Deixem-me confessar-vos uma coisa, sou doido por cães e, por mais curioso que possa parecer, ainda não me cruzei com um vira-lata que não tivesse correspondido ao meu chamamento. E, nem todos compreenderão isso porque cada um olha o Mundo tomando-se a si próprio como exemplo, não há olhar de compreensão, de reconhecimento, vazio de qualquer espécie de interesse (o que jamais poderemos dissociar dos humanos) como o de um cão vadio a quem mais não dou que um momento de atenção...
Por isso não entendo, nem gosto da expressão que usei no título.
A não ser lendo-o como deve ser lido: Mundo de ingratidão (e ingrato é coisa que um cão, por mais rafeiroso que seja, não consegue ser), Mundo mesquinho, Mundo que se divide entre falsos moralistas e asquerosos lambe-botas. Humanos por acidente que de tanto rastejarem só podiam ter sidor repteis ou, mais baixo ainda, vermes.
Mundo de intriguistas, de gente falsa, de gente com duas caras. Mundo de intelectualmente analfabetos. De convencidos. De fazedores das suas próprias verdade que depois querem impingir-nos como A verdade.
Seria muito melhor este Mundo se aquilo que foi dado ao cão, como característica principal, o tivesse sido dado ao Homem.
Velha, esboroada de tanto uso, recordo aqui a sábia expressão de que "quanto melhor conheço os homens, mais gosto dos animais".
(Um dia destes vão perceber esta Nota!...)
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