[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
quarta-feira, dezembro 14, 2005
12.ª etapa
Nos poucos, incaracterísticos e... quase dizia... rascas, espaços onde alguns ainda acham que se está a discutir ciclismo, podemos rever, qual negativo de fotografia (quando as fotos tinham um negativo) ou como que, olhando-se num espelho, vai mesmo o ciclismo nacional.
As coisas, hoje em dia, não podem separar-se. O futebol português (selecção à parte, porque à frente tem um CHATO brasileiro que pensa pela sua cabeça) é aquilo que é o adepto do futebol português... rasca. Que vai porque vai e, mesmo não tendo estado com atenção... tem a certeza do que viu. As imagens de televisão e os comentários nos jornais são ÓPTIMOS, se pendem a favor das nossas cores; em caso contrário... seja quem for que tenha dito ou escrito (até para as imagens não se consegue ter uma ideia concreta)... são BARBARIDADES.
Voltamos então ao ciclismo.
O ciclismo português não está bem. Culpa de quem? Há a incontornável crise económica; há aquilo que já se disse noutros locais, mas que repito sem sombra de problema... aqui vai: há quem viva do ciclismo; há quem use de todas as artimanhas (legais, aceitáveis até...) para garantir o seu emprego; e só por isso há equipas que sobrevivem ano após ano.
Mas o ciclismo português não está bem, também, porque lhe está a faltar o apoio popular. O ciclismo, talvez a mais popular de todas as modalidades (futebol àparte) está órfão de público.
Mas porquê?
Primeiro, porque temos vindo a roubar o ciclismo ao público.
Já o escrevi mais do que uma vez.
Enquanto, por exemplo, aqui ao lado, em Espanha, se move Seca e Meca de forma a ter as partidas e, principalmente, as grandes chegadas, nos grandes corações das grandes cidades... em Portugal, em Setúbal fazem-se chegadas nas Manteigadas só com o pessoal que está à espera de levantar as barreiras e os 3 jornalistas de serviço... fazem-se partidas do Estádio do Algarve, que fica a pelo menos 15 km do local povoado mais próximo; não se publicita uma corrida localizada numa zona onde... não há sequer outra oferta desportiva!
(Estive no GP Centro e ninguém, nem nos tascos à volta da meta, sabia o que estava a acontecer... só que os seus clientes não podiam ir tomar café porquer a rua estava fechada.)
Mas voltemos ao princípio: se, os utilizadores de um dado Site nacional que se debruça sobre o ciclismo podem ser tomados como amostra, o ciclismo português não pode evoluir porque nem os seus adeptos gostam dele, nem o percebem, porque não percebem de ciclismo.
Como vamos defender um desporto que vive do retorno de quem investe em publicidade e o universo a que se destina... não percebe nada da modalidade?
Futuro?
Se alguém tiver alguma ideia... faça favor de avançar com ela.
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