BOM-MENOS, PARA OS PORTUGUESES
(Apesar de tudo)
E pronto, para terminar, a terceira peça do tríptico em que dividi esta retrospectiva sobre a Volta ao Algarve, é só dedicada aos portugueses. Foi a primeira corrida da temporada, por isso, tentarei ser magnânimo. Pelo menos não quero polémicas. Mas…
Mas… digam-me francamente – e eu sei que muitos dos directores-desportivos não deixam de ler o VeloLuso – qual teria sido a melhor altura para surpreender as grandes equipas que cá vieram? Eu respondo já: antes de eles tomarem conhecimento das características da corrida.
Mas… digam-me francamente – e eu sei que muitos dos directores-desportivos não deixam de ler o VeloLuso – qual teria sido a melhor altura para surpreender as grandes equipas que cá vieram? Eu respondo já: antes de eles tomarem conhecimento das características da corrida.
É que não havia nada a perder. Como se viu. E repito-me, muito conscienciosamente – o que não tem nada a ver com patriotismos ou proteccionismos – a CS, na generalidade, não “cobrou” nada às equipas portuguesas. Sabia-se com o que se contava.
A única hipótese de surpreender os tais “tubarões” era… logo na primeira etapa. Antes de eles tomarem as rédeas da corrida. Ou visionário… ou louco? Porque percebo eu isto e, aparentemente… mais ninguém o consegue fazer?
Mas a história da corrida dá-me razão. O melhor português na geral final – Tiago Machado (Riberalves-Boavista) – conseguiu essa posição… na primeira etapa.
É que a única vantagem das equipas portuguesas é mesmo a de correrem em casa. Têm, obrigatoriamente – pelo menos para poderem sair da corrida de consciência tranquila – jogar essa carta logo no primeiro lance. É “bluff”? Se calhar é… mas isso só se descobre quando todas as cartas baterem na mesa.
Prescindir do factor surpresa é prescindir de todo e qualquer protagonismo. Caramba… eu estive no Algarve com um jovem de 16 anos (olá Rui Quintas, foi bom ter-te conhecido) que já tinha feito o lançamento da corrida o qual não foge muito ao que eu venho a estender ao longo destes três artigos. Os nossos directores-desportivos não se preocupam com esses pormenores de tentarem descobrir onde podem ganhar vantagem?
Se calhar não. Estão a guardar os poucos “cartuchos” que têm… (vá lá… não tentem ser mais cínicos do que eu…), ok, acertaram: para a Volta a Portugal.
Às vezes apetecia-me escrever que o Calendário Nacional não precisava de mais nenhuma corrida. Faziam-se treinos de Dezembro a Julho… e corria-se a Volta.
Mas pronto, premeditado ou não, a verdade é que a Riberalves-Boavista meteu o Tiago Machado numa fuga, logo no primeiro dia, e depois, sem dificuldades de maior, garantiu o sexto lugar na geral final. Mais o Prémio da Juventude.
Quanto às outras equipas lusas… fizeram o que puderam e, repito-me, ninguém esperava que fizessem mais. Não saíram do Algarve minimamente beliscadas. Perderam foi uma oportunidade para ganharem espaço e títulos nos jornais. Mas a nossa temporada ainda nem começou e todas as expectativas se mantêm em aberto. Até por isso é bom que a Volta ao Algarve continue a trazer até nós pelotões do calibre deste. As equipas portuguesas correrão sem quaisquer tipo de pressão e poderão sempre tentar o tal… golpe de asa.
Este golpe de asa não tem nada a ver com… as águias. Mas foi a corrida que re-estreou o Benfica na estrada. E não é o facto de os encarnados estarem inscritos numa categoria superior que, na primeira corrida do ano, e perante o mesmíssimo pelotão que as outras – que terão que fazer o seu melhor para baterem os benfiquistas – teria que ter uma postura diferente.
Não tenho nada de negativo a apontar à prestação das equipas portuguesas. Salvo aquilo que já disse. Aquela “coligação” que aconteceu na última etapa – que juntou Benfica, Maia, Liberty e Boavista – na “caça” aos fugitivos (todos estrangeiros) poderia ter acontecido antes. Mas acho que ainda estamos um bocado longe desse ponto. O de as equipas portuguesas se juntarem para, logo no primeiro dia, marcarem o seu terreno. Pelo menos obrigariam as estrangeiras a redobrado trabalho nos dias seguintes… Mas um dia haveremos de lá chegar.
Veredicto final, em relação às equipas portuguesas: “armando-me” em professor Marcelo, eu daria uma nota… 13.
É Bom-menos.
A única hipótese de surpreender os tais “tubarões” era… logo na primeira etapa. Antes de eles tomarem as rédeas da corrida. Ou visionário… ou louco? Porque percebo eu isto e, aparentemente… mais ninguém o consegue fazer?
Mas a história da corrida dá-me razão. O melhor português na geral final – Tiago Machado (Riberalves-Boavista) – conseguiu essa posição… na primeira etapa.
É que a única vantagem das equipas portuguesas é mesmo a de correrem em casa. Têm, obrigatoriamente – pelo menos para poderem sair da corrida de consciência tranquila – jogar essa carta logo no primeiro lance. É “bluff”? Se calhar é… mas isso só se descobre quando todas as cartas baterem na mesa.
Prescindir do factor surpresa é prescindir de todo e qualquer protagonismo. Caramba… eu estive no Algarve com um jovem de 16 anos (olá Rui Quintas, foi bom ter-te conhecido) que já tinha feito o lançamento da corrida o qual não foge muito ao que eu venho a estender ao longo destes três artigos. Os nossos directores-desportivos não se preocupam com esses pormenores de tentarem descobrir onde podem ganhar vantagem?
Se calhar não. Estão a guardar os poucos “cartuchos” que têm… (vá lá… não tentem ser mais cínicos do que eu…), ok, acertaram: para a Volta a Portugal.
Às vezes apetecia-me escrever que o Calendário Nacional não precisava de mais nenhuma corrida. Faziam-se treinos de Dezembro a Julho… e corria-se a Volta.
Mas pronto, premeditado ou não, a verdade é que a Riberalves-Boavista meteu o Tiago Machado numa fuga, logo no primeiro dia, e depois, sem dificuldades de maior, garantiu o sexto lugar na geral final. Mais o Prémio da Juventude.
Quanto às outras equipas lusas… fizeram o que puderam e, repito-me, ninguém esperava que fizessem mais. Não saíram do Algarve minimamente beliscadas. Perderam foi uma oportunidade para ganharem espaço e títulos nos jornais. Mas a nossa temporada ainda nem começou e todas as expectativas se mantêm em aberto. Até por isso é bom que a Volta ao Algarve continue a trazer até nós pelotões do calibre deste. As equipas portuguesas correrão sem quaisquer tipo de pressão e poderão sempre tentar o tal… golpe de asa.
Este golpe de asa não tem nada a ver com… as águias. Mas foi a corrida que re-estreou o Benfica na estrada. E não é o facto de os encarnados estarem inscritos numa categoria superior que, na primeira corrida do ano, e perante o mesmíssimo pelotão que as outras – que terão que fazer o seu melhor para baterem os benfiquistas – teria que ter uma postura diferente.
Não tenho nada de negativo a apontar à prestação das equipas portuguesas. Salvo aquilo que já disse. Aquela “coligação” que aconteceu na última etapa – que juntou Benfica, Maia, Liberty e Boavista – na “caça” aos fugitivos (todos estrangeiros) poderia ter acontecido antes. Mas acho que ainda estamos um bocado longe desse ponto. O de as equipas portuguesas se juntarem para, logo no primeiro dia, marcarem o seu terreno. Pelo menos obrigariam as estrangeiras a redobrado trabalho nos dias seguintes… Mas um dia haveremos de lá chegar.
Veredicto final, em relação às equipas portuguesas: “armando-me” em professor Marcelo, eu daria uma nota… 13.
É Bom-menos.
Mas é bom.
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