[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
segunda-feira, novembro 06, 2006
316.ª etapa
PARA A MELHOR CORRIDA SÓ PODE SER... O MELHOR JORNAL!
Acabo de arquivar os recortes dos três jornais desportivos relativos à Volta a Portugal.
Sou um leitor de jornais compulsivo. Não acho isso um defeito.
E o engraçado – sem pretender tirar um miligrama que seja à qualidade do trabalho de O JOGO – é que dou comigo a pensar nisto: porque raio é que em Itália é o maior jornal desportivo do país o órgão oficial do Giro? Porque será que, em França, aquele que será, provavelmente, o maior (e mais isento, no que respeita à escolha dos seus interesses) jornal desportivo do Mundo, é o jornal oficial da prova?
Refiro-me ao l’Équipe, o jornal no qual todos os jornalistas de desporto do Velho Continente – jornalistas de desporto, que não “papagaios” do futebol – gostariam de trabalhar porque é o maior dos jornais desportivos de todo o Mundo.
Em Portugal não há. Temos é jornais de futebol…
E quem compra e lê o l’Équipe sabe do que estou a falar.
Mas voltando à minha reflecção…
Porque será que em Espanha – sendo verdade que este ano a Antena 3 (que comprou a Unipublic) optou pelo As, em detrimento da Marca – aposta num dos dois jornais “donos” do mercado?
Enquanto leitor, embora um pouco melhor informado, eu sei a razão: chegar ao maior número possível de potenciais leitores.
Mas o que eu acabei de arrumar foram os recortes dos jornais desportivos portugueses. E a verdade é que, com três meses de atraso, pergunto aqui ao responsável directo pela comunicação da João Lagos Sports/PAD, porque raio é que o jornal oficial da Volta foi o desportivo que menos vende em Portugal? Pouco mais de metade de qualquer dos outros dois.
Mais… porque é que tem havido uma constante “dança” de Órgão Oficial de há uns anos a esta parte.
O que é que a JLS/PAD, de facto, quer?
Claro que, em Portugal, como em Espanha – que ainda é a realidade que melhor conheço – nem A BOLA, nem a Marca perderam leitores pelo facto de o Órgão Oficial das respectivas voltas ter sido outro jornal.
Mas insisto. Será que é mesmo neste campo que a JLS/PAD tem que poupar dinheiro (*)?
Com todo o respeito que O JOGO (*) me merece… não deve a maior organização de corridas de ciclismo estar ligada ao órgão de Comunicação Social escrita que atinja um maior número de leitores?
E o facto de assinar acordos com quem por menos se vende, sabendo que não deixará de ter uma cobertura condizente com a importância da prova nos outros jornais… não é assim uma espécie de… desonestidade?
É!
E coloco este artigo aqui – e só o coloco aqui agora, não por ter acabado de comparar as reportagens dos três, mas porque achei que deveria dar algum espaço para que algumas cabeças pensassem – porque, definitivamente, acho que a maior prova do nosso calendário teria de ser apoiada pelo jornal que chega mais perto do coração dos portugueses.
Foi uma decisão economicista, tenho a certeza.
Para poder depois esbanjar no convite a figuras como o abominável “conde" de Castelo Branco?
Aliás, ninguém melhor do que eu pode dizer que o acordo foi negativo para a JLS/PAD. Eu, que há dois anos fui obrigado a trabalhar 18 horas por dia para, ao mesmo tempo que fazia o jornal, fazer uma revistinha que, contudo, acho que é o melhor e mais interessante documento sobre a Volta publicado nos últimos 20 anos.
Há já muito, muito tempo atrás, alguém me chamou a atenção para o facto de uma pessoa querer parecer demasiado modesta era tão, ou mais grave, do que aparecer pretendendo ser o maior de todos.
Resumo-me, por isso, ao que é constatável.
E, apesar de ter passado três semanas a dormir 4 horas, não renego esse meu “filho” que foi a revista da Volta publicada por A BOLA em 2004.
Quem quiser, ou tiver a pretensão de me desmentir… antes vai ter que fazer melhor.
É que eu chego a Espanha e o jornal oficial oferece-me um manancial, não mensurável, em termos de dinheiro, de informação e, aqui, em Portugal… NÃO HÁ NADA. A EJN fazia revistas de apresentação da Volta… Desde que a JLS/PAD a organiza, nem Correio da Manhã, nem Record, nem Jogo o fizeram. Fê-lo a BOLA. Fi-lo eu.
Amigos da JLS/PAD… só estão aí para se “escandalizarem” com alguns dos artigos que A BOLA publica?
E o que A BOLA já fez em nome de uma união de interesses?
Esta última frase pode parecer mal, mas atenção… essa união de interesses já aconteceu com o CM, com o Record e com o Jogo…
Digam-me os amantes do ciclismo… o que é que, de palpável têm destas ligações?
Ah, pois! A revista que A BOLA fez em 2004.
E com um melhor apoio posso fazer ainda melhor.
* Este artigo enferma de duas inverdades para as quais me foi chamada a atenção.
1.ª - É evidente - e até eu sei, mas antes de escrever o artigo parece que, em vez de alinhar ideias, as embrulhei - que a PAD não "poupa dinheiro" na contratação com as empreseas jornalísticas. Pode é ganhar mais... ou menos uma vez que são estas quem paga para quem um seu título seja o Órgão Oficial.
2.ª - O JOGO não era o jornal oficial da Volta. Desatenção minha porque lá até vinha a dizer "jornal desportivo oficial da Volta" isto porque o contrato da PAD foi com o Grupo Jornalístico no qual O JOGO se insere. E que tem mais jornais - JN, DN, 24 Horas... - que eram todos... "jornais oficiais".
Esgrimiu o meu interlocutor com o facto de, todos juntos, atingiram cobrirem um universo de leitores superior ao de A BOLA. Entre os 4 ou 5 sim. Aceito. Mas todo o meu artigo foi pensado em termos de jornais desportivos.
Fica feita a rectificação e o "mea culpa".
(Não alterei o texto original porque, como já referi noutras situações, não ando para aqui a refazer textos. Se me engano, se cometo alguma injustiça, acrescento uma nota. Aqui está ela.)
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