terça-feira, novembro 11, 2008

MEMÓRIA

7 comentários:

Diogo Martins disse...

Bruno Neves morreu. Como diziam os romanos, reqiescat in pace.

Mas será que é positivo relembrar, neste espaço, quase post entre post, a perda do Bruno? Será que relembrar o último sorriso quase semana após semana é a melhor forma de mostrar respeito à família e aos amigos do Bruno?

Sergio Ribeiro disse...

Um grande abraço de saudade amigo, estejas onde estiveres sei que estas a sorrir para aqueles que te recordam com muita saudade...

cristina neves disse...

como sempre Zé, não esqueces uma promessa que me fizeste à seis meses atrás... o que dizer...obrigada amigo.É apenas aqui que o Bruno ainda é lembrado, de resto...apenas nos corações de quem o ama, e amigos verdadeiros...

A unica coisa que falta para este sorriso ser total e eterno é os amigos e ex-colegas da LA MSS, estarem bem e em paz com as suas vidas,

beijos

mzmadeira disse...

Para o Santi Botero...

... foi com uma 'dor d'alma' - como se diz no meu Alentejo - que poucos compreenderão, que há seis meses escrevi aqui a nefasta notícia da morte do Bruno. Que, e embora nos tivesemos conhecido em representação das nossas respectivas profissões, em muito pouco tempo nasceu, cresceu e fortaleceu uma amizade verdadeira.

Usando a minha ferramenta de trabalho, que é a escrita, chorei aqui a partida inesperada e tão arredada de qualquer lógica do AMIGO, não do Corredor.

Em Junho sublinhei que ainda não tinha 'digerido' a brutal pratida que a vida reservara ao meu AMIGO.

Durante uma corrida, ainda antes da Volta a Portugal, e perante a foto de um sprint 'rasgadinho' escrevi aqui que faltava ali alguém, naquela linha da frente, assumida por esses gloriosos 'malucos' dos sprints. Claro que me referia ao Bruno.

Ontem cumpriu-se a passagem do sexto mês sobre o inditoso momento, e eu há muito que tinha decidido que deixaria aqui registada a data. Da qual, faz o favor de concordar comigo, mais ninguém - falo da CS - se lembrou.

Neste meio tempo, só falei do Bruno quando, conhecido o resultado oficial da autópsia, era preciso que alguém viesse GRITAR que todos os que suspeitavam, fosse lá do que fosse, em relação à morte do Bruno estavam errados desde o princípio.

No comentário que antecede este, assinado pela Cristina, é ela mesmo quem revela uma promesa que, na altura da morte do Bruno - porque ele já era presença frequente neste espaço - eu lhe fiz.

Adivinhávamos os dois, a Cristina e eu, que a morte do Bruno corria o risco de vir a ser motivo para outras coisas, essas sim, muito pouco convenientes. Não falhámos na nossa previsão e, aqui, de longe, vivi a ângustia da família quando, mais ou menos à descarada, houve quem não tivesse tido pudor em associar a morte do meu AMIGO àquilo que todos sabemos. Melhor, que não sabemos. Continua tudo envolto num tétrico manto de neblina que está a destruir outras carreiras.

É evidente que na posse das primeiras informações não podia deixar de saltar para a primeira linha dos que sempre estiveram com a família. Porque ao Bruno já ninguém pode fazer mais mal.

Isto tudo para dizer que não terá sido exactamente como dizes, TODAS AS SEMANAS, que aqui recordei o Bruno.

Foram as vezes que eu achei necessárias e contra isso ninguém poderá fazer nada.

É evidente que não vou aparecer aqui todos os dias 11 a recordar o fatídico momento. Em relação à morte do Bruno - e disso todos podem ter a certeza, a não ser que eu, entretanto, desapareça também - no dia 11 de Maio voltarei para marcar aqui os doze meses sobre a sua partida, que deixou família e amigos destroçados.

Aliás, fiz exactamente o mesmo, aos 30 dias, aos seis meses e quando se cumpriu um ano sobre a morte de uma queridissima amiga, colega jornalista que trabalhava na TSF mas que começara a trabalhar comigo há 22 anos atrás.

Será uma frase feita, não o desdigo, mas já a usei quando vi partir amigos e companheiros de trabalho, como o Carlos Vidigal, como o Simão, como o Vítor Hugo e com o Bruno Santos - todos meus colegas em A BOLA - ou com o João Carlos Garcia, da Antena 1, de quem era amigo há mais de 20 anos... SÓ SE MORRE QUANDO SE É 'APAGADO' DA MEMÓRIA COLECTIVA.

Todos estes amigos, incluindo o Bruno, serão para sempre recordados pelas respectivas famílias. Quem é que ainda não perdeu alguém, sangue do nosso sangue? Mas é obrigação de muitos mais não deixar cair no esquecimento a memória das pessoas que, mesmo não sendo 'sangue do nosso sangue', pelos momentos que partilhámos, pela amizade que nos uniu, são pessoas especiais.

E repara que uso o presente do indicativo: SÃO! E como AMIGO do Bruno vou, vou sim, OBRIGÁ-LOS a vocês todos a não o esquecer.

É a única coisa que me resta, depois da sua súbita e inesperada partida.

BlueDragon disse...

Obrigado Sr. Madeira por não os fazer esquecer...

A nós não, porque o Bruno permanecerá sempre nos nossos corações todos os dias. Mas, aqueles que querem fazer por esqueçer para que não se fale nas injustiças de todo este processo.
Para aqueles que foi mais fácil acusar sem provas e que até agora não provaram nada. Não os vamos deixar esquecer...

Um abraço à família do Bruno e muita força para todos voçês.

cristina neves disse...

Santibotero, não sei de facto quem és, porque mesmo que soube-se perguntava na mesma,

À quantos anos houve falar do Exmo Sr.Joaquim Agostinho, depois da morte dele ? Não comparando os "meritos"...porque é que o sorriso do Bruno haveria de ser apagado dos blogs da modalidade que com tanto afinco ele se dedicou?
Neste momento, aparte ser irmã dele com muita paixão, o "último sorriso" como o senhor diz...apesar de eu acreditar que não foi o ultimo, É A UNICA COISA BONITA QUE VEJO NESTA PORCARIA DESTA MODALIDADE...tirando os colegas de pedaladas do Bruno que não têm culpa ...
A unica coisa que tenho pena é que alguns se esqueçam que a foto é a do Bruno, mais dia menos dia todos teremos o "ultimo sorriso" algures.

Já que houve o direito de expor como se quis, a vida ou melhor, perda da vida do Bruno, também os amigis têm o direito de lembrar quando, onde, e como querem, o Bruno, ninguém obriga ninguém a olhar...

Anónimo disse...

Cristina e Manel,

O Bruno estará sempre connosco! Ele ainda hoje me deve uma camisola amarela que me prometeu...

Mas fiquem descansados: tenho já prometida uma feijoada e um cozido à portuguesa lá em cima. Vou comê-los com a camisola amarela do Bruno vestida e vocês estão convidados.

Gosto de pensar assim: os amigos não são para toda a vida, são para sempre!

Abraço Manel e um Beijo Cristina,
André Silva

Ah, já me esquecia: lá em cima ainda vamos ver o Bruno ganhar ao Sprint muitas corridas e eu, para a Rádio Portalegre, e o Manel, para A Bola, ainda o vamos entrevistar e testemunhar aquele sorriso!