VOLTA AO ALGARVE
Não sei se o meu silêncio nestes últimos dias, concretamente em relação à Volta ao Algarve, terá sido bem compreendido por todos, contudo, sobressaem duas razões muito fortes que o justificam. A primeira é que, desde que saio de casa, directo ao trabalho, até que chego novamente a casa, por estes dias tem medeado as 14 horas. Sobra muito pouco. De tempo e de vontade.

Estou cansado!
A segunda razão é óbvia.
Mas agora, só depois de ter lido os jornais - como deve ser, e não transversalmente, como tenho sido 'obrigado' a fazer - não posso, em consciência deixar de vir a terreiro.
Foi com um indiscritível prazer que acompanhei - pelos jornais (não vi nada na TV) - a corrida que, finalmente, parece ter convencido os mais renitentes que já a assumiram como a principal prova velocipédica que se realiza no nosso país.
A Volta a Portugal é outra coisa. É importante... para nós.
Como diariamente recebo um 'clipping' de tudo o que na véspera saiu sobre Ciclismo na imprensa ibérica, deu para constatar que esta edição da Volta ao Algarve teve uma enorme repercursão em quase todos os OCS ibéricos. É bom. É óptimo.
E deu para notar o interesse que a corrida - mesmo que tenha sido apenas pela presença do Alberto Contador - despertou nos OCS indigenas.
A começar pelo facto de os colegas de O JOGO terem destacado, para além do João Santos, também o Carlos Flórido o qual sempre considerei, a par com o Paulo Felizes (JN), como o melhor jornalista de ciclismo que temos.
Aqui um àparte. Com toda a estima que tenho pelo meu caríssimo Luís Santos, não percebi a estratégia do Record...
Mas vamos ao que interessa...
Com todos os condicionalismos inerentes ao espaço disponível para escrever, gostei de constatar que, desta vez, ninguém achou que as estradas do Algarve, que são as mesmas de há meia dúzia de anos, não têm condições para albergar um pelotão do tamanho deste, que fez a Algarvia, e que, em vez das sibilinas críticas à Organização, desta vez toda a gente se dobrou em sinal de reverência.
Parabéns, pois, à Associação de Ciclismo do Algarve nas pessoas do Bernardino Caliço que me desculpará por aqui destacar o querer e a vontade, a entrega, do Rogério Teixeira.
Na única coisa que aqui escrevi sobre a Volta ao Algarve, deixei escapar um dado que, agora, passada esta semana, acho mais do que justo ressalvar.
'Aquela' Volta ao Algarve foi a que a Associação de Ciclismo do Algarve teve de resolver em oito dias depois de a PAD a ter deixado cair.
Lembras-te Rogério?
E do papel que o saudoso Chico Nunes teve?
Diria quase fundamental para que a prova se realizasse.
Quando estiver de folga voltarei a este tema.
Por hoje fico por aqui.
Parabéns a quem percebeu que, mais importante que a presença da namorada do Contador, o trabalho tinha que terminar com uma conversa com o Tiago Machado...
Parabéns Tiago!
Por tudo.
A tua ambição é que alimenta o nosso - o dos que acreditam, de verdade, no Ciclismo português - crer.
PS: Caro Rogério,
desculpa não te ter ligado de volta.
Já deves ter percebido porquê,
mas assim que estiver de folga ligo-te.
Fica prometido.