[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
quinta-feira, novembro 03, 2005
6.ª etapa
Depois de alguns contactos feitos ontem, que neste momento já é madrugada em Portugal, t(r)emo pelo futuro próximo do nosso ciclismo.
Não há uma excepção!...
As equipas que não vão optar pela contenção... não sabem sequer se vão poder ir para a estrada em 2006.
É esta a realidade.
Entretanto, e visitando outros sítios onde se fala de ciclismo (no caso, e porque em relação a eles tenho uma dívida de gratidão, tenho, em consciência, que o referir: o Cyclolusitano), encontro uma proposta de discussão que me fala do peso dos grandes clubes no ciclismo.
Mas é que nem tenho dúvidas: tudo seria diferente se FC Porto, SC Portugal e SL Benfica tivessem equipas de ciclismo. Aliás, creio que é a única maneira de, assim, de um ano para o outro, recuperarmos alguma estabilidade no pelotão.
Benfica, Sporting e Porto fazem falta no pelotão. É claro que fazem. Não há cidade, vila ou aldeia onde hão haja adeptos destes três clubes... E essa clubite (por muito que me custe, a mim, particularmente) poderá ser o revigorante que está a fazer falta à modalidade.
E é, sejamos honestos, e ao mesmo tempo... um bocadinho espertos (que ser esperto não significa obrigatoriamente ser menso honesto) esta a altura ideal para as equipas dos três grandes voltarem.
Explico: nunca, nos 20 últimos anos (apesar da passagem do Benfica pelo pelotão em 1999 e 2000) as circunstâncias se apresentaram tão de feição.
Há 20 anos havia o Louletano-Vale de Lobo, depois a Lousa-Calbrita e a Sicasal-Acral que já pagavam ordenados anuais na ordem dos 10 mil contos (não era a todos, mas havia quem ganhasse estes valores...)
Depois veio a Maia, e o Benfica, também...
Mais alguns casos excepcionais noutras formações que, apesar de a vida ir encarecendo, há 4 ou 5 anos pagavam... a mesma coisa! Cerca de 1000 contos/mês aos seus chefes-de-fila...
É verdade!
E em 2005, tirando as situações que os dedos de uma mão chegam para contar, ninguém ganhava isso.
Os melhores de hoje ganham o mesmo que os melhores de... há 20 anos.
A média, hoje, fica quase a 10% daquilo que se ganhava há 20 anos.
E a equipa barómetro nas últimas temporadas, a Milaneza-Maia, vive uma crise tão marcante quanto as outras, o que significa que, para ter os melhores corredores - para além do factor de ser Sporting, Porto ou Benfica - seria irrisório o investimento.
Seria a brincar que se encontrariam parceiros...
Sejamos honestos. Há três anos, Benfica, Sporting e Porto não podiam (re)aparecer no pelotão sem a garantia de que tinham equipa para mostrarem ser melhores do que a Milaneza-Maia... Isso podia custar algum dinheiro.
Hoje, agora... para a temporada que se avizinha (não cito verbas porque não traio a confiança de quem em mim confiou e porque... e porque o pior cego é aquele que não quer ver...), com três vezes "cinco tostões" faziam-se três equipas de nível muito igual...
E que emoção seria...
E não me venham com a ridicularia de que não conseguam marcas patrocinadoras.
Será que uma modalidade de pavilhão (volei, andebol, basquete, futsal) consegue, na melhor das hipóteses, juntar semanalmente mais do que 800 a 900 pessoas? E garante mais retorno - sendo que é perfeitamente estanque/fixa no que respeita à zona que abrange - que uma equipa de ciclismo que vai de terra em terra? Por todas as terras? Durante, e falando só nas provas mais pequenas, cinco dias pelo menos?
Não sou especialista em marketing e publicidade... mas terão que me explicar porque não!...
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1 comentário:
Caro amigo Madeira:
Mais uma vez aquilo que escreveu representa de facto o nosso ciclismo.... e que saudades dos três clubes grandes do futebol na estrada.
Lembro-me perfeitamentamente da loucura que existiu na Volta a Portugal ganha pelo Benfica quando regressou..... loucura essa vivida este ano um pouco através do Cândido Barbosa.
Quantos aos ordenados, concordo consigo, e como referi no meu ultimo comentário, estive como director de uma equipa profissional, e posso garantir-lhe que os chefes de fila auferiam qualquer coisa como 5000 e 6000 euros mensais, isto há três/quatro anos atrás.
Quanto ás modalidades em recintos fechados, como refere, pode existir uma explicação, é que durante uma ou duas horas eles estão ali e podemos vê-los de principio a fim, e no ciclismo, os ciclistas passam duarante uns segundos e depois acabou-se, se houver televisão vê-se, se não houver acaba ali.
Jorge-Vieira
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