terça-feira, maio 11, 2010

ANO V - MEMÓRIA I

ANO V - MEMÓRIA II


Nesse Lugar onde agora estás, quantas Corridas já terás ganho, meu Amigo? E eu sem puder testemunhá-las!... Mas tu vais contar-mas. Um dia. Em Breve. Espero não me esquecer do bloco e da caneta... ficou tanta coisa para contar de ti... Vamos, com certeza, reencontrar-mo-nos, então teremos toda a eternidade para contares e eu escrever todas as estórias que vais ter para contar. Eternamente na minha memória. Eternamente no meu coração. Abraço caro Bruno...
... o teu sincero amigo, Manuel José Madeira

sábado, maio 08, 2010

ANO V - Etapa 50

RABO ESCONDIDO... COM GATO DE FORA!



Sinceramente, acreditem-me... já, algures lá para trás, deixei perceber que reagi muito mal à forma como o Ciclismo passou a ser tratado a partir de certa altura.

Afastei-me. Convivo mal com ingratos, 'vira-casacas' e, sobretudo, com 'curiosos' que se autorgam como 'jornalistas'.

Tenho, e se alguém quiser pagar para ver é só chegar-se à frente, 23 (!) edições da Meta2Mil por abrir... Não deixei de assinar o único Jornal de Ciclismo Ibérico, mas nem abro os envelopes. Quem o assina sabe que houve um período em que deixou de vir em envelopes de papel, para vir em plástico. Eu poderia até 'fingir' que não abrira os outros, mas os de plástico é impossível.

Isto para servir de explicação que há quase dois anos que me desinteressei pela 'informação' sobre Ciclismo. Exceptuando a que vem nos três 'desportivos' nacionais que compro e leio diariamente.

No seguimento da Etapa anterior, e já esticando-me no tempo porque amanhã - mais logo - tenho mais um dia de trabalho, tendo sido 'provocado' para ir espreitar um blog de ciclismo... fui.

Lá está a notícia do regresso da Alentejana.
Por mero instinto, fiz scroll e deparei-me com os comentários.

Destaco este...

Até um ceguinho adivinha quem é este alentejano...
Ao gato... só falta o fato e a gravata cor-de-rosa ;-)

A resposta deixei-a no dito Blog... se não for aceite, repeti-la-ei aqui mesmo.

ANO V - Etapa 49

... E SEMPRE QUE UM HOMEM QUER...


(@)

Logo que ontem, ao princípio da tarde, soube da novidade, para além de um misterioso sentimento que, no mesmo cadinho fundia a réstia de esperança que sempre mantive acesa, com a convicção firme de que no Alentejo HÁ MESMO gente tão apaixonada pelo Ciclismo, nomeadamente pela nossa mui querida Alentejana, que seria capaz de, custasse o que custasse não deixaria morrer a prova, me lembrei dos versos do poeta António Gedeão, curiosamente, um cientista, professor de Física - Rómulo de Carvalho de seu nome verdadeiro - que tão bem soube lidar com as palavras e os sentimentos...

... Sempre que um Homem quer, o Mundo pula e avança, como bola colorida, entre as mãos de uma Criança...

E perdoem-me a divagação; perdoem-me as analogias (provavelmente descabidas).

Os Homens que, à inércia - é tão fácil desistir, mas desistir é também símbolo de fraqueza ou, mais odioso ainda, e mesquinho, tentação de destruir o que outros, tantos outros, levaram mais de duas décadas e meia a construir - de outros tantos, e não me convencerão disso, apenas motivados por questões políticas (o que é que o Desporto tem a ver com política?), deixaram cair a Volta ao Alentejo, souberam responder com ma autêntica bofetada de luva branca, a esses curvo-me agradecido e aqui deixo, enquanto mero cidadão, enquanto Alentejano, enquanto apaixonado pelo Ciclismo, o meu Muito Obrigado!

Não fiquei, mesmo nada, surpreendido com os seus nomes. Sempre os reconheci como Gente de Bem.

O que interessa, e só isso interessa, é que a 28.ª Edição da Alentejana vai mesmo para a estrada este ano, impedindo, assim, uma interrupção que poderia ser definitivamente fatal.

Fiquei a par das dificuldades com as quais tiveram que se debater. Os muros contra os quais esbarraram, as cercas que tiveram que saltar e a necessidade de, como em 1983, aquando da realização da primeira edição, andar a bater de porta em porta para conseguirem o orçamento mínimo que pudesse manter a corrida no calendário. Extraordinariamente, fora das habituais datas, mas o que interessa é que a Alentejana, apesar do fingido pranto das carpideiras que para isso mesmo são chamadas, o FUNERAL da Alentejana foi anulado. Por falta do defunto.

Amigos, todos vocês que se empenharam de alma e coração nesta tarefa de não deixar morrer o maior acontecimento desportivo do nosso Alentejo, ainda que com alguns (naturais) condicionalismos), o meu mais sincero e profundo obrigado.

Convosco, orgulho-me de ser Alentejano.

segunda-feira, maio 03, 2010

ANO V - Etapa 48

ORGULHO LOULETANO...
... ORGULHO PORTUGUÊS!

O final da semana passada, que culminou ontem, domingo, há uns anos (bem poucos) atrás teria sido de autêntica euforia.

Não me vou alargar, mas também não posso deixar passar despercebido que um Corredor de uma equipa PORTUGUESA - independentemente dos valores que terão composto o pelotão porque, sinceramente, só segui as provas pelos títulos, sem ler os textos, mas lembro-me do impacto que mereceu, por exemplo, uma dada Volta à Extremadura, corrida, definitivamente, de segundo plano no calendário espanhol, o que (ainda) não acontece com a Volta às Astúrias (fiz seis!) - ganhou uma das mais míticas citas do calendário do país vizinho, prova que elevou à estatura de GRANDE, um sem número de Corredores.

Refiro-me à Subida dal Naranco, ganha pelo louletano Santi Perez.

Logo a seguir veio a Volta às Astúrias. Perez voltou a andar bem, mas o vencedor final fou o seu colega de equipa Constatino Zaballa. Glória aos louletanos. Gente que ama como ninguém a modalidade; gente que - sei que chegou a acontecer - mesmo sem condições insistiu a manter uma equipa profissional na estrada. Valeu a pena Jorge Piedade. Valeu a pena Manuel Baptista.


O Tino venceu a prova na derradeira etapa - costuma ser a subida ao alto do Santuário del Acebo a decidir o vencedor - ao chegar a Oviedo isolado; o Santi, juntou ao triunfo na Subida dal Naranco, o prémio de melhor asturiano, ao terminar em 5.º lugar (o segundo melhor 'português'), mas dentro dos 15 primeiros, na tabela final, ainda couberam o David Blanco, André Cardoso e Alejandro Marque, dodos do Palmeiras-Tavira que venceu a prova colectivamente.

O que isto não teria dado há... três anos atrás!!!

Parabéns a todos! E uma constatação: olha as equipas algarvias a darem nas vistas... se há região em Portugal que merece, é o Algarve.

Foto: Rafa Carbonero