segunda-feira, setembro 10, 2007

867.ª etapa


DUAS [QUE SÃO QUATRO] HOMENAGENS,
UMA GRANDE SAUDADE E UM ABRAÇO DE PARABÉNS


Somos um País pequeno e não o é só em quilómetros quadrados, como sabemos.
Somos um País onde só “cabe” um Mourinho. Embora, por mim, me sinta tentado a desviar-me para a impagável sabedoria popular: Mais vale cair em graça do seu ser engraçado!

E jamais esquecerei o que um dos maiores corações – porque os homens também se medem pela capacidade dos seus corações –, dizia eu, um dos maiores corações do eixo-do-futebol, o Velho Capitão Mário Wilson um dia disse: “Com esta equipa (para o caso não interessa qual era) corre-se sempre o risco de se ser campeão…”

Mas este artigo serve para fazer cinco homenagens e mandar um forte abraço a uma sexta pessoa.

APLAUDO, daqui, a Selecção Nacional de Basquetebol que, de “eliminada” por um jornal espanhol - que, ainda na primeira fase, não esperou pelo fim do jogo da sua selecção com a Croácia e, assumindo como inquestionável a vitória de Espanha, “mandou” Portugal para casa -, está à beira do sonho de chegar aos quartos-de-final do Campeonato da Europa de basquetebol.

Ao mesmo tempo, junto a justa homenagem ao Seleccionador Nacional, Valentyn Melnychuk, o homem que revolucionou o basquetebol nacional, pelo menos a nível da Selecção. Arrancando-nos das nossa habitual condição de coitadinhos para conduzir Portugal até limites que, não há muitos anos, ninguém se atrevia a sonhar sequer.

Pelo meio, não me esqueço do meu querido amigo Vítor Hugo. Grande traição, a que vida lhe fez. Ele que respirava basquetebol, que vivia e sentia a modalidade, ele que tantas vezes acompanhou a Selecção, acompanhando a evolução trazida por Melnychuk – de quem já era particular amigo –, ele não viveu o suficiente para assistir a este ponto alto do basquete nacional.
Ainda há-de haver pessoas que se lembram de si Vítor… eu curvo-me ante a sua memória.

APLAUDO, daqui, a Selecção Nacional de Rugby e o seu técnico, Tomaz Morais. Este – sem que com isto pretenda (longe de mim tal ideia) beliscar sequer as qualidades que todos lhe reconhecem – ainda mereceu ser comparado a… Mourinho.

Portugal, onde a modalidade ainda é amadora, logrou chegar ao Campeonato do Mundo. Já se estreou e até foi português o MOM (man of the match). Provavelmente não vamos ganhar nenhum jogo, mas é impossível que se exija isso a este grupo, por mais valoroso que seja.
E é.

Pelo meio, daqui mando um grande abraço ao meu amigo e companheiro de redacção, António Aguilar, cujo filho – com o mesmo nome – faz parte desta Selecção que já fez história.

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