sábado, outubro 13, 2007

931.ª etapa


QUEM TEM MEDO DE DISCUTIR O CICLISMO?

Falta um espaço – digno – onde, aproveitando o que as novas tecnologias nos põem debaixo dos dedos, se abrisse um Fórum de discussão do Ciclismo Nacional.

O VeloLuso É uma página pessoal! Minha. Que vai navegando, não ao sabor da(s) onda(s) mas do meu estado de espírito. Que, sou o primeiro a reconhecê-lo, nem sempre é recomendável.
Caramba, todos temos dias…
E depois, eu falei num Fórum. Não num outro qualquer Blog.

Fórum que só deveria obrigar a uma coisa: a identificação clara e sem traumas, dos seus participantes.
Identificação real.
Tal “Big Brother”, não o da TVI, o do George Orwell.
Com nome, foto, impressão digital e “pulseira electrónica” para que TODOS soubessem quem eram, de facto, os seus interlocutores.
Com moderadores equidistantes.

Não censores, mas moderadores que todos respeitassem.

Não como “polícias” para expulsarem, mas com autoridade para deter… qualquer exuberância no discurso.
É uma ideia. Até porque, e esta é uma verdade que se teima em subtrair, alargou-se bastante o leque de adeptos do Ciclismo. E alargou-se à “custa” dos mais jovens.

É bom.

É muito bom, que o Ciclismo veja a sua massa de adeptos quase radicalmente rejuvenescida.
Que coisa melhor poderíamos querer, os que gostamos de Ciclismo?

E o rejuvenescimento dos adeptos é o primeiro passo para a renovação do edifício Ciclismo. De entre estes mais novos, se se conseguir alimentar convenientemente a sua paixão, ainda em flor, até que nasçam os frutos, poderemos vir a ter futuros técnicos, futuros dirigentes…

É que, principalmente neste campo, começa a ser preocupante a falta de ideias.

Nota-se, cheiram-se, compromissos, trocas de favores. Para não dizer certas promiscuidades.
O que não deve ser usado – depois de lido aqui, que, creio, é onde se escreve pela primeira vez – como arma de arremesso. Atenção!...

Uso a crítica, uma ferramenta que, acho eu, conquistei o direito de usar.

Mas não sou ingrato. Nunca o fui.

Ou talvez tenha sido…
Aceito críticas, desde que assinadas com o nome próprio.
Quem tem medo de, publicamente, me afrontar?
(Até porque foi muito mais fácil do que eu pensava – embora tivesse tido que pedir ajuda – identificar, pelo menos, em que computador foi escrita uma recente tomada de posição em relação a uma opinião minha.)

E é aqui que se centra parte do mal que vai minando o Ciclismo nacional.
As pessoas, nas pequenas tertúlias espontaneamente formadas no fim de um dia de trabalho, à mesa do jantar, ou em qualquer outra situação semelhante, são capazes de, abertamente, dizer o que realmente pensam perante aquele grupo de mais três, quatro ou cinco convivas.

E depois desgrenham-se na procura de justificações, mais ou menos credíveis, quando confrontados com quem merecera acintosa crítica.

Chamem-me naïf.

Apesar das muitas críticas que tenho vindo a deixar espalhadas ao longo de quase mil posts no VeloLuso, sinceramente, acho que os visados não chegarão ao ponto de recusar a mão que lhes estenderei na primeira oportunidade que tivermos de estar juntos.
Se estiver errado… Então serei o primeiro a reconhecer que, afinal de contas – e de tudo o que sei – não me sei mover naquilo a que terei de chamar… submundo do Ciclismo.

Dei a cara, dei mais… dei tudo, com a certeza (mas posso estar enganado!) de que, entre Homens com os mesmos interesses, que formamos uma pequena Comunidade cujo objectivo é elevar o Ciclismo português, não será um qualquer desvio de opinião que “matará” uma relação que sempre foi boa e a contento das duas partes.

Sem “truques” escondidos.
O… “a contento” significa que, desacordos à parte, existe mesmo o reconhecimento de que TODOS visam o mesmo objectivo: “empurrar” – salvo seja – o Ciclismo Português.
Para a frente. Passe o pleonasmo.

Mas algo vai mal, não no reino da Dinamarca [Shakespeare] mas mesmo no Ciclismo Nacional…
Há uns dias atrás, no Cyclolusitano – continua a ser o melhor sítio a consultar sobre o Ciclismo Português, embora confesse, em consciência, que o aborto de um outro que esteve quase, quase para aparecer e… morreu na praia e (desculpa lá Rui) dava muitas mais garantias em termos de credibilidade, porque não estava previsto nenhum pátio de recreio – pude ler críticas tão veementes como aquelas que eu aqui produzi.
Que não mereceram contestação.

Por um lado, fico contente. Mesmo que se trate apenas de um Blog – ou se calhar por isso – há quem asseste as suas baterias sobre ele.
Também pode ter a ver com o facto de ninguém saber quem é o XPTO, ou o “arco-da-velha”, porque é permitida, no Cyclolusitano, a fuga à identidade.

Com os anos que tem de “pantalha”, como dizem os espanhóis – o teu sítio já deveria ter separado as águas.
Recreio para quem é de brincadeira…
Registo sério e fiável para quem quer mesmo discutir o Ciclismo.

Porquê esta conversa toda?
Já vão perceber…

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