quarta-feira, outubro 31, 2007

953.ª etapa

LÁ POR HAVER MAIS GENTE DOPADA
QUE NÃO OS CORREDORES, QUE OS "QUIXOTES"
NÃO ESQUEÇAM A SUA LUTA

Finalmente!, hoje li uma declaração do senhor Patrick McQuaid na qual, batendo na mesma tecla que já vem a ser tocada desde há uns meses, reforça que em Espanha "não se quer avançar muito na questão do doping porque há muito mais atletas, para além de de ciclistas, envolvidos".

Espero, sinceramente espero, que os "caçadores" de dopados não baixem a guarda.

Cheguei a pensar que eu mesmo tinha enlouquecido (de vez!) porque não via, em lado nenhum, qualquer referência aos outros nomes - querem que repita o único que sei, porque foi do único que ouvi falar?: Rafael Nadal!, pronto, já disse.

Mas não me esqueci do que há quase dois anos começou por se escrever.

Que equipas de futebol, como o Real Madrid e o Barcelona eram "clientes" do doutor Eufimiano Fuentes.

Toda a gente se atirou - como gato ao bofe - sobre os Corredores de ciclismo pretendendo ignorar o resto. Da floresta teimaram, durante dois anos, a ver apenas uma árvore.

Não me servirá de qualquer consolo que se prove que havia, de facto - o que ainda não foi provado - Corredores que usavam os serviços dos doutor Fuentes, mas se fizerem o favor de estragar uma página de jornal olhando para outro lado que não seja apenas o Ciclismo... já ficarei satisfeito.

Ninguém desconfiou da "armada" espanhola, em termos de ténis?

Das arantxa sanchez (que de tanta coisa que tomou tinha que fazer a barba todos os dias!) às conchitas não não quantos... até ao (ainda) ídolo Nadal?

Mas querem apostar que ninguém vai pegar nisto?

(Mas por cá também tivemos a nossa década de atletas - senhoras - que tinham de fazer a barba! Não apontemos o dedo apenas aos Corredores de ciclismo...)

952.ª etapa

ASSIM… JÁ NÃO SEI QUE DIZER

Sinceramente… assim fica difícil de comentar!
isto quando o que pretendo é ser o mais objectivo possível.
Ainda ontem aplaudia aqui a decisão da FPC em escolher um grupo de oito Corredores, de onde – pensava eu – daqui a uns meses sairia o trio que virá a representar-nos em Pequim, e hoje sou surpreendido com o anúncio da… escolha final.

A dez meses da competição?
Depois de se ter deixado escapar para o domínio público o nome dos oito – pensava eu – pré-seleccionados?

Senhores!... Por favor…!
Preocupo-me com os Corredores.
É verdade que houve oito pré-indicados?
Durante… 24 horas?

Faltam dez meses para as Olimpíadas.
O que é que poderá acontecer nestes próximos dez meses? Tanta coisa…
E que garantias tem a FPC de que os três escolhidos, daqui até lá, não sofrem um acidente – longe vá o agoiro!... – ou, o que é bem mais sustentável… venha a estar em completa baixa de forma?

E, digamos, que esse abaixamento de forma apenas se revelará lá para Maio/Junho/Julho…
Que se fará então?
Vai chamar-se um dos agora descartados que, é mais do que evidente, já terá por essa altura “esquecido” os Jogos?

Ninguém, em modalidade nenhuma, pode escolher uma equipa com dez meses de antecedência.

Cito uma declaração do Seleccionador nacional: “Foram indicados estes, mas podem ir outros…”
Então, quer isso dizer que nem os indicados sabem, neste momento, como preparar a temporada!
É absolutamente incrível.
No sentido de que não é compreensível.

Que Selecção podemos esperar? Esta, hoje divulgada?
... Qualquer uma, desde que façam o favor de querer ir... como habitualmente. Digo eu.

Indicam-se primeiramente oito. V
inte e quatro horas depois, apontam-se três deles como os integrantes do Projecto Olímpico, e depois diz-se que… “podem ser esses ou outros”???

José Poeira já chumbou na disciplina de “Gestão de Recursos”.
Sem direito a apelo.

Já ia haver problemas por causa da proximidade de datas entre a corrida de fundo dos Jogos e a Volta e, isso ficou desde cedo mais do que evidente.

A renúncia à corrida de contra-relógio não tem outra explicação.

Ainda assim, e dada a (curta) distância que medeia entre a corrida de fundo, em Pequim, e a Volta – ao qual há que acrescentar uma longa viagem e, não menos importante, primeiro, a adaptação à (enorme) diferença horária e depois à readaptação aos nossos horários – olhando para os três nomes indicados, não é preciso ser-se cínico (coisa que liminarmente recuso ser) para se perceber que já houve pré-acordos negociados.

O Sérgio Paulinho fará o Tour e depois fica liberto – sem que isso invalide a sua presença na Vuelta também –; o Américo Silva ter-se-á mostrado disponível para prescindir, uma vez mais, do Filipe Cardoso na Volta e o Bruno Neves – como é que hei-de dizer?, mas toda a gente sabe disso – não é prioritário na equipa da LA Alumínios para a Volta.

Nesta parte não me conseguem surpreender.
Houve, de certeza, negociações e cedências. Ou não...
Nomeadamente em relação ao Tiago Machado.
O professor José Santos não abriria assim mão do seu corredor mais forte na Volta.

E, conhecendo eu, como conheço, o professor… depois do ridículo “castigo” imposto ao Tiago este ano, por alturas dos Mundiais, ele (professor José Santos) jamais facilitaria.
Não sei é se seria essa a vontade do atleta...
Embora o Tiago ainda tenha tempo para estar presente nos próximos Jogos, daqui a quatro anos e meio – mais coisa, menos coisa – não sei se serei só eu quem vê nele o às de trunfo de Portugal – provavelmente o único –, nesta modalidade das Grandes Corridas globais.

Se acharem que estou errado, digam-me que outro Corredor se entrega, acredita em si, se dá… de corpo e alma, a uma competição.
Perguntem-me quem é o melhor jovem Corredor do nosso pelotão!
Respondo: Tiago Machado.
Sem pestanejar.
Não tenho a menor dúvida.

Mas voltemos um pouco atrás…
Como é que se terão sentido, hoje, o Tiago, o Hugo Sabido, o Nuno Ribeiro, o Rui Sousa e o Hernâni Brôco?

Mesmo contrariado, porque sei que cada opinião minha pode ser mais uma pazada de terra sobre a tumba onde me querem enterrar…
… sinto que estou a pôr o pescoço no laço da forca!

Mas vingará a minha postura de que nada se levantará mais alto do que a verdade.

Voltaremos – eu, aqui, e outros observadores, nas respectivas tribunas – a este assunto.
Que assunto?

Este: a quem serviu esta fuga de informação?
A quem é que serviu esta despropositada fuga de informação?

terça-feira, outubro 30, 2007

951.ª etapa

TAMBÉM NÃO É SÓ DIZER MAL (1)
(...
mas lêem-me como se assim fosse!)

É outro assunto que gerará, tenho disso a certeza, polémica aos mais diversos níveis mas se venho aqui sublinhar o meu apoio é porque, como sempre, é o que penso.

Falo da alteração aos Regulamentos que vão permitir que o Benfica possa, em 2008, correr todas as provas do calendário nacional com seis atletas da equipa principal, mais dois da de sub-23. E não, não é por ser o Benfica.
É porque a decisão foi tomada em AG e três meses antes do arranque oficial da temporada. Se o assunto foi posto à discussão na AG da FPC e foi aprovado, óptimo.

Com a excepção – que deve ser aqui sublinhada, porque merecida e, principalmente, porque vem desde… quase sempre – do Clube de Ciclismo de Tavira, das equipas profissionais só o Benfica apostou – e investiu –, numa altura que até nem era decisão fácil de tomar, porque coincidia com o relançamento da modalidade no clube, numa equipa de sub-23.

E fê-lo (sei disso) com dois objectivos bem concretos.

Marcar a sua presença no segundo mais importante escalão do Ciclismo nacional para ganhar – ganhou várias corridas, mas destacou-se, naturalmente, a vitória na Volta a Portugal do Futuro – mas também para (porque apostou na inscrição da formação principal nas Continentais Profissionais) poder formar um misto de forma a correr todas as corridas em Portugal.

As regras que valiam, este ano, acabaram praticamente por arredar os encarnados do calendário nacional. Mas havia um antecedente.

Não vale a pena estar a rebuscar no passado ou apontar nomes, mas houve, de facto, e ainda não há muito, necessidade de encontrar um buraco no Regulamento – não foi bem encontrar, foi mais… fazê-lo e à pressa – já com a temporada a decorrer, para permitir que uma outra equipa Profissional Continental que nem em Espanha podia correr, pudesse… manter uma actividade regular.

Nessa altura ficou a nítida sensação de uma escapatória feita à medida e, estou em crer, ninguém se terá sentido… confortável com a decisão.

Agora o caso é diferente. O problema foi atempadamente colocado e a decisão, se bem que pouco ortodoxa, aprovada pelo órgão que tem poderes para isso.

É pena que – e quem tem melhor memória não o esqueceu ainda – alguns (muito poucos) anos antes, antes ainda da tal decisão a meio da temporada (que permitiu a tal equipa CP ter, de facto, um calendário, ou então só faria 8 corridas em toda a temporada) não tenha acontecido a mesma abertura em relação à Maia (desta já posso dizer o nome), que em Portugal só correu as provas internacionais enquanto foi equipa da, então I Divisão.

Mas também é verdade que os maiatos conseguiram entrar em tantas corridas além fronteiras que dificilmente poderia apresentar-se em duas frentes em simultâneo.

Mas eu quero olhar mais para a frente. Para o futuro.

E esta decisão poderá ser fundamental no tal empurrão por que todos esperamos e recoloque nas estradas emblemas como o Sporting e o FC Porto.

Se o fizerem seguindo o exemplo do Benfica… olha que bom seria.
Ter os três emblemas nos dois principais pelotões, com as equipas principais a candidatarem-se ao calendário internacional mas sem verem coarctada a vontade de se mostrarem por cá em todas as corridas também.

Por isso, daqui aplaudo a decisão da AG da FPC. Não vai agradar a todos – venha de lá o primeiro que o consiga – mas não me parece que a medida não mereça outro comentário que não seja: Tudo pelo fortalecimento do Ciclismo nacional. Aplausos!...

Nota: Falei lá atrás, logo ao princípio, no caso do Clube de Ciclismo de Tavira mas, como (não é um auto-elogio!...) não tenho mesmo nada de memória fraca, não esqueci que também a ASC-Vila do Conde e o Centro de Ciclismo de Loulé tiveram, ou tem, neste último caso, equipas nos dois escalões. E há aqui uns anos atrás o Boavista também manteve duas equipas em simultâneo. Uma elite profissional (à nossa escala) e outra de sub-23.

950.ª etapa

TAMBÉM NÃO É SÓ DIZER MAL (2)
(...
mas lêem-me como se assim fosse!)

Eu sei o que algumas cabecinhas estão a pensar neste momento. Mas não posso parar para lhes dar a atenção que não merecem. Não posso não, não quero! Por isso… Nem pensem!

Deste lado não há quem dobre a espinha e tire o chapéu à chegada do patrão.
É bom, é bom… é mau, é mau.

E volto a achar bastante positivo que, atempadamente, a FPC tenha definido um grupo de corredores do qual – se nada de extraordinário acontecer (e quero acreditar que se isso se revelar, não haverá hesitações em alterar a linha) – sairão os três (segundo leio) Corredores que nos representarão o ano que vem nos Jogos Olímpicos.

Na altura não tive oportunidade de escrever sobre isto mas o ter-se conseguido impor (o termo pode não ser o mais correcto) a necessidade da alteração das datas da Volta a Portugal, de forma a podermos ter alguém em Pequim, foi bastante positivo. Fundamental.

Claro que ficarei atento ao que vai acontecer em relação à preparação destes Corredores escolhidos.

Ainda há três ou quatro dias, naquela tarefa de que muitos se rirão, mas que para mim é muito importante, de organizar o meu arquivo, li declarações de alguém muito bem posicionado em termos de poder dar opiniões, esta coisa tão simples mas tão certa: “Portugal nunca preparou uma Selecção para os Mundiais.”
É verdade.

O que é que eu, enquanto mero adepto espero?
Que este grupo possa, pelo menos três ou quatro vezes, trabalhar em conjunto antes que seja escolhido o trio que irá à China. Impossível? Não sei… Se calhar é. Se calhar é o meu lado de sonhador a falar. Mas não será possível numa corrida, pelo menos interessante, fazer alinhar, ao lado das demais equipas, a Selecção Nacional?
Nos sub-23 já se fez. Muitas vezes…

De qualquer modo, não vejo que isso seja fácil de realizar. Mas é aí que começa o desafio… O primeiro desafio.
Como escrevi, este é o meu lado… romântico a falar. Seria bonito.
Impossíveis não há… Haja vontades.

segunda-feira, outubro 29, 2007

949.ª etapa


ONDE É QUE ESTÃO AS EMPRESAS
E INSTITUIÇÕES ALGARVIAS?
.
A notícia saiu cumprindo os objectivos a que se propunha. Foi uma “bomba.
A Volta ao Algarve, a corrida que, de há uns quatro ou cinco anos a esta parte consegue oferecer-nos o melhor pelotão do ano, em Portugal, está fora do Calendário do Circuito Europeu da UCI.
Está mesmo! Confirmei.
A primeira prova portuguesa é a Volta ao Distrito de Santarém, de 13 a 16 de Março.

Foi dito porquê – o que foi confirmado, mas noutros OCS – mas não se concedeu o elementar e jamais descartável direito ao contraditório no mesmo sítio em que a notícia apareceu.
Pelo menos até hoje.
(Eu só conheço uma forma de fazer jornalismo… e não é esta!)

De qualquer modo, já li as explicações do Rogério Teixeira.
O assunto merece, quanto a mim, uma divisão em duas partes.
Comecemos pela mais importante.

Como é que a corrida que há tanto tempo traz até nós o melhor pelotão da temporada, pode estar a viver um momento de incerteza como este?…;
a corrida que este ano mesmo, e só como exemplo, conseguiu trazer a Portugal quatro jornalistas estrangeiros – incluindo um dos maiores divulgadores, em termos de noticiário do Ciclismo a nível mundial, como é o australiano CyclingNews - e até por isso foi publicitada por todo o Mundo, levando à boleia o nome (e a marca) Algarve?;
como é que uma corrida à qual, mesmo que se lhe não pagasse nada, ainda assim haveria equipas dispostas a corre-la… é assim suspensa por atraso de pagamentos aos corredores que só acontecem por... atraso, por parte dos patrocinadores no cumprimento dos compromissos que assinaram com o organizador?
como é que numa região na qual o turismo é a primeira fonte de receitas e que vem a perder todos os anos visitantes estrangeiros para o Sul de Espanha (por exemplo)… como é que essas que se vulgarizou chamar de… forças vivas… de uma região, abandonam assim uma organização à sua sorte?

Porque é o que nunca deixou de acontecer.
A Associação de Ciclismo do Algarve tem feito das tripas coração.

Batem, o Rogério e a sua equipa, de porta em porta. Todos os anos começando do zero.
O estranho é que há no Algarve empresas e instituições que poderiam até, cada uma delas, só por si, sustentar a prova… Mas todos os anos custa à ACA reunir o número suficiente de respostas positivas!

Porque será que a Região Autonómica das Baleares, que não é ela, mas que consegue aglutinar – a partir de todo o universo de interessados em promover a região – um “bolo” suficientemente atractivo para que Maiorca tenha, todos os anos, a maioria das equipas de topo no tradicional Challenge… não tem problemas e o Algarve – com um ou dois “ll” – o mais que consegue é oferecer quartos de hotel que, em princípio, estariam sempre vazios?

Eu estou demasiado ligado, mesmo em termos de amizades pessoais, à organização da Volta ao Algarve. Sou amigo do Rogério, sou amigo do Bernardino Caliço, sou amigo do professor Jorge Soares. Tudo gente boa…
E não é esta a primeira vez que, de consciência limpa, venho aqui dar a cara em defesa da velha “Semana Algarvia”.

E deixo o meu grito de revolta:
Algarve
!, não querem publicidade?
Ou querem sem ter que a pagar?
E porque pagam para outras modalidades e deixam cair o Ciclismo?

Também sou capaz de reconhecer que… o que está a acontecer não tem a ver nem com uma coisa nem outra.
E aqui, amigo Rogério, se mo permites, alarga a tua equipa e arranja alguém que não tenha que se preocupar com mais nada do que com a angariação de patrocínios.
Lembras-te do que te disse este ano?
Quem conseguiu trazer até nós jornalistas de OCS de referência, que conseguiu sempre fazer dos – às vezes – parcos espaços para a mesma CS, lugar que contentou todos… bem conversado e com alguma autonomia… faria tão bem como fez aquilo que lhe foi pedido… e algo mais.
.
... e passamos à segunda parte.

Eu sei qual é a resposta à questão que já a seguir vou deixar.
Porque é a primeira do Calendário e porque na estreiteza de espaço não dava para falar nas outras.
A pergunta é: Porque é que só se falou nos atrasos do pagamento de prémios por parte da Associação de Ciclismo do Algarve?

Mas impõe-se outra questão: porque não foi ouvida a versão da parte posta em causa?
Agora é tarde. Já todos sabem. Todos os que lêem todos os desportivos – o CiclismoDigital também focou o assunto.
Na verdade, a Associação de Ciclismo do Algarve está a pagar dentro de um prazo – mais ou menos esticado – que terá acordado.
Disse-o o seu presidente e eu não duvido dele.

A notícia terá valido porque a Volta ao Algarve é a primeira portuguesa no calendário… por isso, as outras organizações que também ainda não pagaram ainda têm algum espaço para respirarem...
Mas estão na mesma situação que a Associação de Ciclismo do Algarve.

Se estou a dizer que a notícia foi objectivamente penalizadora para a organização da Volta ao Algarve?
Sim!
É verdade…

E esta, chamemos-lhe… má vontade, não é de agora.
E não é possível acontecer que uma acusação – no caso, o não pagamento dos prémios devidos – não tenha direito ao contraditório.

948.ª etapa


TUDO COMEÇOU HÁ DOIS ANOS

Foi a 29 de Outubro de 2005 que aqui escrevi as primeiras linhas.
Como resolvera chamar etapa a cada um dos artigos, embora na altura não pudesse prever o traçado exacto que o VeloLuso iria trilhar, comecei, naturalmente, pelo Prólogo.

730 dias e mais de mil artigos depois (este é o 1011.º), confesso que tinha pensado marcar de alguma forma a efeméride mas isso não vai acontecer.

Não me apetece.

Escrevi muito. Era o que queria. E vou continuar a escrever.
O VeloLuso já teve altos e baixos. Espero que, pelo menos para a maioria da média consolidada de cerca de duas centenas de visitantes/dia, tenham sido mais os altos que os baixos.

O VeloLuso é, acima de tudo, uma tribuna de opinião e isso é verificável de cada vez que algo se agita no Ciclismo. Entre portas, ou em geral.
Fico grato aos habituais leitores. São eles que aqui voltam todos os dias à procura, não de notícias – embora também já tenham acontecido – mas da minha opinião.
Que é, será sempre, apenas… a minha opinião.

Haverá quem concorde com ela como haverá quem discorde.
Haverá quem se reparta, o que é lógico e saudável.

Obrigado a todos.
Principalmente à S. e ao Jorge que, entretanto, se me juntaram durante o caminho.

Manuel José Madeira

sábado, outubro 27, 2007

947.ª etapa


QUATRO ENTRE AS 1000 MAIORES
E uma é o… Sport Lisboa e Benfica!


Tal como faz anualmente, o jornal Expresso ofereceu-nos hoje a lista das 1000 maiores empresas portuguesas.
Já o ano passado tinha pensado nisto, mas acabei por não ir adiante, mas hoje não desisti.

O desafio: identificar, entre elas, aquelas que apostam no Ciclismo como veículo publicitário.
O resultado: tristemente desolador.

Entre as 1000 maiores empresas nacionais só detectei seis ligadas ao Ciclismo, sendo que uma delas, curiosamente, é um clube, mais propriamente, o Sport Lisboa e Benfica.
Entretanto, este lote será reduzido na próxima temporada. Para além da saída da Riberalves, e segundo julgo saber, acontecerá também a saída da Halcon Viagens e Turismo.

Ficam apenas quatro:
- a Sociedade Central de Cervejas/Sagres (55.ª posicionada) - que não está neste quadro porque... me passou, na primeira olhadela;
- a Würth – que regressa, mas apenas como segundo patrocinador da União Ciclista da Charneca (295.ª);
- o Benfica (599.ª) e
- a Barbot (800.ª).

Mas vi na lista marcas conhecidíssimas.
Algumas delas muito graças à ajuda do Ciclismo.
A PT (5.ª) e a EDP (19.ª) – e antes dela, a Cepsa (18.ª) – e ainda a Agros (103.º), todas estas ligadas à Volta a Portugal. A Mitsubishi Motors de Portugal (146.ª), patrocinando directamente corridas...

Mais…
a Sonae/Jumbo (78.ª) que, tal como a CIN (178.ª) e, embora apenas como pequeno patrocinador, a Navarra Extrusão de Alumínios (442.ª), patrocinaram a União Ciclista da Maia: a Philips Portuguesa (221.ª), que no início dos anos 90 dava nome a uma equipa da Feira;
a Sicasal (250.ª ) e a Acral (939.ª), que tiveram uma equipa no pelotão;
a Coresa (584.ª), que durante muitos anos patrocinou o Tavira com a marca Bom Petisco;
a Pecol (839.ª), que apoiou a União Ciclista da Charneca;
a Recer (861.ª), que deu nome, primeiro ao Sangalhos, ainda nos anos 80, e depois ao Boavista, durante largos anos;
a Ambar (888.ª), que teve equipa própria, nos anos 60 e 70;
e a Lactícinios Vigor (907.ª), que patrocinou uma das equipas do Lousa, nos anos 80.

Sobram quatro.
Porque é que os projectos das equipas nacionais não conseguem cativar sponsors fortes?
A excepção é o Benfica… que já seria forte, só por si.

(Ah!... é possível que me tenha escapado alguma, mas isto aqui também não pretende ser perfeito.)

946.ª etapa


945.ª etapa


MUITO MAIS QUE UMA FOTO

É só uma foto? Não!
É muito mais que isso. É tudoo que resta como argumento para quem gosta mesmo de Ciclismo.

Olhem para a reprodução da(s) foto(s) que vai aqui a lado.
(foi “scannado” da última edição do semanário Meta2Mil)
Olhem para ela.
Levem tempo que quiserem.
Tentem perceber a mensagem.

Confesso que os meus neurónios têm andado um bocado aflitos para se manterem dentro do trilho que supostamente deveriam conduzir-me. Mas não enlouqueci ainda.

E proponho-me adivinhar a reacção primária a esta foto.
Seria qualquer coisa do género:
“faltam escolinhas de Ciclismo em Portugal; falta ver criancinhas com esta idade – digo o quê?, cinco anos?, seis?... quatro? – a serem encaminhadas e acompanhadas de forma a cimentarem a paixão pelo Ciclismo”.

E esta constatação levar-nos-ia a uma outra pergunta.
E quem tem a responsabilidade de fazer com que haja, em Portugal, estas escolinhas?
(Eu NÃO disse que não havia, acalmem-se!...)

A resposta seria apenas uma: a Federação Portuguesa de Ciclismo, através das associações para as quais deveria encaminhar o dinheiro que pede ao Estado… para este efeito e que – não estou seguro (o que não é o mesmo que não estar certo) – estará a utilizar para financiar outros propósitos.

A verdade é que nos últimos dias pudemos ler na Imprensa que as diversas federações haviam conseguido o que pediam… mais dinheiro do Estado.
Dinheiro nosso, do comum dos cidadãos.
A de Ciclismo foi uma delas.

Mas isto seria apenas a introdução para uma outra espécie de artigo.
Que, provavelmente, aparecerá aqui um dia destes.
Não é este artigo.

O que daqui, deste escrito, eu gostaria que fosse retido, é que… seja qual for o esforço feito pela FPC ou pelas associações… se a CS não fizer o que o Meta2Mil fez, será injustamente subavaliado.

É o mais primário dos conceitos. O mais facilmente assumido pelo Grande Público.
Se não vemos… se não lemos, não existe.

Mas existe.
Existe mesmo.

Existe em Espanha, e o Meta2Mil deu um valoroso empurrão.
Existe em Portugal… mas não há CS com abertura suficiente para promovê-lo.

Mas…
Honi Soit Qui Mal y Pense…
… em alentejano: “cada ranhoso no seu lugar!”

... as páginas abertas à execução pública de Corredores – sem qualquer justificação oficial que, de facto, sustente isso –, bem que podiam, sem que isso signifique que eu defenda o branqueamento de eventuais prevaricadores (eventuais, porque nunca vi um comunicado oficial da FPC a confirmá-lo, ou a desmenti-lo) bem que podiam, escrevia eu, requalificar-se em páginas de promoção do Ciclismo?
Como?

Fazendo reportagem junto daqueles que acreditam – e só nesses podemos confiar – que ser Corredor não é sinónimo de ser criminoso.

Não vou escrever mais.
Olhem para a foto.
Não sei quantos conseguirão sentir o que eu senti ao vê-la.
Conseguem ver que ali, naquelas duas imagens, palpita o futuro?
Eu consigo!...

sexta-feira, outubro 26, 2007

944.ª etapa


E ESTA, HEIN?!!!

A notícia não é falsa. Não é não senhor!
Mas leva-nos ao engano.
Coisas do... calendário.
E depois...
Depois o nome de Vinokourov anda, por estes dias, um pouco pelas ruas da amargura.

Mas repito: a notícia não é falsa em si, não tem nada de brincadeira.
Nem foi publicada em nenhum 1.º de Abril.

Foi-o a 27 de Julho de... 2005. Pois, lá está a partida do calendário.
Nessa altura "esta" Liberty Seguros era a espanhola, que depois teve uma irmã portuguesa.
Em Espanha deu-se mal. Tão mal que desapareceu.
A nossa ainda dá cartas, está bem e recomenda-se.
E, não fora o que entretanto foi acontecendo no Ciclismo...
olha que estar na corrida pelo Vinokourov seria um excelente prenúncio...

terça-feira, outubro 23, 2007

943.ª etapa


ESTRANHA REACÇÃO...

Não é normal... mas não foi a primeira vez que aconteceu. Uma contra-análise raramente "desmente" a primeira análise... mas já aconteceu antes.

A última vez foi agora. Iban Mayo, da Saunier Duval, controlou positivo no segundo dia de descanso do Tour. Eritropoietina, disseram os químicos.

O Corredor foi expulso da corrida mas não abriu mão da contra-análise mas, contra aquilo que é... normal - mas já aconteceu antes - o resultado desta deu negativo.
Inocentando o Corredor.

Estranha, estranha... foi a reacção da UCI.
Erros acontecem, mas a segunda análise disse que houve um Corredor injustiçado.
Houve menos um caso escandaloso no Ciclismo e o que faz a UCI?

Anuncia que vai estudar o assunto ao pormenor, não confia na contra-análise e pondera recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS). Isto é... pretende ir até ao fim para demonstrar que... o Corredor estava dopado!

domingo, outubro 21, 2007

942.ª etapa


A DIFERENÇA ENTRE TER UMA “BOA IMPRENSA”
E SOFER COM UMA IMPRENSA HOSTIL


Nota prévia: A ideia para este artigo fui buscá-la ao Editorial do último número do Jornal Ciclismo. Não concordo totalmente com ele mas, contudo…

… contudo é, de facto, matéria para estudo o facto de, só por vermos uma Selecção – formada por doutores, engenheiros e advogados com escritório montado, mas cobertos pela manta do… amadorismo (esperem aí que eu já volto!...) – berrar em plenos pulmões o Hino Nacional termos feito aquilo que os portugueses mais estão dispostos a fazer: acreditar.

Estamos – todos nós, povo português – tão carentes de, seja qual fôr, encenada ou não, manifestação de patriotismo que, fiquei com muitas poucas dúvidas de que elevaríamos ao estrelato fosse quem fosse. Colectiva ou individualmente.
Mas foi exactamente isso que aconteceu...
É isto, para quem o não sabia, “ter uma boa Imprensa”. No sentido de colaborante e protectora.
Ter quem “limpe” as vergonhas do passado – que foram vergonhas mesmo (quem é que se esqueceu dos problemas com a polícia, no Uruguai?) – ainda por cima porque os rapazes são médicos, engenheiros, advogados… não são os semi-analfabetos que giram na órbita do futebol (esse é intocável).

Aproximando-se da – por todos excomungada, mas a verdade é que vende – Imprensa cor-de-rosa, que faz e destrói carreiras artísticas, a Imprensa Desportiva criou um novo mito. E, por exemplo, já depois do Mundial (de Râguebi) ter acabado para os nossos “amadores” já li pelo menos quatro páginas em que o empurrão ao râguebi é flagrante.
Mesmo mantendo, em nome da consciência, lado a lado um exemplo de uma escola para os filhos das elites e um clube para os putos dos bairros de lata.
Bonito!

Reforço: é isto a que se chama boa Imprensa.
Aquela que “apaga” da fotografia os momentos menos… recomendáveis.

Mas isto compensa-se.
O mal é que a compensação, em relação aos “amadores” – advogados com escritório montado, por exemplo – do râguebi, me parece que vem a ser feita à custa da “cambada de dopados” do Ciclismo.
Que, já não cabendo no arquétipo do trabalhador rural ou, pelo menos assalariado, pouco instruído e que tirava férias para irem correr a Volta, ainda não têm tempo para tirar cursos superiores, pelo menos a partir do momento em que decidem ser profissionais.
Apesar de termos no pelotão jovens que andam na Universidade, que estão a fazer um curso superior, os Corredores continuam a ser olhados como uma raça menor.
E, quando a coisa dá para o torto, são metidos todos no mesmo saco.

Pior ainda… usa-se o nome e a foto de um corredor, que hoje está liberto de quaisquer suspeitas, para ilustrar uma notícia genérica, que fala de um estudo que não vi ainda em nenhum lado e que dirá que é em Portugal e Espanha que moram os maiores batoteiros.
Pelo menos há essa suspeita, segundo o tal estudo.
Isto quando na dita foto aparecem bem visíveis os patrocinadores e nome da equipa do Corredor em causa. Numa altura delicada, em que cada vez é mais difícil encontrar quem queira investir no Ciclismo.
Dir-me-ão: mas o que é que está a fazer mal ao Ciclismo? As notícias na Imprensa… ou os casos reais de trafulhice? Claro que são estes…

Por isso dou comigo a pensar… o que é escavacar metade de um bar – já depois de uns copos bem bebidos – comparado com a hipótese, revelada não consistente – de um Corredor que apresentou níveis de hematócritos acima do permitido?
O permitido é de 50%. Quanto apresentou esse mesmo corredor?
51? 60? 75? Não sabemos.

É “normal” um grupo de jovens, ainda por cima em representação do País, depois de conseguirem o apuramento para o mundial, escavacarem um bar? Parece que é…
Coitadinhos. Foi a euforia.

Pelo contrário, é tratado quase como um criminoso um Corredor que chumba um controlo de hematócritos.
Isto é um exemplo de Imprensa hostil.

É a diferença entre ter-se uma “boa Imprensa” e a Imprensa hostil.

sexta-feira, outubro 19, 2007

941.ª etapa


NÃO INSISTAM MAIS!...

Tem este artigo a ver com uma mensagem - uma em especial, porque há mais e esta não é especial em mais nada do que... ter sido a última que li!... - assinada pelo Pedro Pinheiro, no Cyclolusitano.

Vou falar ainda, e mais uma vez, da questão da presunção de inocência.
E estou a ficar farto!

Problema não é o que não saber, é, aparentemente não querer saber.
De facto, parece-me, de cada vez que volto ao assunto, que estou a falar para o boneco.
Mas o Pedro parece decidido em não ser mais um a assobiar para o lado!
Força aí!...

Venham os argumentos...
Porque é que o Koldo Gil não pode vir correr numa equipa portuguesa?
Porque é que o Tino Zaballa não pode vir correr numa equipa portuguesa?
Porquê?

Tem o Pedro... têm os muitos que pretendem ter autoridade e que se lha reconheça, alguma coisa em concreto em relação a estes corredores?
Por exemplo, pergunto eu na minha santa ingenuidade... como é que estiveram inscritos e correram este ano? Perante uma UCI, de cabeça perdida, é verdade, que não consegue impedi-los de correr... o que é que os "contras" todos da nossa praça sabem mais?
Que podem usar?
Como podem querer impedir?

São palavras.
Apenas palavras.
Quem não sabe, quem nada pode provar... que se cale.

Sabem? Podem provar e, então aí... que venham à praça pública e ajudem a fazer alguma coisa. Não falar só por falar...

E parem de saltar a pés juntos sobre o Ciclismo português!...
Se tiverem ideias capazes... pois que se cheguem à frente!
Se é só para dizer mal...
Não atirem mais achas para a fogueira!

940.ª etapa


HÁ (TEM DE HAVER) UM ESPAÇO DE EQUILÍBRIO
ENTRE A DURA LEX, SED LEX
E O "BODE ESPIATÓRIO"

Malgrado os dados alarmistas, decalcados de “estudos” que ninguém conhece – procurei nos sítios oficiais da UCI e da AMA e não encontrei… – e que, mais ou menos levianamente servem, de tempos em tempos, para justificarem o cadafalso onde, aparentemente, muitos gostariam de ver o Ciclismo a espernear, pendurado pelo pescoço;

apesar de, à falta de melhor – e como alguém já teve o discernimento suficiente para sublinhar – figuras com responsabilidade ao mais alto nível (UCI, claro) apontarem os “países do Sul, nomeadamente, Portugal e Espanha” como os mais suspeitos, isto quando [porque estavam a olhar para este lado], nas suas costas, na Alemanha, actuais e antigos corredores alemães, por exemplo, faziam fila para virem confessar ou reconhecer que a dada altura recorreram ao uso de produtos e práticas proibidas;

apesar de tudo isto nós, portugueses, podemos, olhando para lá dos Pirinéus, perguntar: quantos casos tivemos nós nos… digamos… dois últimos anos?

Que histórico – comparado – de casos de doping temos para que, naquele que aconteceu este ano, o Conselho de Disciplina da FPC tivesse querido ser mais papista que o papa?

E Porquê?

Porquê, com casos internacionais que, naturalmente fazem jurisprudência – e se um CD não sabe disto… ai, ai… –, o castigo aplicado inicialmente ao Sérgio Ribeiro era de… 32 meses? Quando os regulamentos prevêem um máximo de 24 meses…

Para que a FPC mostre serviço?
Junto de quem?
Do quê?
Para quê?
Porque quer marcar um espaço?
Assegurar um lugar?
Aonde?

E já não falo do lado humanista.
Não estamos – nunca estaremos – a falar de… CRIMINOSOS, quando se fala de um qualquer atleta que, prevaricando (?) acaba apanhado na teia… não, não misturemos a Lei com isto… dos REGULAMENTOS. Que não é exactamente a mesma coisa!...

Mas há esse lado humano que convinha que os doutos juízes tivessem em conta. Infelizmente, estamos na área do Ciclismo.

Se fosse – e desta vez, sustentando a minha opinião em casos tão vivos ainda na memória pública que me abstenho de aqui apontar um em concreto (nem o do futebolista Nuno Assis) – noutra disciplina… provavelmente a tentação seria até a de encobrir tudo.

O Sérgio está com 27 anos.
É um excelente atleta.
Sempre o foi.
Mas começa a faltar-lhe tempo para demonstrar que não precisava (se é que a isso recorreu) de doping para ser um dos melhores Corredores do nosso pelotão.

Quem, e porquê, demonstrando tão fria distância em relação ao Homem (para além de não saber ler os Regulamentos) não teve pejo em assinar por baixo um castigo que potenciava em ¾ o castigo – porque ele nem protestou esse mesmo castigo (não deveria ser tido em conta também?) – que os regulamentos prevêem?
Mas pronto.
Atempadamente – o Sérgio também nunca esteve sozinho – o erro foi emendado.

O seu castigo é aquele que se lê nos Regulamentos. 24 meses.
Terminará a 15 de Maio de 2009.

E se a FPC, por iniciativa própria e tendo em conta a carreira, o quanto ele deu ao Ciclismo português e porque não tem antecedentes“roubasse” seis meses a este castigo permitindo ao Sérgio estar livre, sem impedimentos, no final do próximo ano, de forma a poder ser considerado reforço de qualquer equipa para 2009?

O que é que nós perdíamos?
O que é que a FPC perdia?
O que é que o Ciclismo nacional perdia?

Fica à consideração da Federação Portuguesa de Ciclismo.

E, conhecendo, como conheço, o doutor Artur Moreira Lopes…
Não perdíamos nada, doutor!

Às malvas, com o regulamento frio e impessoal. Para além do "calhamaço" dos Regulamentos... HÁ PESSOAS!
Como médico, não acredito que não compreenda o meu ponto de vista!...

O rapaz fez muito mais pelo Ciclismo português dos que o Conselho de Disciplina e, sem querer mandar… às malvas a lei
Que bem ficaria um pouco mais de humanidade na sua aplicação…

Fica aqui, publicamente, o meu pedido pessoal.
Se houver qualquer brecha na legislação – que eu desconheço e nunca pretendi conhecerdoutor Artur Lopes… use-a.

Os adeptos do Ciclismo saberão ler a mensagem que isso significaria.

Que nós, em Portugal, não somos aquela cambada de dopados que a UCI parece querer fazer de nós.

939.ª etapa


JOSÉ RODRIGUES JÁ ESTÁ DE VOLTA

Passados os regulamentares 15 dias após um teste em que marcou um nível de hematócritos acima do limite convencionado, José Rodrigues, corredor do Vitória-ASC, voltou a sujeitar-se a novo controlo de hematócrito que revelou ter tudo voltado aos parâmetros normais pelo que recuperou a sua licença não havendo, naturalmente, qualquer impedimento a que possa continuar a correr [se ainda houvesse provas para o fazer...].

quinta-feira, outubro 18, 2007

Mil e um

Que privilégio!
O primeiro foi ter sido convidado pelo amigo MZM, para participar neste espaço.
O segundo, o de deixar aqui algo, na pedalada inicial para o segundo milhar, quando o VeloLuso está perto do segundo aniversário.
Não tenho sido um bom colaborador. Longe disso.
Nem como adepto, que era o objectivo do convite.
A falta de tempo, que muitas vezes serve de desculpa, é para mim uma realidade que me afasta das notícias do dia a dia.
As tarefas universitárias deixam-me o tempo contado.
Leio A Bola todos os dias, no comboio a caminho do trabalho. Mas, como todos os jornais diários desportivos, o espaço dedicado ao ciclismo é...a tender para zero.
Hoje descobri, esquecido ao lado do golfe, que curiosamente tem mais espaço, vá lá saber-se porque, que Constantino Zabala vai correr pela LA-MSS.
Há dias chegava mais um ciclista para o Benfica, que nem fixei o nome.
Como adepto fico por aqui.
Como amigo do MZM, dou-lhe os parabéns.

Mil "Posts"


Faltam onze dias para que se complete o segundo aniversário do VeloLuso que nasceu quase por acaso. Mais para além do que ia escrevendo, enquanto notícia, n'A BOLA sentia que havia um espaço por preencher no que respeita à opinião sobre o Ciclismo nacional.
Na altura lancei-me nesta aventura sem saber muito bem como conciliar as duas coisas...

Ditou o destino que, muito pouco tempo depois, me visse afastado - por razões de saúde - da redacção. Houve uma primeira fase difícil, indefinida. Durante a qual pouco ou nada escrevi.

Depois, posto perante a obrigatoriedade de me manter afastado do meu habitat natural... depois de muitas noites de insónia, depois de ter precisado de muito apoio dos muitos amigos que faziam o favor de repartir comigo as minhas frustrações... encontrei no VeloLuso o escape natural para a minha vontade de escrever, mas também para mostrar a todos que ainda não tinha morrido.

Muita coisa mudou desde então.
Mas não vou falar disso...

Este é o milésimo "post" no VeloLuso.

Não coincide o número com o número de etapas e perceberão porquê.
Primeiro, porque há mais de um ano que conto com a participação da Verm.! Depois, porque à sua colaboração acrescentei a do Jorge.
Pelo meio... as minhas "notas", ou "fora de barreiras"...

Decidi, no início, marcar as minhas intervenções como... etapas.
Mas houve mais, para além disso... por isso este milésimo "post" não coincide com a mílésima etapa.

Mas, entre os três possuidores da "chave" da porta deste espaço que, sem falsa modéstia, sei que já é tido como referência dentro da família do Ciclismo, cabe-me a mim assinalar a "casa" MIL, de muitas casas e de discussões mil.

Espero que continuemos assim.

Manuel José Madeira

938.ª etapa


MARTIN GARRIDO DEIXA O TAVIRA...

Vou, conforme posso, lendo o que, por um lado a Imprensa nos vai dando de noticiário sobre Ciclismo - sempre pouco, muito pouco - e, por outro, o que os sítios na Internet, em português, nos prometeram.
Nos prometeram...

E, é claro que aqui fica implícita uma crítca que, sendo construtiva, espero não venha a ferir juvenis susceptibilidades.

Quando percebemos que temos perna curta para tão largas passadas sonhadas... o melhor é reconhecermos que nos falta andamento.

"Notícias"... só as que já saíram nos jornais (desportivos) nacionais apesar de estes nem para aí estarem virados...

Não há nada de mal, amigo [tu sabes que estou a falar contigo]... eu sei que há prioridades - e não as esqueças nunca - contudo, toma nota de uma coisa: o que é nosso é nosso.
O que "bebemos" noutras fontes...
O que bebemos noutras fontes... a elas o ficamos a dever.

Não "dês" notícias que leste noutros lados como se fossem tuas!

E sem querer, de forma alguma, penalizar-te... enquanto algarvio e com contactos junto do Tavira... porque é que SOU EU A DIZER que o Martin Garrido não vai continuar na DUJA?

É uma grande perda - e não percebo porque é que abrem mão dele - para a equipa de Vidal Fitas...

937.ª etapa


OLH'ÁS NOVIDADES!...
JORNAIS!... ESTÃO AÍ?

A Volta à Madeira e Porto Santo era para a categoria 2.13. Ok...

Os jornais nacionais - leia-se: desportivos - não acharam a corrida suficientemente interessante para enviarem repórteres...

No caso de A BOLA - como tem um destacável diário, próprio, para aquela Região Autónoma e, por isso, deve ter acompanhado a corrida - alguém achou, em Lisboa (*), que a mesma não tinha interesse a nível Nacional apesar do diário domínio do... Benfica!
Ai, ai, ai, ai...
Mas vai, com certeza, explicar-nos nos próximos dias, se a Açoreana Seguros é MESMO O NOVO SPONSOR DA EQUIPA DO BENFICA. Como eu vi nas camisolas que fizeram a Volta á Madeira...

(*) - Um dia alguém há-de perceber a diferença entre um Jornalista e um funcionário público que só tem que por carimbos...

Vi isso (trabalho jornalístico, não de funcionário público preocupado com a hora de saída!...) há pouco, numa reportagem televisiva.
Mas vi mais! E ouvi.
E espero que o MEU jornal não se deixe ultrapassar...

Ouvi que a Volta a Portugal não pode ter início no Funchal antes de 2010 porque, cito: "até lá há o acordo com Portimão".
É NOVIDADE... Não fiquem sentados...
Vá, vá, vá... mexam esse !

Facto:
A Volta a Portugal voltará a sair de Portimão nas suas próximas duas edições;

Depois... ouvi mais ainda...
... mas isso apenas confirma o que ontem aqui deixei escrito.

Em 2008 VAI MESMO HAVER UMA CORRIDA DOS CAMPEÕES no Funchal - cito: "Para não deixar abrandar a chama..." - depois de a PAD-JLSports ter contratado com o município funchalense uma corrida que tenha no pelotão "algumas das estrelas actuais do nosso ciclismo, mas também alguns dos nomes que fizeram a história do Ciclismo em Portugal, como antigos vencedores da Volta..."
(Alguém que tente explicar se é uma transferência "pacífica" daquilo que há dois anos se faz na Póvoa de Varzim... ou se vai haver concorrência...)

Alguém que tente explicar porque é que A BOLA, que tem uma edição local, não publicou estas novidades na edição nacional.
(Ficava de fora do horário de funcionários públicos dos editores de Lisboa?...
Não sei... se calhar... Isto sou eu a dizer... Já houve um tempo em que alguém se me queixava disso...)

Onde é que vi?... Ok, eu digo.
Na SportTV.2. Há pouco, às 20.30 horas.

O programa é REPETIDO - o que quer dizer que está gravado e nada do que eu disse que ouvi poderá ser modificado - HOJE, 5.ª feira, às 18.30 horas...

Vejam...!
E já que não são capazes de descobrir uma notícia... Copiem.
Sem Vergonha.
O que interessa é que os leitores (que não podem ver aqueles programas) saibam.
Não o orgulho ferido de quem devia ter dado as notícias em seu tempo e as deixou escapar.

quarta-feira, outubro 17, 2007

936.ª etapa


SERÁ TÃO DIFÍCIL ASSIM FAZER... BEM FEITO?

semanassssssssss que se sabe - mesmo que à boca pequena - que a equipa de Manuel Zeferino deixaria a Maia.
Não, não estou a reivindicar a notícia (apareceu aqui antes de ser abordada por qualquer jornal) que, e já agora que me sinto completamente descomprometido, foi "deixada" há muito pelo amigo Armando - foste o primeiro! - num dos sítios mais visitados na Internet e dedicados ao Ciclismo.

Mas adivinhava-se.
Só que eu, enquanto jornalista não posso deitar-me a adivinhar.
Ainda assim, foi aqui - no VeloLuso - que essa notícia, do Armando, teve o primeiro eco.
Depois veio - antes de toda a concorrência - n'A BOLA, com a assinatura do Pedro Barros, a 14 de Outubro.

Só hoje, três dias depois, O JOGO e o Record descobriram a novidade.

O segundo, aliás, num exercício academicamente impróprio e desviando as atenções para... facto NENHUM, tenta desviar a atenção dos seus próprios leitores.
O que é - e não me coíbo de aqui o escrever com todas as letrinhas - deontologicamente, não errado, mas desonesto.

Se o Record ainda não tinha descoberto que a equipa da Maia desaparecia... titular que a LA (que era a Maia) "continua continental" para só depois, lá bem no meio do (pequeno texto) revelar aos seus leitores que afinal... já não há Maia é, repito, um exercício desonesto. Que trata os muitos interessados no Ciclismo como atrasados mentais.

Eu SOU LEITOR dos três diários desportivos e senti-me violentado pelo texto do Record.
Cuidado! Nem todos os leitores são exactamente... analfabetos.
Não sendo - é verdade, - eu um leitor qualquer... senti-me enxovalhado.
E então na parte do Oscar Sevilla - perfeito exemplo do lançar barro à parede, para enrolar tolos - quando, logo a seguir ao almoço leio que é o Tino Zabala o novo reforço... hei-de dizer o quê?
Suicidem-se? Não posso!...
São pais e mães de família...
MAS TENHAM VERGONHA!

Não é nada de pessoal.
Não é comigo...
NÃO BRINQUEM É COM OS VOSSOS LEITORES.
Vergonha!

O JOGO, ou alguém na estrutura editorial d'O JOGO já há uns dias que sabia da novidade.
MAS SÓ HOJE a deu a público.
E foi o primeiro dos três desportivos a apresentar um... ai, ai, ai... um "trabalho" sobre a equipa que acaba.
A Maia.

Mas fazer um quadrinho com as principais vitórias DA MAIA e esquecer-se de uma das Voltas ganhas... vá, lá!... É de corar, não?

Destacar - em quadro próprio - que a equipa sedeada na Maia ganhou quatro Voltas (certo!), e depois no quadrinho por baixo só referir as de 2007 (Xavier Tondo), 2004 (David Bernabéu) e 2002 (Claus Möller)...

E a de 2001, com o "Fabu" Jeker, exactamente aquela que terminou com um crono individual na... Maia?

O simples leitor É MAL INFORMADO.
Ponto final.
Parágrafo.

Mas eu, reduzido a simples leitor, sei que há muita coisa que ainda não percebi.

Estarão os jornais desportivos dispostos a esclarecerem-nos?
É que a Maia não era - com o devido respeito - a Ovarense ou o Cantanhede.
Porque é que acabou?
O que motivou o divórcio entre o Manel Zeferino e os seus directores de sempre?

Ou acham os jornais desportivos, que Ciclismo, para o povão, só interessa mesmo se for a Volta a Portugal?

O que é que aconteceu para que a Maia tivesse acabado?

ATENÇÃO... UM... DOIS... TRÊS!...
PARTIDA!...

Qual será o que primeiro nos vai esclarecer devidamente?...
(Se é que algum está minimamente preocupado com a "morte" da principal equipa portuguesa das última década...)

terça-feira, outubro 16, 2007

935.ª etapa


"NOVIDADES" DA ALENTEJANA
E... DO FUNCHAL (O QUE SERÁ?)

A edição de 2008 da Volta ao Alentejo em Bicicleta realiza-se entre 9 e 13 de Abril, a decisão foi tomada em Estugarda pelo Comité de Estrada da UCI.
Alcácer do Sal (local de partida), Beja (contra-relógio) e Évora (final) são estes os principais pontos da Volta ao Alentejo de 2008, mantendo-se o cenário de chegada e partida a Odemira e os regressos de Ourique e Ferreira do Alentejo.

A Alentejana do próximo ano, continua a ser disputada no mês de Abril, desta feita entre 9 e 13, seguindo a calendarização de 2007, em que regressou a datas em que já se havia realizado há uma década.

A decisão foi tomada pelo Comité de Estrada da União Ciclista Internacional, durante a realização dos Campeonatos do Mundo, que se realizam em Estugarda, na Alemanha.

Jerónimo Lóios, director da Organização, deixa algumas das ideias bases para a 26.ª edição da Volta ao Alentejo, a começar pelo local de partida da prova.

“As autarquias têm respondido de forma positiva e mostrando grande adesão à iniciativa e esperamos ter uma edição mais rica do que a deste ano”, afirmou.

O presidente da Associação de Municípios do Distrito de Évora, refere que a data aprovada “corresponde ao pedido da organização e que melhor serve os interesses da volta”.

Notícia Rádio Voz da Planície

ALLÔ FUNCHAL! ALLÔ PAD!... ESTÁ ALGUÉM AÍ?

Entretanto, e apesar de divulgada a recente presença do Director-técnico da PAD-João Lagos Sports, Joaquim Gomes, no Funchal - aquando da 32.ª Volta à Madeira e Porto Santo -centrando-se as... preocupações numa hipotética presença da Volta a Portugal na Ilha da Madeira, que o próprio Joaquim Gomes descartou poder vir a acontecer nos próximos três anos... ninguém mais se preocupou com o que teria a PAD ido fazer ao Funchal...

Soube há pouco que foi assinada uma parceria entre esta empresa e o município funchalense para que se realize nesta cidade e já o ano que vem, a Corrida dos Campeões.
O que será isso?
A Póvoa de Varzim já acolheu, por duas vezes "uma" Corrida de Campeões, que não consta de calendário nenhum e me parece ter sido iniciativa particular apadrinhada pelo Manuel Zeferino...

Vai-se dar estatuto de Oficial a esta corrida?
E passa para o Funchal?
Só o ano que vem, ou para continuar até... que lá chegue a Volta?
Pois não sei!...
Alguém sabe?

Não "pesquei" nada em nenhum dos sítios de ciclismo, em português...
Mas, se o acordo foi firmado, porque é que não se pode saber?
Mais um mistério...

segunda-feira, outubro 15, 2007

934.ª etapa


OSCAR PEREIRO "JÁ É"
VENCEDOR DO TOUR-2006

Com alguns mesezinhos de atraso, o galego Oscar Pereiro (Caisse d’Épargne) recebeu ontem, em Madrid, das mãos de Christian Prudhomme, director-geral do Tour, a camisola amarela que o consagra, oficialmente, como vencedor da edição de 2006 da corrida francesa.

“Tengo la sensación de llegar al final de una película de suspense, por haber pasado 14 meses pensando en este tema sin poder centrarme como hubiera tenido que hacerlo en mi trabajo”, declarou Oscar Pereiro [em comunicado distribuído pela equipa] depois de ter recebido a camisola.

“Estoy contento por haber recibido este maillot, pero es sobre todo una liberación. Se acabó un problema que duro mas de un año y hoy creo que se hizo lo que se tenía que hacer y que se acaba la historia como tenía que acabar. Es lo más lógico ya que el reglamento es claro y solo faltaba aplicarlo. Se que es algo para toda la vida, que va a quedar en la historia del ciclismo, pero está claro que tanto tiempo después, los sentimientos no afloran como lo pueden hacer en el momento, por ejemplo como cuando me puse de líder en Montelimar sin saber que iba a ganar el Tour. Esas emociones, es imposible sentirlas en una sala como esta. Lo de hoy ha sido un acto público para hacer entender y ver a todo el mundo que el ganador del Tour 2006 es Oscar Pereiro, pero mis sentimientos en el momento de recibir el fruto de mi trabajo han sido una mezcla de satisfacción y de pena por lo mucho que nos privaron.”

E estão todos, com certeza, muito satisfeitos, escusavam era de ter feito a maldadezinha de distribuir uma... fotomontagem.

sábado, outubro 13, 2007

933.ª etapa


VOLTA A PORTUGAL NA… MADEIRA?

Saltou para as páginas dos jornais, primeiro no JN, depois em A BOLA… e acho que li ainda noutro sítio. Não levem a mal, não me lembro e não tenho pachorra para ir ver o monte de jornais que se empilha – em equilíbrio precário – aqui à minha esquerda. Li. Está dito.

Eu sei que tenho um número mínimo – nem sei se é um número inteiro – de “confrades” que não se importam de gastar 2,25 € por dia em jornais.
Nos três jornais desportivos.
Cada um poupa – porque a hora é mesmo de poupança – onde lhe dá mais jeito.

Eu não sou capaz de NÃO COMPRAR os três jornais desportivos.
Mania minha!...

Mas como qualquer louco, ficar igual à cada vez mais nutrida falange de loucos, é uma loucura que não nos passa pela cabeça.
Por isso, e ao longo dos sete dias da semana, junto aos três desportivos mais um jornal dos chamados generalistas.

Ok… Confesso que faço alguma descriminação, mas da forma como as coisas correm, o melhor é mesmo não confessar assim, de uma vez, todos os “pecados”.
Mas foi nessa roda da sorte que apanhei a notícia no JN.

A Volta a Portugal pode – esqueçamos a notícia, focando-nos na realidade – nos próximos três anos começar no Funchal?

Voltemos ao que interessa – que se corto aqui esta mensagem… as coisas ficam mais confusas ainda.

Há dois posts atrás falei da falta de um espaço que tem, absolutamente, que ser credível para se discutir o Ciclismo.
Mas que raio de coisa é que este tipo quer dizer?, perguntar-se-á a maioria dos leitores do VeloLuso
Eu também me sinto a “arrebentar”, acreditem!...

Como já escrevi, a questão ora em discussão, tem a ver com a possibilidade de a Volta a Portugal poder vir a arrancar do Funchal.

Li, no Jornal de Notícias – embora fosse uma “breve”, sem assinatura, EU SEI QUEM FOI O PRIMEIRO A DAR A NOTÍCIA (foi o JN) – que o Director Técnico da PAD estava no Funchal a negociar…
… Pois!
A negociar o quê?
Calmaaaaa!
A negociar a possibilidade de termos uma corrida no Calendário Nacional na Ilha do “tio” João Jardim. Nada mais do que isso…

É evidente que, pese embora os seus conhecimentos, houve um jornalista que “tirou a cavilha” à granada ao escrever que podia ser a… Volta a Portugal!
E se calhar isto era mesmo notícia…

Mas foi por isso que eu não falei disto há mais tempo.
A João Lagos/PAD, se foi à Madeira, foi à procura de apoios para lá realizar uma corrida.

E não seria por um comentário meu – que corria o risco de ser levado a sério – que as negociações abortariam.
Por isso guardei silêncio.
Agora, acho eu, o que havia para negociar está negociado.
E o meu comentário já não terá qualquer influência.

Volta na Madeira?
Naaaaaa... só contaram p´ra você, né mesmo?

932.ª etapa


JULGO QUE SABEMOS TODOS
DO QUE ESTAMOS A FALAR…


Ok… Em relação à Volta a Portugal e à hipotética possibilidade de ela começar na Ilha da Madeira…
Primeiro, e é aqui, exactamente aqui, que entronca o que escrevi há dois artigos atrás, porque é que ninguém veio a público lembrando a oferta que o Governo Regional da Madeira (GRM) fez, em 1995 ou 1996?
Mas há jornalistas, que andavam no terreno, nessa altura, que ainda se devem lembrar.

Porque não há um sítio sério, blindado aos comentários de quem não sabe o que diz… Recuperaram agora o porquê da mensagem que vem duas antes desta?
Senão, já alguém teria vindo dizer que por essa altura o GRM, contactado pela Empresa Jornal de Notícias (EJN), se tinha mostrado disponível para que a Volta a Portugal partisse do arquipélago.

O GRM punha, num dos três aeroportos Internacionais continentais, um avião que transportasse as equipas – com o respectivo staff –, os juízes e a Comunicação Social.
Sem custos.
Mais…
Alojava toda a gente.
Sem custos para a Organização.
Pedia era que se evitasse a sobrecarga do transporte de viaturas – seriam providenciadas na Ilha – e que se realizassem, pelo menos, duas etapas no arquipélago.

Um Prólogo – já havia prólogos nessa altura – mais uma etapa a percorrer algumas das estradas da Ilha.
Depois, toda a gente era metida no mesmo avião e colocada no Continente. Onde quisessem… Porto, Lisboa ou Faro.
Sem um centavo (ainda foi na época dos escudos) de despesa para a Organização, repito para quem deixou escapar… a cargo da EJN.

E sei mais. O responsável pela negociação, do lado da EJN, aceitou tudo o que foi oferecido, mas acrescentou: “E quanto é que o GRM paga para nós cá virmos?”

Nem os alentejanos são tão parvos!

A resposta – o José António Gonçalves já faleceu… convivi com ele, isto dividido em duas partes, 14 dias, e pareceu-me tudo menos mentiroso – foi à AJJ…:
“Então nós suportamos TODAS AS DESPESAS, de transporte e alojamento, arranjamos carros de apoio e o senhor (omito, propositadamente o nome!) pergunta-me quanto pagamos? E se fosse atirar a linha a ver se apanhava algum “espada preto?”

Ou, como dizemos no continente“não quer o cú lavado com água de malvas?”.
Quanto a esta nova possibilidade de a Volta poder começar na Madeira…
Primeiro: quem acreditou, não percebe nada de Ciclismo.
A Volta a Portugal com DEZ dia de competição NÃO TEM A MÍNIMA HIPÓTESE DE SAÍR DO RECTANGULUZINHO.

Se alguém prometeu à Madeira uma etapa da Volta, mesmo que seja só o Prólogo… meteu-se numa alhada.
Vejamos…
Para a maioria das equipas estarem na Madeira no dia “x”, tinham que pernoitar no Porto ou em Lisboa no dia “y” (e as estrangeiras vinham um dia ainda mais cedo!)
Quem paga?!
Ainda assim. Tinham que ir um dia antes do arranque da prova…
Quem paga?!

Para ser possível a corrida levar o seu curso habitual…
o Prólogo TINHA QUE SER CORRIDO DE MANHÃ.
Para que houvesse tempo de recolocar as equipas no Continente a meio da tarde e a 1.ª etapa da Volta tinha que arrancar de muito próximo de Faro, Lisboa ou Porto…

Anda assim… mesmo com o Prólogo às 9 da manhã… nunca as equipas estariam em nenhum destes aeroportos, ainda que num vôo charter, antes das cinco da tarde.

Depois, ainda era preciso irem para os hotéis onde teriam que recuperar, fazer massagens…
Quero dizer… não É IMPOSSÍVEL.
Mas é MUITO DIFÍCIL.

E não tem nada a ver com calendários já estruturados.
Acedam à página oficial do aeroporto de Santa Cruz e vejam o movimento de aeronaves e Agosto…

Mas o pior vem a seguir.
Está a decorrer a 32.ª Volta à Madeira e Porto Santo.
Eu sei como é…

Já cobri duas edições…
"Venham, que nós cá garantimos o resto."

Carros de Apoio, por exemplo…

Se – como eu – gostamos de Ciclismo;
Se - como eu - podemos ter acesso à realidade do Ciclismo português, que tem no topo a FPC, mas sem esquecer que esta tem a obrigação de zelar por TUDO o que as Associações suas filiadas fazem…
expliquem-me [ver foto] esta VERGONHA!
(Lá ao fundo é o autocarro do SLBenfica... aqi, mais perto... os "carros de apoio" disponibilizados nesta Volta à Madeira")

Não!...
A Boa Vontade não é tudo…