segunda-feira, janeiro 28, 2008

1049.ª etapa

É BOM VÊ-LO CRESCER ASSIM, SUSTENTADO

Só hoje me chegou o n.º 13 do Jornal Ciclismo. Não é uma queixa, como o Zé Carlos sabe, semanalmente venho a informá-lo do atraso com o único intuito de que assim possam remediar o problema.
Quem sabe, aquela tua ideia, Zé Carlos, de enviar os jornais de uma Estação Central, no Porto?
Mas o que interessa é que o Jornal nos chega.

Estão certos em “fechá-lo” à 3.ª-feira, porque, logo que comecem as corridas ainda irão a tempo de dar os resultados e fazer os comentários às do fim-de-semana mais próximo. Impresso às 4.ª-feiras, se for possível encaminhá-lo logo na 5.ª e garantindo um tratamento “expresso” – tipo “correio-azul” – devia chegar a Lisboa às 6.ª-feiras. O que seria óptimo. Mas como o Zé Carlos me contou, estão a estudar tudo isto. Não é por nada, é que chegando o Jornal aos seus assinantes à 6.ª-feira… tínhamos o fim-de-semana para o ler e reler.

Em relação à história do José Bento Pessoa, devo dizer que, provavelmente por haver menos documentação, conseguiu-se em dois números (não me digam que ainda vai haver um terceiro!!!) o objectivo que, acho eu, devia comandar esta rubrica: despertar nos leitores do Jornal Ciclismo o interesse em, por eles próprios, procurarem saber mais.

Fui crítico em relação ao trabalho sobre o Joaquim Agostinho mas creio que me perceberam.
Primeiro… como falar do Joaquim Agostinho senão num livro onde, aí sim, se pode ser exaustivo e romanesco, ao mesmo tempo.
E só não gostei mesmo – e disso dei aqui nota – do primeiro, porque, provavelmente por falta de aviso – e por isso eu não levo a mal – parecia que se estava a escrever uma história original do Campeão de Brejenjas quando se estavam a coligir informações sustentadas em várias outras publicações e um jornal não pode deixar de dizer que foi beber esta ou aquela informação aqui ou ali, até porque há uma coisa que se chama… direitos de autor.
Rapidamente isso foi emendado. Ainda bem. E não está mais aqui quem criticou.
A segunda crítica – e esta (pelo menos visto daqui, como leitor) não a atribuí ao colega jornalista que assinava o texto, tendo mesmo tentado adivinhar que fora ele o mais prejudicado.
É que, confessemos, contar metade da história do Agostinho em seis páginas, e a segunda metade em… meia-página, foi feio.
Mas já passou.

Só voltei ao assunto para reforçar que o trabalho sobre o José Bento Pessoa está bem mais airoso, no sentido de equilibrado no seu todo.
Quem se interessou, pode agora, por conta própria, continuar a investigar a história desse que foi, de facto, o primeiro grande Campeão português na Velocipedia.

Devia, na minha modesta opinião, continuar o Jornal assim no tratamento das próximas figuras. Recordar aos mais velhos – ou estudiosos – e apresentar aos mais novos, as grandes figuras que marcaram o nosso Ciclismo.
Aliás, permitam-me uma sugestão. Não é preciso ser-se cronológico.

O próximo número do Jornal Ciclismo vai quase coincidir com a Volta ao Algarve. Avance-se com um nome algarvio… Que acham?

Não é obrigação do Jornal contar a história do Ciclismo – por exemplo, o jornalista que assumiu essa tarefa, ele sim, pode até aproveitar as consultas que tem de fazer para preparar um outro trabalho, esse sim, histórico e cronológico do nosso Ciclismo.
O Fernando Emílio é capaz.

(Eu sei que ele está zangado comigo, mas era só o que faltava eu fazer birrinha e não lhe reconhecer as qualidades que tem; como espero que ele, mesmo zangado comigo, não desdenhe as minhas qualidades…)

Quanto ao resto do Jornal, é claro que gostei.
Eu sei que ao Zé Carlos o irritam estas minhas crónicas.
E sei porquê. Sente-se escrutinado. Mas é só a minha opinião… e paro quando um de vocês os dois me disser para estar quieto e meter-me na minha vida.

Finalizo com a entrevista ao Delmino Pereira.
Antes disso volto 17 anos atrás… DEZASSETE!... Tinham vocês quantos anos? Dez? Por aí…

O presidente da FPC era o Henrique Castro mas, por impossibilidade deste, quando fui à Rua Barros Queiroz, ali entre a Praça da Figueira e o Martim Moniz, para fazer um trabalho para A Capital acabei por marcar a entrevista com Alves Barbosa que era o Director-técnico nacional.
“Sou o único profissional no Ciclismo português!”, disse-me ele. Nunca mais me esqueci.
E, a dado momento da entrevista, no acanhado cubículo que era o principal gabinete da então sede da UVP-FPC, disse-me ainda outra coisa que nunca mais esqueci: “O futuro do Ciclismo está no BTT.”

Podem procurar em qualquer hemeroteca a colecção de A Capital de 2001.

Dezassete anos depois ainda se busca a melhor maneira de enquadrar a variante no seio da FPC. Esperemos que seja desta.


Nota final: Compreendo o incómodo confessado pelo Zé Carlos Gomes. Já lho disse, a minha única intenção sempre foi a de tentar contribuir para a melhoria do vosso projecto, mas se fui, ou estou a ser incómodo… paro por aqui os meus comentários ao Jornal Ciclismo.

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