QUEM É QUE NÃO PERCEBE
QUE O MANEL ZEFERINO
É UM DOS MELHORES TÉCNICOS NACIONAIS?
O artigo anterior, onde destaco dois técnicos – e faltou-me ainda um, o cubano Juan Diaz, que fez do nosso Voleibol o que Melnychuk fez no basquete e Tomaz Morais ao râguebi – sendo pertinente, porque actual, serviu também para lançar este artigo.
QUE O MANEL ZEFERINO
É UM DOS MELHORES TÉCNICOS NACIONAIS?
O artigo anterior, onde destaco dois técnicos – e faltou-me ainda um, o cubano Juan Diaz, que fez do nosso Voleibol o que Melnychuk fez no basquete e Tomaz Morais ao râguebi – sendo pertinente, porque actual, serviu também para lançar este artigo.
Que retoma os trilhos do Ciclismo.
Já li todo o número 3 do Jornal Ciclismo. Já tinha dito que interrompera após a leitura da entrevista com Manuel Zeferino e é o próprio Manel que me serve de mote.
O que mais precisará este verdadeiro condutor de homens fazer – recordo que ganhou, como técnico, quatro das últimas sete edições da Volta – para ser olhado pelos media como um treinador ao nível de um qualquer… Mourinho?
Volto a dizer que nada me move contra o setubalense. Acontece que fui, atempadamente, vacinado contra a febre do futebol. Há mais desporto para além do futebol e prefiro mover-me nessa espécie de… dark sido of the moon do desporto em Portugal onde o futebol – malgrado todas as suspeitas de que não se livra, assim do pé para a mão, parece ser intocável por parte dos media.
Manuel Zeferino – e por isso, eu, Sócio n.º 237 do CNID, só me posso rir a propósito de algumas nomeações (por acaso, este ano e apesar de manter religiosamente as minhas quotas em dia, não recebi o boletim de voto) – é um dos dois ou três técnicos a trabalhar em Portugal (está bem… juntemos-lhe o Mourinho – e porque não o Manuel José?) – que merecia um reconhecimento que lhe é devido. E ao rir-me, faço-o porque sei que ele próprio se está completamente nas tintas para esses folclores onde mandam os lobbies.
Manuel Zeferino já ganhou muita coisa com equipas que eram, teoricamente, obrigadas a ganhar, tal a sua superioridade (não é isso o que sempre aconteceu com Mourinho?), mas também já ganhou à frente de conjuntos que, olhados com olhos isentos, ninguém daria nada por eles. Mas ganhou.
Os célebres mind games de Mourinho já entraram para a história; a capacidade que Tomaz Morais tem para incutir uma ambição para além daquilo que o racional incute nos seus comandados também já foi reconhecida.
O que Valentyn Melnychuk – ou Juan Diaz – e o Manel Zeferino conseguiram fazer parece-me – e é apenas a minha opinião, que tem o peso que tem (muito pouco) – não fica, em nada, atrás daquilo que Morais ou Mourinho conseguiram.
O segundo – sinceramente – não é comparável, e chamo, de novo, aqui a frase do mestre Mário Wilson. Com a matéria prima que tinha (teve) à disposição… mal era que não tivesse conseguido o que conseguiu.
Morais é um grande treinador. Mas trabalha numa área onde não será tão difícil assim trabalhar. Basta ter qualidades de comando e ele têm-nas. Não é creditável ao técnico a enorme vontade que o grupo que comanda põe, só por si. Quantas vezes vimos os milionários praticantes do chuto na bola a cantar em plenos pulmões o Hino Nacional, mais… com as lágrimas a escorrer-lhes rosto abaixo? Nenhuma. Não nos últimos 60 anos.
Foi uma imagem que, creio, não terá passado despercebida a ninguém que assistiu ao jogo com a Escócia. Aqueles 15 homens que alinharam de início choraram a cantar o Hino Nacional. Foi tocante. Fizeram-me chorar também.
Como chorei em 2000, quando o Zé Azevedo ganhou no alto do Viso, na Volta às Astúrias e, uns meses mais tarde, quando Andrei Zintchenko ganhou no alto dos Lagos de Covadonga. Ou em 2001 quando Claus Möller ganhou no alto de Aitana…
Como chorei quando, ainda antes da própria realização, percebi que Fran Perez se enganara no caminho e corria… em direcção contrária à da meta, na Volta à Romandia. Ou quando, no dia seguinte ele voltou a estar super e voltou a ganhar a etapa. Ou quando David Bernabéu ganhou a última etapa do Paris-Nice, com Fabien Jeker a fazer segundo. Corredores da Maia. Dirigidos por Manuel Zeferino.
E que NINGUÉM se atreva a recordar-me que o Fran Perez acabou apanhado nas malhas do doping. Eu sei. Aliás, não sei se muitos mais saberão tão bem quanto eu.
Mas isso é outro assunto e não cabe aqui.
O que eu queria dizer é que Manuel Zeferino já merecia ser reconhecido – pela pseuda Associação de Jornalistas Desportivos (*) – pelo menos como candidato a técnico do ano.
(*) – escrevi pseuda porque, de facto… o CNID perdeu o caminho correcto algures lá atrás e não tem feito o mínimo esforço para o emendar.
Já li todo o número 3 do Jornal Ciclismo. Já tinha dito que interrompera após a leitura da entrevista com Manuel Zeferino e é o próprio Manel que me serve de mote.
O que mais precisará este verdadeiro condutor de homens fazer – recordo que ganhou, como técnico, quatro das últimas sete edições da Volta – para ser olhado pelos media como um treinador ao nível de um qualquer… Mourinho?
Volto a dizer que nada me move contra o setubalense. Acontece que fui, atempadamente, vacinado contra a febre do futebol. Há mais desporto para além do futebol e prefiro mover-me nessa espécie de… dark sido of the moon do desporto em Portugal onde o futebol – malgrado todas as suspeitas de que não se livra, assim do pé para a mão, parece ser intocável por parte dos media.
Manuel Zeferino – e por isso, eu, Sócio n.º 237 do CNID, só me posso rir a propósito de algumas nomeações (por acaso, este ano e apesar de manter religiosamente as minhas quotas em dia, não recebi o boletim de voto) – é um dos dois ou três técnicos a trabalhar em Portugal (está bem… juntemos-lhe o Mourinho – e porque não o Manuel José?) – que merecia um reconhecimento que lhe é devido. E ao rir-me, faço-o porque sei que ele próprio se está completamente nas tintas para esses folclores onde mandam os lobbies.
Manuel Zeferino já ganhou muita coisa com equipas que eram, teoricamente, obrigadas a ganhar, tal a sua superioridade (não é isso o que sempre aconteceu com Mourinho?), mas também já ganhou à frente de conjuntos que, olhados com olhos isentos, ninguém daria nada por eles. Mas ganhou.
Os célebres mind games de Mourinho já entraram para a história; a capacidade que Tomaz Morais tem para incutir uma ambição para além daquilo que o racional incute nos seus comandados também já foi reconhecida.
O que Valentyn Melnychuk – ou Juan Diaz – e o Manel Zeferino conseguiram fazer parece-me – e é apenas a minha opinião, que tem o peso que tem (muito pouco) – não fica, em nada, atrás daquilo que Morais ou Mourinho conseguiram.
O segundo – sinceramente – não é comparável, e chamo, de novo, aqui a frase do mestre Mário Wilson. Com a matéria prima que tinha (teve) à disposição… mal era que não tivesse conseguido o que conseguiu.
Morais é um grande treinador. Mas trabalha numa área onde não será tão difícil assim trabalhar. Basta ter qualidades de comando e ele têm-nas. Não é creditável ao técnico a enorme vontade que o grupo que comanda põe, só por si. Quantas vezes vimos os milionários praticantes do chuto na bola a cantar em plenos pulmões o Hino Nacional, mais… com as lágrimas a escorrer-lhes rosto abaixo? Nenhuma. Não nos últimos 60 anos.
Foi uma imagem que, creio, não terá passado despercebida a ninguém que assistiu ao jogo com a Escócia. Aqueles 15 homens que alinharam de início choraram a cantar o Hino Nacional. Foi tocante. Fizeram-me chorar também.
Como chorei em 2000, quando o Zé Azevedo ganhou no alto do Viso, na Volta às Astúrias e, uns meses mais tarde, quando Andrei Zintchenko ganhou no alto dos Lagos de Covadonga. Ou em 2001 quando Claus Möller ganhou no alto de Aitana…
Como chorei quando, ainda antes da própria realização, percebi que Fran Perez se enganara no caminho e corria… em direcção contrária à da meta, na Volta à Romandia. Ou quando, no dia seguinte ele voltou a estar super e voltou a ganhar a etapa. Ou quando David Bernabéu ganhou a última etapa do Paris-Nice, com Fabien Jeker a fazer segundo. Corredores da Maia. Dirigidos por Manuel Zeferino.
E que NINGUÉM se atreva a recordar-me que o Fran Perez acabou apanhado nas malhas do doping. Eu sei. Aliás, não sei se muitos mais saberão tão bem quanto eu.
Mas isso é outro assunto e não cabe aqui.
O que eu queria dizer é que Manuel Zeferino já merecia ser reconhecido – pela pseuda Associação de Jornalistas Desportivos (*) – pelo menos como candidato a técnico do ano.
(*) – escrevi pseuda porque, de facto… o CNID perdeu o caminho correcto algures lá atrás e não tem feito o mínimo esforço para o emendar.
E, hoje em dia, alberga jornalistas profissionais, farmacêuticos, monitores de escolas de condução, padeiros e tudo o que se apresente com vontade de pagar as quotas.
Quando devia – mesmo que oficiosamente – ser uma associação de Classe.
O que, definitivamente, hoje em dia não é.
Querem apostar que eu consigo fazer o meu gato sócio do CNID?
Querem apostar que eu consigo fazer o meu gato sócio do CNID?
É tão fácil…
Mas rouba toda a credibilidade a esta associação que já teve como presidente o grande Vítor Santos.
2 comentários:
Só uma pequena correcção: a pessoa que forma os condutores é um Instrutor de Prática da Condução e não um monitor...
E onde é que isso, ó Instrutor de Prática de Condução, muda, seja o que for no que escrevi?
Mas gostas de falar de ti... Já percebi.
(se mais ninguém fala...)
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