[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
domingo, setembro 17, 2006
229.ª etapa
O FUTURO NÃO ESPERA POR NÓS!
Faz hoje oito dias que terminou a temporada velocipédica no nosso país.
Para o ano anuncia-se o reaparecimento do Benfica, que vai inscrever-se como Profissional, a LA muda-se da Charneca do Milharado para a Maia, Vítor Gamito abdicou de ser técnico do Alcobaça e, parece, o patrocinador segue-lhe as pisadas e o Boavista não tem sponsor, tal como acontece com o Loulé.
A participação da LA, no conjunto da Maia, é substancialmente mais reduzida do que era na equipa de Cândido Barbosa, e Zeferino não pode construir a equipa que quereria, enquanto o Cândido fica sem os seus principais lançadores – o que vai “confundir” TODOS os sprinters do pelotão, habituados ao toque da “sineta” da Liberty –; o “patrão” da Madeinox “inventou” uma equipa do FC Porto e depois calou-se (isto depois da rábula do participa-não-participa na Volta), o Vitória e o Paredes estão com as dificuldades do costume… numa frase: o ciclismo português não deu nem um passinho em frente.
Esse passo que esperamos seja dado pelo Benfica.
E coloco, mais uma vez, a questão: temos País para suportar dez equipas UCI?
Eu acho que não.
No tal “sonho” do senhor Espanhol (ou Hespanhol, não sei) o FC Porto também ia se Profissional e, garantida a manutenção no pelotão, na Maia também há quem mantenha aceso o sonho de voltar ao grande pelotão.
As outras equipas já só querem conseguir sobreviver.
Por isso repito: vale a pena?
Olhemos para o excelente trabalho feito no escalão imediatamente abaixo. Não seria preferível às equipas que só a muito custo conseguem manter-se no primeiro escalão optarem de vez por serem equipas de clube e, reforçando o pelotão já existente, “obrigarem” a que se olhe de outra maneira para o calendário destinado aos mais jovens?
É que há jovens que cheguem para mais três ou quatro equipas elite, e não há que cheguem para que essas mesmas consigam, no escalão profissional, resultados que justifiquem perante os patrocinadores os investimentos feitos… E depois perdem-se patrocinadores.
Porque é que a Carvalhelhos sai? E a Riberalves?
É evidente que é tarde para se avançar com uma “revolução” imediata no ciclismo português. Por isso mesmo, e uma vez que a próxima temporada vai ser como esta, meio remendada, não será a altura de começarmos a pensar na de 2008?
Explico: se para o ano vamos mesmo ter que viver com o que se conseguir arranjar, não seria altura de começarmos todos, os que de alguma maneira estão ligados ao ciclismo, a pensar num novo quadro competitivo para 2008?
Um quadro competitivo na sequência do qual, por exemplo – e sem aqui querer, longe de mim essa ideia, beliscar a dignidade e o profissionalismo mais a boa vontade dos corredores que nos vão representar no próximo Mundial – podermos, em 2008 ter os nossos melhores corredores na Selecção?
Quando vejo os seleccionados de Espanha e de Itália, e depois olho para a “selecção” portuguesa não posso deixar de dizer de mim para mim: aqui há alguma coisa que não bate certo.
Entretanto, e posto perante os factos já citados – o de várias equipas estarem neste momento sem patrocinador – pergunto-me: o que vai fazer a Associação de Equipas?
São tantas as perguntas para as quais não há, de facto, resposta neste momento que, mesmo sabendo que este cantinho não passa disso mesmo, de um cantinho onde eu vou mais ou menos falando sozinho, deixo um pedido no ar, mas direccionado concretamente para os responsáveis federativos: para quando é que estão a pensar – se é que estão a pensar (e se não estão deviam estar) – num encontro que junte todos os que de algum modo têm a ver com o ciclismo em Portugal para se discutir isso mesmo: o ciclismo em Portugal.
É que, parece-me, para descermos mais abaixo… já vai ser preciso escavar no chão. Não pode esse esforço ser redireccionado para cima? Para em vez de termos de aprofundar o buraco começarmos, a partir do que resta, a construir qualquer coisa para cima?
Eu acho que sim. E como eu tenho ideias, outros as terão concerteza.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Que tem toda a razão de ser, por isso te agradeço, Paulo...
Um abraço
Só de saber que a histórica formação do Boavista possa sair de cena do ciclismo, fico muito amargurado... Espero ler melhores notícias nos próximos dias...
Enviar um comentário