terça-feira, setembro 18, 2007

883.ª etapa


ATÉ QUANDO RESISTIRÁ (ESTA) UCI?

Aproveitando o segundo dia de descanso da Vuelta os organizadores das Três Grandes reuniram-se – uma vez mais – para tentarem desenhar uma plataforma de entendimento com a UCI.

Mas já há um prazo fixo para que se chegue, de facto, a acordos concretos.
É o próximo dia 21. Até lá, o Estado Maior da UCI tem que decidir o que é melhor para o ciclismo; o que, em princípio, deveria ser a sua principal preocupação.

“Estamos a procurar um caminho que solucione o problema do ProTour e continuamos a dialogar com a UCI. Temos propostas concretas, mas a UCI terá de responder até ao dia 21 de Setembro, de imediato daremos a nossa resposta. A verdade é que a situação do Ciclismo profissional é preocupante”, disse, citado pelo TodoCiclismo, Victor Cordero, o patrão da Vuelta, o director executivo da Unipublic, um dos três grandes organizadores.

Ainda sobra, contudo, uma data, a de 23 de Outubro, quando toda a família do Ciclismo se vai juntar à mesma mesa mas, como diz Victor Cordero, “se da reunião desse dia não saírem soluções… é porque não há soluções”.

A verdade, e como eu aqui tenho vindo a defender – eu, que até cheguei a pensar o contrário (mas só os burros não mudam de opinião!) – é que, com a política do papel pardo (que absorve toda a humidade à sua volta) a UCI, melhor dizendo… os quadros superiores da UCI, à imagem, aliás – que não se fiquem a rir – de todas as outras grandes federações internacionais, desde há uns tempos a esta parte que deixaram de se sentir satisfeitos com as mordomias que já haviam ganho, para começarem a sonhar com indústrias das quais seriam os intocáveis tycons.

Ora, isso não pode ser.
Não cabe sequer nos seus estatutos.
A UCI é a união das federações nacionais que, por sua vez, são a congregação das associações regionais que têm como principal – para não dizer único – objectivo… a promoção da modalidade. Neste caso, o Ciclismo.
Por isso pedem dinheiro às autarquias, às Câmaras, ao Governo… Para quê?
Para que, na cúpula duas dúzias (bem aviadas) de senhores queiram ser os Eclestones do Ciclismo?
Mas a Fórmula 1 vive da iniciativa privada… não de subsídios, pior ainda… dos orçamentos dos Estados.
Heiiiiiiiiiiiii!...
Não nos queiram comer por parvos!

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