NÃO LANCEM "BOCAS"!...
EXPLIQUEM-NOS DIREITINHO, S.F.F.
Continuo sem saber porquê – e mão amiga fez-me chegar o recorte do L’Équipe onde se afirma que o potencial recurso a práticas proibidas, sustentado isto em padrões sanguíneos que também não sei como são obtidos – mas parece que há mesmo um relatório que aponta Espanha e Portugal, por esta ordem, como os países mais suspeitos em relação a essas práticas.
Perdoem-me a comparação, mas foi por “desconfiar” que no Iraque havia armas de destruição massiva que a tenebrosa figura de George William Bush massivamente destruiu o Iraque.
A UCI está a fazer o papel de GWB. Não tem ponta por onde pegar, nem nos espanhóis, muito menos nos portugueses, mas parece disposta a arrasar-nos. Porquê?
Fui demasiado duro em relação a um colega, mas a culpa não é só minha. E lendo o que hoje foi escrito, e conhecendo-o, consigo recompor a cena. Ouvindo, ou sendo parceiro activo numa conversa a título particular, não resistiu em procurar protagonismo e convenceu quem disto muito ou nada sabe, que tinha uma grande cacha.
E espoletou uma “guerra” institucional entre a FPC e a CNAD.
É evidente que o responsável pelo LAD só pode entender como crítica directa ao seu trabalho o facto de uma outra figura institucional ser citado (e hoje confirmou-o) a dizer que somos um antro de dopados [palavras minhas] quando ele não apanha ninguém.
E é em torno disto que tudo gira.
Não há – não pode haver, em nome do direito à presunção de inocência – culpados até que alguém o prove. Parece que o presidente da FPC sabe mais do que diz. É isso? Foi, de facto, aquele trabalho que eu contestei, uma “encomenda”? Mas o presidente da FPC é membro da direcção do CNAD!...
Não ponderei algumas passagens desse texto, mas a verdade é que mantenho as mesmas dúvidas. E o desenvolvimento – ainda que tímido – que o caso teve hoje, continua a apontar para o mesmo. Uma “encomenda” que só foi entregue porque alguém se dispôs a isso.
Defende-se com o quê? No facto de ter sido o presidente da FPC a dizê-lo? Mas nem o presidente da FPC tem o direito de lançar suspeitas se não puder provar o que diz. Há um relatório internacional? Baseado em quê e feito a partir… do quê?
Do levantamento dos dados pessoais dos Corredores?
Atenção meus senhores – todos os envolvidos – há uma Lei que protege TODOS os cidadãos em relação à recolha de dados pessoais.
Uma Lei que em Portugal não é mais do que a transcrição para a nossa legislação da legislação comunitária, logo, e apesar de a Suíça não fazer parte da União, é válida em três quartos da velha Europa. Sem excepções.
Não pode a UCI, só porque está sedeada na Suíça, fazer tábua rasa desse facto.
E depois, põe em causa a idoneidade de muita gente, a começar pelos médicos das equipas que rubricam as cartas de saúde dos seus corredores.
E eu acho que este problema devia ser discutido por quem sabe. E o primeiro trabalho do Jornalista devia ser esse. Procurar uma explicação, dando voz a quem souber explicar. Isto apesar de todos sabermos que o presidente da FPC é médico. É. Mas é responsável por alguma equipa? Não. Conhece, individualmente e em termos médicos, cada um dos corredores? Não.
Também todos sabemos que faz parte da comissão directiva da UCI… Contudo, fica-lhe mal lançar, assim, ao ar – se o fez em forma de recado – este manto de suspeitas sobre todo o Ciclismo que afinal… dirige.
Pode ter sido vítima. Acredito que sim.
Pensou em voz alta, confiando em quem o ouvia e terá sido surpreendido ao ver os seus pensamentos escarrapachados no jornal. E viu hoje um parceiro institucional a ver-se obrigado a desdizê-lo.
A grande, a verdadeira discussão que deve ser encorajada, é apenas esta: há elementos concretos sobre os quais assentar essa teoria de que em Portugal (e em Espanha) os corredores apresentam padrões sanguíneos tão diferentes assim dos restantes colegas de profissão para além dos Pirinéus?
Cientificamente isso será possível de explicar.
E é isso que o Jornalista tem que ir à procura. E tem de explicar aos amantes da modalidade. Porque, de facto, não há casos de doping em Portugal.
Não mais do que noutras paragens.
Não é função do Jornalista lançar suspeitas.
E se ouve alguém que induza essas suspeitas, tem, obrigatoriamente, que ouvir a outra parte. Alguém que lhe explique a ele – que evidentemente não sabe – e a todos os o lêem, o que é que se está a passar.
Senão corre o risco de ser tomado como simples e triste caixa de ressonância.
Continuo sem saber porquê – e mão amiga fez-me chegar o recorte do L’Équipe onde se afirma que o potencial recurso a práticas proibidas, sustentado isto em padrões sanguíneos que também não sei como são obtidos – mas parece que há mesmo um relatório que aponta Espanha e Portugal, por esta ordem, como os países mais suspeitos em relação a essas práticas.
Perdoem-me a comparação, mas foi por “desconfiar” que no Iraque havia armas de destruição massiva que a tenebrosa figura de George William Bush massivamente destruiu o Iraque.
A UCI está a fazer o papel de GWB. Não tem ponta por onde pegar, nem nos espanhóis, muito menos nos portugueses, mas parece disposta a arrasar-nos. Porquê?
Fui demasiado duro em relação a um colega, mas a culpa não é só minha. E lendo o que hoje foi escrito, e conhecendo-o, consigo recompor a cena. Ouvindo, ou sendo parceiro activo numa conversa a título particular, não resistiu em procurar protagonismo e convenceu quem disto muito ou nada sabe, que tinha uma grande cacha.
E espoletou uma “guerra” institucional entre a FPC e a CNAD.
É evidente que o responsável pelo LAD só pode entender como crítica directa ao seu trabalho o facto de uma outra figura institucional ser citado (e hoje confirmou-o) a dizer que somos um antro de dopados [palavras minhas] quando ele não apanha ninguém.
E é em torno disto que tudo gira.
Não há – não pode haver, em nome do direito à presunção de inocência – culpados até que alguém o prove. Parece que o presidente da FPC sabe mais do que diz. É isso? Foi, de facto, aquele trabalho que eu contestei, uma “encomenda”? Mas o presidente da FPC é membro da direcção do CNAD!...
Não ponderei algumas passagens desse texto, mas a verdade é que mantenho as mesmas dúvidas. E o desenvolvimento – ainda que tímido – que o caso teve hoje, continua a apontar para o mesmo. Uma “encomenda” que só foi entregue porque alguém se dispôs a isso.
Defende-se com o quê? No facto de ter sido o presidente da FPC a dizê-lo? Mas nem o presidente da FPC tem o direito de lançar suspeitas se não puder provar o que diz. Há um relatório internacional? Baseado em quê e feito a partir… do quê?
Do levantamento dos dados pessoais dos Corredores?
Atenção meus senhores – todos os envolvidos – há uma Lei que protege TODOS os cidadãos em relação à recolha de dados pessoais.
Uma Lei que em Portugal não é mais do que a transcrição para a nossa legislação da legislação comunitária, logo, e apesar de a Suíça não fazer parte da União, é válida em três quartos da velha Europa. Sem excepções.
Não pode a UCI, só porque está sedeada na Suíça, fazer tábua rasa desse facto.
E depois, põe em causa a idoneidade de muita gente, a começar pelos médicos das equipas que rubricam as cartas de saúde dos seus corredores.
E eu acho que este problema devia ser discutido por quem sabe. E o primeiro trabalho do Jornalista devia ser esse. Procurar uma explicação, dando voz a quem souber explicar. Isto apesar de todos sabermos que o presidente da FPC é médico. É. Mas é responsável por alguma equipa? Não. Conhece, individualmente e em termos médicos, cada um dos corredores? Não.
Também todos sabemos que faz parte da comissão directiva da UCI… Contudo, fica-lhe mal lançar, assim, ao ar – se o fez em forma de recado – este manto de suspeitas sobre todo o Ciclismo que afinal… dirige.
Pode ter sido vítima. Acredito que sim.
Pensou em voz alta, confiando em quem o ouvia e terá sido surpreendido ao ver os seus pensamentos escarrapachados no jornal. E viu hoje um parceiro institucional a ver-se obrigado a desdizê-lo.
A grande, a verdadeira discussão que deve ser encorajada, é apenas esta: há elementos concretos sobre os quais assentar essa teoria de que em Portugal (e em Espanha) os corredores apresentam padrões sanguíneos tão diferentes assim dos restantes colegas de profissão para além dos Pirinéus?
Cientificamente isso será possível de explicar.
E é isso que o Jornalista tem que ir à procura. E tem de explicar aos amantes da modalidade. Porque, de facto, não há casos de doping em Portugal.
Não mais do que noutras paragens.
Não é função do Jornalista lançar suspeitas.
E se ouve alguém que induza essas suspeitas, tem, obrigatoriamente, que ouvir a outra parte. Alguém que lhe explique a ele – que evidentemente não sabe – e a todos os o lêem, o que é que se está a passar.
Senão corre o risco de ser tomado como simples e triste caixa de ressonância.
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