A BOLA e o Record deram-nos hoje - o "nos" é o universo dos leitores e adeptos do Ciclismo - dois importantes trabalhos jornalísticos.
É nossa - aqui o "nossa" é dos jornalistas - obrigação fornecer ao leitor instrumentos para discussão. Foi o que os dois jornais fizeram.
Antes de continuar, quero publicamente - enquanto leitor e amante do Ciclismo (e não só!...) - lamentar a miséria a que chegou o espaço dedicado às Modalidades no terceiro desportivo. Duas... três páginas... É pouco!
Mas passemos à frente!...
Oportuna e passiva de ser considerada importante, a entrevista com o Seleccionador Nacional, que A BOLA publica hoje.
É bom saber que, atempadamente, a Federação Portuguesa de Ciclismo se deu ao trabalho de enviar o Seleccionador a Pequim para ver, in loco, o percurso, e ficou claro que isso é de uma importância extrema. As características do traçado podem ser limitadoras, em relação a alguns dos atletas pré-convocados. O que se fez é exemplo de uma boa política.
Hoje o Seleccionador, que já conhece o traçado, pode, com maior propriedade, escolher os Corredores que a ele melhor se adaptem. Óptimo.
Não me escondo na casca (não sou caracol) quando encontro matéria para criticar o que se faz na Rua de Campolide, mas também não tenho o mínimo complexo em aplaudir a mãos ambas quando é caso disso.
É a grande, a única, a mais pura vantagem de, não só se ser - tal como diz o ditado popular em relação à mulher de César... -, mas também mostrar que se é honesto.
Sempre fiz questão de o ser. E orgulho-me muito de o meu nome ser reconhecido como tal. Que uma notícia sublinhada com a minha assinatura seja encarada sem desconfianças.
Se lá está a minha assinatura... é verdade.
Continuando...
Como diz o Seleccionador nacional, agora é importante que se chegue a uma plataforma de interesse comum, com as diversas equipas. Não é fácil, porque entre os Jogos Olímpicos e a Volta a Portugal o espaço é pouco, mas vamos lá acreditar que é possível conciliar os interesses de todos.
Em relação ao trabalho do Record, com o doutor Luís Horta, constitui documento muito importante para que possamos discutir, agora melhor informados, o problema que se depara ao "gato" - sendo este a(s) autoridade(s) empenhadas na luta contra o doping - na infindável luta contra o "rato".
Foi bom ler que o doutor Luís Horta se constitui como defensor do atleta e que não está, pessoalmente, de acordo com alguns artigos da Lei que se quer impôr a todo o custo. Foi bom.
No resto, não há discussão.
Por um lado, há que não dar tréguas aos - verdadeiramente - batoteiros; pelo outro, não tratar o Cidadão Corredor como cidadão de segunda, ou terceira, só porque é Corredor.
Parabéns a ambos os colegas que - calhou - num dia só nos proporcionaram dois documentos imprescindíveis para que continuemos a acreditar no Ciclismo.
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