[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
domingo, julho 31, 2011
ANO VI - Etapa 54
'JORNALISTAS' DE CICLISMO
(que agora são escolhidos pelo representante da AIJC que esconde as quotas de quem não gosta, de forma a que estes sejam excluídos por falta de pagamento)
ATIREM-SE AO MAR E DIGAM QUE SE AFOGARAM!
[excerto de uma mensagem em resposta à etapa anterior]
As "estórias" são tantas, e tanta gente as sabe!
Excepto a comunicação social e os intrutores de processos, é claro.
Mas, reafirmo, muita gente conhece a verdadeira "estória" e quem foram os seus principais actores...
[podem ler tudo na Etapa anterior...]
sábado, julho 30, 2011
ANO VI - Etapa 53
Falta-me a força, falta-me a vontade... falta-me, por vezes, o objectividade.
Algo atrasado - mas até por isso acho que a força de que preciso para estar aqui, no computador, o justifica - dei hoje de caras com o que a seguir vou partilhar convosco, os meus mais fiéis seguidores.
Leiam, se fizerem o favor...
(*)
... em relação ao primeiro texto quero aqui sublinhar (a grosso) a seguinte passagem:
A indicação de que o clube estava sob pressão foi dada pelo próprio administrador-delegado da Liberty Seguros, José António de Sousa, no depoimento que prestou ao instrutor do processo, Nuno Ribeiro, que o DN consultou.
O ciclista português e os espanhóis Hector Guerra e Isidro Nozal acusaram uso de CERA em testes pré-competição realizados antes da Volta a Portugal.
No seu testemunho, António de Sousa contou que, após a Volta ao Alentejo, enviou e-mail ao presidente do clube, Vítor Paulo Branco, dizendo-lhe "que achava inadmissível que a equipa, com o plantel e o orçamento de que dispunha, não ganhasse as provas em que participava e que, por isso, após a Volta a Portugal teriam de fazer um balanço para decidir se justificava à empresa Liberty continuar a apostar naquela equipa".
Questionado sobre se o patrocínio se manteria caso a equipa não vencesse a principal prova do calendário português, o administrador-delegado da seguradora garantiu que "certamente o contrato seria revisto" e "não seria de excluir a hipótese de abandonarem mesmo o apoio à equipa".
Quero, também, sublinhar que esta página
.

é paga pelo

Honi Soit Qui Mal y Pense...
Mas deixo, para além da questão óbvia:
PORQUE É QUE OS 'DESPORTIVOS' PASSARAM SOBRE ESTE ASSUNTO COMO CÃO SOBRE VINHA VINDIMADA?
Esta outra...
Para todos os efeitos desportivo-legais, o médico oficial da equipa Liberty Seguros, em 2009, e isso está, naturalmente, registado tanto na FPC como na UCI, era o dr. Jaime Milheiro.
De onde, como, com a conivência de quem, aparece o colombiano Alberto Beltrán Niño?
Quem o contratou?
Porque é que descartaram o Médico Oficial da Equipa?
Quem pagou a Alberto Beltrán?
O Patrocinador? Ninguém acreditaria nisso.
O director desportivo sempre disse que, cito de memória, 'não sou o dono nem o patrão da equipa'.
Que quis dizer com isso?
E as declarações do Cândido Barbosa?
E PORQUE É QUE NENHUM JORNAL 'DESPORTIVO' CONSEGUIU VER NISTO TUDO UM MAIS DO QUE COMPREENSÍVEL - QUASE OBRIGATÓRIO - TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO?
Porque a
.

passou a PATROCINADOR PREVILIGIADO DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE CICLISMO?
Então assumamos que a FPC foi a principal beneficiária dos casos de 'doping' - comprovados - de uma formação cuja ligação entre a sua direcção e o Presidente da FPC não pode nem deve ser ignorada.
Eu posso estar apenas numa fase de evolução de uma doença psiquiátrica, ou posso estar já mesmo louco. Mas não desperdicem os momentos em que consigo estar lúcido.
É o que peço aos meus Amigos.
domingo, julho 24, 2011
ANO VI - Etapa 52
EVANS, CONTADOR, SCHLECKs E RUI COSTA
Terminou hoje mais uma edição do Tour e não posso, porque não tenho alternativa, fugir à apreciação que, durante estes últimos dias e, naturalmente, amanhã, a CS veio a fazer e fará.
Foi, de facto, mormente na última semana – mas não só – uma corrida que, mau grado a alteração de alguns dos ‘ingredientes’ a que todos já estávamos acostumados, foi grande atingindo momentos de espectacularidade, quer ao nível desportivo, quer de beleza plástica (e não me refiro às panorâmicas dos milhentos ‘chateaux’ ao longos das etapas) que só o Ciclismo pode proporcionar. Como só o Tour pode proporcionar.
Depois deste preâmbulo, avanço num exercício que pretende destacar alguns momentos, fases ou, simplesmente, constatações – e a minha opinião, claro, enquanto adepto – sem a preocupação de respeitar qualquer cronologia. Até porque perdi várias etapas que não pude ver em directo e até algumas que nem os resumos nocturnos pude ver.
E a CS não ajudou em nada.
Foi insípida, incolor e inodora.
Quem não teve oportunidade de ver na televisão (EuroSport e RTP), quem não teve acesso ao volume de informação que a internet foi debitando e se limitou a ver os jornais… não tem a mínima ideia do que aconteceu neste Tour.
Mas passemos às minhas escolhas…
Tivemos dois portugueses no pelotão e, felizmente, ambos chegaram hoje a Paris.
O Rui Costa, da espanhola Movistar – que, recordo, apesar de ser descendente directa da Reynolds de Perico Delgado, que viria a dar na Banesto de Miguel Induráin e depois, já com menor notoriedade, à Caisse d’Épargne de Valverde, por exemplo – apareceu com uma formação mediana que foi ‘salva’ pelo Corredor da Póvoa de Varzim;
e depois tivemos o Sérgio Paulinho numa anacrónica RadioShack que me confundiu desde o momento em que foram divulgados os Corredores escalados para a Grande Boucle… até ao fim da Corrida.
RUI COSTA. Venceu uma etapa (e que etapa!), a que terminava no alto de Super Besse e, ainda por cima, com o desplante de atacar, no grupo que seguia em fuga, a cerca de seis mil metros da chegada.
Esta vi. Como todos, mesmo os mais visionários que, depois do final da tirada, garantiram que nunca duvidaram que o Rui fez bem em sair de longe. Depois da etapa ficámos todos de acordo, mas que sofri muito e muito, principalmente quando o Vinokourov resolveu fazer pela vida e chegou até ali aos 50/60 metros do Rui – antes de se lhe ‘furarem’ as pernas – fui-me mentalizando para o facto de, agora poder estar a escrever que a iniciativa do português valera apenas pela voluntariedade.
Felizmente não.
O Rui foi enorme e ganhou com classe. Muita classe.
Mas o que me faz, ainda agora, ter este brilho húmido nos olhos é eu ter a certeza de que o Rui é Corredor para nos dar ainda muitas mais – e quem sabe, maiores – alegrias.
E, apesar do que posteriormente fez, nomeadamente na etapa que terminou no Alpe d’Huez, com as subidas do Télegraph e do Galabier ‘coladas’ quando apareceu na frente, só com… Andy Schleck e Alberto Contador, li o epitáfio da sua participação neste Tour.
Especialistas que encaixam perfeitamente naquela definição de que chegam a velhos sem perceber que os 30 anos que têm de experiência não passam, afinal de contas, de um ano de experiência repetido trinta vezes!
Quanto ao Sérgio – e dentro daquilo que vi – só hoje mesmo o detectei na frente (atenção!, não pude ver as etapas todas, como já salvaguardei)…
Quanto ao Sérgio, recomeço, que dizer para além que foi óptimo ter chegado ao fim, sem esquecer que o ano passado foi ele a dar-nos a alegria de ter vencido uma etapa no Tour? Mesmo hoje, quando apareceu na frente foi já depois de o Rui o ter feito, e até ter arriscado uma iniciativa a solo.
Numa RadioShack, demasiado cedo sem rei nem roque, o Sérgio terá ficado à espera que lhe dessem liberdade para escolher uma oportunidade.
Terá sido isso?
Ou, não tendo nada nem ninguém para defender se ‘afogou’, tal como os outros companheiros, na descrença e assumiu que já nada valeria a pena?
Foi pena!
QUEDAS QUE INFLUENCIARAM. Não me lembro de nenhuma Corrida que tivesse ‘mandado para casa’ tanta gente importante no pelotão – alguns até com legítimas pretensões – como o Tour deste ano. E isto conduz-me directamente para uma constatação imediata: a Organização não mediu as eventuais consequências de fazer passar um pelotão de 200 Corredores por estradas com pouco mais de três metros de largo.
Curiosamente, não li uma única crítica em relação a isto.
Aqui há meia dúzia de anos, mais um ou dois, figura proeminente, no panorama nacional, natural da Região – o que não o obriga, é evidente, a ser conivente – ‘arrasou' a Organização da Volta ao Alentejo porque fez passar o pelotãozinho de pouco mais de uma centena de Corredores por estradas municipais que não eram mais estreitas que aquelas que, pelo menos até à chegada aos Pirenéus o pelotão deste Tour sempre andou.
Aliás, até mesmo os Corredores do pelotão nacional, depois de ‘habituados’ a fazer etapas inteiras em IP’s ‘rabeiam’ quando é necessário, para chegar a algum lugar que endureça qualquer Corrida, ter que se recorrer a estradas municipais.
O drama, não assumido, pela Organização do Tour, em relação à edição deste ano, é que naquelas estradinhas – por muito bom que fosse o piso – ficaram, não digo que candidatos indiscutíveis à vitória final, mas, pelo menos, Corredores que poderiam ter ‘mexido’ com a Corrida de outra forma.
Recorde-se que o próprio Alberto Contador perdeu quase um minuto e meio para os Schleck logo no primeiro dia da prova.
CONTADOR. Quem, de facto, gosta de Ciclismo, ama a Modalidade, não pode ter ficado indiferente ao ‘caso’ Alberto Contador.
Há outros exemplos, até mesmo domésticos mas, como se diz no meu Alentejo, o mínimo que os figurões da AMA, da UCI e quejandos… aqueles que comem da mesma gamela e, encobrindo, com a conivência de alguns, os vícios privados, querem convencer-nos das suas públicas virtudes, 'fizeram-lhe a cama' e sacudiram as mãos.
É desumano o que estão a fazer, já não digo ao Corredor mas ao Homem.
Depois do Tour do ano passado – que, creio, ainda não foi homologado – mantêem-o como ‘suspeito’.
24 horas do arranque da Volta ao Algarve deixam-no saber que, afinal, pode correr e ele é obrigado a uma maratona indescritível, que acabou com uma corrida de táxi do Aeroporto de Lisboa até à partida da 1.ª etapa da Algarvia.
Protelam a decisão quanto à sua inocência. Ou não.
Deixam-no correr o Giro, que ganhou de forma superior, e a alinhar à partida do Tour. Tudo isto pode ter sido em vão. Depende da decisão ainda por tomar pelos mangas de alpaca.
Foi, psicológica e emocionalmente ‘agredido’ na apresentação do Tour ao ser recebido por um ensurdecedor coro de assobios; perdeu tempo, devido a queda, logo na primeira etapa quando ainda acusaria a ‘calorosa’ recepção da véspera e na subida para o Alpe d’Huez é provocado por um desqualificado qualquer que, travestido de enfermeiro, esguichou para o seu rosto o conteúdo de uma seringa.
A ‘mensagem’ era óbvia. Pena que o soco que Contador lhe aplicou não tenha sido suficiente para lhe partir todos os dentes. Nem sequer o fez cair. Com um bocadinho de sorte seria atropelado.
EU queria ver aquela aventesma, que tinha tudo planeado, passar dois ou três meses com uma perna partida.
E a CS, uma vez mais, ou ‘não viu’ ou criticou o Corredor.
Também mereciam um murro nos dentes!
CINCO. Depois da vitória do belga Philippe Gilbert (Lotto) na primeira etapa, ganhando o direito de sair para o segundo dia de amarelo, só mais quatro homens envergaram o símbolo de líder e, dois deles, para além de a terem conquistado de forma não esperada, foram uns heróis ao conseguir mantê-la para além daquilo que os observadores especialistas ousariam prognosticar.
O norueguês Thor Hushovd (Garmin), reconhecidamente um especialista nos sprints – pese embora ostente a camisola de Campeão do Mundo de fundo – vestiu-a no segundo dia, num crono por equipas e passou com ela os Pirenéus.
Ao todo, andou oito dias de amarelo, contando com o primeiro de descanso.
Depois, e para alegria dos gauleses, foi Thomas Voeckler (Europcar) a vesti-la no final da 9.ª etapa e defendê-la com unhas dentes, e tudo o mais que pudesse agarrá-la, até ao Alpe d’Huez. Onze dias, contando com o segundo de descanso.
No Alpe d’Huez, quando Alberto Contador atacou a mais de 90 km da chegada, logo na subida para o Télegraph, Andy Schleck subiu ao céu, mas os erros que cometera – ele e a equipa – tanto nos Pirenéus como nas duas etapas anteriores, nos Alpes, devem ter-lhe logo ‘dito’ que a glória seria efémera.
REVOLUÇÃO NAS PONTUAÇÕES DA REGULARIDADE E MONTANHA. Se alguém que esteja agora a ler-me e não pode ter oportunidade de ver nenhuma etapa na televisão, então nada sabe sobre isto porque os jornais o ignoraram. E não era, de todo, para ignorar.
A Organização do Tour resolveu, este ano, revolucionar por completo a forma de pontuação dos corredores mais regular (camisola verde) e melhor trepador (a tradicional camisola às pintinhas vermelhas). Assim, acabou com as tradicionais (duas ou três) ‘metas volantes’, que tinham uma classificação própria mas que também pontuavam para a regularidade – é questionável, é sim senhor – e instituiu um único sprint intermédio que dava tantos pontos como a chegada.
A Volta a Itália teve, durante anos, o Intergiro, com a diferença que esta meta ordenava uma classificação autónoma, com um vencedor autónomo do da regularidade.
Era uma espécie de duas etapas numa só.
A primeira acabava na meta do Intergiro – e premiava os mais teimosos que não se escusavam a entrar em fugas – e a segunda na linha de chegada que contava para a geral individual quando o líder do Intergiro ainda vinha a dez quilómetros da meta mas já tinha defendido a sua camisola.
Ora, e não tenho prurido nenhum em me ‘colar’ à opinião do nosso melhor comentador de Ciclismo, o Marco Chagas (RTP), esta experiência falhou redondamente.
Pior!... Foi até motivo de algumas cenas menos dignas com desclassificações pelo meio devido a comportamentos incorrectos.
Eu não advogaria a sua continuidade.
Quanto ao novo modelo da pontuação para o Rei da Montanha… foi mais ajuizado mas precisa de ser corrigido.
Por exemplo, as contagens de 4.ª categoria – mesmo que a definição das mesmas deixem a descoberto que seriam uma subidinha até aos 500 metros de altitude (na maioria das vezes, a começas nos… 350 metros acima do nível do mar) e com quilómetro e meio ou dois de extensão - darem apenas pontos (dois) ao primeiro a passar é ridículo.
O que é que se pretendia?
Transferir para as contagens de montanha menores os sprints das antigas metas volantes?
Mas estas davam pontos aos primeiros três!
Também a drástica redução da pontuação nas montanhas de 3.ª, 2.ª e até de primeira categoria convinha que fossem repensadas.
Já o facto de as chegadas em alto, fossem de 1.ª categoria ou de categoria especial valerem o dobro dos pontos das ‘irmãs’ a meio da etapa creio ser pacificamente aceite.
Custava ver os grandes trepadores, porque só tinham quatro ou cinco chegadas em alto, verem ser coroados como ‘rei da montanha’ homens como, por exemplo, Richard Virenque – que creio ser ainda o recordista de mais vitórias consecutivas na montanha – nunca ter ganho uma verdadeira chegada em alto.
Limitava-se a ir somando pontinhos nas 4.ªs, 3.ªs e 2.ªs categorias (às vezes) para garantir o número suficiente de pontos para bater quem ganhava, de facto, na alta montanha.
EVANS. Os últimos são sempre os primeiros.
O australiano, sustentado numa equipa coesa e com verdadeiro espírito de entreajuda e sacrifício, ao segundo dia ficou a um segundo da camisola amarela. Contador estava mais de minuto e meio lá para trás e os irmãos Schleck ainda agora estou a pensar… no que pensavam.
Tremendamente feliz é a frase do Carlos Flórido (O Jogo) quando escreveu que o australiano, e cito de memória, “Não é o melhor em nada mas é bom em tudo”.
Muito bom, atrever-me-ia a acrescentar.
Não vou abrir mais um espaço para os irmãos luxemburgueses, sai tudo aqui.
Que lhes aconteceu?
Não creio que tivessem que respeitar uma hierarquia, como hoje li.
Franck, o primeiro a atacar – e a deixar em maus lençóis o Contador – caiu a pique e, hipoteticamente, havendo qualquer estratégia para levar, este ano, o mais velho à vitória (porque Andy ainda tem muitos anos para o conseguir) logo que se sentiu mal deveria ter dado ‘roda livre’ ao mano mais novo.
A minha leitura – e escrito agora, depois de a prova ter terminado, pode parecer a verdade de Pilro – é a que eles se preocuparam muito com a árvore (Contador) menosprezando a floresta (Evans).
Ou que, quando deram por isso já era demasiado tarde.
Volto a frisar a minha opinião: Alberto Contador, para além de já trazer nas pernas o Giro, que venceu de forma categórica, não pode não ter acusado, emocionalmente, a forma hostil como foi recebido em França. E nunca teve equipa que o ajudasse!
Contra este don Quijote psicologicamente debilitado os Schleck só tinham uma coisa a fazer: ‘descarregá-lo’ logo ma primeira dificuldade que aparecesse e, volto a lembrar, ele perdeu logo minuto e meio na primeira etapa.
(Faz-me lembrar aquela anedota do tipo que pedia a deus, todas as semanas, que lhe saísse a lotaria, até que deus, já irritado, lhe gritou ‘lá de cima’: “Porra! Ao menos compra uma cautela!...)
Se não acredito numa ‘guerra’ entre ambos, estou convencidíssimo que estavam tão obcecados com o espanhol que não ligaram a Cadel Evans.
Que até andou uma ‘eternidade’ em segundo lugar a… UM segundo do líder, então o norueguês Thor Hushovd.
O curioso é que o australiano chegou a queixar-se em declarações que são públicas e foram reproduzidas pela imprensa.
Algo do género: ‘Não estou para carregar os Schleck às costas até Paris!”
TERMINANDO. Depois das condições, e estou a repetir-me, psico-emocionais com as quais Alberto Contador teve que lidar neste Tour, eu, que até nem sequer era seu admirador, dou o braço a torcer. Ganhou um novo admirador.
Cadel Evans, por aquilo que fez – e recordo aqui as ajuizadas palavras do João Pedro Mendonça, esta tarde na RTP – foi, de facto o Mais Regular nesta Corrida, embora o Cavendish tenha ganho o prémio, e foi o mais que justo vencedor da prova.
Agora, aqui, confesso humildemente que nem sequer sei qual é a estrutura da sua equipa. Quem é o DD, mas todos merecem este triunfo.
Contador esteve quase sempre sozinho.
Os Schleck guardavam um ou dois companheiros, pelo menos até ao início das partes mais difíceis das principais etapas, mas o Evans esteve sempre rodeado de uma fiel ‘guarda de honra’.
E isto ajuda a perceber porque ganhou.
quarta-feira, junho 29, 2011
ANO VI - Etapa 51
... E, CLARO, TAMBÉM PARA O SÉRGIO
Hilariante a rábula protagonizada por aquele que, cada vez mais, se vai esmifrando - nem são os outros que o levam a tal, é de pura e idiota iniciativa própria - por o catalogarmos como o 'Cavaleiro da Triste Figura' .
Que me perdoe Don Miguel de Cervantes que foi quem inventou a expressão para definir um onírico, no sentido de insano e pouco credível (mau grado as suas, para ele, honestas convicções) Don Quijote de La Mancha.
No mesmo dia, ontem, em que tudo o que era Imprensa dava como mais que provável a presença de Rui Costa - porque constava da restrita lista de 11 elementos, um dos quais até se encontra ainda a recuperar de acidente grave, apresentada pela espanhola Movistar para correr o Tour - em França, o visconde do Ciborro falhou a notícia e, claro, faltou-lhe o suporte da rectaguarda que deve ter recebido os mesmos três emails que eu recebi... fora previsiveis takes da Lusa e da FrancePress...
.

Hoje, quando todos os outros já avançavam com a certeza da presença do jovem poveiro naquela que vai ser a sua terceira participação consecutiva na Grande Boucle, com origem no Ciborro vinha o preocupante 'aviso' de que nada estava ainda certo, citando, nada mais, nada menos que... o próprio Director-geral da equipa. Com declarações e tudo!
Pouco depois a confirmação. Todos estavam certos menos aquele que 'falou' [???, ehehehheh ;-)] com o responsável máximo pela formação em causa...
'Comido'?
Com uma idade dessas e com os anos que leva no pelotão?
Aliás, 'comido' duas vezes seguidas? Olha lá!...
Resta-me desejar as maiores felicidades ao Rui Costa e, claro, também ao Sérgio Paulinho. Torço por vocês!
quinta-feira, junho 16, 2011
ANO VI - Etapa 50
PARA CERTIFICAR AS CORRIDAS?
Já tivemos, este ano, uma morte na estrada e, por sorte foi só uma, que o traçado do Giro'11 roçou o 'assassino'. Na mesma Itália onde a Lei persegue caninamente os Corredores que tiveram 'azar' de ser apanhados com positivos... com laivos de sadoquismo. Castigam-os, deixam-os tentar recomeçar a sua vida e, mal eles se apresentam preparados para - dê-mo-lhes o benefício da dúvida - voltar, provavelmente com a 'lição aprendida' o inefável CONI pula para o palco - que não é dele - e 'carrega' a pena.
Se se tratasse de uma tomada de posição HONESTA, e então seria ineqívoca, irradiavam, pura e simplesmente o infractor.
Não conheço a Lei italiana. Desconfio que tal decisão não seja exequível por isso, entre autoridade anti-dopagem e CONI vão brincando com a vida de pessoas que, como todas as pessoas, podem errar a qualquer momento das suas vidas.
Também não sei se acontece só com o Ciclismo ou se com atletas de outras modalidades. Mas que o Ciclismo sai, indubitavelmente, prejudicado em relação a todas as demais, disso - creio - já ninguém tem dúvidas.
E podemos até ficar pelos exemplos domésticos...
Mas voltemos ao início...
A edição deste ano do Giro foi exemplar... no pior dos sentidos.
Pôr Corredores de Estrada a cumprir etapas com largos troços de terra batida?
Que virá a seguir?
Atravessar vales ou rios sobre pranchas de madeira com dois palmos de largura?
Obrigá-los a fazer duas dezenas de quilómetros só com a roda de trás no chão? Fazendo uma espécia de 'cavalinho'?
IT'S DE SHOWBIZZ
É preciso ganhar dinheiro, nem que seja à custa da vida de atletas que devem ser olhados como trabalhadores. A sua profissão é esgotar-se, fisica e, muitas vezes, psicologicamente, sentados numa bicicleta cujos pneumáticos têm 2,5 cm de apoio sobre o asfalto e que aos quais se pede que subam montanhas como se não houvesse amanhã e que desçam como se estivessem atrasados 24 horas em relação à etapa em disputa.
Para além da morte de Wouter Weylandt - tentem encontrar uma foto decente dos momentos em que ele era assistido, caído na estrada, eu só consegui isto... - no Giro'11 houve, pelos menos, mais três casos de quedas feias...
Tudo isto foi banqueado porque foi da responsabilidade da organização...
E o CONI aparece a fazer triste figura.
Tal como outros organismos, onde se enquadra, por exemplo, a nossa ADoP (porque é que não é o COP? porque o vice do COP e o vice da ADoP são a mesma pessoa... por acaso, presidente da FPC) ululam a quem lhes dá ouvidos, e páginas inteiras - patrocinadas (pagas) - que o seu principal papel é...
... a salvaguarda da saúde dos atletas.
(por isso, nós, apaixonados pelo Ciclismo, provavelmente deveríamos ir de joelhos a Fátima - embora eu continue a achar que aparecer pela Tasquinha do Lagarto, ali a Campolide, e fazer uma vénia à pessoa certa - dá estatuto maior...)
Notícia desta tarde, 'piratada' do sítio de A BOLA:
O ciclista colombiano Juan Maurício Soler, da Movistar, está internado, com um traumatismo craniano, nos cuidados intensivos do hospital St. Gallen, na Suíça.
O colombiano caiu, esta quinta-feira, no arranque da 6.ª etapa da Volta à Suíça, onde ocupava a segunda posição da classificação geral, e foi transportado de helicóptero para o hospital.
Os primeiros exames médicos realizados revelaram que o ciclista da Movistar sofreu um «traumatismo craniano grave, com edema cerebral e múltiplas fracturas e contusões», segundo revelou a sua equipa.
E SURGE A GRANDE QUESTÃO!...
Se, o que verdadeiramente está em causa é a saúde - mais do que isso, a vida - dos Corredores, não será que é tempo de entregar aos 'guardiões da verdade' o controlo dos traçados que os vários organizadores 'inventam' e que, para além da sempre alegada 'tentação' ao recurso de produtos proíbidos... os matam?
Os matam na total impunidade?
Um Corredor toma um comprimido amarelo; acusa positivo!
É punido sendo que a primeira justificação das entidades responsáveis é a de que... estão a 'zelar pela sua saúde'...
E quando eles morrem por incúria de uma organização?
Se o primeiro incorre numa pena que chega à irradiação... aos segundos, quem tem coragem para interditar a corrida por um ano ou dois?
NINGUÉM!
Saúde do Corredor uma treta!
Ansia incontrolável de protagonismo de muita gentinha espalhada por toda a modalidade.
Gentinha que não vale o que come... e que, ainda por cima, é pago por todos nós...
ANO VI - Etapa 49
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Evaldas Siskevicius...
o lituano que venceu a Alentejana limitando-se a, no momento certo, seguir a sombra de Filipe Cardoso que, naturalmente, não sabia que precisava de lhe ganhar mais que os quatro segundos que conseguiu...
Sabem ao que isto me 'cheira'?
Àquilo que o Ciclismo Português sempre apresentou de pior: o 'rasca', «não ganho eu, mas também não hás-de ganhar tu!», que tanto triunfo deu a Corredores estrangeiros. E repare-se, não estamos perante a figura de uma 'velha raposa' que soube ser calculista. O lituano tem apenas 22 anos e está a meio da sua primeira temporada como profissional numa equipa que ninguém conhecia antes de apareler no elenco da Alentejana. Mas, que ainda assim, venceu a Classificação geral por equipas...
A LA-Antarte (Paredes), equipa de Bruno Sanches, o grande derrotado, terminou em nono lugar. Quem percebe alguma coisa de Ciclismo, mesmo sem ter estado, mesmo sem ter ouvido ou visto, mesmo limitado às 'reportagens' na imprensa, 'adivinha' porquê. Porque o Mário Rocha pôs 'toda a carne no assador' por forma de defender a camisola amarela... e no momento 'm' foi traído pela não ponderada iniciativa de um colega português.
E lá se foi a vitória, uma vez mais, para um estrangeiro, de uma equipa que não acredito seja mais forte que qualquer uma das quatro portuguesas.
quarta-feira, junho 15, 2011
ANO VI - Etapa 48
(agora fiquemos atentos a qualquer ataques de apoplexia!... Mas que conte sempre com a nossa memória; o quanto criticou o saudoso Xico Nunes quando ele deu uma mão à Alentejana... o quando, a partir de dada altura - acabavam-se os 'patrocínios' para os almoços e jantares - assumiu aberta contestação ao eng.º Barroso; era o Lóios que era bom... que eu saiba nunca teve muita sorte...)

ANO VI - Etapa 47
(TAMBÉM) ÀS MÃOS DA CS
Só posso estar triste e, engolindo esta raiva que cresce em mim, assim mo manda o bom senso, ficar-me por um... lamentar que a CSl, na generalidade, se abestenha da sua obrigação de ser isenta e centrar-se naquilo que deve fazer.
O Ciclismo nacional, principalmente agora, que passa por uma das suas fases mais difíceis, é o mesmo (com menor qualidade, não tapemos o sol com uma peneira) que justificava o envio de equipas de reportagens para, no Tour, seguir apenas o Orlando Rodrigues, primeiro, e o Zé Azevedo, poucos anos mais tarde; que chegou a ter sete jornalistas na Vuelta, porque lá estava uma equipa portuguesa, e quem diz na Vuelta, diz nas Astúrias.
Na Andaluzia já aconteceu diferente. Enquanto o 'mecenas' teve dinheiro, dava para levar 'jornalistas' e amigos de jornalistas... tudo à custa dos mariscos... o homem arruinou-se, ficou doente (será que ainda é vivo? não me admirava nada que quem tanta caixa de sapateiras levou para casa já nem se lembre do seu nome), internado num Lar e... esquecido.
Já agora aproveito para deixar um apelo:
quem souber alguma coisa dele, que me diga...
Foi nos anos pré-dourados do Ciclismo português. Porque houve, de facto, e isso não apagarão da História - como não apagaram o Joaquim Agostinho ou o Marco Chagas - um período dourado do Ciclismo português que extravasou fronteiras. Uma equipa de sonho, que venceu, colectivamente, uma Volta a Espanha.
Não foi essa equipa, mas a estrutura era a mesma, foi, depois, enleada numa trama (assim mesmo, no feminino: 'trama/teia' - espécie de rede que se desdobra para apanhar algo) que abriu telejornais, noticiários radiofónicos e, na Imprensa, mas nuns títulos que noutros, 'acusou, julgou e condenou' na Praça Pública várias pessoas, desde o responsável desportivo - que do outro, o presidente do clube, teve engenho e ajudas externas, disso não tenho dúvidas que o 'apagou' do processo - a uma mão cheia de Corredores e Auxiliares.
E a FPC teve acção bastante interventiva nisso. E quem hoje escreve sobre a modalidade (não, não sou cego e jamais seria injusto, há excepções, claro) está demasiado 'dependente' da FPC. Alguns, nem tenho problemas em escrevê-lo, de uma forma promiscua.
Mas eu percebo-os.
Chama-se ao que fazem... Instinto de Sobrevivência.
Se o 'barco' está a ir ao fundo, é lá em cima no cesto da verga, junto dos que têm maior patente - mas que não deixaram de subir para o cesto da verga (lugar de marinheiro desencartado) porque calculam, só isso, que assim, num plano mais elevado, podem fingir que, como verdadeiros capitães, não abandonam o barco mas, com o conforto de saberem que têm alguns metros de mastro para poderem saltar para o salva-vidas mais próximo. E as pulgas agarram-se aos cães.
Há aqui umas semanas atrás, mais de um mês, talvez dois mesmo, realizou-se uma Corrida - o Grande Prémio da Costa Azul? peço desculpa por não estar certo, foi entre Santiago do Cacém, Sines, Grândola... - e estranhei que a cobertura, depois das 'luxuosas' entrevistas, principalmente ao Alberto Contador, que correram todo o espectro da CS, e das reportagens de duas páginas... a Corrida do Alentejo Litoral não tenha passado do linear, às vezes sem classificações... Estranhei.
Todos sabemos que vivemos em crise mas falei com o Director da Corrida que me confirmou que sim senhor, à imagem dos outros anos, a Organização arcava com as despesas de alojamento dos representantes da Comunicação Social... mas que só aparecera um, o Márcio Santos, da Rádio Clube de Matosinhos, sendo que apenas o O Jogo se dera ao trabalho de agradecer o convite, justificando o porquê de não poder estar presente.
Mais NENHUM se fez representar!
Agora, mais próximo no tempo, acontece, primeiro, a apresentação da 29.ª edição da Volta ao Alentejo - que eu, nem que seja em cadeira de rodas, ainda sonho em acompanhar uma última vez antes do fim... - recebo o 'press-release da Organização (obrigado a vocês todos) e vejo que é instituído um Troféu Xavi Tondo, em memória do Vencedor da Alentejana em 2005.
No outro dia, nos jornais, nem murmúrio, quanto mais eco desta informação.
Escrevi-o então, está escrito, isso só leva a uma de duas possibilidades:
- os 'enviados-especiais' a cobertura do evento não puseram lá os pés...
ou os editores, situação que é muito mais complicada de acontecer (pelo 'pleno') ignoraram a única coisa que foi notícia naquela tarde!
Mas HAVIA MESMO, nesta 29.ª Alentejana, um Troféu Xavi Tondo que visava homenagear o grande Corredor e o Extraordinário Homem que ele foi.
Ninguém, daqueles que com ele privaram, o negará.
Então, expliquem-me como se eu fosse um aluno do 3.º ano, porque é que raio nenhum jornal nos disse quem venceu esse Troféu?
Eu sei, mas sei porque recebo os mesmíssimos Comunicados da Organização que chegam às redacções...
Era mais importante dizer-nos que o Tyler Hamilton - depois dos outros 25, e a seguir ainda hão-de vir mais 50) - acusava o Lance Armstrong de toda a vida se ter dopado?
Notícia de agência...
Para dar a outra, era preciso lá ter estado! Essa é que é essa!...
Eu, como Jornalista, pelo menos de um Jornal que ainda é desportivo, que ainda não é generalista, deixaria essas 'baboseiras' para os generalistas porem nas últimas quatro páginas e abriria lugar para notícias positivas para o Ciclismo.
As Notícias dos eventos para as categorias mais jovens não conseguem mais que uma breve que só eu, que se não vejo nada de Ciclismo, volto atrás e, com uma régua, 'desço' página a página...
Corridas como a Grande Volta ao Alentejo são rodapé do Dauphiné... até o Rui Costa 'abafar' e, só no outro dia mercer Abertura de Página...
E o vencedor do Troféu Xavi Tondo ficou no limbo...
quinta-feira, junho 02, 2011
ANO VI - Etapa 46
Deixei aqui escrito, ontem, ou no dia anterior, que em Portugal, há mais de um ano que ficámos reduzidos a DOIS JORNAIS 'DESPORTIVOS'.
Francamente, esperava reacções que não houve. Estão ainda menos atentos do que aquilo que eu pensava...
Vá lá... dos antigos TRÊS diários 'desportivos' quais são os dois que restam?


... porque este há mais de um ano mudou!

Ontem aconteceu, em Mora, a apresentação da 29.ª edição da Volta ao Alentejo em bicicleta. Para além do trivial houve, contudo, uma grande novidade.
Uma NOTÍCIA: foi apresentada e aceite a proposta de se criar um Troféu Xavier Tondo que estará em jogo já nesta edição. Nenhum jornal falou nisso. E achei estranho.
Só há uma explicação: nenhum se fez representar na cerimónia.
Tinham a 'chapa 4', com as etapas e as quilometragens escritas há 15 dias e foi isso que publicaram, coisa que já toda a gente sabia e que a que se voltará em vésperas do arranque da prova.
A NOTÍCIA... falharam-na todos.
quarta-feira, junho 01, 2011
ANO VI - Etapa 45
NOVIDADE: O 'TROFÉU XAVIER TONDO'
De 9 a 12 de Junho, as bicicletas voltam a cruzar e a encher de colorido as estradas da planície e o coração dos alentejanos num total de 688 quilómetros de corrida discutidos entre Mora e Redondo.
Quatro etapas organizadas pela Lagos Sports e a CIMAC (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central) com o apoio dos Municípios de Mora, Campo Maior, Vila Viçosa, Mértola, Aljustrel, Reguengos de Monsaraz, Montemor-o-Novo e Redondo.

Na apresentação desta 29.ª Alentejana o presidente da Câmara Municipal Mora, Luís de Matos, explicou o porquê do apoio do seu município à prova, e deixou um desejo: «As pessoas de Mora gostam do ciclismo, do contacto com os ciclistas e de desfrutar da modalidade. É para manter a tradição desta prova que nos juntamos há vários anos à Alentejana. Entendemos que a Volta ao Alentejo é o grande evento desportivo de promoção da região. E se este ano a prova começa em Mora, gostaríamos que no próximo ano se invertesse e tivéssemos o final da Volta ao Alentejo aqui.»
O Director da prova, Joaquim Gomes (Lagos Sports) disse tudo ai afirmar: «Mais do que realizar a 29.ª edição da Volta ao Alentejo, o importante é manter a Alentejana viva. Esta é uma das mais carismáticas provas velocipédicas do País e um factor de identidade da região, porque é um evento em que todos os alentejanos se revêem.»
Joaquim Gomes aproveitou o momento para lançar o desafio à CIMAC, na pessoa do eng. Alfredo Barroso, seu presidente, para instituir o Troféu Xavier Tondo já nesta edição. Uma homenagem a um dos vencedores da Alentejana recentemente falecido, repto imediatamente aceite pelo também Presidente do município de Redondo, vila que recebe o final da prova.
A Volta ao Alentejo
tem já garantia de continuidade
Segundo Alfredo Barroso, «o ano mais crítico foi o de 2010, mas agora conseguimos juntar a tradição da Alentejana, e o apoio das autarquias, ao profissionalismo da Lagos Sports e dos restantes patrocinadores.»
terça-feira, maio 31, 2011
ANO VI - Etapa 44
DO MEU CARO NUNO
'POSTADA' NA ETAPA QUE ANTECEDE ESTA
Não compete ao Manel Zeferino, com quem não falo há largos meses - nem a qualquer pessoa, em posição idêntica, voltar à Praça Pública (para onde o trouxeram) num caso destes.
Nem a tal notícia de título garrafal e a preencher uma página inteira, tem que ser rectificada. Foi notícia!
O que podemos, e devemos, todos os que primam pela Justiça, questionar, são critérios jornalísticos.
A irregular, logo, fora do 'chapéu de chuva' de qualquer Lei, cível, criminal ou desportiva, acção a que chamarei 'Operação PCC' foi, tendenciosamente, proposta e 'comprada' por quase todos os OCS sem que tivessem respeitado a presunção de inocência daqueles, que nos primeiros momentos, nem arguidos eram. E, isso, creio que no seu devido tempo teve a resposta correspondente sendo que, valha a verdade, tarda em ter o seu epílogo.
Mas não vou aqui, agora, escrever sobre Direito.
Jornalisticamente, a rusga então feita era notícia. Para tão 'generoso' espaço?
Comparem-no com o que foi dado ao caso Clube Ciclista da Charneca (CCC) que 'rendeu' uns gordos três positivos com a mesma substância.
No caso PCC não houve casos positivos. Apenas a apreensão de fármacos - as vitaminas que ando a tomar há meses também são sintéticas, logo, fármacos - que nem PJ nem ADoP conseguiram demosntrar o que seriam.
Actuando, obrigatoriamente, em consequência da intervenção da PJ o Ministério Público (MP), apenas fez o seu papel. Sei que, desde o início, sem grande convicção porque entre mãos tinha... NADA!
Aquando da decisão do Tribunal da Comarca da Póvoa de Varzim que, em primeira instância decidiu decidiu ilibar, tanto o Manel, como o dr. Maynar - como toda a gente não comprometida jamais duvidou que viesse a acontecer - também não causou estranheza que o MP tivesse recorrido.
Infelizmente - e a culpa, ou não é de ninguém, ou é de TODOS nós - o nosso 'sistema judicial' não permite outra saída. Recursos, mesmo sem razão de ser, avolumam o número de processos a que os Tribunais não conseguem dar vazão e atrasam outros bem mais prementes , seja em que sentido fôr. Libertar pessoas do pesadelo de terem em cima um processo criminal, ou dar mais tempo a quem, de facto, acabará por ser condenado...
É a realidade!
Se chego à última página de um jornal 'desportivo' - e há mais de um ano que só temos dois no mercado, não sei se tiveram a perspicácia de dar por isso, embora continue a comprá-lo - sem ver uma notícia de Ciclismo volto atrás e procuro de novo. É impossível não haver notícias de Ciclismo, a não ser por opção editorial. Foi quando descobri aquela 'moldurazinha' em O Jogo, no passado dia 25 de Maio.
E que dizia, como podem confirmar na 'Etapa' anterior, «a decisão foi conhecida na passada semana...», ou seja, entre 16 e 20 de Maio...
Não sei como O Jogo a soube, mas deu-no-la a saber... uma semana depois.
E, dos jornais que leio, foi o único.
Pu-la aqui, para que todos - claro que são cada vez menos; tive mais de um milhar de leitores por dia... agora tenho 30 - os ainda aqui vêm. Para que, se a não tivessem lido n'O Jogo ficassem a saber.
Hoje, a notícia foi publicada noutro jornal.
Duas semanas após a decisão do Tribunal da Relação do Porto ter reconhecido a validade do julgamento em primeira instância e ordenado, sem hipóteses de recursos, o arquivamento do processo.
Não faço a mínma ideia porque só hoje. E nem voltaria ao assunto não fora o caso de, conferindo o correio, ter dado com a mensagem do Nuno.
E, porque mesmo que em decomposição ainda tenho tripas, agoniei-me.
Escrever a 'notícia' deve ter custado muito a digerir - muito mais do que as dezenas de almoços e jantares comidos na própria casa do Manel (ou do sr. Aires Azevedo, que não tem absolutamente nada a ver com isto) - tando que foi impossível 'arrematar' com um patético «recorde-se que Marcos Maynar encontra-se suspenso por dez anos pela justiça desportiva...»
Patético é pouco!
Em primeira instância, se uma coisa destas pretende fazer de todos nós parvos, o que não somos... é insultiva!
Por outro lado, a mim, lacera-me a alma...
Descer tão baixo (eu sei que, de facto, esse 'castigo' está registado) é algo que só gera em mim um sentimento de compaixão.
Mas descodifiquemos para quem não está 100% por dentro deste episódio...
O dr. Marcos Maynar, como médico, só pode ser condenado - e castigado - pela respectiva Ordem. A portuguesa não o pode fazer porque ele nunca nela esteve inscrito, aliás como consta do processo. A espanhola nem sequer sabe o que se passou porque nem a ADoP, nem a FPC têm sobre ela qualquer tipo de influência.
Mas foram a ADoP e a FPC que condenaram o dr. Marcos Maynar a... 10 (dez) anos de suspensão.
Passe a comparação, mas alguém está a ver a Federação Portuguesa de Futebol a impôr um castigo de UM DIA ao treinador do Sydney FC, da Austrália?
Claro que não.
Foi 'notícia' para papalvo engolir...
Mas, já agora, qual foi o castigo imposto ao médico do CC da Charneca?
'Evaporou-se', mas o efeito mediático - que não mais do que isso, que outro não teria porque também não estava inscrito na nossa Ordem dos Médicos, porque TAMBÉM não era o médico oficial da equipa - perdeu-se...
Um dia destes e podíamos ter uma notíciazinha a dizer-nos que tinha sido condenado a... dois almoços de suspensão!
Não brinquem connosco!
sábado, maio 28, 2011
ANO VI - Etapa 43

Classificação da Corrida

2.º, Edgar Pinto (LA-Antarte), m.t.
3.º, Bruno Sancho (LA-Antarte), m.t.
4.º, João Pereira (Tavira-Prio), m.t.
5.º, André Cardoso (Tavira-Prio), a 00.6 s
6.º, Alberto Morras (Onda-Boavista), m.t.
7.º, Domingos Gonçalves (Liberty-Feira), m.t
8.º, César Fonte (Barbot-Efapel), a 00.11 s
9.º, Bruno Silva (LA-Antarte), a 00.13 s
10.º, Luís Afonso, Liberty-Feira, m.t.
quarta-feira, maio 25, 2011
segunda-feira, maio 23, 2011
ANO VI - Etapa 41

Ainda fazemos força para fingir que já passou - mentira! - a dor de ver partir um amigo e, em catadulpa outras notícias nos vêm, de novo, 'atirar ao tapete'!...
Depois da chocante morte do belga Wouters em plena etapa no Giro.
Hoje, ao princípio da tarde, estava eu, mais uma vez num consultório médico quando soou o telemóvel. Não podia atender, mas vi que era o Teixeira Correia.
Pensei muita coisa, menos naquela que - viagens, apertos, cansaço... escolham a 'desculpa' que quiserem para não ter ligado de volta ao Teixeira Correia, tanto me faz (todas são válidas) -, finalmente chegado a casa e ao ligar o computador se me deparou fria e crua, como sempre são cruas e frias estas notícias.
Morreu o Xavi Tondo!...
A primeira reacção que temos é sempre a da negação:
Não! Não pode ser.
Ainda por cima as explicações eram curtas e pouco precisas...
... o que não é preciso para que seja verdade.
Dolorosa verdade.
O Xavi, com aquele seu ar de menino, marcou toda a gente que o conheceu de perto.
Pela sua simplicidade, simpatia, facilidade no trato... nos antípodas - e acho que cheguei a escrever isto mesmo - de algumas 'estrelinhas' que povoaram o pelotão português.
Recorda-se agora, é claro, a sua vitória na Volta a Portugal de 2007, mas ele somou muitos mais triunfos importantes.
Talvez porque, em 2007 eu já não estivesse no pelotão, a maior recordação dele remonte a dois anos antes. Quando, e depois de uma passagem quase despercebida pela Barbot, ao serviço da frágil Catalunya-Angel Mir venceu a Volta ao Alentejo.
Aí, eu estava lá.
Aquela subida 'inventada' de fresco, com o alcatrão - e passe a contradição - ainda a fumegar porque acabara de ser colocado, que inaugurou uma nova chegada à cidade de Portalegre (vindo da estrada de Castelo de Vide, virando è esquerda, passando frente ao Hospital Distrital) empinando de forma quer ninguém esperava traiu os principais favoritos.
Depois, no último dia, numa mini-etapa, que saiu de Nisa para chegar até ao primeiro pano de muralhas de Marvão, com passagem pela Senhora da Penha (Castelo de Vide), todos os observadores, incuindo eu, 'basofiámos'.
A poderosa Maia tinha a Volta ganha.
A etapa não tinha sequer 50 quilómetros, ou se tinha eram poucos mais.
Era 'prego a fundo' desde a partida e os coitados da Catalunya nem iam perceber o que lhes estava a acontecer... à entrada da sr.ª da Penha não prevíamos mais do que 15, vá lá... 20 corredores que seria 'derretidos' pela 'armada' verde-e-azul'...
Manuel Zeferino só tinha que escolher qual dos seus homens iria vencer...
O que aconteceu, ainda hoje todos estamos para saber.
O pelotão - culpa da Maia - encarou uma tirada de 50 quilómetros (acho que menos) como se fosse uma de 250 e a Castelo de Vide chegou praticamente inteiro. Ora, com Marvão à vista toda a gente, e muito legitimamente, achou que podia ter a sua chance.
A chegada, em alto, foi como todas as chegadas em alto, a conta-gotas, mas sem marcar diferenças significativas. Venceu essa etapa o Sérgio Ribeiro, da Barbot.
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Ganhou a Alentejana aquele corredor franzinho com quem falei, ele sentado no asfalto, eu de joelhos, e que me contou a história e um grave acidente que sofrera alguns anos antes, das placas de platina e dos parafusos que tinha nas pernas e de como chorara baba e ranho porque lhe disseram que não poderia voltar a correr.
Voltou!
Em equipas pequeninas, como a Paternina ou a Barbot de então (só a parte final da temporada e quase só lá fora) e que a nesse ano criada Catalunya que tinha um projecto para fazer uma equipa regional - tipo Euskatel-Euskadi, com os bascos - mas que não conseguira mais do que juntar um voluntarioso mas insonso plantel, recuperara.
E fora na véspera, em Portalegre, que Xavi Tondo voltara às vitórias.
E fora ali, à sombra das muralhas do Castelo de Marvão que vencera a sua primeira corrida internacional.
Ainda ficaria em Espanha mais uma época.
A Catalunya fora apenas ma ilusão e ele passou para a modesta mas persistente Relax.
Um homem, porém, não mais se esquecera dele: Manuel Zeferino.
E em 2007 foi buscá-lo para a Maia e desde cedo garantiu que era a sua aposta para ganhar a Volta a Portugal.
Quantos terão, sinceramente, acreditado?
E quem é que ainda se lembra daquela primeira etapa dessa Volta a Portugal em que a experiência de Orlando Rodrigues, que se estreava como técnico à frente do Benfica, a meio caminho da cidade de Bela, naquelas longas rectas do IP2, desprotegidas, à mercê dos caprichos do vento, aproveitando os primeiros 'abanicos' desfez o pelotão?
E quem é que ficou para trás?
A equipa da Maia, com Tondo ainda mais atrás, na cauda do pelotão.
Só uma velha raposa como Manuel Zeferino - que tinha a melhor equipa do pelotão até porque o Benfica se auto-fragilizou ao partir com três 'chefes-de-fila' a ver no que dava - poderia ter dado a volta à corrida, como deu
E o Xavi ganhou mesmo a Volta.
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Depois... aconteceu o que todos sabemos. E em 2008 a organização - que já tivera no pelotão, em anos anteriores, equipas como a Kelme (que até ganhou a Volta individualmente), apesar das suspeitas de doping - não teve coragem para levar a Maia à Volta. Poucas horas depois dessa Volta acabar recebi uma mensagem a dizer: 'Sabes, Manel? Nunca irei saber se fiz bem ou mal em ter deixado a Maia de fora...'
Está guardada.
Antes diso, porém, em declarações ao Diário de Notícias, que aqui recupero, o Xavi diria:
13 Agosto 2008
Diário de Notícias - Qual o sentimento por não poder defender o título do ano passado?
Xavier Tondo - Tristeza e impotência. Não percebo porque não nos convidaram [equipa LA-MSS]. As investigações policiais duram há dois meses, já substituímos os elementos da equipa suspensos preventivamente, temos corrido em Espanha e aqui não nos deixam. Queria mesmo estar presente a defender a vitória de 2007.
Em 2009 representou a Andalucia-CajSur e o ano passado a Cérverlo, tendo ganho uma etapa no Paris-Nice, outra na Volta à Catalunha, na qual terminou em segundo na geral final, tendo, ainda, sido 6.º na geral final da Vuelta.
Já este ano, agora na Movistar, herdeira da mítica Banesto (onde tinha por companheiro o português Rui Costa), venceu a Volta a Castela e Leão.
Preparava, na Sierra Nevada, a próxima edição do Tour.
quarta-feira, maio 11, 2011
segunda-feira, maio 09, 2011
ANO VI - Etapa 39

Mais um dia triste para o Pelotão. O belga Wouter Weylandt, companheiro de equipa do Alentejano Bruno Pires, faleceu esta tarde, após violenta queda no decurso da 3.ª etapa do Giro.

Nascido em Gent, a 27 de Setembro de 1984, Weyland tornou-se profissional aos 20 anos, na Quick Step e, no início da carreira logo mostroupropensão para as Grandes Clássicas. Com o amadurecimento, viria a ser um dos braços direitos de Tom Boonen, trabalhando para lhe preparar os sprints.
Correu em Portugal, nomeadamente na Volta ao Algarve e, em 2008 venceu a 17.ª etapa da Volta a Espanha.
Representou sempre a Quick Step até que, no último defeso se transferiu para a então recém criada Leopard Trek, sedeada no Luxemburgo onde, para além de Bruno Pires tinha como companheiros os irmãos Franck e Andy Schleck e Fabian Cancellara.
A queda fatal aconteceu na perigosissíma descida de Passo del Bocco e, logo nas imagens que pudemos ver na televisão a situação nos pareceu muito grave. Faltavam 25 quilómetros para a chegada, em Rapallo.
Os médicos e paramédicos da organização tudo tentaram para o reanimar, uma vez que perdeu imediatamente a consciência, mas mais não conseguiram que imobilizá-lo e protegê-lo de forma a transportá-lo para um local ao qual o helicóptero chamado pudesse recolhê-lo uma vez que se descia uma estrada de montanha muito arborizada.
Provavelmente terá chegado já cadáver ao hospital.
O pelotão soube da queda, mas não lhes foi dito a gravidade da mesma, contudo e mesmo ainda antes da confirmação da morte, a organização já não fez a cerimónia do pódio.
quarta-feira, maio 04, 2011
ANO VI - Etapa 38
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O Passeio Memorial Bruno Neves, que ligará a Cidade da Póvoa de Varzim ao Santuário de Nossa Senhora da Graça, no alto do Monte Farinha (Mondim de Basto) é já no próximo dia 15 do corrente mês de Maio.
Há que tempos que a Cristina me fez chegar esta informação mas, por uma razão ou outra, eu fui deixando para trás. Também pouco tenho escrito nos últimos meses... Desculpa Cristina; desculpa Patrícia... peçam, por mim, desculpa aos vossos pais.

Deixo só duas ou três indicações, porque poderão, os que ainda o não fizeram, ver toda a informação no sítio http://www.bikeservice.pt.
Se não têm tempo para, agora mesmo, irem ver - e é esse o motivo porque aqui dei

Contudo, quem quiser associar-se a esta iniciativa pode fazê-lo até ao próprio dia do Passeio - 15 de Maio - no secretariado no local da partida, entre as 7.30 e as 8.30 horas.
Para terem uma ideia de como poderão divertir-se, deixo aqui o perfil da 'etapa'.

domingo, maio 01, 2011
ANO VI - Etapa 37

Não sei se alguém mais reparou - terão, com certeza, reparado os 'habitués', os que sustentam o share - mas desde meados da semana passada que temos no ar um mistério, daqueles que só a esquizofrinia, elevada por Sir Arthur Conan Doyle a clarividência hiper-normal, de um verdadeiro Sherlock Holmes será capaz de desvendar.
Porque é que o único jornal português que acompanha, no local, a Volta às Astúrias, onde está 75 por cento - ok, ok, são só três, mas são... 75 por cento - das equipas profissionais portuguesas, é também o único que não nos dá uma linha sobre a corrida na edição on-line?
(Eu sei que há lá uns vídeos, já os vi, claro!...)
Mas os seus dois concorrentes mantêm os seus leitores, com maior ou menor atraso, ainda assim, no próprio dia, a par do que ocorreu na etapa do dia. O mesmo faz o blog aperfilhado pela FPC.
Porque é que o único que lá está, nas Astúrias, não nos dá nem um bafo de notícia?
E mais misterioso ainda fica quando, e todos o terão constatado, que em relação à Volta à Romandia (Suíça), onde não há qualquer jornalista português e onde só participam dois Corredores lusos, não tem falhado o flash informativo. Na 5.ª feira às 18.46 horas e depois, sucessivamente, até hoje, às 19.40; às 19.16 e às 15.06.
Mas nem Conan Doyle foi capaz de enredo mais misterioso...
No jornal em papel as notícias das duas corridas são assinadas pela mesma pessoa.
Que, estando nas Astúrias, consegue por-nos cá as novidades fresquinhas que ocorrem na... Suiça mas, de cuja prova que cobre no local... nem uma frase.
Claro que sei que a culpa não é dele.
Mas há-de ser de alguém!...