BRILHANTE... RUI COSTA!...
Começo... pelo princípio.
Ontem foi dia de trabalho, por isso, à hora em que principiou a corrida de sub-23 dos Mundiais de Varese eu estava no Jornal. Só que - e espero não estar a cometer nenhum crime lesa-instituição - aquilo lá é muito complicado.
A redacção estende-se por uma dúzia de salas, somos obrigados a ter meia-dúzia de "boxes" da TV Cabo e eu, naturalmente, não sei mexer naquilo.
Resultado, só quando chegou um companheiro que me pode sintonizar a Eurosport - tanto que eu tentei via-net, mas não consegui - é que comecei a ver a prova de fundo dos sub-23.
Primeira nota: intragável a realização. Não sei se é a RAI que está a cobrir o evento.
Levei quase uma hora a ver os seis fugitivos, sem uma única imagem do que se passava um pouco mais atrás. Ok... havia três italianos na fuga e os italianos "baldaram-se" para o resto.
A dada altura apareceu aquele irlandês que já dera nas vistas na Volta a Portugal numa posição intermédia.
Mas a transmissão mantinha-se com os homens da frente.
Dos portugueses... nada.
Se a coisa tem terminado com aqueles seis isolados e a discutirem entre si as medalhas, quem poderia agora estar a tecer críticas?
Mas... a cobertura de um Mundial, ok, mesmo que em sub-23, não mereceria um maior e melhor cuidado por parte da realização?
A verdade é que, de repente, não só o irlandês chegou ao grupo da frente, como também o fez um russo e... RUI COSTA. O português em que todos depositávamos as nossas esperanças.
Não é por nada, nem tem a ver com com mesquinhos sentimentos de não termos visto o NOSSO corredor a galgar terreno até integrar-se no grupo da frente. O que discutiria as medalhas.
Nota absolutamente negativa para a realização.
Que esquecemos, por minutos, quando o Rui Costa apareceu, vindo do nada - que era o nada que a realização nos dava - apareceu como que por magia no grupo da frente.
Depois, e sinceramente, com a Itália - a correr em casa - com três homens num grupo de nove, das duas... uma, ou punham a "carne toda no assador" ou arriscavam-se a ser surpreendidos.
Foram-no, e foi bem feito.
O russo que viera com o Rui Costa esticou a corda, os italianos não se entenderam, o Rui ainda tentou surpreender de longe, mas foi o colombiano Fábio Arevaldo a mostrar-se o mais inteligente.
O "nosso" Rui foi apenas 5.º.
Apenas quinto... quantas vezes pudemos escrever uma coisa destas, nuns mundiais?
Sinceramente, acho que ELE cumpriu com os objectivos que terceiros lhe traçaram... e não deve sentir-se diminuído por isso.
Foi muito bom. Mesmo muito bom.
Agora quero deixar aqui escrito que não foi esta a melhor noticia do dia em relação ao Ciclismo português.
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