sexta-feira, agosto 14, 2009

II - Etapa 503

RESUMIDAMENTE
(Tanto quanto posível!...)

Devido a questões meramente pessoais, nos últimos três dias não dei seguimento ao meu olhar, breve, sobre cada uma das etapas... Não vale a pena estar a recuperar considerandos, mas porque, mais tarde, gostarei, como os meus leitores, de rever aqui a Volta cronologicamente, resumamos aqui estas quatro etapas depois do dia de dscanso...

OLEG CHUZHDA E A FORÇA DO QUERER...


A tirada de hoje foi decidida a solo e ganha pelo hispano/ucraniano Oleg Chuzhda, da murciana Contentpolis-Ampo e a imagem que terá ficado registada na memória de todos os que seguiram a etapa quando, numa ida ao carro de apoio o seu técnico lhe disse que tinha de ir à morte, tinha que ganhar... era preciso aproveitar a oportunidade. E a seguir a deliciosa confissão do DD Oscar Guerrero de que mentia ao Corredor, em relação à diferença que levava, de forma a que ele não perdesse motivação.

"Uma mentirinha pequena...", afirmou à reportagem da RTP.
E que não ofende e até teve resultados positivos.

Uma palavra para Pedro Lopes. O tavirense que representa a mais modesta formação nacional, a de Loulé, que esteve não esteve para não sair para a estrada no início da temporada e chegou mesmo a ser suspensa pela UCI por não obedecer à regra da proporção entre corredores com mais e menos de 28 anos, merece o título de figura da Volta. Contas por alto, já terá andado metade do percurso da Volta já cumprido... adiantado em relação ao pelotão.

E quem arriscaria que os louletanos, por esta altura, já teriam duas etapas ganhas, liderasse por equipas e tivesse três homens nos primeiros dez da geral? Outros três são do Tavira. O Ciclismo português virado a Sul.

Já agora, e a seguir serei bem mais telegráfico, que tal o velhote Carlos Pinho (Barbot-Siper-Gaia) estar no top-20, a menos de três minutos do 4.º classificado, em vésperas da mãe de todas as etapas desta edição da Volta?

DANILO HONDO, UMA ESTRELA CIENTE DO SEU NOME

Desde que entrei para a família do Ciclismo, já passaram 18 anos, que, seja na Volta - mas principalmente nesta, com as excepções de Miguel Indurain ou Melchor Mauri, na Volta ao Alentejo, e de Lance Armstrong ou Alex Zülle, na Volta ao Algarve - seja noutras corridas do nosso calendário vão, sazonalmente aparecendo figuras de topo do pelotão mundial - e lembro de Gianni Bugno, que já fora Campeão do Mundo - em jeito de guest strars... acabando quase sempre por desiludir.

Dos três maiores nomes internacionais presentes nesta Volta, Alessandro Petacchi, Damiano Cunego e Danilo Hondo, o alemão tem sido aquele que mais tem lutado para jusificar o seu palmarés. Andou em fugas por mais de uma vez e ganhou a etapa de S. J. Madeira num renhido sprint epois de... ter andado na fuga do dia apanhada a poucos quilómetros da chegada.

Um caso de honestidade desportiva. E de consciência, em relação a si próprio e ao palmarés que ostenta.

Cunego também tem aparecido, já Petacchi... teve mais sucesso, e direito a espaço na CS, aqui há meia dúzia de anos quando veio a Portugal numa acção de... relações públicas da Fassa Bortolo. O calor não é desculpa para a nítida falta de motivação.

O GRANDE TREPADOR DESTE PELOTÃO

Em 2004 David Arroyo, ao serviço da então LA-Pecol (actual Liberty Seguros), entrou para a História da Volta a Portugal ao ser o primeiro Corredor a vencer, na mesma edição da prova, as chegadas à Senhora da Graça e à Torre.

Há dois anos, defendendo as cores da então nóvel Karpin-Galicia, Eládio Jimenes fez o mesmo, com uma particularidade - que tem sido esquecida pelos analistas... - de um mês antes ter ganho no alto de Montejunto, no Troféu Joaquim Agostinho...
As três mais míticas subidas que temos em Portugal.

Este ano voltou a ganhar na Senhora da Graça e ganhou também em Santo Tirso, no alto do Santuário da Senhora da Assunção. E amahã é um dos favoritos para a chegada à Torre.
Aos 33 anos é o melhor trepador deste pelotão.

VÊM? NÃO VÊM?!!! VAMOS NÓS...

Quando, e até os estrangeiros já deram por isso, todas as equipas portuguesas se temem umas às outras, na 5.ª etapa, a que chegou a Fafe, há anos discutida ao sprint naquele tão espectacular quanto traiçoeiro piso empedrado, este ano foi ganha a solo, ainda que com cum copanheiro de equipa (!) na roda e o pelotão a morder-lhe os calcanhares, pelo jovem espanhol António Piedra, da Andalucia... Foi no dia a seguir ao decanso e foi por demais evidente que havia demasiadas pernas sobrecarregadas... pelo dia de descanso.
Como escrevi na etapa anterior.

2 comentários:

aamorim disse...

Madeira,
Uma correção, na Senhora da Graça ganhou o João, não foi o Eládio!
Abraço

mzmadeira disse...

Correcto, Amorim. Distracção minha. Fica a tua correcção.

Abraço,
MzM