Se fizerem o favor de recuarem um pouco até à Etapa 18, verão que a dediquei ao inusitado - mas reconfortante - número de portugueses que, finalmente, começam a preencher o grande pelotão mundial.
Já tivemos antes, é claro, equipas lusas em grandes provas do calendário internacional - e há boas memórias que não se apagam da prestação de algumas - e tivemos corredores isolados, uns com mais sorte, ou abnegação, que outros mas a verdade é que nunca antes - pelo menos segundo os meus registos - tivemos tantos portuguesas incluindo a alta roda do Ciclismo mundial.
Nessa Etapa 18 referi o Zé Azevedo, primeiro director-desportivo português de uma equipa estrangeira, o Sérgio e o Tiago, Corredores da mesma equipa, mais o Chico Carvalho, mecânico ainda na mesma formação, a estadunidense RadioShack, de Lance Armstrong.
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Desde logo o Rui Costa, na Caisse d'Épargne e mais o Manuel Cardoso na Footon-Servetto, o Vítor Rodrigues, da espanhola Caja Rural e o Nélson Oliveira na Xacobeo-Galicia onde aparece como... espanhol (!!!).
Li artigos sobre um João Correia que apareceria do nada para correr pela Cérvelo, mas a verdade é que, consultando os registos da UCI, ainda hoje, tal nome não consta na listagem da equipa.
Mas voltei a este tema porque o amigo Luís Miguel Santos que, creio, ligado à LamegoBike, há já um bom par de dias me endereçou um email - peço desculpa pelo atraso da resposta - chamando a atenção para que, além do Chico Carvalho, mecânico da RadioShack, há outro português mecânico de uma equipa que, por enquanto, e tanto quanto sei, espera pela admissão no lote das profissionais, a BMC Racing Team.
É o Luís Carneiro e, como podem testemunhar faz, de facto, parte da estrutura desta equipa estadunidense.
No meio disto tudo lembrei-me de outro nome.
Grande, em termos internacionais e na área da mecânica.
Discípulo do ENORME Francisco Araújo e que rapidamente se tornou um dos imprescindíveis da Mavic, 'apenas' a responsável pelo Apoio Neutro de todas as corridas da ASO, incluindo, está bem de ver, o Tour, e também dos Mundiais.
Um homem simples, que conheci através do imorredoiro Bruno Santos e com o qual tive oportunidade de privar.
A última vez que o vi foi, se não estou errado, em 2002, nos Mundiais de Zolder, na Bélgica. Desde aí, não mais tive notícias dele.
Falo do António Pacheco, mecânico principal da Mavic.
Provavelmente haverá - e quem o estranharia, dada a nossa propensão por nos espalharmos pelo Mundo? - mais portugueses ligados, em termos internacionais, ao Ciclismo. Eu é que não posso saber de todos. De qualquer dos modos... o meu obrigado ao Luís Miguel Santos.
(Foto gentilmente cedida pelo meu estimado amigo Guita Júnior)
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