E SE NOS PREOCUPÁSSEMOS,
ANTES DE MAIS,
EM PROCURAR A VERDADE (PARTE 4)
Quando os meus textos são lidos como... “cruzadas”, ou, na mais recente versão, pondo-me a ver “conspirações judaico-maçónicas” onde – depreendo – toda a gente vê claro, isso significa duas coisas das quais não me envergonho nem um pouco.
De nenhuma delas.
A primeira: que dificilmente encarreirarei, qual borrego, por qualquer caminho que insistam apontar-me como o certinho.
Não, porque não abdico de fazer uso dos meus próprios miolos.
Se sou capaz de pensar, porque hei-de aceitar, à primeira, aquilo que aparentemente há quem queira que todos pensem?
A segunda: se “cruzada” significa insistência e persistência; se significa assumir que posso, por mim, chegar a conclusões passando por cima daquilo que se tenta fazer passar como não passível de discussão, e se insisto no desalinhamento que, reconheço, é “politicamente incorrecto”, isso quer dizer que, pelo menos, sou coerente.
E não creio que isso seja defeito. Tenho muitos, mas esse não.
Faço sempre por não ser tentado a fugir à linha que adoptei por, em consciência, achar que é a correcta.
E depois há aquela minha mania de pretender que toda a gente seja respeitada da mesma maneira.
Toda a gente.
Pelo menos até provado nos lugares que servem exactamente para isso, que há quem carregue culpas, seja em que campo fôr, seja qual fôr a gravidade da sua falta.
Mesmo aí, não aceito descriminações, ostracismos e, muito menos, o sempre fácil recurso à lei do senhor Lynch. Que é, mais ou menos, o que a maioria dos paladinos da “verdade desportiva” – sabem lá o que é isso!... – se apressam a clamar mal “cheiram” qualquer coisa parecida a escândalo.
(E, curiosamente, sendo quase sempre tão irredutíveis na defesa dos seus argumentos, quanto eu dos meus, nem se dão conta que, a ser defeito, o é de ambos os lados.)
Mais, defendo e defenderei que, sujeito a castigo, cumprido este, ninguém tem o direito de manter – ou pretender manter – as mesmas descriminações, o mesmo ostracismo para com quem, à luz das regras que definem uma Sociedade de Direito, tendo errado, cumpriu uma pena pelo seu erro.
A partir desse momento tem todo o direito de ver ser-lhe reconhecida a sua condição de Cidadão com plenos direitos.
Desportista ou não.
Principalmente os desportista até porque, em 99,9% o “crime” que cometeu foi... contra ele próprio.
2 comentários:
Eu gostava que voce tivesse um pingo de respeito pela memoria de Bruno Neves, e que dai conseguisse retirar as ilacoes devidas que lhe permitissem rever a sua patologica e insustentavel visao sobre o doping no ciclismo. Ainda nao percebeu? Ainda nao viu o que aconteceu? Acorde.
Como não é suficientemente Homem para se identificar, não acredito que tenha os ditos cujos para se explicar... mas fico á espera.
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