domingo, janeiro 24, 2010

ANO V - Etapa 18

PARA AJUDAR O CICLISMO PORTUGUÊS
É PRECISO QUE INSISTAMOS NISTO...

Naquela que será a maior e melhor equipa de Ciclismo de todos os tempos - claro que falo em termos colectivos... equipa! - nós, portugueses, temos a felicidade de ter quatro homens. E com funções bem diferentes.

Claro que falo da RadioShack Cycling Team, desse fenómeno que é, tão só, o Lance Armstrong...

Lance Armstrong que, seja lá porque razão for - e quem de direito há-de procurar deslindar o enigma - deve ser, actualmente, a figura mais poderosa de toda a estrutura do Ciclismo Mundial e claro que aqui incluo, não só a UCI, como a Agência Mundial Anti-dopagem e a sua congénere estadunidense.



O pior cego é aquele que não quer ver. Que finge que não vê... Embora haja quem veja e não faça a mínima ideia daquilo que está a ver... mas esta parte já são contas de outro rosário.
Claro que voltarei ao assunto.

Joaquim Agostinho nunca teve hipóteses de correr em equipas Grandes, está bem, a Teka espanhola era poderosa, mostrou-o, mas não era a 'maior' no seu tempo...

Acácio da Silva representou equipas importantes, é verdade, mas também nenhuma delas era a mais forte, no seu tempo...

A viragem terá acontecido quando Orlando Rodrigues foi para a Banesto de Miguel Induráin. Essa sim, era a mais forte do pelotão, no seu tempo, embora não me custe conceder que já nessa altura a ONCE lhe pederia meças...

José Azevedo terá sido o primeiro português a integrar a, claramente, mais forte formação, ao seu tempo. A mesma ONCE que, depois do abandono de Induráin ficou a mais forte. E o Zé depois esteve na US Postal, depois Discovery já na era de Lance Armstrong. Claramente a mais forte.

E chego ao ponto de partida. Lance Armstrong é, principalmente depois do seu regresso, o ano passado, a figura com mais força em toda a estrutura do Ciclismo Mundial. Não regressou por acaso, não regressou ao Tour por acaso... e não é por acaso que se mantém no pelotão.

As mentes mais iluminadas que peroram sobre a Modalidade e que não conseguirem decifrar este inigma... bahhhh!, são meros curiosos.

Confesso que estou a 'esticar' este artigo de forma a arranjar espaço para todas as fotos que quero inserir... [e vocês façam o favor de fingir que acreditam, ok?].

Nunca uma equipa internacional, muito menos com o poderio desta RadioShack, teve tantos elementos portugueses. E a RadioShack tem, nada mais nada menos, o Zé Azevedo como... Director Desportivo e que já comandou o 'chefe' Armstrong no Tour Down Under (Austrália). Não a Volta à Austrália como já li.

E tem o já experiente, moiro de trabalho, tacticamente disciplinado e cumpridor e que, ainda por cima, sempre que lhe sopram ao 'pinganillo' que está por sua conta... já ganhou etapas. O Sérgio Paulinho.

E tem, e espero que ele entenda que a oportunidade que lhe é dada é para que ganhe experiência porque futuro todos lhe reconhecemos, o Tiago Machado. Claro que tem a enorme mais valia de correr na equipa de Sérgio Paulinho e de José Azevedo. Mas todos confiamos nele...

Depois, e esta terá sido a grande surpresa - para quem percebe alguma coisinha de Ciclismo, alguma coisinha do que é o pelotão, do que é a vida dos profissionais na modalidade... surpresa é palavra que não admito (numa equipa grande tratam-se de todos os pequenos pormenores e já o deviam ter percebido) -, depois do enorme Francisco Araújo voltamos a ter um mecânico na alta roda do Ciclismo Mundial.

Fiquei extremamente feliz ao saber que o Francisco Carvalho mereceu a confiança de uma equipa onde, tudo o que seja abaixo da excelência é descartável.

Estão a ver que inclui fotos de todos os portugueses.

A única que neste curto espaço de tempo, cheguei do Jornal há pouco e vou ter que lá estar mais cedo, não tem a qualidade mínima exigível é aquela em que aparece o Chico. Curiosamente, o último velho companheiro de estrada com quem pude partilhar cinco dias de prova. Curiosamente não de Ciclismo. Este pormenor de foto (que é bem maior e com muito mais qualidade) foi fixado algures numa estrada do País de Gales, em Dezembro de 2008 no decurso do Rally da Grã-Bretanha. Em automóveis, claro.

Eu estava lá ao serviço do meu Jornal e o Chico como mecânico de apoio a um piloto madeirense que nesse ano fez uma temporada extraordinária.

Voltas que a vida dá. Nós que nos conhecemos há mais de 15 anos - corria ele pelo Carnide - reencontrámo-nos numa prova do Mundial de Ralis, em automobilismo... um abraço grande e especial para o Chico.

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