sexta-feira, junho 19, 2009

II - Etapa 451

"DESPORTO PORTUGUÊS DE BOA SAÚDE"

O título é da responsabilidade do Correio da Manhã e encabeça uma notícia de meia coluna (na página 39) da sua edição de ontem.

Pelo que leio, é tirado de uma afirmação do senhor secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias que se limita, segundo a mesma notícia, a "salvaguardar alguns problemas de natureza financeira localizados no futebol".

Não li mais!
Logo, por pudor.

"Alguns problemas" englobam, por exemplo, um clube que durante toda a temporada não pagou um cêntimo a nenhum dos seus futebolistas...

Coisa de somenos para o senhor secretário de Estado.

E nas outras modalidades?
Eu sei que não dão direito a peça de dois minutos no telejornal da noite...

Saberá o senhor secretário de Estado que no próximo dia 26 se completa um ano; doze meses; 365 dias; quase 9.000 horas de desespero desde que 16 homens foram suspensos preventivamente pela Federação Portuguesa de Ciclismo sem que, durante todo este tempo, esta tenha conseguido concretizar a acusação que sustentaria a suspensão?

Não é para efeitos folclóricos que já aqui falei diversas vezes de Guantamano. O Campo de Concentração onde os Estados Unidos reduzem à condição de sub-humanos homens sobre os quais não conseguem provar qualquer tipo de culpa, senão julgavam-nos e condenavam-nos.

O "guantamano" à nossa dimensão não veste os presumíveis culpados - até porque não vão conseguir provar qualquer sombra de culpa - de laranja, mas está pintado de rosa.
Ironia das ironias, uma casa dominada por quem defende o "vermelho".
A Liberdade, os Direitos dos Cidadãos...

Mas sempre houve... desvios, para além da antiga Cortina de Ferro.
Se calhar, em vez de Guantanamo devia apelidá-lo de Gulac!

Mas o mais importante, aquilo que quero que "sobreviva" desta Etapa, é que o senhor secretário de Estado do Desporto está a Leste (caramba!... tanta coincidência!!!) do que realmente se passa no Desporto nacional.

1 comentário:

afonsazevedo disse...

Estas declarações fazem-me lembrar o ministro Iraquiano, quando estava cercado pelos "aliados" em Bagdad.

Estava tudo a arder mas para ele estava tudo optimo e os aliados é que estavam a recuar... viu-se!

Abraço
Afonso Azevedo