domingo, março 30, 2008

II - Etapa 10

OSCAR BARROS REPETE VITÓRIA
NO CRITÉRIO VIGO ATLÂNTICO

O ciclista da equipa Super Froiz, Oscar Barros, arrecadou a vitória pelo segundo ano consecutivo, no Critério Vigo Atlântico, prova que tradicionalmente abre a temporada galega de ciclismo em estrada e que esteve organizada pelo Clube Ciclista Vigués.
A prova, desenrolou-se num circuito urbano de 850 metros de perímetro, situado na cidade de Vigo, Avenida de Garcia Barbón, constou de quatro competições, e na mesma participarão 73 ciclistas elite e sub-23, pertencentes a 6 equipas galegas e portuguesas do Maia-SEC-ABB e LA-Trevomar.

A primeira manga, a de fundo, constava de 20 voltas ao circuito, foi ganha por Nélson Oliveira (LA-Trevomar); a segunda, um contra relógio por equipas teve como ganhadores a Super Froiz, entre as seis formações que participaram da contra meta e a Cambre-Friosonoble entre as que competiram desde a meta.

A prova de sprints pontuáveis foi ganha pelo luso Rui Sá (Maia-SEC-ABB) e a de eliminação por António Carvalho (LA-Trevomar).

Oscar Barros (Super Froiz) foi proclamado, por segundo ano consecutivo, vencedor do Troféu Vigo Atlántico-Gran Premio Caixanova, à frente de António Carvalho (LA-Trevomar) e José António Ramos (Spol-Caixanova).

CLASSIFICAÇÃO
1.º, Oscar Barros (Esp/Super Froiz)
2.º, António Carvalho (LA-Trevomar)
3.º, José António Ramos (Esp/Caixanova)
4.º, Nélson Oliveira (LA-Trevomar)
5.º, Borja Calviño (Esp/Frisonoble)
6.º, Bruno Saraiva (Maia-SEC-ABB)
7.º, Mauro Gonzalez (Esp/Super Froiz)
8.º, Rui Sá (Maia-SEC-ABB)
9.º, Fernando Torres (Esp/Caixanova)

10.º, Pablo Araújo (Esp/Super Froiz)

PORTUGUÊS JONI BRANDÃO
VENCEU CLÁSSICA DA PÁSCOA

Cento e seis ciclistas participaram na Clássica de Páscoa em Padrón (Galiza), na categoria de elite e sub-23 num percurso de 131 km e os grandes triunfadores desta edição da corrida padronesa foram as equipas portuguesas que ocuparam o pódio ao conseguirem a vitória por Joni Brandão (Feira-E. Leclerc), à frente de Bruno Saraiva (Maia-SEC-ABB) e Luís Moreira (Casactiva).

A prova foi muito competitiva e terminaram apenas 57 ciclistas, dos quais 17 disputaram a vitória no sprint final, alcançando o triunfo Joni Brandão que vinha escapado desde os últimos 30 km e que esteve prestes de ser alcançado na linha de meta.

Ao longo da corrida houve muitas tentativas de fuga por parte das equipas portugueses e galegas, mas nenhuma chegou a ser definitiva até a do ganhador da prova que se escapou na segunda das três subidas ao alto de Formarís.

CLASSIFICAÇÃO
1.º, Joni Brandão (Feira-E. Leclerc)
2.º, Bruno Saraiva (Maia-SEC-ABB)
3.º, Luís Moreira (Casactiva)
4.º, Tiago Pais (Feira-E. Leclerc)
5.º, António Carvalho (LA-Trevomar)
6.º, Oscar Barros (Esp/Super Froiz)
7.º, Rui Sá (Maia-SEC-ABB)
8.º, Jorge LLano (Esp/Ciudad de Oviedo)
9.º, Borja Calviño (Esp/Frisonoble)
10.º Ricardo Rodrigues (Feira/E. Leclerc)

(Textos e fotos: Maia-SEC-ABB)

II - Etapa 9

GARRA DE VÍTOR RODRIGUES
VINGA EM ST.ª QUITÉRIA

Vitor Rodrigues garantiu este domingo, pelo segundo ano consecutivo, a vitória no Grande Prémio de Portugal. O corredor da Selecção A de Portugal foi segundo classificado no Monte de St.ª Quitéria, em Felgueiras, gastando mais 11 segundos que o vencedor da etapa, o estónio Rein Taaramae do Centro Mundial de Ciclismo.

O anterior líder da competição, o francês Antony Roux, que tinha apenas três segundos de vantagem sobre Vítor Rodrigues no início dos 139,2 km da última etapa fez o sexto lugar, gastou mais 48 segundos e baixou ao segundo posto da classificação geral final. Rein Taaramae terminou a competição no terceiro lugar.

Vitor Rodrigues entrou para esta terceira e última etapa determinado em recuperar a camisola amarela que perdera no dia anterior e, nem mesmo um furo nos últimos quilómetros, o impediu de sentir as emoções do triunfo.


“Na fase final da etapa estava um pouco dependente do ciclista que vinha fugido na frente [Rein Taaramae], que também estava a 1 minuto e 30 do camisola amarela [Antony Roux]. Tentei gerir o esforço porque ele estava bastante bem e tentei controlar o tempo do líder, que estava atrás de mim. Ao chegar a St.ª Quitéria não pensei em ganhar a etapa, pensei sim em vencer o Grande Prémio de Portugal que era o mais importante,” declarou o português Campeão Nacional Sub 23.

Este último dia de competição era, já à partida em Felgueiras, considerado bastante exigente devido ao percurso ondulado por quatro prémios de montanha destacando-se a passagem pelo Alto do Viso, contagem de primeira categoria que podia ter feito estrago nas pretensões nacionais porque o corredor estónio mostrou-se bastante forte.
Foi também nesta dificuldade que o camisola amarela começou a perder terreno.

Na subida final para o alto de St.ª Quitéria, Rodrigues conseguiu encurtar a distância para o fugitivo. As condições meteorológicas adversas com alguma chuva e vento também não facilitaram o trabalho dos corredores que no fim foram brindados com sol e com uma multidão entusiasmada e esperançada na vitória portuguesa.

Por equipas, a Rússia destronou neste último dia a selecção francesa.
Na classificação da montanha, Simon Geschke foi o melhor neste 2.º Grande Prémio de Portugal e levou para a Alemanha a camisola verde. A camisola branca, da classificação por pontos, foi para Rein Taaramae que em três etapas ganhou duas enquanto a camisola laranja da juventude foi ganha pelo dinamarquês Rasmus Guldhammer.

(Texto e foto CiclismoPAD)

II - Etapa 8

HECTOR GUERRA GANHA EM ESPANHA

Excelente, a participação das equipas portuguesas no 59.º Gran Premio de Lloido (País Basco).

Hector Guerra (Liberty Seguros) ganhou a corrida, e equipa de Vítor Paulo Branco e Américo Silva ganhou colectivamente e Xavier Tondo e Tino Zabala, ambos da LA-MSS-Póvoa venceram, respectivamente, as metas volantes e os sprints especiais. Mais, nos primeiros desasseis da classificação ficaram sete corredores de equipas portuguesas.

Comecemos pela montanha, a única classificação que escapou às formações lusas.

Havia seis contagens, com três passagens em Garate ganhas por Tino Zabala (LA-MSS-Póvoa), Angel Vicioso (LA-MSS-Póvoa) e Hector Guerra (Liberty Seguros) e duas em Malkuarto, com Guerra a passar à frente na segunda.

Nas Metas Volantes (duas), Tino Zabala ganhou a de Amurrio e Xavier Tondo a de Arespalditza, conquistando assim a respectiva geral, com os mesmos pontos do seu companheiro na LA-MSS-Póvoa.

Nos Sprints Especiais (dois), Tino Zabala ganhou o de Murgia, sendo Tondo o segundo, e no de Lloido Krassimir Vasilev (Palmeiras Resort-Tavira) foi segundo. Na geral, foram 1.º, 2.º e 3.º pela ordem descrita.

Um dia em cheio para qualquer uma das quatro equipas - Liberty Seguros, LA-MSS-Póvoa, Palmeiras Resort-Tavira e Fercase-Rota dos Móveis - com esta a meter Paco Mancebo nos primeiros dez, à chegada mas que, porque só terminou com dois corredores, não contou para a classificação colectiva ganha, relembro, pela Liberty Seguros, ficando o Tavira na 9.ª posição e a equipa da Póvoa de Varzim na 10.ª, entre treze equipas que acabaram com três ou mais corredores.

(Foto de Maria João Gouveia/SuperCiclismo)

II - Etapa 7

A MINHA PRIMEIRA VOLTA AO ALENTEJO
OU A FORÇA
DO CHAMAMENTO DO SANGUE

Lembro-me como se tivesse sido ontem.
Tendo entrado para os quadros da extinta A CAPITAL em 1991 e logo atirado para a fogueira – o que é (era) normal fazer com os caloiros –, mandado para a estrada a cobrir provas de Ciclismo numa altura em que estava completamente a leste da modalidade, foi preciso esperar até 1995 para me estrear na cobertura da Alentejana.

N’A CAPITAL o calendário velocipédico resumia-se à Volta, ao Troféu Joaquim Agostinho – porque se desenrolava na região da Grande Lisboa e não acarretava despesas-extra para o jornal (que pagava pernoitas, mesmo em serviços internos, desde que implicasse não vir dormir a casa) – e ao Grande Prémio de Lisboa, organizado pela Associação de Ciclismo de Lisboa e depois pela própria A CAPITAL, que passou a dar-lhe o nome.

Durante quatro anos foi assim, embora eu tivesse tentado convencer a direcção do jornal que a Volta ao Alentejo era uma prova importante.
Até porque fora ganha por vários corredores que ganharam, também, a Volta a Portugal.

As equipas apresentavam-se sempre no seu máximo de força – o que nem sempre acontecia, e continua a acontecer com o Joaquim Agostinho dada a proximidade da corrida de Torres Vedras com a Volta – e eu já ouvira falar do mui especial élan que envolvia a Alentejana.

Só em 1995, portanto, me estreei na Volta ao Alentejo por especial insistência do então meu chefe de Secção, o Zé Manel Delgado. E não tenho dúvidas de que, porque na altura o Delgado era comentador da Rádio Comercial, trabalhando amiúde com o Fernando Emílio, um dos principais relatores da estação da Sampaio e Pina, alentejano e com forte ligação ao Ciclismo, este teve um papel decisivo no convencimento do Zé Manel Delgado em me enviar para o Alentejo.

Lembro-me como se tivesse sido ontem.
“Consegues desenrascar-te sozinho?”, perguntou-me o Delgado, explicando: “É que se não… não tenho argumentos para convencer a chefia.”
Como, depois dessa experiência, voltei a fazer milhentas vezes, respondi primeiro que sim, e só depois lá me desenrasquei.

O trato não era passível de discussão. Era pegar ou largar.
Ia comigo um fotojornalista – que conduziria o carro porque eu não tinha (nem tenho) carta de condução –, aproveitava-se o facto de a primeira etapa ser corrida em circuito, com várias passagens pela meta, em Beja, para ele queimar dois ou três rolos (ainda eram rolos) de fotos que depois serviriam para ilustrar o resto das etapas e regressaria a Lisboa no mesmo dia.
A corrida terminaria no domingo seguinte, em Évora, e então apareceria alguém para me recolher.

O engraçado é que, se tivesse esperado por isso, ainda agora estava em Évora!
Não apareceu ninguém.

Em relação ao trabalho do meu queridíssimo Carlos Alberto, o repórter-fotográfico que foi comigo até Beja, acabou por valer já que o vencedor da etapa, o russo Asiate Saitov, da Artiach, haveria de manter a camisola amarela até ao último dia, safámo-nos.

Quanto a mim, também resolvi atempadamente o meu problema…
Calhou que o enviado do Record fosse o António Barros, que trabalhara nos quatro anos anteriores comigo, n’A CAPITAL.

Ele já me tinha acompanhado numa etapa de um anterior GP A CAPITAL, e era essa a sua única experiência na modalidade; enquanto eu nunca mais deixara de fazer Ciclismo e, com quatro anos de estrada (aquela que se fazia no jornal), estava em plena fase de aprendizagem.

Cultivando – e não é imodéstia, hony soit qui mal y pense – o meu habitual low-profile. Vendo e ouvindo tudo o que pudesse; falando o menos a que pudesse ser obrigado.

O Barros partira de Lisboa com todos os hotéis marcados, sem preocupações. Eu, ao fim do dia pedia-lhe que me desse o número do telefone em que ele iria ficar no dia seguinte e então telefonava a tentar marcar um quarto. O que, curiosamente, só por duas vezes não consegui.

Na etapa que terminou no alto da Senhora da Penha, em Castelo de Vide, o Record marcara quarto na Pousada de Santa Maria, na linda vila de Marvão. Havia lugar para mim, quando telefonei, mas o preço da dormida era demasiado cara para o dinheiro que eu levava, com o juramento de que chegaria e não ultrapassaria os gastos previstos.

Acabei por ficar no Sol e Serra, em Castelo de Vide. E, para não obrigar o Barros a ter de me ir buscar no dia seguinte, que era um sábado, dia de folga n’A CAPITAL que não se publicava ao domingo, aproveitei para viver uma das poucas experiências que – malgrado ter chegado há tão pouco tempo ao Ciclismo – me faltava.
E fiz e etapa no Carro Vassoura, conduzido por esse homem de coração puro que é o Joaquim Ezequiel. Não sei nada dele nos últimos dois anos, mas espero, sinceramente, que esteja bem de saúde.

Mas voltemos um pouco atrás.
A Volta ao Alentejo, nessa época, era mesmo uma corrida impar. Tal qual mo haviam contado.
No final do dia, depois de cada um ter terminado o seu trabalho – os jornalistas o de descrever os acontecimentos; o pessoal da organização o de desmontar todo o circo que envolve uma corrida de Ciclismo -, todos nos juntávamos à mesma mesa.

A Volta ao Alentejo é organizada pela Associação dos Municípios do Distrito de Évora, mas sempre contou com o apoio de outros municípios alentejanos e cada um deles fazia questão de juntar à mesma mesa, ao fim do dia, toda a gente, independentemente da sua condição.

Foi este o grande segredo da Organização da Alentejana durante anos.
Mesmo naquele ano em que o jantar (e a corrida tinha sete dias então) foi sempre ensopado de borrego!



E depois do jantar, vinha o convívio tendo como música de fundo o triste, sentido cante alentejano que, em versos simples, conta pequenas histórias da vida sofrida dos Homens e Mulheres que trabalharam durante séculos de Sol a Sol practicamente apenas por um pão e um pedaço de toucinho.

E depois há aquela força, seja do sangue, seja daqueles chãos secos onde, em Maio o ondular das searas já douradas faz lembrar as ondas do mar. Mar que eu só vi pela primeira vez aos 11 anos.


E, quando já pensava que era mais lisboeta que Alentejano, a descoberta que quando se nasce Alentejano é-se Alentejano para sempre na não explicável experiência de sentir os olhos molhados e um aperto na garganta ao ouvir as melodias marcadas, os versos tristes onde, ao mesmo tempo, se reconhece que não há esperança mas se percebe a promessa de ficar e lutar até ao fim.



Lembro-me como se tivesse sido ontem...

sábado, março 29, 2008

II - Etapa 6

ESQUECERAM-SE DA "ALENTEJANA"?

A Volta ao Alentejo foi apresentada ontem, sexta-feira.

Por acaso vi duas breves em dois dos desportivos e uma fotolegenda no Correio da Manhã, mas nem liguei as notícias a uma cerimónia oficial de apresentação de uma corrida que é das mais carismáticas no nosso país e que sempre mereceu alguma atenção por parte dos OCS, sendo, provavelmente, a prova que mais beneficiava com a cobertura praticamente nacional da sua corrida.
Aquela onde as salas de Imprensa quase se assemelhavam às da Volta a Portugal, em número de jornalistas presentes.

Perdeu a corrida alguma... patine? Sim, talvez. Terá perdido.
Mas tanto que passou assim de repente - sendo uma Corrida do Calendário do Circuito Europeu da UCI - ao lote, em termos de divulgação, de uma vulgar... clandestina?

Creio que a Organização não o merece.
Nem o historial da Alentejana.
Só percebi realmente que aconteceu ontem a Apresentação Oficial ao ler aqui.
Como alentejano... não me conformo.

*********
Pronto, agora fui ver e o Ciclismo Digital, do Rui Quinta, também noticia o acontecimento.
E disponibiliza a lista de iscritos, aqui.

II - Etapa 5

CALENDÁRIO IBÉRICO
(INSISTÊNCIA MINHA)

O Benfica participou esta semana na Volta a Castilla y León, com uma prestação agradável, até porque regular, e, já amanhã (in'Record e no Norte Desportivo) outras quatro formações lusas - Liberty Seguros, Palmeiras Resort-Tavira, LA-MSS-Póvoa e Fercase-Rota dos Móveis - marcarão presença no conceituado Gran Premio de Lloido, no País Basco.

Para a Volta ao Alentejo estão anunciadas três equipas espanholas.

Com a opção, por parte das equipas portuguesas, em aproveitarem algumas corridas no país vizinho, foi necessário fazer alterações ao Calendário Nacional (notícia A BOLA).

Pergunto: Não fará mesmo mais sentido desenhar-se um Calendário Ibérico?

sexta-feira, março 28, 2008

II - Etapa 4

DANAIL PETROV EM 4.º NO ÚLTIMO SPRINT
DA VOLTA A CASTILLA Y LEÓN


No sprint da despedida da Volta a Castilla y León, o benfiquista Danail Petrov voltou a intrometer-se entre os da frente, tendo conquistado um excelente quarto lugar que traduz o bom momento de forma do ciclista búlgaro, numa competição bastante dura cuja vitória ficou na posse do vencedor do Tour, o ano passado, e vencedor da última edição desta corrida, Alberto Contador (Astana), que se manteve na liderança desde a vitória do contra-relógio do primeiro dia.

A derradeira etapa foi ganha pelo espanhol da Euskaltel, Koldo Fernandez, que gastou 3.58.28 horas para percorrer os 158 quilómetros entre Guardo e Riaña.

Danail Petrov, Rui Costa e José Azevedo entraram no pelotão da frente, com o mesmo tempo do vencedor, enquanto Edgar Pinto perdeu apenas 27 segundos, José Mendes e Mikel Pradera terminaram num grupo que registou o atraso de 2.55 minutos, Rubén Plaza gastou mais 3.02 m e Hugo Sancho, ficou a 6.55 minutos.

Na geral, os ciclistas do Benfica, concluiram a prova nas seguintes posições:

12.º, Danail Petrov, a 2.01 m
19.º, José Azevedo, a 2.43 m
41.º, Edgar Pinto, a 3.56 m
47.º, Rui Costa, a 5.39 m
50.º, José Mendes, a 6.16 m
60.º, Ruben Plaza, a 8.24 m
63.º, Mikel Pradera, a 8.44 m
97.º, Hugo Sancho, a 16.34 m
Por equipas, o Benfica termnou no 5.º lugar, a 3.47 minutos da vencedora, a holandesa Rabobank.

"Edgar Pinto só não discutiu a vitória porque foi arrastado pela queda de um corredor à sua frente, quando seguia na quarta posição para o sprint, e foi o Petrov a obter um excelente quarto lugar, apesar de ter ficado para trás devido a um furo, recolando com a ajuda de Mendes e Pradera, os quais, devido ao esforço a que estiveram sujeitos por esse trabalho, perderam quase três minutos", contou o técnico encarnado, Orlando Rodrigues, em Comunicado distribuído pelo Benfica.

Orlando Rodrigues adiantou ainda: "O balanço que faço é bastante positivo. Viemos para lutar pela vitória, mas como o Plaza não estava tão bem como desejavamos, tivemos de tomar outras opções com o Petrov e o Edgar, que estiveram, por mais de uma vez, entre os primeiros, apenas se lamentando o facto de não terem podido chegar a uma vitória. Seja como for, estiveram todos em bom plano e o 5.º lugar conquistado entre as melhores equipas da actualidade, é motivo de orgulho para todos nós."
.
(Foto: Maria João Gouveia/SuperCiclismo)

II - Etapa 3

APRESENTAÇÃO DA EQUIPA ALGARVIA DE BTT ESTORNINHOS

Esta equipa nasceu o ano passado, mediante a assinatura de um protocolo entre a Associação Agrocinegética dos Estorninhos e o Clube de Ciclismo de Tavira.
Depois de um 2007 bastante positivo, renova-se em 2008 o protocolo para mais um ano de cooperação.
A cerimónia de apresentação da equipa/assinatura de protocolo, acontece amanhãs, no Restaurante Toca do Mocho, em Estorninhos, pelas cinco da tarde.

(Obrigado Ana Luísa de Jesus)

II - Etapa 2

APRESENTAÇÃO DA UC SOBRADO

(Na condução da cerimónia o meu caro amigo Joaquim Vieira, a quem envio um forte abraço)

II - Etapa 1

ENTRADA DE LEÃO NA TAÇA DAS NAÇÕES DE SUB-23

Vítor Rodrigues (Liberty Seguros), ao serviço da Selecção de Portugal.1, terminou a ligação entre Felgueiras e a Lixa, na distância de 148,7 km, com uma vantagem superior a um minuto e, para além de ser o primeiro camisola amarela do 2.º Grande Prémio de Portugal ficou em excelente posição para poder repetir o triunfo do ano passado.

Na chegada à cidade da Lixa, o corredor de Oliveira de Azeméis, que completou recentemente 22 anos, pôde levantar bem alto os braços para comemorar o triunfo isolado à frente do luxemburguês Ben Gaustauer e de Antony Roux, da selecção francesa.

(Vaz Mendes)

Neutralização

terça-feira, março 25, 2008

Agradecimento

A todos os responsáveis pela União Ciclista do Sobrado,
na pessoa do seu presidente, Nuno Ribeiro, e do seu director-desportivo,
o meu grande amigo José Barros, agradeço desta forma o simpático convite, esperando que compreendam que, agora já - finalmente! - por motivos profissionais, não vou poder estar convosco.

Junto com o agradecimento, ficam os meus votos de uma excelente temporada de 2008.

segunda-feira, março 24, 2008

Nota

MUITOS AGRADECIMENTOS;
ALGUNS DESABAFOS

Tudo começou com um susto.
Um grande susto.
Algo do género que nunca pensamos que nos aconteça a nós…

Depois, de prova em prova, a descoberta de problemas mil.
Já não era tão grande o susto, mas foi-se prolongando a via-sacra.

De médico em médico…

Mas isso agora não interessa.
Garantido o mínimo que mereço, no respeitante à qualidade de vida, mesmo doendo um pouco aqui, levando um pouco mais de tempo ali… amanhã, finalmente, vou voltar ao meu lugar no segundo andar do número 23 da Travessa da Queimada, no velhinho Bairro Alto.

Fiquei feliz com a demonstração de carinho que obtive esta tarde, ao ligar para o jornal para dar a novidade.

Entretanto, quero aqui deixar publicamente expresso o meu mais sincero agradecimento a todos aqueles que sempre foram tentando saber notícias sobre o meu estado de saúde, que me foram apoiando e animando.

Não foram muitos, mas como bons amigos que demonstraram ser, dispensam, tenho a certeza, publicidade ao seu nome. Como os outros, que me esqueceram, não o merecem, em definitivo.

Amanhã estou de volta ao meu meio.
Tenho que recuperar o tempo perdido e vou apresentar-me cheio de ganas
Já me cheira a redacção.
Finalmente vou voltar.

Neste – longo – interregno, valeu-me este espaço.
Não só para poder manter-me activo no que para muitos pode ser apenas o simples acto de escrever, mas que, para mim, foi… vital - passe o exagero -, sobretudo para me manter vivo junto da família do Ciclismo.

É de escrever que gosto.
É de escrever em jornais que eu gosto.
De escrever NUM jornal.
O meu.

Fez-me falta.
Faz-me falta!

Retorno amanhã. Daqui a pouco mais de 12 horas…
Não conseguem imaginar como me sinto.
20 anos depois, já sinto o mesmo nervoso miudinho, como se amanhã fosse o meu primeiro dia numa redacção.
(Queiram desculpar o teor intimista e alguma réstia de sentimentalismo a dar para o parvo.)

E, porque nunca poderei agradecer o suficiente, repito-me.
Um grande e apertado abraço a todos os amigos; um sonoro e rechonchudo beijo na bochecha das amigas que não me esqueceram.

E como não sou feito de pau – malgrado o sobrenome – uma saudação também para os que pensaram que se tinham visto livres de mim.

Desculpem o incómodo… mas estou de volta.

quarta-feira, março 19, 2008

1113.ª etapa

LIBERTY SEGUROS EM DESTAQUE
NO ESPANHOL META2MIL
.

A formação da Charneca do Milharado merece esta semana uma página inteira no especializado Meta2Mil. Por causa dos seus espanhóis? Também, mas não só.

O entrevistado foi o Vítor Paulo Branco que não esconde o jogo. Balanceados pelas duas - muito recentes - vitórias do jovem Manuel Cardoso, no Ribatejo, a equipa fundada pelo saudoso Manuel Maduro tem objectivos bem claros.

A fasquia está alta? O Vítor reconhece-o mas promete que na formação estão todos preparados.

E explica porque não inscreveu a equipa como Continental Profissional.

terça-feira, março 18, 2008

1112.ª etapa

NÃO PERCEBEM A IMPORTÂNCIA,
ESTÃO-SE NAS TINTAS, OU...

Sou Jornalista profissional há 20 anos e trabalho em OCS de âmbito nacional há 18. Há 17 que sigo atentamente o Ciclismo.
Não é grande coisa, enquanto currículo, não o discuto.

Nesta mais de década e meia de estreita ligação com o Ciclismo conheci apenas duas organizações da Volta a Portugal e, pela primeira vez nestes 17 anos, soube hoje – que é ontem, pois se comecei a escrever antes da meia-noite, já vi que o artigo sairá com a data de 18 de Março – através de um e-mail, aquilo a já me tinha habituado a ser eu a dar em primeira mão.

Tem explicação.
As equipas, as organizações, estão hoje dimensionadas de uma nova forma. Têm os seus assessores, canal previlegiado para a divulgação de notícias.
Mas há mais explicações.
Não há, hoje em dia, e por culpa de alguns jornalistas, aquela aproximação entre as partes que permitia obter uma notícia em exclusivo. Em primeira mão.

Foram, ao longo dos últimos anos, demasiados tiros-nos-próprios-pés.
E, sem que isso belisque nem um pouco as regras pelas quais nós, os Jornalistas, nos regemos, não acredito que haja hoje confiança em nós.

Só temos que, sem medos nem hipocrisias, denunciar quem fez gato-sapato dessa confiança que se quer mútua. Dos cata-ventos que hoje são amigos de uns e amanhã de outros.

Sem pôr em causa o natural desenvolvimento daquilo a que se chama, genericamente, assessoria de Imprensa que, equipas e organizações, vão adoptando cada vez mais.

Indo directamente ao assunto: os Jornalistas foram confrontados hoje [que já foi ontem] com uma notícia que não se pode dizer seja apenas uma notícia.


Ninguém conseguiu adiantar-se e foi a própria Organização a revelar publicamente que a Volta a Portugal de 2008 vai acabar em Felgueiras.

Daqui a algumas horas os jornais – nomeadamente os desportivos – vão avançar com uma página sobre a coisa.
Não sei de nada, apenas tento adivinhar…
Vai haver quem tenha tido noção da importância da coisa e tenha falado com os mais directamente interessados.
Provavelmente haverá quem só vai transcrever o mesmo e-mail que eu recebi…

Subsistirá – no caso de informação manca – a mensagem de que… não havia espaço para mais.
É aqui que começa o problema.
Perceber que interesse tem cada acontecimento.

Sorte minha que aqui não tenho condicionantes físicas. Posso escrever os caracteres que me apetecer…
Provavelmente por isso, serei o único com espaço para daqui tirar o meu chapéu ao Joaquim Gomes.

Nos últimos anos - muitos, até de mais - a Volta acabou por se decidir no crono final. Este ano TODAS as formações portuguesas se reforçaram com contra-relogistas puros preparando-se para a mais que provável repetição da cena e a Organização tira da cartola, um crono, largo - vai andar aí pelos 40 quilómetros - mas cujos derradeiros 1600 metros são a subir, e com rampas já significativas. Resultado: mantendo-se o crono a fechar a Volta, este já não vai ser igual para todos os especialistas.

Não me refiro à estrada e à sua inclinação, nem à distância. Refiro-me, é evidente, a que os homens que se dão bem na luta contra o cronómetro, acabaram de ser divididos em dois lotes: os que até nem sobem mal, e os que, a subir não rendem o mesmo.

Esta é a notícia que eu escreveria para amanhã.

Entretanto, Joaquim, deixa-me peguntar: não teria sido melhor ter convocado a CS?
Ok… a empresa (ou a Volta) tem uma assessoria de Imprensa...

Mas insisto com a pergunta: Sabes qual é a diferença, em termos de tratamento, de uma notícia “nossa” e uma ”injectada” por uma empresa de comunicação e imagem?

O simples destacar um jornalista para cobrir um determinado evento garante, à partida, uma maior percentagem de centímetros quadrados da notícia.
Mas ninguém perguntou a minha opinião e por aqui me fico.


O que não significa que estejam certos.
Percebes, Joaquim?

segunda-feira, março 17, 2008

Nota... (não tão áparte quanto isso)

SEM LIMITES PARA A (POUCA) VERGONHA

Auto-nomeados como super-polícia do Mundo, os Estados Unidos, a poucos meses dos Jogos Olímpicos que decorrerão em Pequim, refizeram a lista dos países “piores violadores dos Direitos Humanos”,
lista essa onde os próprios EUA não constam, claro.

Guantanamo é em… Cuba.
É sim senhor. Para os que não sabiam ficam a saber.
É, de facto, na ilha de Cuba.

Quando começaram a aparecer movimentações, nos mais diversos pontos do Globo, apelando a um boicote às Olimpíadas de Pequim – que fique claro que não sou, definitivamente não sou, a favor desta espécie de boicotes em que se misture política e Desporto -, os estadunidenses, que inauguraram essa moda, em 1980 quando não compareceram e levaram muitos dos seus aliados a não comparecer em Moscovo (então ainda a capital da URSS), encontraram a solução que qualquer chico-esperto que tenha o poder nas suas mãos não desdenharia.

Refizeram a lista dos maussem a China – e, assim, vamos lá todos para Pequim de consciência tranquila.

Mas atentem... o documento diz: "A China continua a ser um país autoritário, onde os cidadãos estão privados dos direitos fundamentais, os jornalistas são perseguidos e detidos por não haver liberdade de expressão, tal como os agentes humanitários por o associativismo se encontrar sancionado, e os reclusos sofrem torturas". (Ver Aqui)

Desculpem este bocadinho: ha, ha, ha, ha!...

Mais, nem sequer vai ser surpresa pois isso já está mais ou menos previsto.
Em Setembro há nova actualização da lista dos “violadores dos Direitos Humanos” e… adivinhem!

Não, não não… Guantanamo vai continuar a ser na ilha de Cuba!

Quem arriscou na possibilidade de a China voltar a constar na lista pode pedir um desejo qualquer, que tem grandes hipóteses de o ver concretizado.

domingo, março 16, 2008

1111.ª etapa

SEM PALAVRAS PARA COLOCAR EM TÍTULO

O pelotão que disputa o Paris-Nice ficou hoje estático na linha de partida para a derradeira etapa da prova, depois de dada a ordem para saírem para a estrada, e assim permaneceu por três minutos, em silêncio, numa demonstração de solidariedade para com o colega belga Kevin Van Impe que protagonizou na passada quarta-feira uma situação que seria caricata, não fora o facto e as circunstâncias em que ocorreu.

Kevin e a companheira esperavam, desde há alguns meses, por uma data que que aproximava e que lhes marcaria a vida. O nascimento do seu primeiro filho. Nas últimas semanas as coisas complicaram-se e o pequeno, que haveria de chamar-se Jayden, nasceu prematuramente, não tendo sobrevivido mais de seis horas.

Acontece que na quarta-feira, quando Kevin estava no cemitério da localidade belga onde vive, Lochristi, a tratar do processo burocrático para a inceneração do féretro do bebé, foi abordado por um responsável pelos controlos anti-doping inopinados que se mostrou de todo insensível ao momento pelo qual o jovem corredor passava, recusando-se a aceitar os seus argumentos avisando apenas que, se não se disponibilizasse para fazer o controlo assumia o risco de ver-lhe ser aplicada a pena de dois anos de suspensão.

Hoje, em Nice, Phillipe Gilbert – que é membro da Associação de Corredores Profissionais - assumiu a responsabilidade de dar a cara, no que foi prontamente secundado pelo líder da prova, Davide Rebellin, e pelo 2.º classificado, Rinaldo Nocentini e, subindo ao pódio onde momentos antes tinham sido entregues as camisolas aos lideres das divrsas classificações, anunciou que o pelotão iria respeitar um momento de silêncio, retardando a patida, como forma de demonstrar a sua solidariedade para com o companheiro de profissão.

sábado, março 15, 2008

1110.ª etapa

O CICLISMO HÁ-DE VENCER

Primeira nota introdutória: este artigo NÃO é uma resposta ao do Carlos Flórido, que saiu na edição de hoje de O JOGO.

Segunda nota introdutória: o Carlos regressou às modalidades, agora - creio não estar enganado - com funções de (ainda) mais responsabilidade. Uma boa notícia para, por exemplo, para o Ciclismo. Uma aposta que a concorrência não devia deixar passar em claro.

Desentendimentos, sempre a nível de opinião, porque a minha admiração por ele nunca esteve em causa, chegaram a pôr-nos em lados opostos de uma imaginária barricada. Mas porque, apesar de ser míope... tratei-me, nunca deixei de o considerar o Jornalista português mais bem informado sobre TUDO o que se passa com a Modalidade que nos une.

Deixados os entretantos, passemos aos finalmentes.

O Carlos Flórido dedica o editorial - deixem-me chamar-lhe assim - que abre a Secção das Modalidades no seu jornal à guerra palaciana entre a União Ciclista Internacional e a Amaury Sport Organisation (vulgo: ASO).

Tem razão. Há, de facto, manobras de guerrilha entre as duas partes mas, não fossem as pretensões hegemónicas da UCI e nada disto estaria a acontecer.

Claro que, no exercício das suas funções no seu jornal, o Carlos tem de obedecer a regras às quais, sendo o VeloLuso apenas um Blog não tem de respeitar.

No meu regresso - que está para muito breve, posso adiantar - também me sentirei de alguma forma constrangido em escrever exactamente o que penso porque, a partir do momento em que o suporte da minha opinião passe a ser o Jornal, tenho a obrigação de o não imiscuir naquilo que pode ser só a opinião do cidadão-adepto do Ciclismo.
Compreendem?

Isto para eu justificar a mim próprio o meio caminho por onde andou a opinião do Carlos.
Para ele, há culpas de parte a parte. Acho que o escreveu em consciência.
Para mim, e como já tive oportunidade de aqui escrever, parafraseando, aliás, palavras proferidas na minha presença pelo doutor Artur Moreira Lopes, presidente da União Velocipédica Portuguesa-Federação Portuguesa de Ciclismo, as associações servem para coordenar as actividades dos clubes nelas inscritos; a federação existe para coordenar as associações e, no que respeita aos Profissionais, a FPC não tem que se imiscuir com o que fazem as Organizações. Não mais do que chancelar as suas corridas que, obrigatoriamente, pelos regulamentos, têm de ser presentes ao órgão máximo da modalidade.

Ora, isto é facilmente transponível para o patamar superior.
E se acharem que não, tentem explicar-mo.

As federações servem para coordenar a modalidade nos respectivos países; a UCI serve para coordenar as diversas federações e não vislumbro nos seus estatutos - que qualquer um pode ler - a hipótese de ela se transformar em organizadora de corridas.

A não ser os Campeonatos Mundiais, tal como as federações nacionais têm à sua a responsabilidade de organizarem os Campeonatos de cada país.

Mais, os Campeonatos da Europa, nas categorias em que se disputam, são da responsabilidade da União Europeia de Ciclismo (UEC) que, esta sim - em representação das associações de ciclismo dos países europeus - tem lugar na Assembleia-geral da UCI.
Como as outras federações ou confederações continentais.

Por tudo isto, a minha opinião é a de que a UCI não tem nada que se pôr a organizar corridas.

E a verdade é que nunca as realizou nem tem ideias de o fazer. Criou foi um fantasma chamado ProTour, cujas corridas que preenchiam o seu calendário continuaram a ser organizadas por quem sempre as organizou, com apenas um pequeno pormenor a alterar as regras do jogo.

Porque a ideia do ProTour nasceu nos corredores de Aigle, a UCI reivindicava, não só uma fatiazinha do bolo mas os direitos internacionais sobre a receita do dito bolo.
Que ela não inventou.

As organizações continuavam a ter que investir - para isso continuavam a ter que ter o trabalho de angariar patrocinadores - mas na hora da distribuição dos dividendos, a UCI abocanhava parte significativa.

Passe a imagem - que pode ser chocante - as organizações, que sempre deram o corpo ao manifesto e sempre correram todos os riscos, passavam a fazer o papel de putas.
E a UCI a de chulo.

As mais rameirosas, mais dia menos dia caíam, abandonadas pelo chulo que pouco ou nada ganhava com elas; as de maior charme, aquelas que até aí faziam rios de dinheiro em contactos directos, tinham de passar a pagar ao chulo.
Na melhor das hipóteses... alugar quarto no hotel explorado pelo chulo.

Contem a história da maneira que quiserem... a moral da mesma é esta.
Nua e crua.

Ao contrário do que o Carlos escreve, o ProTour não visava - porque isso é inexequível - retirar peso ao Tour.
O Tour é o Tour.
E basta por-mos as palas e ver só o que está à frente dos nossos olhos para que ninguém fique com a mínima réstia de dúvidas de que, quando um responsável - ou candidato a isso - por uma equipa portuguesa tenta convencer um patrocinador, não lhe vai prometer que vai fazer boa figura na Volta ao Algarve, lutar pela vitória no Troféu Joaquim Agostinho ou limpar a concorrência no GP Abimota.

Promete-lhe, é evidente, visibilidade na Volta a Portugal.

E isto acontece ao mais alto nível.
Basta substituir Volta a Portugal por Tour.

E que ninguém tenha dúvidas de que - como o Carlos lhe chamou - o calendário ASO esmaga, reduz à mais ínfima percentagem, o Circuito ProTour. Porque é com a possibilidade de estar no Tour - só os Jogos Olímpicos e os Mundiais de Futebol o ultrapassam em número de telespectadores a nível global - que as empresas arriscam capitais para patrocinar equipas de Ciclismo.

As Clássicas da Primavera são importantes? São.
O Giro é incontornável? Será.
A Vuelta ganhou estatuto? Ganhou.
Mas toda a gente quer ir ao Tour.
E a ASO pode pôr e dispôr.

A UCI ameaçou as equipas ProTour que se apresentassem à partida do Paris-Nice despromovido, por casmurrice da UCI, a corrida do calendário interno francês.

A ASO, sem vir para os media dizer isso, fez passar a mensagem de que, quem não aparecesse nesta corrida esquecesse o convite para o Tour.

Resultado...
Vejam na internet. Ou nas breves que os jornais dão.
Terá sido por acaso?
Claro que não.

Por isso, não há guerra entre a UCI e a ASO porque não pode haver.
Mas em Aigle são manhosos, traiçoeiros, perigosos. Como os cães que não ladram.
Atacaram a Associação Internacional de Grupos Desportivos, cortando relações institucionais.
Mas é apenas o canto do cisne. Se é que sabem o que isso significa.
Exactamente.
É mais fácil cair a UCI que a ASO.
Por isso a RCS e a Unipublic não hesitaram em cerrar fileiras junto com organizador francês.

A NBA - e já dei este exemplo milhentas vezes - está de fora da jurisdição da Federação Internacional de Basquetebol.

A qualquer momento se pode criar uma qualquer entidade que passe a supervisionar o Ciclismo de Elite fora do âmbito da UCI.

E isto pode até nem acontecer porque em Aigle recuarão o quanto, quando e onde tiverem que recuar, para não ficarem apenas a supervisionar as federações vazias de equipas de topo que, sem hesitações, aderirão a qualquer modelo que as alivie da pressão psicológica de uma UCI cada vez mais ridícula.

E a luta contra o doping, com a chancela da UCI é outra mentira.

Apenas visa cobrar às equipas verbas exorbitantes que davam até para controlar os espectadores que estão na meta de todas as etapas de todas as corridas.

E sabem o que aconteceu na Volta ao Algarve?
Exactamente!...
Mas, se foi a primeira - esta temporada - não será, de certeza a única.
Para onde vai o dinheiro?

Por acaso... é uma boa questão.
Para onde irá o dinheiro?

1109.ª etapa

1108.ª etapa

“DIVÓRCIO” DA SAGRES NÃO FOI COM O BENFICA
MAS COM AS ORGANIZAÇÕES JOÃO LAGOS


A BOLA foi o primeiro jornal – pelo menos entre os desportivos – a reportar as alterações nos equipamentos da formação encarnada, à saída para a corrente Volta ao Distrito de Santarém. Nas camisolas vermelhas apenas se mantinha o logo da Lagos Premium, tendo desaparecido o rectângulo azul com o nome da marca Sagres Zero.

E na mesma notícia o jornal acrescentava que a opção da Centralcer – com fábrica em Vialonga - era a de concentrar-se no patrocínio ao futebol do Benfica. Patrocínio que vem desde há muito. O novo Estádio da Luz tem mesmo uma Bancada Sagres.

O JOGO, na sua edição de hoje pega no assunto mas, no essencial, diz o mesmo. Tudo teria sido uma mera opção. O que, como ficou escrito no parágrafo anterior, cai pela base. Já existia e, reforço, há muito, o acordo de patrocínio da Centralcer ao futebol do Benfica, com a marca genérica de Sagres.

O Expresso explica hoje, embora numa notícia curta, o que realmente aconteceu.
A Unicer – com fábrica em Leça do Bailio – bateu a concorrente lisboeta no concurso para patrocinador Premium das organizações João Lagos, incluindo o Open do Estoril apressando o fim de uma ligação de muitos anos, nomeadamente com a marca Água do Luso.

A partir deste ano o maior evento nacional de ténis terá como bebida oficial a água Vitalis (da Unicer) e, naturalmente, a marca de referência da empresa, a cerveja Super Bock, substituirá a marca Sagres.
Ora, a Centralcer, preterida no ténis e – muito provavelmente – nas outras organizações da João Lagos Sports, incluindo a Volta a Portugal, bateu com a porta.

Como estamos a falar de duas instituições diferentes, a JLSports e o SL Benfica, e como com esta não houve alterações de contratos, a Sagres não preferiu canalizar a sua publicidade apenas para o futebol encarnado.

Achou-se foi sem condições para continuar a patrocinar a equipa de ciclismo que, chamando-se Benfica é, de facto, gerida pela LagosBike, outra empresa do universo da JLSports.

* Mas até pode acontecer que o Benfica venha a ter que mudar de equipamento de novo. É que outra das marcas de prestígio da Unicer são as Águas das Pedras que, ainda segundo o Expresso de hoje, e depois da parceria entre a cervejeira de Leça do Bailio e a espanhola Leche Pascual, aquela que é considerada a melhor água mineral natural do mundo passa a ser representada no país vizinho por esta empresa que tem 21 delegações em toda a Espanha, com uma rede de 1200 vendedores e 185 mil pontos de venda em todo o território espanhol.

Ora, como Espanha é um dos palcos previlegiados do calendário da equipa de ciclismo do Benfica… um pouco de promoção da marca Água das Pedras não seria má estratégia comercial por parte da Unicer…

quinta-feira, março 13, 2008

1107.ª etapa

PROVAVELMENTE O MELHOR (MAIS FORTE)
FINALIZADOR PORTUGUÊS DA ACTUALIDADE

Manuel Cardoso, o jovem de Paços de Ferreira - cidade que já teve uma equipa mo pelotão principal - que este ano representa a Liberty Seguros foi o vencedor da 1. ª etapa da Volta ao Distrito de Santarém e vestiu, pelo menos pela segunda vez - depois o ter feito no final da 2.ª etapa da Volta a Portugal de 2006 -, a ambicionada Camisola Amarela.

Cumpridas seis provas onde estiveram equipas portuguesas, Manuel Cardoso é o quinto Corredor de uma equipa lusa a ganhar - o primeiro foi Martin Garrido (Palmeiras Resort-Tavira), na Volta ao Estado de San Luís, na Argentina, que também venceu à geral, e na Volta a Valência, o Benfica não tendo ganho nenhuma etapa, viu Rubén Plaza arrebatar a geral individual final - ganhar algo, esta temporada que ainda mal saiu do adro.

E a primeira nota vai para o facto de a estrada estar a confirmar o equilíbrio que se adivinhava no pelotão nacional. Na quarta prova do calendário doméstico, António Cosme (Madeinox-Boavista), etapa e geral na Volta ao Concelho de Albufeira; Francisco José Pacheco (Barbot-Siper), duas etapas na mesma corrida e Bruno Neves, vencedor da Prova de Abertura, juntam-se a Garrido e Plaza, pelo que, neste momento, apenas a Fercase-Rota dos Móveis e o Centro de Ciclismo de Loulé ainda não provaram o doce sabor da vitória.

Àparte do que for acontecendo ao longo da temporada, este - a comparação entre os triunfos de cada uma das oito equipas nacionais - será tema de interesse constante.

Uma nota: A cidade de Guimarães e os vimaranenses em geral orgulham-se - com toda a propriedade - das equipas do Vitória Sport Clube. É notícia o facto de, como li hoje num jornal, numa cidade de 60 mil habitantes, o seu estádio de futebol, que leva mais de metade da população residente, somar enchentes; ao mesmo tempo, o moderno Multiusos da Cidade-Berço, mal grado os seus 2500 lugares, é curto para receber todos os associados do Vitória que viram a sua equipa de Voleibol atingir a final do Campeonato Nacional.
Parabéns às gentes de Guimarães.

Pena foi que tanto amor clubista não tenha chegado para manter na estrada a equipa de Ciclismo.
Pena mesmo...

segunda-feira, março 10, 2008

1106.ª etapa

REMEDIADOS FAZEM PELA VIDA

Foi complicado este fim-de-semana, por isso sai atrasado este artigo. Mas não deixaria de aqui falar nisso.

Cumpriu-se a 2.ª Volta ao Concelho de Albufeira - Associação de Ciclismo do Algarve, 3-Todas as Outras Associações, 0 (em termos de corridas para os profissionais) -, e o destaque vai para duas das equipas que posso classificar como... remediadas.

Com pouco dinheiro, mas com ganas - e o termo nem sequer tem a ver com o facto de ambos os corredores em destaque serem espanhóis.

A Madeinox-Boavista foi a grande vencedora. Grande vencedora porque não há provas menores, nem aquelas onde, depois de passagem discreta, se vem dizer que só lá foram para... treinar. Pois sim!

Dizia, a Madeinox-Boavista foi a grande vencedora, com o jovem António Cosme a garantir, depois de ter ganho a primeira etapa, o triunfo final.

O outro destaque vai para a Barbot-Siper que, com Francisco José Pacheco ganhou duas das três etapas.

Parabéns aos dois. Parabéns às duas equipas.


(Fotos: pela ordem em que são apresentadas, do sitio oficial da Madeinox-Boavista e do SuperCiclismo, por Maria João Gouveia)

quarta-feira, março 05, 2008

1105.ª etapa

COOPERANTE DE AMARELO EM MÚRCIA

Aitor Perez, da Extremadura-Ciclismo Solidário, a tal equipa para cujo orçamento contribuem os próprios corredores e pessoal auxiliar que formaram uma cooperativa e prescindem de parte dos vencimentos e prémios de forma a que fosse possível sair com a equipa para a estrada, é o novo líder da Volta a Múrcia, hoje disputada e que foi ganha por Chechu Rubiera, companheiro de Sérgio Paulinho na nova Astana.
Em relação à formação portuguesa presente, a Liberty Seguros - teve corredores em fuga, como se pode ver na imagem -, Hernâni Brôco foi décimo oitavo na etapa e Nuno Ribeiro (20.º) e o mesmo Brôco (21.º) são os mais bem classificados na geral a 1.10 minutos do líder.

Pablo Urtasun continua terceiro nas Metas Volantes.

Amanhã corre-se a 3.ª etapa, 146 quilómetros entre Puerto Lumbreras e San Pedro del Piñatar (de onde saiu a promeira tirada).

Não se assustem com o perfil... ambas as contagens são de 3.ª categoria.

terça-feira, março 04, 2008

1104.ª etapa

ARRANQUE DA TAÇA DE PORTUGAL
E DO TROFÉU "DHX"/VODAFONE/2008

O centro histórico da Guarda irá conhecer uma enorme animação ao longo do dia 15 de Março (sábado), com a realização da primeira edição do Downhill Urbano da Guarda, numa organização da geapro e do Clube Escape Livre, com o apoio da Câmara Municipal da Guarda, da Agência para a Promoção da Guarda e do Prime (Programa de Incentivos à Modernização da Economia).

Esta prova marca o início da Taça de Portugal de Downhill Urbano, da responsabilidade da União Velocipédica Portuguesa-Federação Portuguesa de Ciclismo, que este ano conta com um total de seis provas, e ainda do Troféu DHX/Vodafone 2008, uma iniciativa da geapro inscrita no calendário nacional, e que engloba um conjunto de mais seis provas – dois downtown e quatro downhill.

Para o vereador do Desporto e Tempos Livres da CM da Guarda, Vítor Santos, esta primeira edição do Downhill Urbano da Guarda “constituiu para Autarquia mais um grande desafio. A Cidade da Guarda vai ser palco, pela primeira vez, de uma prova deste género e esperamos que, tanto os atletas como o público, usufruam desta prova o melhor possível ao longo do dia.”

O percurso, com 1.112 metros de extensão, atravessa o verdadeiro coração histórico da Guarda: com partida da Torre de Menagem, passa pelo interior da Escola Santa Clara, que os participantes contornam para depois saltarem directamente para as traseiras da Sé.

O traçado prossegue pela Rua D. Miguel Alarcão, chegando à Praça Velha, onde estará instalado um primeiro obstáculo artificial, prometendo ser um local de grande espectáculo para o público, devido à alta velocidade com que os concorrentes irão cruzar aquele local de referência da Guarda.

O ataque às estreitas escadarias da Rua Dr. Bernardino Xavier Freire promete ser um dos desafios técnicos mais difíceis para os pilotos, que prosseguem pela Rua D. Dinis, tendo nova escadaria na entrada na Rua da Glória. Ao fundo desta artéria viram à esquerda para a Rua S. Vicente, passando pelo arco, virando depois à direita, rodando pelo passeio da Rua Paiva Couceiro.

Mal entram na Avenida dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, os concorrentes viram à esquerda para as escadas que dão acesso ao Parque. Uma vez aí descem três níveis até saírem pelas escadarias em direcção à Avenida Monsenhor Mendes do Carmo, e depois de saltarem mais um obstáculo artificial, atingem a meta colocada praticamente em frente ao Hotel Vanguarda.

O programa da competição prevê a abertura da pista pelas 8.30 horas do dia 15 de Março para reconhecimento sem bicicleta, estando a primeira sessão de treinos agendada para as 9.00 horas. A segunda sessão terá lugar pelas 11.15 horas.

A primeira manga de prova tem o início marcado para as 13.30 horas e a segunda para as 16.00 horas, sendo apenas contabilizada a melhor descida para efeitos de classificação final. A competição deverá estar concluída pelas 18.00 horas.


Texto (editado) da VIVEX

1103.ª etapa

VOLTA AO CONCELHO DE ALBUFEIRA
HOMENAGEIA JOSÉ MARTINS


Corre-se no próximo fim-de-semana, dias 8 e 9, a 2.ª Edição da Volta ao Concelho de Albufeira/Troféu José Martins, prova que serve de homenagem ao conhecido ciclista, natural de Paderne (Albufeira) vencedor de duas Voltas a Portugal.

Nas estradas do concelho de Albufeira vão estar 120 ciclistas em representação de 14 equipas.

A 2.ª Volta ao Concelho de Albufeira foi apresentada à Comunicação Social e é composta por três etapas. A primeira tem lugar no sábado de manhã numa extensão de 88,6 quilómetros com partida marcada para as 10.00 horas da manhã, junto à Câmara Municipal de Albufeira, e chegada à Freguesia de Olhos d'Àgua, cerca do meio-dia.

Na parte da tarde (16.20 horas) junto ao Estádio João Campos, em Paderne, dá-se a partida para a segunda etapa que termina na Guia, pelas 18.10 horas, depois de cumpridos os 73,3 quilómetros.

No domingo tem lugar a terceira e ultima etapa que ligará a Guia (partida às 10.00 horas) a Albufeira (chegada prevista para as 12.25 horas), numa extensão de 108,5 quilómetros.

Em conferência de imprensa o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, Desidério Jorge Silva, afirmou que “o ciclismo é uma modalidade que devemos apoiar, pela espectacularidade que proporciona e porque pretende também honrar o ilustre José Martins”.

Na Volta a Portugal, José Martins para além das duas vitórias (1946, pelo Iluminante; 1947, pelo SL Benfica), obteve um 2.º lugar (1941, pelo Iluminante), dois quartos (1948 e 1950, pelo SL Benfica) e um sétimo lugar (1949, pelo SL Benfica).

O ano passado este Troféu juntou centenas de atletas, dos quais se viriam a destacar, no prémio individual Bruno Neves, prémio de montanha Pedro Cardoso, metas volantes César Quitério, prémio por pontos Bruno Neves e a equipa vencedora foi a Barbot-Halcon.

(notícia repescada daqui)
(foto de José Martins, do livro
"História da Volta", de Guita Júnior)

1102.ª etapa

LIBERTY SEGUROS NA VOLTA A MÚRCIA

César Quitério foi o mais bem classificado dos corredores da formação da Liberty Seguros no final da primeira etapa da Volta a Múrcia (Espanha), 157,3 quilómetros cumpridos entre San Pedro del Piñatar e Lorca.

César Quitério ocupa a 14.ª posição na Geral Individual, isto enquanto o espanhol Pablo Urtasun é o terceiro na Geral das Metas Volantes.

Não sei o que terá acontecido, mas a nota menos positiva vai para Koldo Gil - que já venceu esta prova, em 2005 - que se atrasou muitíssimo, estando a 7.24 minutos do líder, e vencedor da etapa, o australiano Graeme Brown, da holandesa Rabobank.

Amanhã corre-se a 2.ª etapa entre Calasparra e Totana, na distância de 152,5 quilómetros.

domingo, março 02, 2008

1101.ª etapa

CICLISMO NO FEMININO

Como membro da família do Ciclismo, é evidente que também eu gostava que fosse maior a expressão da modalidade no feminino.
Tivemos – e temos – atletas esforçadas mas que, creio eu, por falta de peso específico na estrutura do Ciclismo, foram (ou são) exemplos avulsos, passe a expressão que não tem nada de depreciativo. Garanto!

Chegámos a estar nos Jogos Olímpicos, com Ana Barros, definitivamente o nome maior do ciclismo feminino em português. A corredora de Santa Marta de Portuzêlo foi 23.ª na prova de fundo, nas Olimpíadas de 1996, em Atlanta (Estados Unidos), depois de já ter feito parte da formação olímpica portuguesa, quatro anos antes, em Barcelona, onde foi infeliz e acabou por não participar depois de um acidente sofrido já na Cidade Condal, a poucos dias da prova.

Tivemos depois a Cláudia Vitorino que teve a sua época de supremacia a nível nacional e temos a Isabel Caetano, campeã nos últimos anos, e a Irina Coelho, também ela diversas vezes campeão nacional.

Agora descobri mais um nome, o de Joana Patrício, uma ribatejana, de Salvaterra de Magos que sonha fazer uma carreira profissional no estrangeiro. Lá terá que ser…

Leiam aqui.

sábado, março 01, 2008

1100.ª etapa

ORLANDO RODRIGUES
SURPREENDENTEMENTE CALMO

No início da sua emissão, hoje, a Televisão Valenciana Internacional mostrou-nos, como habitualmente acontece nas coberturas de ciclismo em directo, num flash-back, algumas entrevistas feitas antes do início da etapa.

Uma delas foi com o Orlando Rodrigues.

Surpreendeu-me, não me surpreendendo.
Explico. Extremamente sereno, expressando-se num castelhano (quase) impecável, Orlando Rodrigues assumiu – repito, antes de a etapa ter começado – que a corrida estava ganha.

“Vai haver” - disse ele antecipando os acontecimentos – “inevitavelmente uma fuga, mas depois as equipas com os sprinters mais fortes tomarão conta da corrida. O Benfica apenas terá que controlar os adversários mais próximos.”

Recordo que esta corrida dava bonificações, tanto na chegada como em dois sprints intermédios em cada uma das etapas. Com todo o a propósito, o entrevistador inquiriu: “E os sprints intermédios? Dão seis segundos a quem passar na frente em ambos” [Plaza tinha apenas cinco de vantagem].

Sempre calmo, o Orlando expôs a táctica: “A equipa estará vigilante de forma a que não sejamos surpreendidos por terceiros. O Rubén marcará o Manuel Vasquez, nomeadamente, nesses sprints intermédios…”

Tudo pensado, ok, mas o surpreendente é que não houve, por parte do Orlando, nem uma hesitação, nem ponta de bluff. Não mostrou preocupação de maior, muito menos receio; não foi sobranceiro, muito menos provocador.
Foi… ele.

Impressionou-me. Cinco segundos é nada!
Podiam acontecer mil e uma coisas e ele ali, tão calmo, tão confiante…
Com um técnico assim, qual não é a equipa que não sai confiante para a estrada?
Parabéns Orlando. Gostei muito.

1099. etapa

(Desta vez acerto!...)
PLAZA SUCEDE A PLAZA

O (novo) Benfica estreou-se hoje a ganhar uma corrida por etapas. Foi em Espanha, na popular e importante Volta à Comunidade Valenciana. E ganhou com uma das grandes apostas que fez para a presente temporada, Rubén Plaza, que chegou à liderança na terceira etapa e depois, com a imprescindível ajuda da equipa, é evidente, resistiu a todos os ataques nas duas derradeiras jornadas.
É a primeira vitória à geral de um corredor do Benfica desde o triunfo de David Plaza na Volta a Portugal de 1999.
Está de parabéns o Orlando Rodrigues – que, também ele, conseguiu o seu primeiro triunfo à geral, como técnico, e logo no seu segundo ano nas novas funções -, estão de parabéns todos os benfiquistas, especialmente aqueles que acreditaram desde sempre que este projecto nada tem a ver com a aventura dos tempos de João Vale e Azevedo. Pese embora eu ache que, tanto António Brás como José Manuel Antunes até tinham boa vontade. Nunca tiveram foi muito mais do que isso.

Está de parabéns o Justino Curto.
Está de parabéns o João Lagos (o homem não perde uma aposta!...)

Sim, eu sei.
Afinal é somente a primeira vitória à geral e surge apenas no segundo ano desta equipa na estrada. Claro que não é motivo para se entrar em desmedidas euforias. Mas não é essa a mensagem que quero fazer passar.

Hoje, um corredor de uma equipa portuguesa ganhou uma das mais importantes corridas do calendário espanhol.
Isso temos que sublinhar.

Mas nem foi o primeiro.
Há sete anos, mais ou menos por esta altura – foi a a 3 de Março -, estávamos a festejar feito em tudo semelhante, com o triunfo do suíço Fabian Jeker para a equipa da Maia. O primeiro de uma série deles que se somaram até Agosto do ano passado.
Jeker, que também haveria de ganhar uma Volta às Astúrias, venceu nesse ano de 2001 a Volta a Portugal, a primeira das quatro que a Maia, com Manuel Zeferino, somou nos últimos sete anos.

Uma curiosidade: tal como acontecera com o Jeker, Rubén Plaza ganhou a corrida sem ter ganho nenhuma etapa e ambos fizeram um segundo lugar. Valeu a regularidade.

Em relação à curta distância, de apenas cinco segundos, que Rubén Plaza conseguiu defender, reparem (mais à frente) como isso tem acontecido nos últimos anos. Também, convém dizer que estamos a falar de uma corrida de cinco dias.

Deixo-vos então as classificações, a começar pela de hoje, claro.

Etapa
1.º, Alessandro Petacchi (Milram), 3:12.54 horas
2.º, Danilo Napolitano (Lampre), m.t.
3.º, Francesco Chicchi (Liquigas), m.t.
4.º, Erik Zabel (Milram), m.t..
5.º, Ruben Perez (Euskatel-Euskadi), m.t.
6.º, Jérôme Pineau (Bouygues Telecom), m.t.
7.º, Javier Benitez (BENFICA), m.t.(...)
17.º, Rubén Plaza (BENFICA), m.t.
26.º, Edgar Pinto (BENFICA), m.t.
28.º, Mikel Pradera (BENFICA), m.t.
54.º, Pedro Lopes (BENFICA), m.t.
69.º, José Mendes (BENFICA), m.t.
90.º, Danail Petrov (BENFICA), m.t.
99.º, Hélder Miranda (BENFICA), m.t.
Geral Individual Final
1.º, Ruben Plaza (BENFICA), 19:54.49 horas
2.º, Manuel Vasquez (Contentpolis-Murcia), a 5 s
3.º, Xavier Florêncio (Bouygues Telecom), a 21 s
4.º, José Ivan Gutierrez (Caísse D’Épargne), a 24 s
5.º, Gorka Verdugo (Euskatel-Euskadi), a 31 s
16.º, Danail Petrov (BENFICA), a 49 s
37.º, José Mendes (BENFICA), a 5.21 m
53.º, Mikel Pradera (BENFICA), a 18.06 m
67.º, Javier Benitez (BENFICA), a 28.04 m
78.º, Edgar Pinto (BENFICA), a 30.25 m
106.º, Pedro Lopes (BENFICA), a 41.03 m
128.º, Hélder Miranda (BENFICA), a 57.51 m
Equipas
1.ª, Bouygues Telecom (Fra)
2.ª, Cofidis (Fra)
3.ª, BENFICA

2007
1.º, Alejandro Valverde (Caisse d’Épargne)
2.º, Tadej Valjavec (Lampre), a 8 s
3.º, Frank Shleck (CSC), a 12 s
14.º, Danail Petrov (BENFICA), a 23 s
Equipas
1.ª, Lampre (Ita)
11.ª, BENFICA

2006
(sem portugueses)
1.º, António Colón (Caisse d’Épargne)
2.º, Ricardo Serrano (Kaiku), a 11 s
3.º, David Bernabéu (Com. Valenciana), a 12 s

2005
(sem portugueses)
1.º, Alessandro Petacchi (Fassa Bortolo)
2.º, Aitor Perez (Spiuk), a 34 s
3.º, António Colón (Illes Ballears), a 38 s

2004
1.º, Alejandro Valverde (Kelme)
2.º, António Colón (Illes Balears), a 9 s
3.º, David Blanco * (Com. Valenciana), a 22 s
6.º, Rubén Plaza * (Com. Valenciana)
11.º, David Bernabéu (MAIA)

(*) – Hoje corredores, respectivamente, do Palmeiras Resort-Tavira e SL Benfica-Lagos-Sagres Zero
Equipas
1.ª, Kelme (Esp)
4.ª, MAIA

2003
1.º, Dario Frigo (Fassa Bortolo)
2.º, David Bernabéu (MAI), a 15 s
3.º, Pascoal Llorent (Kelme), m.t.
Equipas
1.ª, Cofidis (Fra)
2.ª, MAIA
3.ª, ONCE (Esp)

2002
1.º, Alex Zülle (Team Coast)
2.º, Ivan Basso (Fassa Bortolo), a 9 s
3.º, Claus Möller (MAIA), a 48 s
Equipas
1.ª, MAIA

2.ª, ibanesto.com (Esp)
3.ª, ONCE (Esp)

2001
1.º, Fabian Jeker (MAIA)
2.º, Michael Boogerd (Rabobank), a 13 s
3.º, Alexandre Vinokourov (Telekom), a 32 s
7.º, José Azevedo (ONCE)
10.º, Melchor Mauri (MAI)
21.º, Andrei Zintchenko (LA-Pecol)
Equipas

1.ª, ibanesto.com (Esp)
2.ª, MAIA
3.ª, Euskatel-Euskadi (Esp)
10.ª, LA-PECOL
Fabian Jeker foi ainda segundo nas classificações da Regularidade, Montanha e Metas Volantes.