo-o - ainda não fui dado como insano e o meu psiquiatra está convencido que me cura - com toda a lucidez, cheira a 'defunto'. Adivinha-se-lhe o último estertor. Quando o 'padrinho' sair...

O que, até lá e infelizmente, não impede que continue, abrigado sob a capa do maior título nacional, em termos de imprensa desportiva, e com a conivência de uma editoria ausente que, ou não lê, ou lê e não percebe patavina do que está a ler (é a minha opção preferida) - mas como é que se pode deixar passar um título (atenção: que pode até nem sequer ter sido o original, da autoria de quem assina a pela e ter sido mudado, o que transfere, obviamente, a responsabilidade de inaptitude para ocupar o cargo que ocupa) que é desmentido no próprio texto? - estampar a incongruência que tivemos oportunidade de ler, os que compramos o jornal todos os dias. Foi na edição do passado domingo. Ainda por cima, o que me cheira a almoço farto na Tasquinha do Lagarto, ali à Rua de Campolide!

PAD deixa cair Volta ao Alentejo

Era este, como é óbvio, lendo a notícia, o título que a devia encabeçar.
Quem a assina 'relembra' que 'já avisara' que uma das Corridas Internacionais poderia sair do Circuito Europeu profissional.

Ciclismo Profissional, em Portugal, é que é coisa que já morreu há dois ou três anos e ainda ninguém teve a Coragem de o anunciar. Durante a última Volta eu próprio alertei (particularmente, é evidente) o Editor Executivo do meu Jornal que lá andava para explorar esta verdade! O ciclismo 'profissional' (leia-se: equipas) em Portugal paga - quando paga - entre 250 a 350 euros mensais aos escravos que sofrem sobre a bicicleta.

Há-de haver excepções, como as há em todos os lados, mas a realidade é esta.
O que me 'mói' a cabeça é constactar que ninguém se atreve a mexer neste assunto e, logo, como é óbvio, esbarrar no inevitável PORQUÊ?
Quem os cala e por quanto aceitam ficar calados, é a outra questão que me atormenta.

Viagem, quarto e refeições (quiçá, carro e combustível) para irem passear nas corridas que se efectuam no estrangeiro? Passear, porque as notícias têm, em média, 500 caracteres!

Voltemos à Alentejana...

PAD deixa cair Volta ao Alentejo.

Era este o título e que significaria o que, também já o confirmei, a Alentejana sai do Calendário Internacional. Também não começou lá, não é o fim do Mundo. Se até a Volta a Portugal de lá a querem tirar...

Depois, no texto, podemos ler que, uma vez que o Calendário Nacional ainda não está definido, não há como garantir que a Corrida não surja nele inscrito. Estranho, estranho é o facto - segundo a notícia - de a data prevista para a Alentejana parecer (e às vezes, principalmente após os almoços na Tasquinha do Lagarto, o que parece... é mesmo) ter já sido ocupada por outra Corrida. Porquê?

Ok... a Volta ao Alentejo (com datas) deveria ter sido apresentada pela PAD para o quadro das competições imternacionais enquadradas no Europe Tour da UCI. Não terá sido. O articulista 'esqueceu-se' de perguntar à PAD. Ouviu o parceiro do almoço (cala-te boca!...), que foi quem 'falou'... pela PAD, e, vá lá... o responsável pela Organização da Volta ao Alentejo. Que não sabia de nada.

Não é a primeira vez que a PAD abandona a Alentejana!
Até deixou cair a Volta ao Algarve! E disso estarão muito arrependidos...

Agora, ainda falta alinhar o Calendário Nacional e o que é que impede que dele conste a Volta ao Alentejo?

Porquê aquele título enganoso?

A Volta ao Alentejo VAI SIM REALIZAR-SE e contam comigo para, na primeira linha, defender a NOSSA CORRIDA.

domingo, setembro 04, 2011

sábado, setembro 03, 2011

ANO VI - Etapa 69

CLARO QUE TENHO
TODO O GOSTO EM O DIVULGAR...

A editora Prime Books acaba de lançar o livro “À volta da Volta”, da autoria dos jornalistas Fernando Lebre e Magda Ribeiro. A obra, que conta com o prefácio do vencedor da Volta a Portugal de 2000, Vítor Gamito,
tem o intuito de transportar os leitores numa viagem no tempo por alguns dos mais pitorescos momentos que marcaram a competição rainha do ciclismo lusitano. Num tom vivo, coloquial e muitas vezes pautado por laivos de
humor, este livro aborda cronologicamente algumas das “estórias” mais caricatas que compuseram cada uma das edições daquele que é o mais entusiasmante espectáculo desportivo do Verão português e que na sua maioria permaneciam, até agora, desconhecidas da generalidade dos amantes da modalidade. Os grandes campeões que escreveram a história do ciclismo nacional são alvo de ampla referência neste livro, mas também outros
ciclistas que o passar dos anos remeteu ao anonimato têm aqui honras de
destaque.

Sem se focar na vertente competitiva (embora esta esteja intrinsecamente
presente ao longo de toda a obra), este livro narra todo um rol de
curiosidades e acontecimentos “sui generis” que têm marcado a
história desta decana competição e que, simultaneamente, se têm cotado
com uma das suas maiores riquezas.


De modo a que nenhum campeão passe incólume nas páginas desta obra –
que conta ainda com apontamentos dos jornalistas Vasco Resende, Guita
Júnior e João Pedro Mendonça –, a sua derradeira fase é composta por
um conjunto de quadros que narram os vencedores de cada uma das diferentes
classificações que compõem aquela afamada prova.


“À volta da Volta”. Um livro onde se escrevem as “estórias” por
detrás da história.


Dados técnicos_
Formato: 15x23cm
Páginas: 252
PVP: €13,90

NÃO O VI AINDA, MAS RECOMENTO, SOBRETUDO AOS JOVENS COMPANHEIROS QUE SENTEM UMA PONTINHA DE PAIXÃO POR ESTA MODALIDADE QUE FOI A MINHA PAIXÃO...
(Esta parte é da minha inteira responsabilidade)O livro encontra-se já à venda nos canais tradicionais:
Fnac, Bertrand, etc. – e em www.primebooks.pt.

(Texto enviado pelo Fernando Lebre que, gentilmente, também ceseu a foto da capa do livro)

domingo, agosto 28, 2011

ANO VI - Etapa 68


VIII CLÁSSICA INTERNACIONAL
LAMEGO-SERRA DAS MEADAS

A VIII Clássica Internacional Lamego-Serra das Meadas, foi para a estrada no passado dia 21 de Agosto, numa organização da ALB Lamego Bike, com o apoio técnico da Associação de Cicloturismo do Norte/Federação Portuguesa de Ciclismo.
Inserida no calendário oficial, com tipologia de prova aberta, a VIII Clássica atraiu à cidade de Lamego numeroso pelotão, onde se destacavam Pedro Cardoso (Maia-Milaneza), Afonso Azevedo (LA-MSS), José Rosa (LA-Pecol) e José Ferreira (Boavista-Carvalhelhos).
Disputada num difícil traçado, as escaramuças começaram no início da terrível subida de Cambres (1.ª), junto à antiga escola da Bogalheira, tendo-se formado um grupo de 12 ciclistas até meio da Calçada.


A partir daí isolou-se um trio que deu um espetáculo digno duma Volta a Portugal, tendo José Rodrigues (campeão nacional ao serviço do Vitória SC-Bike World) vencido ao sprint Carlos Leal (Bicicar-Specialized) e Manuel Rebelo (Vitória SC-Bike World).
O melhor representante do Lamego Bike foi Rui Novais, num excelente 10.º lugar da classificação geral individual.




Paralelamente, decorreu na Av. Dr. Alfredo de Sousa uma gincana dedicada ás crianças, com o apoio técnico e logístico da Bicicar e Specialized.
No final, decorreu no Restaurante Paraíso um almoço de confraternização, excelentemente servido como é timbre, no qual se procedeu à entrega de prémios e à homenagem ao convidado oficial, Pedro Cardoso (Maia-Milaneza).
De registar a presença de ciclistas franceses (VC Mauvezinois- Toulouse, Dunquerque Cyclo, Team Val Bikes Valenciennes) e espanhóis (Pena Ciclista Tea Sestelo-Pontevedra e Peña Ciclista Santa Marta-Lugo).




(Texto da responsabilidade da ALB Lamego Bike que também me cedeu, graciosamente, as fotos.

Obrigado Miguel Santos!

Já agora, as minhas desculpas por isto sair com uma semana de atraso, mas nos últimos oito dias não tive tempo para nada!... desculpem-me.)



É DURO, É TRISTE... MAS É A REALIDADE

Confesso que hesitei em publicar isto aqui. Fiquei, e ainda estou na dúvida, se este documento me foi conscientemente enviado, ou se estava junto com os outros e veio por arrasto. Tirá-lo-ei daqui se tiver sido este o caso mas como é tão revelador da realidade que se vive no nosso Ciclismo vou mesmo usá-lo.


Ouvimos alto e bom som, em conversa com amigos, ou em surdina, sem ninguém em especial a querer dar a cara, que atletas e clubes têm de pagar para poderem participar, ou proporcionar, consoante o caso, numa corrida da sua modalidade de escolha. Que amam. Tanto os Corredores, como os carolas que estão à frente da enorme maioria das organizações de Corridas no nosso país.


Neste caso concreto, estava subjacente que a participação estaria sujeita a uma inscrição paga. Uma pequena ajuda para que podesse haver prova. O que não sei - mas acredito que sim - é se os organizadores estavam preparados para, do seu bolso, porem quase 500,00 €uros. É mesmo preciso AMOR À CAUSA.


Perante eles me curvo, porque merecem todo o meu respeito.


E aqui fica o documento (é só clicar sobre ele para ficar legível numa outra janela) para que todos (os que não sabiam, ou assobiavam para o lado) não o possam mais ignorar.























domingo, agosto 21, 2011

ANO VI - Etapa 67

QUEM AJUDA O CICLISMO NACIONAL?

Eu avisei, durante a Volta, o chefe-de-equipa do meu jornal na Volta a Portugal (o Editor Executivo, não o colaborador eventual, era o que faltava! Comigo limitar-se-ia ao papel que teve na Vuelta de 2005, ir à recta da meta recolher depoimentos e tive de ficar com as classificações para eu fazer porque nem nisso acertava, mesmo copiando do Comunidado Oficial).

Ao contrário do que os responsáveis do Tavira disseram - que foi preciso reduzir em dois terços o vencimento dos seus corredores, ganhando todos, este ano, cerca de mil euros...

Isto quer dizer que, não sou eu a dizê-lo foi um responsável pela equipa e eu tenho todos os jornais comigo, na época anterior ganhariam... 3000,00 €.

O nosso especialista em 'investigação' - ok, até hoje foi apenas um acesso previlegiado aos dados dos controlos anti-doping... positivos - pode ter acesso, tanto aos contratos, como ao que, de facto, as equipas pagam.

Este ano não havia no pelotão português - com uma única excepção (heheheh, como é que eu sei estas coisas, e ganhava para aí o triplo!, para mais, e não para menos... não, não terminou a Volta!) - quem ganhasse mais de 500,00 €/mês (e nem todos recebiam certinho no final de cada mês).

A esmagadora maioria não auferia mais do que aquilo que eu escrevi na altura: entre 200 e 350 € mês. Quando os recebiam. E digo mais, há Directores Desportivos com ordenados mensais de 3000 € mês, fora o que ganham como... acessores em algumas Câmaras Municipais.

Houve, também, jovens Corredores que correram completamente de borla e até a bicicleta oficial da equipa tiveram que pagar.

Ninguém quer pegar nisto?
E o que tem a dizer a Associação Portuguesa de Corredores Profissionais? Ignora?
Porque é que eu, Joaquim Andrade, que nos conhecemos há 20 anos, deixei de ter informações da APCP?
Com o Paulo Couto tinha sempre...

Ajudei, muitas vezes, o Paulo Couto - leia-se a APCP - a trazer a público, denunciando-os, problemas que atingiam os Corredores.

Joaquim, provavelmente não vais ler isto, mas tenho a certeza de que algum amigo comum vai fazer-te chegar o meu contacto. E eu queria muito manter a minha luta ao lado dos Corredores Profissionais.
(Alguém dê ao Joaquim o meu email, por favor).

E eu tenho ideias que gostava de partilhar e discutir convosco...
A não ser que alguns 'dinossauros' que nada têm feito em prol do Ciclismo, que não seja em proveito próprio, estejam a travar-me.
Não me admirava nada!

terça-feira, agosto 16, 2011

ANO VI - Etapa 66

NÃO HÁ JANTARES DE BORLA...

... muito menos viagens, cama e comida às Astúrias! (E outros lugares!...)

ANO VI - Etapa 65



Desde que, no Ano 2000 assinei pl'A BOLA, nunca tinha tido que passar por algumas vergonhas que passei nesta Volta a Portugal, agora finda! Acabei por apenas fazer cinco Voltas pl'A BOLA.


Ao contrário dos 'chefinhos de hoje', quando eu - não tarda muito para fazer 30 anos - me iniciei no jornalismo, tudo era diferente e, por força das circunstâncias, tendo eu chegado a... 'chefinho' muito depressa, não há como fazer comparações.

Eu comecei com máquina de escrever e 'laudas' ou 'linguados'; com linotipo; com outros profissionais, que não jornalistas, 'batiam' os nossos textos numa 'fita' de papel fotográfico que, depois, era passada por uma máquineta que, no verso, a impregnada de cera que servia depois para a colar sobre a colunagem de 'maquetes' que JAMAIS batiam certas. E não podíamos reescrever. Tínhamos que eliminar parágrafos ou aumentar as fotos... a preto e branco, porque as fotos a cores eram feitas à parte, em três películas que depois se sobrepunham, e custavam dinheiro, pelo que não dava para mandar fazê-las de novo.

Rapidamente aprendi que, por isto mesmo, pese embora a foto a cores - que raramente, pelo menos onde eu trabalhava, ia alé das três colunas, tinha que preparae duas ou mais fotos a ptreto e branco para a mesma página, uma vez que nestas podíamos mexer.


Mas isto foi mais de dez anos antes de chegar a A BOLA. E estou a falar da Volta a Portugal e de algumas vergonhas que senti...


Recordo a minha primeira Volta por A BOLA. A Volta de 2000. Espectacular - saindo sempre na frente, não perdendo uma notícia - com o Duarte Baião. Eu já trazia no bornal DEZ Voltas, mas por A CAPITAL, das quais, contudo, não me envergonho porque não tenho motivo para isso. No ano seguinte a equipa que me foi impingida foi má de mais! Tive que fazer o trabalho de três, mas ninguém me ouviu queixar...

Em 2002 ou fui com o Miguel Cardoso Pereira ou com o João Pimpim, acho que com o Pimpim; em 2003 com o Ricardo Pereira e no último ano com o Miguel. E com a Guida, duas vezes, e com o Paulo Jorge Santos, outras duas (passámos a equipa de três, entretanto).


Olho para trás, tento lembrar-me, não dos momentos bons, que foram quase todos, mas de alguns menos conseguidos... Mantivemos sempre A BOLA no topo da cobertura da Corrida. Com as notícias dia-a-dia, com reportagens pensadas com entrega total, de todos.


Isso faz-me sentir orgulhoso.

Sei que não vou ficar na História de A BOLA mas isso também não me importa por aí além.

Sei que em 2000 A BOLA, e em termos de Ciclismo (e aqui não falo só da Volta) estava na terceira posição, a última, em relação à concorrência. Sei - e tenho como prová-lo - que a partir daí, com todo o respeito pelos colegas dos outros jornais, voltámos a ser a referência. A minha entrada há-de ter contribuído, quer o reconheçam, ou não, para isso.


Sei que, depois de ter sido afastado, por 'comichão' dos então colegas de edição - que eu fazia parte da equipa - e manifesta falta de confiança do director, que mal me ouviu, posicionando-se, por defeito, 'do outro lado', nunca mais o Ciclismo em A BOLA teve o rigor e a seriedade que eu garanti quando substituí quem, antes de mim, cobria a modalidade.


Daí até - por claro desinteresse da editoria das modalidades - este ter ficado entregue a um mero colaborador, cheio de defeitos que todos os que o conhecem apontarão, foi um passo.


NÃO!!!

NÃO, NÃO, NÃO...


Nem estou a 'lavar roupa suja1, nem estou ressabiado E CHEGOU A HORA DE OLHAREM TODOS PARA A IMAGEM EM CIMA. Se tiverem, ainda, à mão a edição do Jornal de 2.ª feira, ainda melhor.


Bonita página! Digo-o sem laivo de ironia. Bonita e original, na sua paginação. Só que lhe falta uma coisinha, no topo superior direito...


O quê?

A palavrinha PUBLICIDADE!


Pois é, voltei a envergonhar-me. Já nem vou questionar a oportunidade, mas questiono tudo o resto!


Foi o médico do Paredes a disponibilizar-se a dar aquelas indicações - ou foi a ele que pediram -, tudo bem. A sua foto, até mesmo junto do autocarro, ou de um carro que identificasse a equipa não me chocaria.


Ainda assim, permitam-me deixar a pergunta: Qual o interesse em 'sabermos' como um Corredor funciona exactamente no dia da última etapa? Queríamos saber... bahhh!... iam lá entender.


Agora, pôr uma foto, de alto abaixo da página, de um corredor de UMA equipa, com toda a publicidade dos seus patrocinadores - o que pode ser contestado por todas as outras - poderia ter perfeitamente ter sido evitado e o 'photoshop', no caso de não se querer partir para uma infografia teria resolvido o problema. Eu mesmo publico um 'facsmile' da página mas, pelo menos, a preto e branco.


E que dizer da FOTO ASSINALADA?

Aquilo não é uma FOTO, é um rectângulo de PUBLICIDADE!!!

É uma foto de quem? De quê, a não ser de uma camisola ornamentada por PUBLICIDADE?


O que mais me dói é que a peça é assinada por quem é. Um jovem e talentoso Jornalista que se deixou 'levar'.

De uma coisa podem ficar certos, mesmo sendo eu apenas um simples redactor do Jornal, imaginando que tinha sido eu a ser escalado para a Volta JAMAIS aceitaria ser subordinado de um colaborador. Mas acho, modéstia à parte, que isso só mesmo eu seria capaz de fazer.


Já agora, senhor Facas Emílio, fique a saber que já fiz chegar à AIJC a queixa por me ter sonegado as minhas quotas com o evidente intuito de me ver ser expulso da Associação.

Elas hão-de chegar-me directamente para a minha caixa postal.

segunda-feira, agosto 15, 2011

ANO VI - Etapa 64

(Já tinha pensado no ´título' desta entrada e seria o seguinte: PARA REFLECTIR!...)
Mas a exposição da situação é tão linear, tão simples de entender, tão 'ancorada' em dados reais que eu não lhe posso pôr título algum...

Só pedir-vos que leiam o artigo...


(***)

Mas não me escuso de deixar a minha opinião!

(...eu sei que ainda não lhe paguei o total da 'compensação' a que fiquei obrigado, a mando do Tribunal, mas não falhei uma vez ainda em relação ao acordado...)

Contudo, prof Luís Horta quer mesmo saber o que eu penso da sua gestão da ADoP?

Comparo-a com a de alguém responsável pela segurança rodo-ferroviária que CORRE a desligar os sinais lumino-sonoros de aviso numa passagem de nível SEM GUARDA e fica, sentado, à espera que um carro seja colhido por um comboio.

Perde a Refer, a responsável pela exploração pela linha, que a vê interrompida; perde a CP, concessionária do transporte ferroviário que - no mínimo - vê a sua circulação com atrasos; perde, provavelmente, a vida (no mínimo o risco é enorme) quem se atrevessou de carro.

E o que ganha que 'desligou os sinais'?
Tenham em conta a metáfora.

Nada! Absolutamente nada. A não ser que seja coleccionador de obituários!...

ANO VI - Etapa 63


ERA O DESPONTAR DA 'ERA TAVIRA'

E EU NÃO ESTAVA MESMO ERRADO



Curiosidade... encontrava-me numa situação muito parecida à que agora passo. Por mim, tinha a vontade de vencer, ultrapassar as dificuldades e, afastado da estrada, mantive-me muito activo e tive um sonho. Apesar de meramente simbólicos, criei os 'Troféu VeloLuso' que contemplaram 26 'especialidades', desde o Melhor Corredor do Ano, passando pela Melhor Corrida, Melhor Equipa... até ao reconhecimento de Carreira! Foi há cinco anos. Reparem em alguns dos escolhidos (mesmo que, na altura, não tenham - na minha opinião, e não era mais do que isso - os melhores; mas mereceram uma Menção Honrosa). Claro que não estou a pôr-me em bicos de pés, qualquer outro conhecedor teria tido, diferença aqui, diferença ali, as mesmas escolhas. Os dias, e foram muitos, que esta iniciativa me manteve ocupado ajudaram-me imenso. Alimentaram o meu desejo de voltar rapidamente às lides... Voltei a trabalhar, mas não mais ao Ciclismo. E, sinceramente, acho que já não vou assistir à próxima Volta. Restam-me estas memórias. E penetencio-me por alguns momentos em que não tenho sido capaz de esconder uma raiva enorme. Não é contra ninguém em especial... Nesses momentos é mesmo contra o Mundo todo!

domingo, agosto 14, 2011

ANO VI - Etapa 62

VELHOS SÃO OS TRAPOS, OU...
COMO UM SUPER-VITORINO
DEFENDEU A 'LOJA' DE MESTRE&ANDRÉ

A minha homenagem à grande, grande etapa do Nélson Vitorino na Serra da Estrela
.

.


RICARDO MESTRE PREPARA-SE PARA SER

O SEGUNDO ALGARVIO A VENCER A VOLTA;

O PRIMEIRO POR UMA EQUIPA ALGARVIA

sábado, agosto 13, 2011

sexta-feira, agosto 12, 2011

ANO VI - Etapa 61

QUE VOLTA!... REDUZIDA AO NOSSO NÍVEL, É VERDADE!
E ATÉ AGORA, SÓ HÁ UM PERDEDOR (*)

(*) Comecemos por aqui e... tratando a coisa com 'pinças' porque cada vez há menos gente que consiga ler uma crónica de Ciclismo, porque... nada sabe de Ciclismo. Nem esse!...

Já não há Jornalistas de Ciclismo. A ignorância, a começar na forma como se pega nas reportagens está aí, impressa, e não me deixa mentir.

Tive um chefe-de-redacção que ia morrendo de apoplexia quando eu lhe disse que era um Jornalista de Ciclismo. Tratou-me mal, claro. Apesar de ele também ter passado pelo ciclismo. De forma tão inóqua que, deixo aqui o desafio, adivinhem o seu nome!

Mas somam-se as linhas e se não explico já o que quero dizer... a maioria dos meus leitores desiste da leitura!

Porque é que digo, e sustentarei, que, para já, há um claro perdedor em relação ao que esta Volta nos tem vindo a oferecer?

Antes disso, quem é?
É o meu carríssimo Amigo Joaquim Gomes. É, e tudo aponta para que pouco ou nada se modifique daqui até segunda-feira, o grande perdedor nesta edição da Volta.

É isso mesmo! Tenho tanta confiança nos 'jornalistas' que têm, despudoradamente, tentado fazer-nos acreditar que estão a cobrir a Volta, que adivinho nenhum deles vá perceber o que vou escrever a seguir.

O Joaquim Gomes vai.
Mas ninguém, jamais, duvidaria que ele é mais inteligente que qualquer um dos 'encartados', tenham vindo da 'faculdade' ou do charco de lama que têm vindo a partilhar com a 'situação'.

Joaquim, porque é que digo que és tu o grande perdedor? (Tu vais entender!...)
... porque montaste uma corrida perfeita!
... porque, sei-o, a cada final de etapa, rija e honestamente disputada, alargo o prazo: talvez não no final da etapa, porque tens todo o direito de sentir como teu, pelo menos, um bocadinho do sucesso do dia, isso te há-de fazer sorrir;
... mas porque, no final do dia, cumpridas todas as obrigações protocolares, quando, finalmente, ficas a sós contigo... revês a etapa e, tenho a certeza, lamentas não poderes ter tido na estrada o pelotão que desejarias... como amante, sincero, do Ciclismo.

Por isso Joaquim, NÃO POR TUA CULPA, mas por falta de, para além da total cegueira de quem por aí caiu pela primeira vez e de Ciclismo e sabe tanto como eu sei de aeronáutica, até os 'especialistas' não percebem o que estão a ver;
sendo que, o facto de estarem aí para contar a quem não pode estar, não fazerem a menor ideia do que contar!...

Aceito, sem pruridos, que o aumento - claríssimo - de gente nas estradas e nas chegadas até tenha a ver com o facto de quem está na luta pela vitória final seja um Corredor português. NÃO VI ISSO, AINDA, destacado na Imprensa.

Todos os dias compro os três jornais 'desportivos'!
Isso é do conhecimento dos meus mais fiéis leitores.
Perante o que tenho visto, cheguei mesmo a esta conclusão: omitindo o ENORME E INCONDICIONAL apoio do público CARREGARAM, negativamente, a Organização.

Queremos que o Ciclismo evolua, que cresça?
Então - mesmo que os já fora de prazo - companheiros Jornalistas não deixem de o referir.
O Ciclismo vive de patrocínios - embora a cobertura jornalística também possa ajudar (e não lhe faz favor nenhum) - e se for maximizado o facto de - e eu crei-o, que tem sido a Volta com mais espectadores dos últimos quatro/cinco anos - porque se perdem com coisas que não acrescentam nada de interessante às vossas reportagens?

Que, confesso, mesmo reduzidas à miséria de uma página - ESTAMOS A FALAR DA VOLTA A PORTUGAL - muitas vezes tenho dificuldade em ler na sua totalidade.

O Joaquim Gomes - e a sua equipa, mais a PAD-JLSports - não mereciam.
(FIM)
---
E metam no cú qualquer ideia de que estou a bajular...
Acho, sim, que o menosprezaram. Que não souberam ler o traçado que desenhou para fazer uma grande Volta. Pena que tenham faltado grandes opositores aos melhores Corredores nacionais...

Hoje disputava-se um crono individual de importância extrema, tendo em conta, primeiro, a possibilidade de se definirem posições na Geral Individual e, a partir daí, 'desenhar' o que pode vir a acontecer amanhã na Serra da Estrela.

Por mim, nada ficou ainda definido o que, em princípio, nos oferecerá, amanhã, uma outra etapa com tudo para ser épica!
E a Imprensa em nada me ajudou.

Peço desculpa pela imodéstia, mas nenhum jornalista, encartado, ou não, já com o cartãozinho actualizado da AIJC, que me foi negado, embora o tenha pago, lê melhor do que eu qualquer corrida.

Até porque eu compro Jornais Todos os Dias.
E hoje comprei mesmo TODOS.
D'A Bola, ao 'i'.

Já estava desencantado som o trabalho dos 'desportivos' e sofri - não que não fosse esperada - uma desilusão tremenda em relação aos outros...

A Volta a Portugal parece que não existe!
Mas tenhamos calma... ainda pode acontecer um caso de 'doping' e, então TODOS, mas todos, darão ao facto, pelo menos UMA PÁGIMA INTEIRA!

E, já agora, apesar de haver mil e uma maneiras de encher uma página, por exemplo, meter no carro, não era preciso ser o director-desportivo, mas apenas um mecânico que explicasse que andamentos, que velocidades, que precauções, os ciclistas deveriam ter, metro a metro, nos 35 km do crono, se relembou de a encher com a Volta de... 1974!!!

Porquê esta?
Porque os dados estão escritos...
TÊM DONO e são vergonhosamente usados?

Porque não aproveitaram para escrever sobre sobre o Grande Prémio Cerveja Clock que, em 1975, porque ai sim, não foi possível Organizar a Volta, preencheu a data anteriormente prevista?
Ah!!!... Não há nada escrito, ou é pouco para 'piratar' de maneira a encher uma página.

EU ATAVA UMA CORDA AO PESCOÇO! MATAVA-ME.
TENHAM VERGONHA CARAMBA!
Nem quem manda aquilo para encher a página - num dia de descanso, quando teve todo o tempo para 'encontrar' uma reportagem... e não são dois que lá andam?!!! - nem quem o recebe e, COM TANTA VERGONHA COMO OS OUTROS, a põe a paginar.

Quem plagia e quem, ignorante - e, já agora, sem o mínimo sentido de oportunidade - no DIA DE UM 'CRONO' QUE PODE TER ESCRITO A HISTÓRIA FINAL DA VOLTA e antes de uma etapa que VAI SUBIR TRÊS VEZES A SERRA DA ESTRELA, publica a história da Volta de... 1974!!!...

Porque é que, no decurso da PRINCIPAL PROVA VELOCIPÉDICA do calendário nacional, quando pouco ou nenhum destaque se tem dado aos heróis da Corrida, com dois escribas no terreno e após O DIA DE DESCANSO, se 'estraga' uma página dedicada à Volta de... 1974!!!

Porque não a de 47, a 77 ou a de 39?

Eu sei que andam todos envinagrados comigo, mas expliquem-nos lá!
É que estão tão preocupados comigo que cometem um tremendo erro:
NÃO SOU SÓ EU (aliás, tenho a humildade de me recolher no meu cantinho) QUE PERCEBE DE CICLISMO EM PORTUGAL. E (AINDA) HÁ MUITOS MILHARES QUE COMPRAM O JORNAL SÓ POR CAUSA DO CICLISMO, DA VOLTA!

Está toda a gente a rir-se!...
SIM, ENVERGONHEM-SE! TÊM MOTIVO PARA ISSO.

Cum caraças! Como é que poderei... 'arrematar' isto?
25 de Abril Sempre?
O Povo Unido Jamais será Vencido?
Quem tem um 'padrinho' jamais ficará sem emprego?
Ou...
- aviso que aposto neste -
... EM TERRA DE CEGOS, QUEM TEM UM OLHO É REI!

sábado, agosto 06, 2011

ANO VI - Etapa 60

Há sempre situações imprevistas que acontecem durante - e como é dela que estamos a falar - na Volta a Portugal.


Mais atento, O Jogo testemunhou o momento.

'Dramático'?!


O Senhor Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, apesar de se perceber que traz um crachat ao pescoço. Quantas vezes trazemos a fita ao pescoço e o crachat, propriamente dito, dentro do bolso da camisa, ou mesmo, ainda que inadvertidamente, dentro da camisa, principalmente quando o calor aperta e desabotoamos mais do que o primeiro botão...



Não estava lá, não sei os pormenores nem O Jogo no-los deu. So uma foto e algumas linhas. Mas a cara do senhor presidente não engana! Estava fulo. Mesmo fulo.



Porquê? Porque um elemento de uma empresa de segurança - que não é obrigado a conhece-lo, não é Doutor? - não vendo o tal crachat o tentou impedir de entrar numa área que, presumo, claro, era restrita.



A expressão facial do Senhor presidente deixa em aberto todos os tipos de leituras.


Eu acho que estava fulo e gritava com o pobre homem que, tomando por exemplo - até é da mesma companhia de segurança que trabalha connosco no Bairro Alto, se calhar não está a ganhar mais do que 15 euros por dia para suster a turba. E que o não conhecia...



Isto faz-me lembrar, e o Teixeira Correia não me deixará mentir, um momento semelhante que ambos vivemos em 2001 quando a Vuelta terminou junto à Porta de Alcalá, bem no centro da Cidade de Madrid. Estávamos os dois a menos de dez metros.



O Senhor don Enrique Franco, - infelizmente já falecido, mas que nessa altura levava mais de 25 anos como Director da Organização da Vuelta - porque aquele seria o caminho mais curto desde o local de onde se deslocava foi TRAVADO, da mesma maneira, por um elemento de uma empresa privada de segurança. Lá está... o pobre homem não tinha, obrigatoriamente que o conhecer e como ele não cumpria o definido para entrar por ali... vedou-lhe a entrada.



A cara que vejo, do dr. Artur Lopes permite-me um largo leque de reacções em relação ao que poderá ter acontecido.



Quer o dr. Artur Lopes, e todos vocês, meus fiéis leitores, saber o que aconteceu junto à porta de Alcalá?

Don Enrique Franco mandava em mais do que na organização da Vuelta.

Era um homem influente, mesmo a nível político.

Poderia até ter mostrado outros... 'salvos condutos'.



Repito que assisti a tudo de muito perto e que, naturalmente me fui aproximando. Eu estava do 'lado de dentro', com o meu crachat de Jornalista...



Don Enrique Franco nem sequer protestou. Recuou, o que achou que devia recuar para manter alguma privacidade, e fez um telefonema. Menos de cinco minutos depois o Director-técnico (subordinado, como é evidente, do Director-geral), Paco Giner estava no local.


Era a última etapa, a decorrer na Castellana. E, naturalmente, sem 'crises' o Homem forte da Vuelta entrou no recinto. Sem que o segurança tivesse sido humilhado.



São lições de vida que fui tendo ao longo da minha carreira.

Pode ser-se Grande sem 'pisar' os mais pequenos...

Ou gritar, para parecer que se é maior do que realmente se é!