sexta-feira, fevereiro 27, 2009

II - Etapa 330

HEDIONDAMENTE KAFKIANO

O - recorde-se porque é importante - até agora estéril Processo-Póvoa CC, está a ser contornado de uma forma hediondamente kafkiana.

É, estou gasto de o repetir, evidente que não há matéria de facto para dar continuidade à palhaçada que foi aquele 'rusga' ilegal em que uma entidade da área desportiva foi à 'boleia' de uma investigação policial.

Esta, até porque não tinha legislação na qual se suportar, deu em nada.

A outra, de forma escandalosamente irregular ficou a saber o que jamais, por si só, poderia ter sabido. E é evidente que, do que, eventualmente, tenha tido conhecimento, não se pode servir pelo que milhentas vezes já aqui repeti.

O 'caso-PCC' foi um nado-morto.
Toda a gente o sabia, pese embora só aqui, no VeloLuso, eu, sozinho, me tenha batido pela verdade.

Entretanto - e mal eu aqui coloquei os pontos nos iii, exactamente alertando para o facto que a presença dos inspectores da autoridade desportiva envolvida jamais seria aceite por qualquer tribunal cível - a 'operação' procurou, de imediato, uma outra saída.

Mantém-se, desde há quase 10 meses, um silêncio absoluto em relação à 'grande operação', ao mesmo tempo que se encetou uma caça ao corredor, substantivamente no individual.

Foi o caso do Pedro, o do João - que ganhou o recurso (que desfaçatez... ir contra o sistema paga-se caro) - e hoje aí está a 'bomba'.
Outra vez o João no olho do furacão.

E os processos são sempre os mesmos. Vai valendo a inaceitável presunção de culpabilidade o que contraria o mais elementar direito de qualquer cidadão.

Por acaso, e como não tive oportunidade de desenvolver o tema 'deixei morrer' o alerta que um amigo aqui deixou, aqui, no VeloLuso, e que denunciava o facto de o João ter sido impedido de correr a Volta ao Algarve com a camisola de Campeão Nacional.

Coisa de somenos, sendo que não li isso em OCS nenhum.

Para não interferir, ou não ser acusado de estar a interferir, decidira tirar isso a limpo e depois pronunciar-me mal a corrida acabasse... mas, uma vez mais, não tive tempo.

Uma coisa é certa. É pidesca a perseguição que os elementos do PCC estão a ser alvo.

E todo este processo deixaria Franz Kafka de cabelos em pé por estar a ir muito mais além daquilo que ele concebeu.

Do pagamento dos prémios devidos aos Corredores, em atraso há vários meses, é que ninguém fala.

Ok... dou de barato que se faça tudo para moralizar o Desporto - repito: o Desporto, que vai muito além do que se pode passar no Ciclismo -, até o recurso a 'golpes baixos', que não aprovo, é evidente.

Mas querer 'salvar' uma modalidade à custa da 'exterminação' dos seus praticantes não é surreal... é doentio.

7 comentários:

Pedro Santana disse...

Realmente, e mais uma vez o digo, todo este "filme" é digno de um Óscar para o melhor argumento, realização e produção.
Em primeiro castiga-se o João por acusar uma substancia que não faz parte da lista de produtos proibidos pelo CNAD. Isto, e segundo a minha opinião, é o equivalente a multar um condutor por circular com a pressão dos pneus baixa, apesar de tal facto não estar presente no nosso Código da Estrada como contra-ordenação ou infracção.
Segundo, o João fez o referido controlo rodeado pelo médico do CNAD e por dois inspectores da Policia Judiciária que aparentemente não viram o João a colocar o dito “pó” na amostra de urina recolhida. Isto no mínimo parece estranho, uma vez que essas pessoas estariam lá o mais atentos possível para detectar alguma irregularidade na recolha das amostras e o João estaria praticamente nu. Mas seis olhos não conseguiram ver o João a colocar o dito “pó”.
Terceiro, temos nós Portugueses de estar extremamente contentes porque aparentemente fomos os primeiros no mundo a conseguir uma substancia que “mascara” a presença de EPO no organismo. Ao que tenho conhecimento, mas até reconheço que posso estar enganado neste assunto, não existe ou existia qualquer produto para “mascarar” a presença de EPO.
Por fim dizer ainda que na Prova de Abertura no Algarve, e entre 80 ciclistas presentes, os dois atletas SORTEADOS para o primeiro controlo anti-doping do ano em competição foram João Cabreira e Bruno Pires.
Que mais virá a seguir….
Abraço de Amizade
Pedro Santana

Pedro Santana disse...

Realmente, e mais uma vez o digo, todo este "filme" é digno de um Óscar para o melhor argumento, realização e produção.
Em primeiro castiga-se o João por acusar uma substancia que não faz parte da lista de produtos proibidos pelo CNAD. Isto, e segundo a minha opinião, é o equivalente a multar um condutor por circular com a pressão dos pneus baixa, apesar de tal facto não estar presente no nosso Código da Estrada como infracção ou contra-ordenação.
Segundo, o João fez o referido controlo rodeado pelo médico do CNAD e por dois inspectores da Policia Judiciária que aparentemente não viram o João a colocar o dito “pó” na amostra de urina recolhida. Isto no mínimo parece estranho, uma vez que essas pessoas estariam lá o mais atentos possível para detectar alguma irregularidade na recolha das amostras e o João estaria praticamente nu. Mas seis olhos não conseguiram ver o João a colocar o dito “pó”.
Terceiro, temos nós Portugueses de estar extremamente contentes porque aparentemente fomos os primeiros no mundo a conseguir uma substancia que “mascara” a presença de EPO no organismo. Ao que tenho conhecimento, mas até reconheço que posso estar enganado neste assunto, não existe ou existia qualquer produto para “mascarar” a presença de EPO.
Por fim dizer ainda que na Prova de Abertura no Algarve, e entre 80 ciclistas presentes, os dois atletas SORTEADOS para o primeiro controlo anti-doping do ano em competição foram João Cabreira e Bruno Pires.
Que mais virá a seguir….
Abraço de Amizade
Pedro Santana

aamorim disse...

Desde cedo avisei que este processo tem apenas como objectivo uma só pessoa - O Manel Zeferino.
Porque, com escassos meios, conseguiu montar a melhor equipa nacional de ciclismo. E isso incomodou muita gente, que nunca perdoaram, tampouco esqueceram a “ofensa”.
Eles são compadres, genros, sogros, compinchas, que continuam a considerar-se os “donos da modalidade”.
E para conseguirem os seus objectivos não hesitam nos meios. Se não os conseguem vencer, eliminam-nos. A qualquer preço.
O João Cabreira é apenas mais um exemplo. Que teve a ousadia de sagrar-se campeão nacional. Numa demonstração de raiva e de querer. Eu sou testemunha. E teve também a ousadia de contestar o “castigo” que lhe “ofereceram”.
Pouca importa ser (apesar da sua juventude) uma certeza do ciclismo nacional. “Queima-se e ponto final”. Está decidido, cumpra-se. Ameaça-se, enxovalha-se e castiga-se, impede-se de utilizar a sua “camisola” e finalmente, suspende-se!!! Porquê? Por excesso de “proteases e enzimas” nos cérebros de algumas pessoas (seja lá o que isso for, digo eu). Pelo caminho inventaram-se moradas, faxes em branco, levantaram-se suspeições, suspenderam-se preventivamente atletas, técnicos e dirigentes, atropelaram-se os regulamentos, “aconselharam-se” as organizações das provas, etc. etc. etc.
E, passados quase dez meses, ainda não se sabem os resultados dos “produtos apreendidos”, pese embora tenham sido enviados para Espanha, Suiça, Alemanha, etc. Eu aconselho tentarem ainda o Zimbabué, a Venezuela, o Afeganistão, etc, onde fácilmente poderão obter os resultados tão ansiados. E pelo meio foi feito alarde à excelência dos nossos laboratórios, os mais avançados a nível mundial, a eficácia e competência garantida!!!
Entretanto, o nosso ciclismo vai-se afundando a olhos vistos. Já há provas anuladas, e espero bem que pelo menos tenhamos a nossa volta! Há já quem afirme que não está fácil!
Mas claro que a culpa é apenas da crise!!!
Meus senhores, tenham vergonha e de uma vez por todas, sirvam o ciclismo, não se sirvam do ciclismo. Deixem-se de intrigas e suspeições, esclareça-se de vez o que há a esclarecer, puna-se quem tiver de ser punido, mas não insistam em brincar aos policias e ladrões, ao gato e ao rato. Não se sirvam dos meios e da “impunidade dos cargos” para brincar com a dignidade e a vida das pessoas. Eles não têm a sorte de ter a subsistência garantida, precisam de trabalhar para viver. E tem a sua dignidade, com a qual “vossas excelências” insistem em brincar, em enxovalhar.
Abraço para ti Campeão João Cabreira.

José Nunes disse...

Já se sabia que a Federação Portuguesa de Ciclismo não descansaria enquanto não se vingasse do João, depois dele ter ganho o recurso. Tudo isto soa a uma mentira gigantesca! Parece qu os agentes da autoridade podem aldrabar tudo o que quiserem à sua vontade. Falam-se de dados concretos, mas eu nunca tive acesso a nada que fosse público, não sei se o Manuel José teve acesso algum comunicado, enquanto jornalista que prove o que eu li em alguns OCS? O único "dado concreto" que eu vejo é o palavreado eloquente dos senhor do LAD, do CNAD ou raio que o valha!
É sem dúvida um excelente fait-divers para a FPC distrair as atenções dos prémios tem em atraso para com os corredores… enfim. O ciclismo português merecia melhor do que isto. Merecia um presidente da Federação que gostasse de ciclismo e sobretudo de ciclistas! Pois os dirigentes só existem porque há ciclistas. Portanto respeitem-se aqueles que fazem com que este desporto (ainda) exista.

Um Abraço,
José

cristina neves disse...

Decência, e sobrevivência, isso é tudo o que as pessoas que assinaram o castigo têem decerto garantido...

Mais uma vez...VIVA OS O QUE PODEM!

A ti JOÃO, só te podemos oferecer amizade, amizade, amizade, sabes bem disso...

um grande beijo da
familia NEVES

Anónimo disse...

Realmente era de esperar que quem poe e dispoe voltasse a atacar!

Bem o dizias João que eles não iam ficar por aqui e já andavam a tramar outra.

Já agora para os que não sabem, uma curiosidade.
Os controlos anti-doping após as etapas são efectuados ao vencedor da etapa e a mais alguns corredores por sorteio? (não tenho a certeza).

Não deixa de ser curioso e algo chocante após o final do Troféu RTP ouvir nos speakers da organização os nomes sorteados: João Cabreira e Bruno Pires.

Ainda mais curioso foi após a 1ª etapa da volta ao Algarve constatar que o João voltava a constar na lista dos sorteados para o controlo.

Na noticia em que tomei conhecimento deste castigo algo me chamou a atenção "num controlo realizado há quase um ano". Realmente o que é que estes senhores do CNAD andaram a fazer? Quase um ano para divulgar resultados é muito tempo, será que o João ficou com amostras das analises efectuadas para agora solicitar a um laboratório de confiança a contra-analise?

Força João, não desistas!

mzmadeira disse...

João Dias, não há nada de irregular na situação. De facto, o que o RGTC diz é que serão chamados ao controlo anti-doping, estamos a falar de uma corrida por etapas, o vencedor da etapa, o camisola amarela, à partida, e - depois varia - dois ou três corredores encontrados por sorteio. Contudo, se no final da etapa a camisola amarela mudar de 'dono' este também pode ser chamado, mesmo que não sorteado e, não estando explicito, é admitida a escolha dos 'sorteados'. Sendo que quem estiver, seja lá pelo que fôr, sob suspeita 'corre o risco' de ser... 'sorteado'. O RGTC não é 'atropelado' se isto acontecer, e acontece mais vezes do que o simples adepto desconfia.

(Já agora, aproveito para pedir ao João dias, se tiver uma foto do João equipado à CC Loulé-Louletano, se ma podia ceder. Hoje usei uma scannada do jornal O Jogo porque não encontrei nenhuma na net. O meu obrigado antecipado. Sabe qual é o meu mail... mzmadeira@hotmail.com)