segunda-feira, outubro 31, 2005

4.ª etapa


Toquei, na última opinião que aqui deixei, no caso das transferências no ciclismo e da abissal diferença que existe entre a sua publicitação e a que acontece com qualquer artista (mesmo que seja - e tantas vezes é... - de cassette pirata) da bola.

Conhece-me - espero eu, sem falsas modéstias - a maioria dos meus leitores. Sabem quem eu sou, o que faço... onde estou. Já terão, os mais ávidos, procurado nas páginas do jornal no qual escrevo, a notícia ou apenas a confirmação de uma notícia que outro colega, de um dos outros jornais, já tenha avançado. E não encontram nada.

E porque é que eu opto por não dar nada, a noticiar em quatro linhas que um homem (e tomo-o apenas como exemplo) como o Pedro Soeiro, com um dos mais ricos curriculos dos corredores ainda em actividade, muda de equipa. Assim, numa notícia desgarrada, perdida entre as outras breves no jornal?

Como sinto a necessidade de me explicar perante todos, aqui o faço. Agora.

Porque acho que ele, a equipa que o projectou, mas que não pode acompanhar, em termos financeiros, uma melhor oferta de outra equipa, e que, sobretudo esta, que fez algum esforço para ter o corredor, merecem algo mais do que uma notícia de quatro linhas.

É uma opção minha. Assumo-a.

Não concorro com ninguém, em termos de dar novidades. Quero ser o mais completo e rigoroso, no que se trata da divulgação do ciclismo. Chamem-me idealista. Chamem-me utópico. Chamem-me sonhador ou... chamem-me parvo.

Esta opção é intocável.

Pelo respeito que me merece(m) o(s) atleta(s), pelo respeito que me merecem todas as equipas, pelo respeito que me merece a modalidade. Sobretudo, para que fique bem vincada a minha posição anti-notícia para encher, no que ao futebol diz respeito e ao respeito que as outras modalidades deveriam merecer.

Já agora, e para não gerar expectativas... os que fazem o favor de vir ler estas linhas não esperem grandes novidades noticiosas. Há uma entidade que me paga todos os meses e à qual devo, mais do que qualquer obrigação, sobretudo... lealdade. E não ultrapassarei esse risco.

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