B... DE BRAVO! PARA A DUJA-TAVIRA
... E TAMBÉM PARA RICARDO MARTINS
O que aconteceu
Confesso que, a acertar em cheio, preferia que fosse no Euromilhões, mas assumo que, se não na generalidade, pelo menos na especialidade falharam as minhas previsões para o primeiro contra-relógio da temporada. Mas não falharam assim tanto.
Como só olhara para o primeiro quinto da classificação geral, deixei escapar o Martin Garrido. O Argentino, lembram-se?, foi 2.º no crono da Volta’2006. Em relação a Robert Hunter… deixei lá as reticências. E o sul-africano defendeu-se – foi segundo – mesmo muito bem no crono. E Lars Boom voltou a estar muito bem.
Por outro lado, para somar dez corredores de equipas portuguesas tive que descer até à 31.ª posição na etapa e preciso do 32.º para assinalar os primeiros… cinco portugueses.
No primeiro caso, aplauso para os algarvios da DUJA-Tavira que, naquele grupo, mete três: Garrido (1.º), Nélson Vitorino (30.º) e David Blanco (31.º), mais o 32.º, que foi Cláudio Apolo, o 5.º português. De equipas lusas, porque Hugo Sabido (Barloworld) foi, de facto, o 2.º melhor português do dia.
O melhor foi o jovem Ricardo Martins, o Biscaia – desculpa a familiaridade Ricardo! -, da Fercase-Rota dos Móveis, 9.º, na meta.
José Azevedo foi apenas o 3.º português (20.º, a 20 segundos de Martin Garrido). Os outros já os citei.
Palmas, portanto, para a DUJA-Tavira que, de entre as formações domésticas foi a mais consistente, com quatro corredores nos primeiros 32.
Exactamente!… Trinta e dois.
Se isto não chegar para sensibilizar as organizações para a necessidade de termos mais cronos nas nossas provas… que mais será preciso?
O que pode acontecer?
Com o segundo lugar no crono, Robert Hunter ganhou seis segundos em relação ao segundo classificado na geral individual. Era o benfiquista Javier Benitez (a sete), passou a ser Martin Garrido, outro sprinter. Complicaram-se as coisas para as equipas portuguesas.
Aliás, complicadas já elas eram… e a única maneira que havia de inverter o cenário teria sido a de alguém ter desalojado Hunter do primeiro lugar. Agora, e com uma vantagem mais ou menos confortável, a Barloworld dificilmente deixará escapar o triunfo final. Lembram-se do que aconteceu na segunda etapa? Pois amanhã, e antes ainda de permitir que alguma fuga pegue, a formação sul-africana não vai deixar de tentar levar Hunter a alargar a sua vantagem na(s) primeira(s) metas volantes do dia. Conseguido isso… bem, com tanta gente que ainda não ganhou nada não será difícil aparecer um grupeto em fuga, com corredores que não ameaçam a vitória anunciada e não esperem que a Barloworld faça mais do que deixar correr o marfim.
É aqui que residirá a grande dor de cabeça, principalmente para Vidal Fitas, o técnico da DUJA-Tavira. Optar por comandar a corrida nos primeiros quilómetros, e levar Garrido a tentar recortar o atraso que tem nas metas volantes não dá garantias nenhumas. Garrido não terá autorização para sair do grande grupo e, com este junto… Hunter será a sombra do argentino.
Deixar que uma fuga aconteça logo no início também não é solução. O que acontecer e ponha minimamente em risco a liderança de Hunter… é fatal para os algarvios. O que é que sobra?
E em caso de uma fuga que possa por em risco o actual alinhamento da geral? – hipótese mais do que remota, convenhamos – que fará a DUJA? Não pode ajudar a Barloworld, porque Hunter está à frente de Garrido…
E as outras equipas?
Bem, como as equipas dos dois primeiros classificados não poderão, nunca, ser aliadas porque as separam o mesmo objectivo… quem é que poderia beneficiar com isso?
A Rabobank.3 tem Lars Boom a pouco mais de 30 segundos… e depois?
Os corredores – ou a maioria dos corredores - que ocupam os primeiros 15/20 lugares não terão ordem para por pé em ramo verde e depois há ainda o facto das parelhas em termos de tempo, neste caso, de atraso em relação a Robert Hunter.
Qualquer hipotética aliança entre equipas portuguesas para tentar destronar o actual líder envolveria, quase sem possibilidade de escolha, cada um rebocar um potencial rival – porque de outra forma não haveria colaboração.
Eu gostava que assim acontecesse…
… mas, francamente, e dada a demonstração de força que a Barloworld já evidenciou, a mim parece-me que a vitória está entregue.
Volto a destacar, por o mereceram, as prestações da DUJA-Tavira, a melhor equipa portuguesa na etapa; e para o Ricardo Martins, ontem, o melhor português.
Confesso que, a acertar em cheio, preferia que fosse no Euromilhões, mas assumo que, se não na generalidade, pelo menos na especialidade falharam as minhas previsões para o primeiro contra-relógio da temporada. Mas não falharam assim tanto.
Como só olhara para o primeiro quinto da classificação geral, deixei escapar o Martin Garrido. O Argentino, lembram-se?, foi 2.º no crono da Volta’2006. Em relação a Robert Hunter… deixei lá as reticências. E o sul-africano defendeu-se – foi segundo – mesmo muito bem no crono. E Lars Boom voltou a estar muito bem.
Por outro lado, para somar dez corredores de equipas portuguesas tive que descer até à 31.ª posição na etapa e preciso do 32.º para assinalar os primeiros… cinco portugueses.
No primeiro caso, aplauso para os algarvios da DUJA-Tavira que, naquele grupo, mete três: Garrido (1.º), Nélson Vitorino (30.º) e David Blanco (31.º), mais o 32.º, que foi Cláudio Apolo, o 5.º português. De equipas lusas, porque Hugo Sabido (Barloworld) foi, de facto, o 2.º melhor português do dia.
O melhor foi o jovem Ricardo Martins, o Biscaia – desculpa a familiaridade Ricardo! -, da Fercase-Rota dos Móveis, 9.º, na meta.
José Azevedo foi apenas o 3.º português (20.º, a 20 segundos de Martin Garrido). Os outros já os citei.
Palmas, portanto, para a DUJA-Tavira que, de entre as formações domésticas foi a mais consistente, com quatro corredores nos primeiros 32.
Exactamente!… Trinta e dois.
Se isto não chegar para sensibilizar as organizações para a necessidade de termos mais cronos nas nossas provas… que mais será preciso?
O que pode acontecer?
Com o segundo lugar no crono, Robert Hunter ganhou seis segundos em relação ao segundo classificado na geral individual. Era o benfiquista Javier Benitez (a sete), passou a ser Martin Garrido, outro sprinter. Complicaram-se as coisas para as equipas portuguesas.
Aliás, complicadas já elas eram… e a única maneira que havia de inverter o cenário teria sido a de alguém ter desalojado Hunter do primeiro lugar. Agora, e com uma vantagem mais ou menos confortável, a Barloworld dificilmente deixará escapar o triunfo final. Lembram-se do que aconteceu na segunda etapa? Pois amanhã, e antes ainda de permitir que alguma fuga pegue, a formação sul-africana não vai deixar de tentar levar Hunter a alargar a sua vantagem na(s) primeira(s) metas volantes do dia. Conseguido isso… bem, com tanta gente que ainda não ganhou nada não será difícil aparecer um grupeto em fuga, com corredores que não ameaçam a vitória anunciada e não esperem que a Barloworld faça mais do que deixar correr o marfim.
É aqui que residirá a grande dor de cabeça, principalmente para Vidal Fitas, o técnico da DUJA-Tavira. Optar por comandar a corrida nos primeiros quilómetros, e levar Garrido a tentar recortar o atraso que tem nas metas volantes não dá garantias nenhumas. Garrido não terá autorização para sair do grande grupo e, com este junto… Hunter será a sombra do argentino.
Deixar que uma fuga aconteça logo no início também não é solução. O que acontecer e ponha minimamente em risco a liderança de Hunter… é fatal para os algarvios. O que é que sobra?
E em caso de uma fuga que possa por em risco o actual alinhamento da geral? – hipótese mais do que remota, convenhamos – que fará a DUJA? Não pode ajudar a Barloworld, porque Hunter está à frente de Garrido…
E as outras equipas?
Bem, como as equipas dos dois primeiros classificados não poderão, nunca, ser aliadas porque as separam o mesmo objectivo… quem é que poderia beneficiar com isso?
A Rabobank.3 tem Lars Boom a pouco mais de 30 segundos… e depois?
Os corredores – ou a maioria dos corredores - que ocupam os primeiros 15/20 lugares não terão ordem para por pé em ramo verde e depois há ainda o facto das parelhas em termos de tempo, neste caso, de atraso em relação a Robert Hunter.
Qualquer hipotética aliança entre equipas portuguesas para tentar destronar o actual líder envolveria, quase sem possibilidade de escolha, cada um rebocar um potencial rival – porque de outra forma não haveria colaboração.
Eu gostava que assim acontecesse…
… mas, francamente, e dada a demonstração de força que a Barloworld já evidenciou, a mim parece-me que a vitória está entregue.
Volto a destacar, por o mereceram, as prestações da DUJA-Tavira, a melhor equipa portuguesa na etapa; e para o Ricardo Martins, ontem, o melhor português.
Sem comentários:
Enviar um comentário