[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
terça-feira, janeiro 02, 2007
382.ª etapa
ENCONTRAR UMA NOVA COMPETIÇÃO
Creio que o chamado Ovo de Colombo, aquilo que sustentaria a categoria de Elites, passará sempre por um conjunto de provas cujos resultados viessem a ser reunidos num outro quadro, abrangente e que lhe desse uma dimensão nacional.
Vejam o que se faz em França, com a Taça de França.
Há uma série de provas, interligadas, provas essas cujos resultados são conjugados numa classificação nacional.
Não é difícil.
Reparem… esta categoria ficaria sob a responsabilidade directa da Federação Portuguesa de Ciclismo. Esta recebe dinheiros do Estado, dinheiros que poderiam ser aqui usados uma vez que isto se enquadra no que podemos chamar… esforço para o desenvolvimento da modalidade. E não seria mais do que isso.
A federação tem de distribuir esses dinheiros pelas associações e bem que pode obrigar estas a organizar corridas para este escalão. O de elites.
Não percam o fio à meada. Estamos a falar de uma categoria que é fundamental para o desenvolvimento real do Ciclismo em Portugal.
Além disso, e ponham os olhos no que acontece com os sub-23, se foi possível ligar a RTP a um projecto que já deu provas, o troféu RTP, não é impossível encontrar meia dúzia de empresas, ou, quem sabe, uma só… que suporte a maior fatia das despesas. Um Jornal, por exemplo. E isso garantiria a cobertura mediática. Os outros jornais iriam ignorar a competição? Há outra solução: encontrar um jornal não desportivo, por exemplo. O que os deixaria em pé de igualdade – que é como quem diz, não iam fazer promoção de um rival… Meus deus – digo eu que sou agnóstico… há 1001 possibilidades…
Não me atrevo a sugerir que se entregue esta nova organização à João Lagos Sports, mas quem diz que ela não estaria interessada?
A ideia – copiando o que acontece em França, por exemplo – era criar uma Taça de Portugal, um Campeonato de Portugal… um Grande Prémio de Portugal… Qualquer coisa que, atribuindo pontos que corresponderiam a cada um dos lugares nas classificações – nas etapas e finais – mantivesse viva até final, o interesse na competição. Porque equipas que se equivalem… deixam no ar, em aberto, classificações renhidas.
Caramba!… Um Grande Prémio de Portugal, por pontos – sim, como a antiga Taça do Mundo, como o actual ranking do ProTour… – ia dar um Campeão.
Não seria nunca um Campeão de segunda. Aqui têm de confiar em que tem a obrigação de definir as notícias nos jornais, nas rádios…
Eu falo de uma competição NACIONAL. Com equipas que tenham raízes regionais, equipas que serão – terão, inevitavelmente terão que ser… – algumas das que presentemente fazem parte do pelotão profissional….
Deixem-me exemplificar…
Não é difícil de antecipar que aconteceria um grande equilíbrio. Que mais não fosse, a CS anunciaria que o novo líder do Campeonato de Portugal era o corredor xis, da equipa y… provavelmente, nem uma, nem o outro, conseguirá uma notícia ao longo de toda a futura temporada…
E, a partir da segunda metade da competição… com o aproximar do final, TODAS as notícias teriam razão de o ser. Ou o líder consolidava a sua posição… ou era substituído por outro líder…
Ser notícia… aparecer nos jornais. Atrair os mesmos jornais, lutar e conquistar um canto de página, uma foto…. É melhor do que o balanço que metade das equipas portuguesas conseguiram o ano passado. E foi o melhor dos anos. Dos últimos anos.
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