sexta-feira, agosto 20, 2010

ANO V - Etapa 82

VOLTA A PORTUGAL'2010

Na etapa anterior - onde, por acaso, acabei de deixar mais um comentário antes de abrir esta - apontei três ou quatro assuntos que pretendia, provavelmente não vou ter tempo e depois deixa de ser actualidade, discutir convosco.

... os panos de meta a indicar dez quilómetros para o final da etapa quando, depois de passarem pela meta os corredores ainda têm um circuito de 28 para fazerem - garanto-vos que nas corridas internacionais que fiz, por exemplo, aqui ao lado, em Espanha, nunca vi isso (lembro-me de panos negros a taparem a informação e, só depois de todos passarem, com um puxão de um simples cordel o pano caía e a informação ficava correcta para a derradeira aproximação dos corredores á meta)...

... os indesculpáveis - não, não há desculpa - sucessivos maus sinalamentos do percurso, e - já disse que não pude ver todas as etapas em directo e de algumas ainda nem vi a gravação - tenho a impressão que em TODAS as etapas que vi isso aconteceu...

... rotundas ou arruamentos com separador central mal, ou não devidamente assinalados, com corredores a irem dar a 'becos' sem saída (passe a redundância) e terem que esperar que lhes abrissem um par de baias... 'bandeiras amarelas' literalmente em cima daquilo que deviam... avisar que iria acontecer (pelo menos) 50 metros à frente...

... neste aspecto a organização não esteve bem.

É este tema que agora deixo à discussão...

... e para não perdermos muito tempo, a candura como, em declarações que li, já não sei a que jornal, do comandante do Destacamento Móvel da GNR que revelou que nenhum dos homens que esta força destacou para a Volta tinha experiência, a começar pelo próprio comandante... e isso viu-se. Vi corredores desesperados a mandar as motos da GNR avançarem... para eles próprios poderem progredir na estrada. Vamos discutir também isto...

... terão que me desculpar, mas só posso dar como exemplo situações concretas que pude testemunhar.

Na Vuelta, o comandante do destacamento da Divisão de Trânsito da Guardia Civil tem, normalmente, tantas 'vueltas' no currículo como a soma daquelas dos cinco mais velhos corredores que a estão a fazer... de ano para ano, apenas 25 % do destacamento é renovado... mas não vou comparar aqui a Vuelta à nossa voltinha... muito menos no aspecto da segurança.

Está lançado o tema... venham as opiniões.

15 comentários:

Paulo Sousa disse...

Madeira,

Por questões de “ética” entendo que não devo comentar esta tua etapa, tanto mais que qualquer coisa que eu eventualmente escrevesse nunca iria ser entendido como imparcial, aliás também não necessitava de o ser pois todos temos direito à opinião.

Factualmente também pouco ou nada poderei dizer, pois só vi os directos da chegada a Lisboa e de Viana do Castelo. Da etapa Sr.ª da Graça, quando liguei a televisão, estava já a corrida nos últimos quatro quilómetros, contudo tive conhecimento de alguns comentários do Marco sobre o tema assim como também falei já com algumas das pessoas que estiveram a trabalhar na Volta (motociclistas).

Mas sobre o tema da segurança, um dia, pelos piores motivos, o Sr. Presidente da U.V.P./F.P.C. ir-me-á dar razão, aliás, tenho inclusivamente conhecimento que este ano numa prova de Veteranos na zona de Santarém houve “chatice da grossa” em que muito provavelmente o atleta não irá poder voltar a praticar Ciclismo e a ver vamos quais as mazelas que irão ficar para a sua labuta diária…

Nuno Inácio disse...

Olá Manuel,

Não quero, nem vou, defender ninguém...
Muito em especial o que resta da Ex. B.T....
Mas não posso deixar de recordar aquela que foi a pior etapa da história do ciclismo Português (em termos de policiamento)...
Teve inicio na cidade de Sevilha...
Será que alguém se recorda do trabalho da guardia civil?
Quem ia na corrida não se pode esquecer...
Essa magnifica força policial, especialista em ciclismo, conseguiu a proeza de dividir a caravana em 3, ao ponto de apareceram inclusivamente carros em sentido contrário ao da corrida...
Grande trabalho desses senhores...
Quanto aos deste ano, quero recordar-te, (eu sei que não precisas), que a "grandissima" já recebeu por mais do que uma vez nota máxima em segurança por parte da UCI...
O problema é que a antiga BT está em guerra, e os senhores generais decidiram castigar os que sabem de ciclismo (sim, porque normalmente ninguém fazia a volta sem ter feito outras provas) e mandaram para a estrada um comandante que por muito que goste de ciclismo, não tem a mínima ideia do que é o policiamento de uma prova deste tipo...

Quanto aos erros de percurso, nesta volta, não dei por mais do que no Tour ou na Vuelta...
Claro que estou a falar deste ano...
Porque o ano passado tiveram direito a uma passagem pelo clube da volta... Mas isso já é história... ou será "estória"?

Um grande abraço e continuamos à tua espera

Anónimo disse...

Boa tarde a todos.
Não levem a mal mas, mais à frente, trarei à colação a questão dos custos do policiamento.
Não tenho dúvidas que a “qualidade” do serviço prestado pelos agentes da GNR (e também da PSP) nem sempre é a melhor.
Por falta de experiência, de preparação prévia ou por “mera incompetência”, o serviço de policiamento é, várias vezes, de má qualidade. É justo, porém, ressalvar todos os agentes que, de forma dedicada, dão o melhor de si para que as provas decorram da melhor forma.
Julgo que o destacamento de agentes para provas de ciclismo obedece actualmente a critérios que vão para além da necessidade de garantir a segurança das provas. A necessidade de premiar alguém destacando-o para este tipo de serviços poderá ser um dos critérios. Convêm não esquecer que, na maior parte dos casos, o serviço é prestado como “remunerado”, ou seja, com direito a horas extraordinárias (pagamento em módulos de 4 horas). A convulsão no seio da GNR também não será certamente alheia à qualidade do serviço.
Não faltam casos de mau (ás vezes péssimo) policiamento mas também existem bons exemplos.
Agora a questão dos custos.
Por ser praticado na via pública e não em “recintos desportivos”, o ciclismo amador não tem direito à ajuda financeira do Estado para o policiamento, medida de apoio prevista na legislação e atribuída às modalidades disputadas em “espaços criados exclusivamente para a prática do desporto”.
Enquanto as modalidades praticadas em “recintos desportivos” beneficiam da ajuda do Estado, os organizadores de provas de ciclismo amador são obrigados a assumir as avultadas verbas cobradas pelo policiamento.
Para a recente Volta a Portugal de Juniores (prova de três etapas, no total de 306 quilómetros), a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) teve que pagar antecipadamente 7084,30 euros de policiamento, à média 23,15 € por quilómetro de prova.
Para a Volta a Portugal de Cadetes foi exigido o pagamento antecipado de 6213,38 € para o policiamento (3 etapas, 220 Kms, média de 28,24 €).
Recorde-se que - na sequência de uma queixa da Associação de Ciclismo do Minho - o Provedor de Justiça recomendou ao Governo, em 2004, a alteração da legislação do policiamento de actividades desportivas, por forma a incluir o ciclismo no regime vigente do policiamento e da comparticipação do Estado nos encargos, através da R-2119/02.
O próprio Instituto do Desporto de Portugal (IDP) - no âmbito das diligências da ACM - reconheceu a existência de um vazio legal que impede o ciclismo de aceder à compartição do Estado com os custos do policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública (parecer nº 196/GJA/2009).
Apesar disso, as entidades responsáveis tardam na resolução do problema.
A par do alargamento ao ciclismo da comparticipação atribuída às restantes modalidades, a ACM reclama a "implementação de um regime específico" de "financiamento integral do policiamento de actividades desportivas federadas que envolvam as selecções nacionais ou realizadas no quadro dos campeonatos nacionais e regionais de escalões etários inferiores ao do escalão sénior", atento o facto de, “para além de outras especificidades, nas suas provas o policiamento não ser facultativo mas sim obrigatório”.

Já agora, convido a aderirem no Facebook ao grupo contra os custos do policiamento no ciclismo: www.facebook.com/group.php?gid=149205545090552

Nota: A ACM (que tem encabeçado a “luta” do policiamento) desenvolveu um protesto no arranque da 5ª etapa da Volta a Portugal em bicicleta. Excepção feita à RTP, ao jornal O Jogo e ao site oficial da Volta a Portugal (se não me escapa mais nenhum), foi pena que os jornalistas de outros órgãos de comunicação social tenham escandalosamente fechado os olhos.

Anónimo disse...

Boa tarde a todos.
Não levem a mal mas, mais à frente, trarei à colação a questão dos custos do policiamento.
Não tenho dúvidas que a “qualidade” do serviço prestado pelos agentes da GNR (e também da PSP) nem sempre é a melhor.
Por falta de experiência, de preparação prévia ou por “mera incompetência”, o serviço de policiamento é, várias vezes, de má qualidade. É justo, porém, ressalvar todos os agentes que, de forma dedicada, dão o melhor de si para que as provas decorram da melhor forma.
Julgo que o destacamento de agentes para provas de ciclismo obedece actualmente a critérios que vão para além da necessidade de garantir a segurança das provas. A necessidade de premiar alguém destacando-o para este tipo de serviços poderá ser um dos critérios. Convêm não esquecer que, na maior parte dos casos, o serviço é prestado como “remunerado”, ou seja, com direito a horas extraordinárias (pagamento em módulos de 4 horas). A convulsão no seio da GNR também não será certamente alheia à qualidade do serviço.
Não faltam casos de mau (ás vezes péssimo) policiamento mas também existem bons exemplos.
Agora a questão dos custos.
Por ser praticado na via pública e não em “recintos desportivos”, o ciclismo amador não tem direito à ajuda financeira do Estado para o policiamento, medida de apoio prevista na legislação e atribuída às modalidades disputadas em “espaços criados exclusivamente para a prática do desporto”.
Enquanto as modalidades praticadas em “recintos desportivos” beneficiam da ajuda do Estado, os organizadores de provas de ciclismo amador são obrigados a assumir as avultadas verbas cobradas pelo policiamento.
Para a recente Volta a Portugal de Juniores (prova de três etapas, no total de 306 quilómetros), a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) teve que pagar antecipadamente 7084,30 euros de policiamento, à média 23,15 € por quilómetro de prova.
Para a Volta a Portugal de Cadetes foi exigido o pagamento antecipado de 6213,38 € para o policiamento (3 etapas, 220 Kms, média de 28,24 €).
Recorde-se que - na sequência de uma queixa da Associação de Ciclismo do Minho - o Provedor de Justiça recomendou ao Governo, em 2004, a alteração da legislação do policiamento de actividades desportivas, por forma a incluir o ciclismo no regime vigente do policiamento e da comparticipação do Estado nos encargos, através da R-2119/02.
O próprio Instituto do Desporto de Portugal (IDP) - no âmbito das diligências da ACM - reconheceu a existência de um vazio legal que impede o ciclismo de aceder à compartição do Estado com os custos do policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública (parecer nº 196/GJA/2009).
Apesar disso, as entidades responsáveis tardam na resolução do problema.
A par do alargamento ao ciclismo da comparticipação atribuída às restantes modalidades, a ACM reclama a "implementação de um regime específico" de "financiamento integral do policiamento de actividades desportivas federadas que envolvam as selecções nacionais ou realizadas no quadro dos campeonatos nacionais e regionais de escalões etários inferiores ao do escalão sénior", atento o facto de, “para além de outras especificidades, nas suas provas o policiamento não ser facultativo mas sim obrigatório”.

Já agora, convido a aderirem no Facebook ao grupo contra os custos do policiamento no ciclismo: www.facebook.com/group.php?gid=149205545090552

Nota: A ACM (que tem encabeçado a “luta” do policiamento) desenvolveu um protesto no arranque da 5ª etapa da Volta a Portugal em bicicleta. Excepção feita à RTP, ao jornal O Jogo e ao site oficial da Volta a Portugal (se não me escapa mais nenhum), foi pena que os jornalistas de outros órgãos de comunicação social tenham escandalosamente fechado os olhos.

Anónimo disse...

Boa tarde a todos.
Não levem a mal mas, mais à frente, trarei à colação a questão dos custos do policiamento.
Não tenho dúvidas que a “qualidade” do serviço prestado pelos agentes da GNR (e também da PSP) nem sempre é a melhor.
Por falta de experiência, de preparação prévia ou por “mera incompetência”, o serviço de policiamento é, várias vezes, de má qualidade. É justo, porém, ressalvar todos os agentes que, de forma dedicada, dão o melhor de si para que as provas decorram da melhor forma.
Julgo que o destacamento de agentes para provas de ciclismo obedece actualmente a critérios que vão para além da necessidade de garantir a segurança das provas. A necessidade de premiar alguém destacando-o para este tipo de serviços poderá ser um dos critérios. Convêm não esquecer que, na maior parte dos casos, o serviço é prestado como “remunerado”, ou seja, com direito a horas extraordinárias (pagamento em módulos de 4 horas). A convulsão no seio da GNR também não será certamente alheia à qualidade do serviço.
Não faltam casos de mau (ás vezes péssimo) policiamento mas também existem bons exemplos.
Agora a questão dos custos.
Por ser praticado na via pública e não em “recintos desportivos”, o ciclismo amador não tem direito à ajuda financeira do Estado para o policiamento, medida de apoio prevista na legislação e atribuída às modalidades disputadas em “espaços criados exclusivamente para a prática do desporto”.
Enquanto as modalidades praticadas em “recintos desportivos” beneficiam da ajuda do Estado, os organizadores de provas de ciclismo amador são obrigados a assumir as avultadas verbas cobradas pelo policiamento.
Para a recente Volta a Portugal de Juniores (prova de três etapas, no total de 306 quilómetros), a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) teve que pagar antecipadamente 7084,30 euros de policiamento, à média 23,15 € por quilómetro de prova.
Para a Volta a Portugal de Cadetes foi exigido o pagamento antecipado de 6213,38 € para o policiamento (3 etapas, 220 Kms, média de 28,24 €).
Recorde-se que - na sequência de uma queixa da Associação de Ciclismo do Minho - o Provedor de Justiça recomendou ao Governo, em 2004, a alteração da legislação do policiamento de actividades desportivas, por forma a incluir o ciclismo no regime vigente do policiamento e da comparticipação do Estado nos encargos, através da R-2119/02.
O próprio Instituto do Desporto de Portugal (IDP) - no âmbito das diligências da ACM - reconheceu a existência de um vazio legal que impede o ciclismo de aceder à compartição do Estado com os custos do policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública (parecer nº 196/GJA/2009).
Apesar disso, as entidades responsáveis tardam na resolução do problema.
A par do alargamento ao ciclismo da comparticipação atribuída às restantes modalidades, a ACM reclama a "implementação de um regime específico" de "financiamento integral do policiamento de actividades desportivas federadas que envolvam as selecções nacionais ou realizadas no quadro dos campeonatos nacionais e regionais de escalões etários inferiores ao do escalão sénior", atento o facto de, “para além de outras especificidades, nas suas provas o policiamento não ser facultativo mas sim obrigatório”.

Já agora, convido a aderirem no Facebook ao grupo contra os custos do policiamento no ciclismo: www.facebook.com/group.php?gid=149205545090552

Nota: A ACM (que tem encabeçado a “luta” do policiamento) desenvolveu um protesto no arranque da 5ª etapa da Volta a Portugal em bicicleta. Excepção feita à RTP, ao jornal O Jogo e ao site oficial da Volta a Portugal (se não me escapa mais nenhum), foi pena que os jornalistas de outros órgãos de comunicação social tenham escandalosamente fechado os olhos.

Anónimo disse...

Boa tarde a todos.
Não levem a mal mas, mais à frente, trarei à colação a questão dos custos do policiamento.
Não tenho dúvidas que a “qualidade” do serviço prestado pelos agentes da GNR (e também da PSP) nem sempre é a melhor.
Por falta de experiência, de preparação prévia ou por “mera incompetência”, o serviço de policiamento é, várias vezes, de má qualidade. É justo, porém, ressalvar todos os agentes que, de forma dedicada, dão o melhor de si para que as provas decorram da melhor forma.
Julgo que o destacamento de agentes para provas de ciclismo obedece actualmente a critérios que vão para além da necessidade de garantir a segurança das provas. A necessidade de premiar alguém destacando-o para este tipo de serviços poderá ser um dos critérios. Convêm não esquecer que, na maior parte dos casos, o serviço é prestado como “remunerado”, ou seja, com direito a horas extraordinárias (pagamento em módulos de 4 horas). A convulsão no seio da GNR também não será certamente alheia à qualidade do serviço.
Não faltam casos de mau (ás vezes péssimo) policiamento mas também existem bons exemplos.
Agora a questão dos custos.
Por ser praticado na via pública e não em “recintos desportivos”, o ciclismo amador não tem direito à ajuda financeira do Estado para o policiamento, medida de apoio prevista na legislação e atribuída às modalidades disputadas em “espaços criados exclusivamente para a prática do desporto”.
Enquanto as modalidades praticadas em “recintos desportivos” beneficiam da ajuda do Estado, os organizadores de provas de ciclismo amador são obrigados a assumir as avultadas verbas cobradas pelo policiamento.
Para a recente Volta a Portugal de Juniores (prova de três etapas, no total de 306 quilómetros), a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) teve que pagar antecipadamente 7084,30 euros de policiamento, à média 23,15 € por quilómetro de prova.
Para a Volta a Portugal de Cadetes foi exigido o pagamento antecipado de 6213,38 € para o policiamento (3 etapas, 220 Kms, média de 28,24 €).
Recorde-se que - na sequência de uma queixa da Associação de Ciclismo do Minho - o Provedor de Justiça recomendou ao Governo, em 2004, a alteração da legislação do policiamento de actividades desportivas, por forma a incluir o ciclismo no regime vigente do policiamento e da comparticipação do Estado nos encargos, através da R-2119/02.
O próprio Instituto do Desporto de Portugal (IDP) - no âmbito das diligências da ACM - reconheceu a existência de um vazio legal que impede o ciclismo de aceder à compartição do Estado com os custos do policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública (parecer nº 196/GJA/2009).
Apesar disso, as entidades responsáveis tardam na resolução do problema.
A par do alargamento ao ciclismo da comparticipação atribuída às restantes modalidades, a ACM reclama a "implementação de um regime específico" de "financiamento integral do policiamento de actividades desportivas federadas que envolvam as selecções nacionais ou realizadas no quadro dos campeonatos nacionais e regionais de escalões etários inferiores ao do escalão sénior", atento o facto de, “para além de outras especificidades, nas suas provas o policiamento não ser facultativo mas sim obrigatório”.

Já agora, convido a aderirem no Facebook ao grupo contra os custos do policiamento no ciclismo: www.facebook.com/group.php?gid=149205545090552

Nota: A ACM (que tem encabeçado a “luta” do policiamento) desenvolveu um protesto no arranque da 5ª etapa da Volta a Portugal em bicicleta. Excepção feita à RTP, ao jornal O Jogo e ao site oficial da Volta a Portugal (se não me escapa mais nenhum), foi pena que os jornalistas de outros órgãos de comunicação social tenham escandalosamente fechado os olhos.

Anónimo disse...

Boa tarde a todos.
Não levem a mal mas, mais à frente, trarei à colação a questão dos custos do policiamento.
Não tenho dúvidas que a “qualidade” do serviço prestado pelos agentes da GNR (e também da PSP) nem sempre é a melhor.
Por falta de experiência, de preparação prévia ou por “mera incompetência”, o serviço de policiamento é, várias vezes, de má qualidade. É justo, porém, ressalvar todos os agentes que, de forma dedicada, dão o melhor de si para que as provas decorram da melhor forma.
Julgo que o destacamento de agentes para provas de ciclismo obedece actualmente a critérios que vão para além da necessidade de garantir a segurança das provas. A necessidade de premiar alguém destacando-o para este tipo de serviços poderá ser um dos critérios. Convêm não esquecer que, na maior parte dos casos, o serviço é prestado como “remunerado”, ou seja, com direito a horas extraordinárias (pagamento em módulos de 4 horas). A convulsão no seio da GNR também não será certamente alheia à qualidade do serviço.
Não faltam casos de mau (ás vezes péssimo) policiamento mas também existem bons exemplos.
Agora a questão dos custos.
Por ser praticado na via pública e não em “recintos desportivos”, o ciclismo amador não tem direito à ajuda financeira do Estado para o policiamento, medida de apoio prevista na legislação e atribuída às modalidades disputadas em “espaços criados exclusivamente para a prática do desporto”.
Enquanto as modalidades praticadas em “recintos desportivos” beneficiam da ajuda do Estado, os organizadores de provas de ciclismo amador são obrigados a assumir as avultadas verbas cobradas pelo policiamento.
Para a recente Volta a Portugal de Juniores (prova de três etapas, no total de 306 quilómetros), a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) teve que pagar antecipadamente 7084,30 euros de policiamento, à média 23,15 € por quilómetro de prova.
Para a Volta a Portugal de Cadetes foi exigido o pagamento antecipado de 6213,38 € para o policiamento (3 etapas, 220 Kms, média de 28,24 €).
Recorde-se que - na sequência de uma queixa da Associação de Ciclismo do Minho - o Provedor de Justiça recomendou ao Governo, em 2004, a alteração da legislação do policiamento de actividades desportivas, por forma a incluir o ciclismo no regime vigente do policiamento e da comparticipação do Estado nos encargos, através da R-2119/02.
O próprio Instituto do Desporto de Portugal (IDP) - no âmbito das diligências da ACM - reconheceu a existência de um vazio legal que impede o ciclismo de aceder à compartição do Estado com os custos do policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública (parecer nº 196/GJA/2009).
Apesar disso, as entidades responsáveis tardam na resolução do problema.
A par do alargamento ao ciclismo da comparticipação atribuída às restantes modalidades, a ACM reclama a "implementação de um regime específico" de "financiamento integral do policiamento de actividades desportivas federadas que envolvam as selecções nacionais ou realizadas no quadro dos campeonatos nacionais e regionais de escalões etários inferiores ao do escalão sénior", atento o facto de, “para além de outras especificidades, nas suas provas o policiamento não ser facultativo mas sim obrigatório”.

Já agora, convido a aderirem no Facebook ao grupo contra os custos do policiamento no ciclismo: www.facebook.com/group.php?gid=149205545090552

Nota: A ACM (que tem encabeçado a “luta” do policiamento) desenvolveu um protesto no arranque da 5ª etapa da Volta a Portugal em bicicleta. Excepção feita à RTP, ao jornal O Jogo e ao site oficial da Volta a Portugal (se não me escapa mais nenhum), foi pena que os jornalistas de outros órgãos de comunicação social tenham escandalosamente fechado os olhos.

Anónimo disse...

muito rápido e sucintamente, junto mais dois ou tres temas:

- quedas, perfeitamente evitáveis: na chegada a Viana, nada bonita de se ver, numa curva em que deveria estar alguém a mandar (ou aconselhar...) abrandar os ciclistas, e uma outra na Fontes Pereira de Melo em Lisboa, onde os ciclistas confundiram um separador (com a altura de um passeio), com uma pintura na estrada. um dos ciclistas abandonou mesmo a prova a poucos kms do final.

- viaturas paradas numa ponte em Viana: como é possível não se conseguir fechar uma ponte ao transito por uns minutos ?

- o regresso das "famosas" (formosas ?) barreiras da PAD: (onde é que andaram no resto do ano ?) uma verdadeira falta de respeito para com o publico. e se pensarmos no calor que esteve, deviam estar fresquinhas para alguem lá enfiar a cabeça... eheh a mim é que não me apanhavam lá, nem de escadote..

- Brigada de Transito: tem levado tanta "volta", tanta "porrada" dos responsáveis (politicos) que já não é a mesma coisa que era, nem nunca virá a ser. com o governo a ir ao bolso de (quase) toda a gente é o que acontece.

- politicos nas cerimónias de podium: aparecer na Tv é com eles... fazer algo pelo ciclismo, que faça eu..

- carros em sentido contrário à corrida: acho "normal". uma pessoa sai do portão do quintal e mete-se á estrada, como é alguém pode impedir ? de quem é a culpa ? logicamente, da falta de informação. que informação foi dada ao publico em geral sobre os percursos e horários da corrida ? como é que as pessoas vão adivinhar que lhes vai passar a Volta à porta ? A RTP só sabe fazer publicidade a si própria, agitar bandeirinhas, etc... o povo, ou o ciclismo, que se lixem. é preciso é lucrar alguma coisa com o negócio.

- o execrável "Clube da Volta": não reparei se este ano houve, mas a avaliar pela altura das barreiras dum lado e doutro nas metas, de certeza que houve. sabe quem, a quem lá anda. o pior é que anda lá muita gente só para comer, beber (é cada piela nos queixos..) e atrapalhar.


inté.

mzmadeira disse...

Caro José Luís Ribeiro,

insiro aqui este comentário ao seu comentário com um propósito...

Chegaram-me todos os vossos emails que focavam este assunro e eu, por falta de tempo, naquela situação do quando me lembro não tenho tempo... quando tenho tenho não me lembro, parece - e aceito que tenham ficado aborrecidos comigo - que nem liguei.

Estou, desde o primeiro momento, com a Vossa luta... luta que não deviam ser vocês a travar, mas a Federação.

Por isso, pela minha falha, venho aqui, publicamente, pedir-vos desculpa. Da mesma forma que nunca subscreveria aquela 'história' do documento sobre 'ética', sou frontal, é uma aberração e então sabendo eu o passado de alguns nomes que o assinaram, ai, ai..., dizia da mesma forma que nunca subscrevirei esse tal documento,n em relação à Vossa luta no caso do policiamento, podem contar comigo.

Abraço,
Manuel José Madeira

mzmadeira disse...

Ui, Nuno... essa partida de Sevilha!!! Não sei se estávamos no mesmo 'pelotão' de perdidos, eu lembro-me que quando me preparava para entrar na via-rápida, atrás de dois agentes da guardia civil, vi o pelotão a passar no sentido contrário àquele que eu iria tomar... e os guardas a olhar um para o outro... Lembro-me que, de mapa nos joelhos e Livro da Volta no tablier, tentava descobrir como 'dar a volta', lembro-me do stress e de que só apanhei a corrida a menos de 50 km da final, numa altura em que já tinha decidido ir directamente para a chegada...

Velhos e 'gloriosos' tempos das Organizações JN, mas tenho a certeza que esta página foi há muito rasgada do livro da história dessa organização...

mzmadeira disse...

Nuno Inácio, manda-me o teu número de tlm que eu mudei o meu e não consegui salvar todos... preciso falar contigo,
Abraço

Anónimo disse...

Caro Madeira,

Com toda a sinceridade, não me estava a referir a si quando falei de jornalistas que escandalosamente fecharam os olhos ao protesto relativo ao policiamento. Até porque o Manuel José Madeira já expressou, publicamente e em privado, a sua opinião sobre o assunto, assim como manifestou a sua solidariedade relativamente à causa.
Por outro lado, o Manuel Madeira não esteve, infelizmente, na Volta deste ano e não presenciou o protesto. Censurável é quem esteve na partida da etapa ter feito que não viu ... Era impossível não ver.
Já agora e em abono da verdade, também é bom que se diga que O Jogo pegou no assunto não por iniciativa de jornalistas seus que acompanham o dia-a-dia da modalidade. E mais não digo.
Se achou que aquela frase era uma “indirecta” para si, peço-lhe por favor que não pense desse modo pois isso está imensamente longe da realidade.
Quanto ao resto (o documento “jogo limpo”), a democracia e a liberdade são mesmo assim. Ninguém é obrigado a subscrever as ideias dos outros mas é obrigatório que todos respeitem as ideias de cada um.

1Abraço e obrigado pela reflexão e pela divulgação que faz do ciclismo e das actividades da ACM.

José Luís Ribeiro

majv disse...

Permitam-me acrescentar mais um ponto, no rol das anomalias.
Não sei em que etapa, mas também as imagens no directo...pelotão a ultrapassar 2 viaturas particulares, num descida...
Será que os batedores, com o ultimo deles a rolar cerca de 300 metros á frente do pelotão, não deram por isso?
Haveria (mais) algum cruzamento não policiado?
Alinho pelo diapasão das falhas generalizadas quer das forças de policiamento, quer do pessoal das bandeirinhas amarelas.
Quanto á queda na Fontes Pereira de Melo, não sabia os motivos da mesma, mas pude testemunhar e registar os estragos provocados no Vladimir Isaychev.
Aqui fica:
http://www.facebook.com/?ref=home#!/photo.php?pid=1443082&id=1082560978&ref=fbx_album&fbid=1512483327022
Manuel Vitorino

Nuno Inácio disse...

No seguimento do que aqui tem sido dito, aqui fica o relato de um elemento da BT sobre o policiamento da volta deste ano:

"Relato de um Brigadeiro sobre a Volta a Portugal em Bicicleta 2010

Caros amigos, caros companheiros de luta, caros e digníssimos Brigadeiros, senhores e senhoras, Sr. Comandante da Volta.

Permita-me a ousadia de, por ventura ter esperança de que venha a ler estas palavras, tanto é assim, que as escrevo simplesmente a pensar em si.

Tive oportunidade de assistir à passagem da volta a Portugal deste ano no decorrer de inúmeras etapas e devo dizer-lhe assim franca e abertamente: IO senhor está a coordenar a segurança das etapas e dos ciclistas de uma forma indizível, paupérrima, má demais para ser, por ventura, o senhor um ex. brigadeiro, não o foi nunca... seguramente. Como é que me explica a disposição dos agentes policiais que comandava, por exemplo na etapa Lamego/Castelo Branco? Eu vou descrever os factos para todos estes camaradas perceberem.
eu estava num cruzamento, apeado e à civil e aguardava pela passagem da caravana . Ao meu lado e com ar de apático, bêbado ou cansado, estava um elemento do territorial que não tinha testículos para se opor à vontade dos condutores que seguiam os trajectos que mais lhe convinham, mesmo depois de já se estar a ouvir a sirene policial de um veículo. Esse veículo veio depois a surgir completamente desgovernado, tripulado apenas por um elemento com a patente de capitão, curiosamente, a mesma que a sua. Esse senhor, a bordo de um veículo do territorial, parou bruscamente e berrando como capado disse ao militar que já podia cortar o trânsito, depois arrancou a patinar. Ok, até aqui o senhor ainda não tem culpa, a menos que aquele tal capitão (de Pinhel) seja mais moderno, facto que o obrigava a si, a pelo menos tê-lo insultado e até agredido, na verdade, mais atrás e serenamente, aparecia a patrulha guia de um DT. Entretanto e depois de terem passado cinco motos do transito completamente amontoadas, (já ouviu alguma vez falar de ligação à vista?) aparece vossa Ex.ª. com um grupo de fugitivos, talvez 10. Sim, nesta altura já começa a ter culpas no cartório, pelo simples facto de que toda a gente deveria levar fugidos, menos o comandante da volta.
O pior estava para vir, decorreram 9 minutos e 48 segundos até surgir nova sirene no opaco da curva sombria da estrada. aconteceu portanto, que durante este tempo e este espaço a via esteve completamente à mercê das conveniências dos tristes condutores, uns apressados outros néscios, tentam sempre recuperar o tempo perdido e reiniciam a marcha em todos os sentidos e direcções. Azar dos azares, na frente do pelotão, mesmo quase a serem envergonhados pelos ciclistas, vinha o restante magote de motociclistas, em monte, a par, numa ligação visual que quaisquer cinquenta metros chegavam para se verem todos uns aos outros. Na frente deles, como carneiro tresmalhado, vinha um automobilista que entretanto deve ter reiniciado a marcha e estava a ser enxota do para a frente como quem foge de um tsunami. Toda a gente a rir às gargalhadas e eu a ferver de cólera.
Como brigadeiro que sou, não resisti e pedi a um motociclista que passava mais perto, para parar e disse-lhe: “Então, há um espaço morto de quase dez minutos e vocês vem à manada?” O pobre respondeu-me ironicamente: " O “três tiras” quer assim..." veja Sr. comandante a triste figura que anda a fazer.... Queira reflectir e pense bem na sua missão. Se pretende combater o nosso orgulho e a luta que trazemos de pé Há 2 anos, como alias, já me constou, então está a ser capaz."

IN:
http://www.brigadatransito.com/admin/index.forum?part=general&sub=newsletter&sid=7d5a0199f6988697b086afe5805afbe5

majv disse...

É deveres elucidativo.
Só espero que quem escreveu isto, não venha a sofrer as consequências de ter dito "verdades".
Quem tal escreveu, e não faço a mais pequena ideia de quem tenha sido, sabe do que "fala".
Manuel Vitorino