domingo, setembro 09, 2007

863.ª etapa


ALGUMA COISA ESTÁ A FALHAR
E “A BOLA” NÃO PODE FALHAR. NÃO ASSIM…

Houve um dia que, convocado pelo meu chefe-de-redacção, a meio da conversa eu me saí com esta: “Mas eu sou um jornalista de Ciclismo!”.
Pensei que num jornal com tradições – sem mariquices e porque não o pode ser negado, NO único jornal com tradições – no Ciclismo, eu achei que assim marcava uma posição.

Não funcionou naquele momento. Abalou-me um pouco, mas tive de dar o braço a torcer. Pediam-me mais. Muito mais do que ser um jornalista de Ciclismo. Contavam comigo para tarefas mais abrangentes e a reacção não foi a melhor. Para mim.
Aprendi a lição…

O que não significa, nem de longe, nem de perto, que eu tenha deixado de encarar o Ciclismo com o mesmo olhar apaixonado com que o olho há mais de década e meia.
E de continuar, hoje, a pensar, e pronto para defender o meu ponto de vista, que é mais fácil ocupar um terreno desocupado do que lutar pela sua posse, no caso deste ter sido tomado por outro.

E que na História de A BOLA, sem ter a necessidade de falar nos nomes míticos desde o de Vítor Santos aos de Carlos Miranda ou Homero Serpa, e de muitos outros, de Santos Neves a Martins Morim… e com a humildade que se impõe, o meu também já terá um cantinho. Sobretudo pela forma honesta com que defendi a modalidade.

O meu afastamento – apesar de mais prolongado do que eu mesmo esperaria – há-de ter um fim. E, regressado, hei-de retomar a linha editorial que me foi transmitida, colocando no seu lugar quem tiver que ser colocado no seu lugar.

Mas, isto tudo a propósito de quê?

Senhores… o Corredor português que mais adeptos “carrega” atrás de si anuncia que deixa a equipa que representou nos últimos seis anos.
Que está no mercado…

Deixa “recados” – apesar de isso não lhe ter valido de nada porque nos jornais NINGUÉM percebeu – e não há uma “alma” – não, não o comissionista (no sentido de que ganha à linha), que esse não tem obrigações perante a História do Jornal, mas de quem de direito e com responsabilidades substantivas em relação ao mesmo jornal MANDE QUE SE FAÇA um trabalho que antecipe um qualquer Comunicado Oficial, isso… não só não percebo como não aceito.
NÃO ACEITO!... É de MAU PROFISSIONAL.

Que se passa com o Cândido Barbosa?
Depois de (mais uma) campanha claramente pró-Cândido, nos 16 dias da Volta… acaba a Volta, recebem-se os dinheiros devidos e…

E o quê?

Se um jornalista – mesmo contratado – de A BOLA não é capaz de procurar – e achar… e achar… a resposta à pergunta que 99% dos leitores do Jornal fazem há duas semanas… está a fazer o quê n’A BOLA?

Esperamos por um Comunicado Oficial?
Baixámos à condição de copy-desk?

O Cândido Barbosa, salvaguardando as devidas proporções, é o Joaquim Agostinho do século XXI.

A BOLA vai ficar à espera de um Comunicado Oficial… ou que EU, daqui, de casa, “descubra” para onde vai?

Acho a comparação abjecta, mas não consigo encontrar outra.
Funcionários Públicos que, mesmo que o carimbo esteja ali ao lado, no guichet contíguo, manda o cidadão para o fim de outra fila… por uma carimbadela.

Também pode acontecer que a pessoa não seja a indicada.
Não gostam dela. E lá terão as suas razões.
E não consegue chegar À NOTÍCIA.

Mas A BOLA nunca deu guarida a quem, dizendo que é de A BOLA, tenha um NÃO como resposta.

A mim NUNCA ME ACONTECEU.
E já foi MAU não ter A BOLA feito uma entrevista de fundo ao técnico, no caso, o Manuel Zeferino, que nos últimos seis anos ganhou QUATRO voltas a Portugal!
Agora... agora já outros fizeram. Chapéu!...

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