HOMENAGENS MAIS DO QUE JUSTAS
Disputa-se hoje, com as equipas que sobraram – e isto não é uma crítica a ninguém, muito menos às equipas que aproveitaram convites do estrangeiros, até porque quase todas elas se estão a dar muito bem -, disputa-se hoje, escrevia, o 6.º Prémio Câmara Municipal de Amarante que, se não estou em erro, é o segundo ano que leva o cognome de Memorial dr. José Barreiro de Magalhães.
A título meramente informativo – porque os interessados já o devem saber – a corrida tem 135 quilómetros, começa às 14.05 horas e, prevê-se, terminará pelas 17.40 horas.
O tema deste artigo tem a ver com o crescendo do uso do nome de antigas glórias do ciclismo nacional como aposto à designação tradicional de algumas (já várias) provas do nosso calendário.
Sem outro auxílio que não o da minha memória, diria que a primeira pedalada foi dada pela Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Torres Vedras – já com Francisco Manuel Fernandes como responsável – que, em 1985 acrescentou ao Prémio de Ciclismo de Torres Vedras o nome de Troféu Joaquim Agostinho. A minha biblioteca – em termos de obras sobre ciclismo – é curta nem me preocupei em procurar noutros suportes. Escrevo de memória, como referi.
Lembro, porque estive lá, que em 1999, pouco depois do início da temporada o Benfica – então regressado ao ciclismo após longa ausência – organizou uma corrida a que se deu o nome de Clássica José Maria Nicolau. Começou junto ao antigo estádio da Luz e terminou no Cartaxo, com vitória do Manuel Liberato, então no Troiamarisco-Porta da Ravessa.
Depois, há dois ou três anos, a velha Volta a Terras de Santa Maria passou a ter apelido: Troféu Fernando Mendes. Nada de mais justo. Apareceu o Troféu Reis Eusébio, no Algarve, este Memorial dr. José Barreiro de Magalhães e, há oito dias, a Clássica da Primavera, organizada pelo C Navais surgiu também com o nome Troféu José Zeferino, malogrado irmão do meu caro Manel Zeferino, que faleceu no Alentejo, por acaso no decurso de uma Volta ao Algarve.
Aperceberam-se os últimos da geração antes da minha que era imperioso perpectuar o nome de algumas das princpais figuras do nosso ciclismo porque, infelizmente, os mais novos – na sua esmagadora maioria – nem o nome dos corredores actuais sabem e isso é visível por andarem permanentemente com a folhinha oficial dos inscritos na mão para procurarem, pelo número dos dorsais, o corredor com quem querem falar. A culpa também não é deles. Está a morrer – pelo menos a desaparecer, de uma ou outra forma – a derradeira onda de jornalistas que se podiam intitular de… ciclismo.
E porque é que eu me fui lembrar disto, justo agora?
Porque achei curiosíssimo – e daqui me inclino respeitosamente perante quem teve a ideia – o facto de cada uma das etapas do próximo Grande Prémio Abimota ter um nome. É verdade!
Provavelmente os jornais – e todos os outros meios de comunicação -, chegada a hora de falar da corrida dirão apenas que a primeira etapa ligará a povoação de Caldas do Gerês a Terras do Bouro… e por aí adiante.
Por isso, e para que a iniciativa da empresa que organiza a corrida, a Abimota (é uma Associação Industrial, e não uma Empresa; já agora fica esclarecido), não fique sem o devido destaque, aqui deixo o quadro das etapas que constituirão a 29.ª edição do Grande Prémio Abimota. Com os seus sobrenomes.
GRANDE PRÉMIO ABIMOTA
Dia 7 de Junho
Caldas do Gerês-Terras do Bouro, 118 km
(etapa Ribeiro da Silva)
Dia 8 de Junho
S. Bento da Porta Aberta-Santa Maria da Feira, 152,2 km
(etapa Sousa Cardoso)
Dia 9 de Junho
Santa Maria da Feira-Montemor o Velho, 151,9 km
(etapa Alves Barbosa)
Dia 10 de Junho
Montemor o Velho-Coimbra, 74,9 km
(etapa Ivo Neves)
Cantanhede-Águeda, 83,3 km
(etapa António Batista)
E repito-me: daqui aplaudo, a mãos ambas, a ideia e felicito quem a teve.
Entretanto, e porque já o são do conhecimento público (eu retireio-os dos sítios oficiais na internet) aproveito e deixo aqui o percurso de mais duas corridas.
GP INT. PAREDES-ROTA DOS MÓVEIS
Dia 17 de Maio
Santiago de Compostela-Vigo, 191,7 km
Dia 18 de Maio
Vigo-Maia, 194,4 km
Dia 19 de Maio
Maia-Rebordosa, 148,3 km
Dia 20 de Maio
Porto-Lordelo, 149,3 km
TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO
(Aqui, destaco o facto de, pela primeira vez, que me lembre - e nos últimos 17 anos cobri 15 edições da prova – haver um prólogo. Um contra-relógio individual de 8 km cujos últimos 3 são a subir!!!)
Dia 11 de Julho
Matacães-Ereira (Maxial), 8 km
Dia 12 de Julho
Carvoeira-Lourinhã, 163 km
Dia 13 de Julho
Sobral do Monte Agraço- alto de Montejunto, 152 km
Dia 14 de Julho
Manique do Intendente-Montelavar, 173 km
Dia 15 de Julho
Circuito de Torres Vedras, 99 km
Segundo o sítio oficial da organização, são as seguintes as equipas participantes:
ProTour (1) – Cofidis (Fra)
Continentais Profissionais (4) – SL Benfica, Slipstream (EUA), Karpin-Galicia (Esp) e Andalucia-CajaSur (Esp)
Continentais (10) – Liberty Seguros, LA-MSS-Maia, Barbot-Halcon, Riberalves-Boavista, DUJA-Tavira, Madeinox-Bric-Loulé, Fercase-Rota dos Móveis (Paredes), Vitória-ASC, Extremadura-Spiuk (Esp) e Grupo Nicolas Mateos (Esp).
Entreanto, volto atrás. À homenagem que algumas das corridas vêm a fazer a nomes importantes do nosso ciclismo. Seria injusto esquecer que o Circuito Alpendre (Tavira) tem, há já muitos anos, por detrás o nome de Rogério Domingues. Fica aqui também a minha homenagem a esse homem – felizmente ainda vivo – que tanto tem ajudado o ciclismo algarvio.
Disputa-se hoje, com as equipas que sobraram – e isto não é uma crítica a ninguém, muito menos às equipas que aproveitaram convites do estrangeiros, até porque quase todas elas se estão a dar muito bem -, disputa-se hoje, escrevia, o 6.º Prémio Câmara Municipal de Amarante que, se não estou em erro, é o segundo ano que leva o cognome de Memorial dr. José Barreiro de Magalhães.
A título meramente informativo – porque os interessados já o devem saber – a corrida tem 135 quilómetros, começa às 14.05 horas e, prevê-se, terminará pelas 17.40 horas.
O tema deste artigo tem a ver com o crescendo do uso do nome de antigas glórias do ciclismo nacional como aposto à designação tradicional de algumas (já várias) provas do nosso calendário.
Sem outro auxílio que não o da minha memória, diria que a primeira pedalada foi dada pela Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Torres Vedras – já com Francisco Manuel Fernandes como responsável – que, em 1985 acrescentou ao Prémio de Ciclismo de Torres Vedras o nome de Troféu Joaquim Agostinho. A minha biblioteca – em termos de obras sobre ciclismo – é curta nem me preocupei em procurar noutros suportes. Escrevo de memória, como referi.
Lembro, porque estive lá, que em 1999, pouco depois do início da temporada o Benfica – então regressado ao ciclismo após longa ausência – organizou uma corrida a que se deu o nome de Clássica José Maria Nicolau. Começou junto ao antigo estádio da Luz e terminou no Cartaxo, com vitória do Manuel Liberato, então no Troiamarisco-Porta da Ravessa.
Depois, há dois ou três anos, a velha Volta a Terras de Santa Maria passou a ter apelido: Troféu Fernando Mendes. Nada de mais justo. Apareceu o Troféu Reis Eusébio, no Algarve, este Memorial dr. José Barreiro de Magalhães e, há oito dias, a Clássica da Primavera, organizada pelo C Navais surgiu também com o nome Troféu José Zeferino, malogrado irmão do meu caro Manel Zeferino, que faleceu no Alentejo, por acaso no decurso de uma Volta ao Algarve.
Aperceberam-se os últimos da geração antes da minha que era imperioso perpectuar o nome de algumas das princpais figuras do nosso ciclismo porque, infelizmente, os mais novos – na sua esmagadora maioria – nem o nome dos corredores actuais sabem e isso é visível por andarem permanentemente com a folhinha oficial dos inscritos na mão para procurarem, pelo número dos dorsais, o corredor com quem querem falar. A culpa também não é deles. Está a morrer – pelo menos a desaparecer, de uma ou outra forma – a derradeira onda de jornalistas que se podiam intitular de… ciclismo.
E porque é que eu me fui lembrar disto, justo agora?
Porque achei curiosíssimo – e daqui me inclino respeitosamente perante quem teve a ideia – o facto de cada uma das etapas do próximo Grande Prémio Abimota ter um nome. É verdade!
Provavelmente os jornais – e todos os outros meios de comunicação -, chegada a hora de falar da corrida dirão apenas que a primeira etapa ligará a povoação de Caldas do Gerês a Terras do Bouro… e por aí adiante.
Por isso, e para que a iniciativa da empresa que organiza a corrida, a Abimota (é uma Associação Industrial, e não uma Empresa; já agora fica esclarecido), não fique sem o devido destaque, aqui deixo o quadro das etapas que constituirão a 29.ª edição do Grande Prémio Abimota. Com os seus sobrenomes.
GRANDE PRÉMIO ABIMOTA
Dia 7 de Junho
Caldas do Gerês-Terras do Bouro, 118 km
(etapa Ribeiro da Silva)
Dia 8 de Junho
S. Bento da Porta Aberta-Santa Maria da Feira, 152,2 km
(etapa Sousa Cardoso)
Dia 9 de Junho
Santa Maria da Feira-Montemor o Velho, 151,9 km
(etapa Alves Barbosa)
Dia 10 de Junho
Montemor o Velho-Coimbra, 74,9 km
(etapa Ivo Neves)
Cantanhede-Águeda, 83,3 km
(etapa António Batista)
E repito-me: daqui aplaudo, a mãos ambas, a ideia e felicito quem a teve.
Entretanto, e porque já o são do conhecimento público (eu retireio-os dos sítios oficiais na internet) aproveito e deixo aqui o percurso de mais duas corridas.
GP INT. PAREDES-ROTA DOS MÓVEIS
Dia 17 de Maio
Santiago de Compostela-Vigo, 191,7 km
Dia 18 de Maio
Vigo-Maia, 194,4 km
Dia 19 de Maio
Maia-Rebordosa, 148,3 km
Dia 20 de Maio
Porto-Lordelo, 149,3 km
TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO
(Aqui, destaco o facto de, pela primeira vez, que me lembre - e nos últimos 17 anos cobri 15 edições da prova – haver um prólogo. Um contra-relógio individual de 8 km cujos últimos 3 são a subir!!!)
Dia 11 de Julho
Matacães-Ereira (Maxial), 8 km
Dia 12 de Julho
Carvoeira-Lourinhã, 163 km
Dia 13 de Julho
Sobral do Monte Agraço- alto de Montejunto, 152 km
Dia 14 de Julho
Manique do Intendente-Montelavar, 173 km
Dia 15 de Julho
Circuito de Torres Vedras, 99 km
Segundo o sítio oficial da organização, são as seguintes as equipas participantes:
ProTour (1) – Cofidis (Fra)
Continentais Profissionais (4) – SL Benfica, Slipstream (EUA), Karpin-Galicia (Esp) e Andalucia-CajaSur (Esp)
Continentais (10) – Liberty Seguros, LA-MSS-Maia, Barbot-Halcon, Riberalves-Boavista, DUJA-Tavira, Madeinox-Bric-Loulé, Fercase-Rota dos Móveis (Paredes), Vitória-ASC, Extremadura-Spiuk (Esp) e Grupo Nicolas Mateos (Esp).
Entreanto, volto atrás. À homenagem que algumas das corridas vêm a fazer a nomes importantes do nosso ciclismo. Seria injusto esquecer que o Circuito Alpendre (Tavira) tem, há já muitos anos, por detrás o nome de Rogério Domingues. Fica aqui também a minha homenagem a esse homem – felizmente ainda vivo – que tanto tem ajudado o ciclismo algarvio.
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