Em resposta ao artigo anterior
Em primeiro lugar, não quero esconder o quanto sensibilizado fiquei por, nas respostas ao artigo anterior ter merecido comentários de duas pessoas que muito estimo. Verdadeiras conhecedoras do Ciclismo em Portugal. O Manuel Amaro e o Paulo Couto. Sem menosprezar aqui o meu caríssimo Paulo Sousa, que admiro tanto quanto os demais.
Eu limitei-me a ir à página oficial da FPC e consultar a classificação da Taça de Portugal… SUB-23. Está lá perfeitamente explícito. E depois manifestei aqui a minha estranheza.
Aproveitei para tentar reforçar uma opinião que há alguns meses atrás deixei. É verdade. Mas o essencial resume-se a isto, e tomo como correcta a designação da competição que vem no próprio site da FPC: Taça de Portugal para… SUB-23.
E achei curioso, nada mais do que isso, que a Taça de Portugal para… SUB-23, seja liderada por um corredor da categoria Elite. E tentei explicar-me recorrendo a exemplos do futebol…
Lendo, tanto o que o Manuel Amaro, como o Paulo Couto escreveram… creio que não restam dúvidas. A contribuição do Paulo Couto é de importância extrema. Embora me suscite ainda algumas dúvidas.
Diz o Manuel Amaro que só pode ser um erro administrativo o facto de um corredor da categoria Elite liderar a Taça de Portugal de… SUB-23. Claro que só pode.
Chama o Paulo Couto a minha atenção para o facto de, desde há dois anos se vir a tentar “emendar” a designação das equipas, deixando estas de ser de sub-23 para passarem a ser… Equipas de Clube-sub-23 e elites.
De facto, a figura de equipas de clube está contemplada nos regulamentos da FPC. Para mim – e não me advogo dono da verdade absoluta, nunca tal o fiz – começa aqui a “embrulhada”.
É que há, tem que haver, a categoria de sub-23… e eu ando a clamar, há meses, pelo reconhecimento da categoria que falta no organograma do nosso ciclismo a de Elites. Que sejam inscritos pelo mesmo clube… ora, caramba!, isso não é nada de mais.
O Sport Lisboa e Benfica inscreveu este ano duas equipas… uma no escalão de sub-23… outra como Profissional Continental UCI.
O que depreendi – e já calculava que assim fosse – é que há equipas que ao inscreverem-se como de sub-23, juntando-lhe dois ou três elementos já abrangidos pela categoria Elite. Também não vejo que daqui venha grande mal ao Mundo.
Se houvesse competição claramente destinada a esta categoria de Elite.
Não há. Não há volta a dar-lhe… não há. E numa coisa chamada Taça de Portugal de… SUB-23 correm as equipas que se inscreveram nesse escalão, mas que contam, com corredores mais velhos. Elite, portanto. E que correm junto com os outros. E que ganham. Ganham, de tal forma que é um corredor Elite que comanda a Taça de Portugal… SUB-23.
Até aqui, creio que não poderão subsistir dúvidas.
O que eu denunciei foi que a Taça de Portugal de… SUB-23 é liderada por um corredor… Elite. Não pode ser rebatido, por mais argumentos que se apresentem.
É erro administrativo, como diz o Manuel Amaro? De certeza que sim.
Devíamos chamar… “amadores” a todos, como defende o Paulo Couto? Sim. E, em vez de deixarmos de ter a categoria de Elites… passávamos a não ter a de sub-23?
É que são duas categorias etárias diferentes. Não estão ao dispôr de qualquer boa vontade de quem quer que seja…
Mas eu sei o que se passa. Não me tomem por completamente parvo. Com oito sub-23 e dois Elites… inscrevem-se equipas como… sub-23. E ninguém vê isto, e quem vê prefere não ver e quem não sabe fala como habitualmente. Como se percebesse.
Mas também o amigo Paulo Sousa tentou ajudar com um depoimento. Estás certo em quase tudo, Paulo. Aliás, como conhecedor que és da realidade velocipédica nacional.
Escapou-te um ou outro pormenor. Nada de grave. Mas, já agora e porque foste tu a puxar o assunto… as Equipas ProTour NÃO podem ter corredores amadores. Todos os seus inscritos são profissionais. Tenham 30, 25, 23, 21 ou 18 anos. E, enquanto profissionais, não podem correr provas para amadores.
Aquilo de que tu falas… de neo-profissional, ér apenas uma questão de português (língua portuguesa). Se uma equipa, mesmo portuguesa, claro, inscreve um corredor como profissional quando ele ainda tem 19 anos, por exemplo – e isto não é um estatuto, é apenas uma forma de o designar, usado, principalmente, pela CS – diz-se dele que é neo-profissional. No ano seguinte terá apenas 20 anos mas já está a cumprir a segunda temporada como profissional, pelo que o prefixo “neo” cai. Naturalmente.
Para finalizar… nenhum dos meus caros interlocutores o disse, mas eu fiquei com a sensação de que não estou ERRADO DE TODO.
Falta, falta mesmo uma categoria intermédia, entre o final do ciclo de formação – que vai até aos sub-23 – e a entrada no profissionalismo, no pelotão português.
Ainda que por portas travessas, e num caso que nada tinha a ver com esta discussão particular, descobri que, afinal de contas, não estou sozinho nesta cruzada.
Obrigado a todos vocês que puderam gastar um pouco do vosso tempo para participar neste bocadinho de discussão. Sem vocês, o VeloLuso não faria sentido. Bem hajam.
Eu limitei-me a ir à página oficial da FPC e consultar a classificação da Taça de Portugal… SUB-23. Está lá perfeitamente explícito. E depois manifestei aqui a minha estranheza.
Aproveitei para tentar reforçar uma opinião que há alguns meses atrás deixei. É verdade. Mas o essencial resume-se a isto, e tomo como correcta a designação da competição que vem no próprio site da FPC: Taça de Portugal para… SUB-23.
E achei curioso, nada mais do que isso, que a Taça de Portugal para… SUB-23, seja liderada por um corredor da categoria Elite. E tentei explicar-me recorrendo a exemplos do futebol…
Lendo, tanto o que o Manuel Amaro, como o Paulo Couto escreveram… creio que não restam dúvidas. A contribuição do Paulo Couto é de importância extrema. Embora me suscite ainda algumas dúvidas.
Diz o Manuel Amaro que só pode ser um erro administrativo o facto de um corredor da categoria Elite liderar a Taça de Portugal de… SUB-23. Claro que só pode.
Chama o Paulo Couto a minha atenção para o facto de, desde há dois anos se vir a tentar “emendar” a designação das equipas, deixando estas de ser de sub-23 para passarem a ser… Equipas de Clube-sub-23 e elites.
De facto, a figura de equipas de clube está contemplada nos regulamentos da FPC. Para mim – e não me advogo dono da verdade absoluta, nunca tal o fiz – começa aqui a “embrulhada”.
É que há, tem que haver, a categoria de sub-23… e eu ando a clamar, há meses, pelo reconhecimento da categoria que falta no organograma do nosso ciclismo a de Elites. Que sejam inscritos pelo mesmo clube… ora, caramba!, isso não é nada de mais.
O Sport Lisboa e Benfica inscreveu este ano duas equipas… uma no escalão de sub-23… outra como Profissional Continental UCI.
O que depreendi – e já calculava que assim fosse – é que há equipas que ao inscreverem-se como de sub-23, juntando-lhe dois ou três elementos já abrangidos pela categoria Elite. Também não vejo que daqui venha grande mal ao Mundo.
Se houvesse competição claramente destinada a esta categoria de Elite.
Não há. Não há volta a dar-lhe… não há. E numa coisa chamada Taça de Portugal de… SUB-23 correm as equipas que se inscreveram nesse escalão, mas que contam, com corredores mais velhos. Elite, portanto. E que correm junto com os outros. E que ganham. Ganham, de tal forma que é um corredor Elite que comanda a Taça de Portugal… SUB-23.
Até aqui, creio que não poderão subsistir dúvidas.
O que eu denunciei foi que a Taça de Portugal de… SUB-23 é liderada por um corredor… Elite. Não pode ser rebatido, por mais argumentos que se apresentem.
É erro administrativo, como diz o Manuel Amaro? De certeza que sim.
Devíamos chamar… “amadores” a todos, como defende o Paulo Couto? Sim. E, em vez de deixarmos de ter a categoria de Elites… passávamos a não ter a de sub-23?
É que são duas categorias etárias diferentes. Não estão ao dispôr de qualquer boa vontade de quem quer que seja…
Mas eu sei o que se passa. Não me tomem por completamente parvo. Com oito sub-23 e dois Elites… inscrevem-se equipas como… sub-23. E ninguém vê isto, e quem vê prefere não ver e quem não sabe fala como habitualmente. Como se percebesse.
Mas também o amigo Paulo Sousa tentou ajudar com um depoimento. Estás certo em quase tudo, Paulo. Aliás, como conhecedor que és da realidade velocipédica nacional.
Escapou-te um ou outro pormenor. Nada de grave. Mas, já agora e porque foste tu a puxar o assunto… as Equipas ProTour NÃO podem ter corredores amadores. Todos os seus inscritos são profissionais. Tenham 30, 25, 23, 21 ou 18 anos. E, enquanto profissionais, não podem correr provas para amadores.
Aquilo de que tu falas… de neo-profissional, ér apenas uma questão de português (língua portuguesa). Se uma equipa, mesmo portuguesa, claro, inscreve um corredor como profissional quando ele ainda tem 19 anos, por exemplo – e isto não é um estatuto, é apenas uma forma de o designar, usado, principalmente, pela CS – diz-se dele que é neo-profissional. No ano seguinte terá apenas 20 anos mas já está a cumprir a segunda temporada como profissional, pelo que o prefixo “neo” cai. Naturalmente.
Para finalizar… nenhum dos meus caros interlocutores o disse, mas eu fiquei com a sensação de que não estou ERRADO DE TODO.
Falta, falta mesmo uma categoria intermédia, entre o final do ciclo de formação – que vai até aos sub-23 – e a entrada no profissionalismo, no pelotão português.
Ainda que por portas travessas, e num caso que nada tinha a ver com esta discussão particular, descobri que, afinal de contas, não estou sozinho nesta cruzada.
Obrigado a todos vocês que puderam gastar um pouco do vosso tempo para participar neste bocadinho de discussão. Sem vocês, o VeloLuso não faria sentido. Bem hajam.
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