terça-feira, janeiro 02, 2007

386.ª etapa



UMA SELECÇÃO NATURAL, SEM "CORTAR AS PERNAS" A NINGUÉM

Como podem reparar, no quadro há uma divisão clara entre o Ciclismo Amador e o Profissional.

A este, que reduziríamos a três – quatro, no máximo – equipas pediríamos que nos representasse no Calendário Internacional. Assim a um nível como esteve a Maia, até 2003, ou vai estar o Benfica este ano.
Como estão as equipas Profissionais Continentais em relação a todos os países.
Em Portugal, teriam as corridas internacionais para disputar e, de alguma forma, a responsabilidade de, como melhor conhecedoras do terreno e das características das nossas corridas, lutar para ganhar.
Mas estas equipas iriam sempre fazer larga fatia da temporada a correr além fronteiras.
Seria delas a responsabilidade de nos “fornecerem” ídolos. Imaginem um português – ou corredor de uma equipa portuguesa – a ganhar a Volta às Astúrias; a Volta ao País Basco… ou qualquer outra corrida, em França, na Suíça, no Luxemburgo.

E, claro, apresentar-se-iam como candidatas naturais a vencer a Volta a Portugal. Pela experiência adquirida, pela qualidade dos seus corredores…

É evidente que todo este meu “estudo” só funcionaria no caso de vir a verificar-se a reestrutura do Ciclismo Mundial. Neste momento… não sei como poderia vir a incluir ALGUMAS das equipas Elite, na Volta a Portugal! Por exemplo. Mas creio que isso seria fundamental. Não todas. Algumas. Algo no género de, na tal Taça (ou outro nome que se lhe desse) de Portugal, chegados a finais de Maio divulgar as duas, ou três, ou quatro que, pela sua posição no ranking nacional dessa competição, haviam ganho a possibilidade de, mesmo amadoras, virem a estar na Volta.
E era este o grande incentivo que lhes ofereceríamos.

Sem condições para serem profissionais, na verdadeira definição da palavra, ainda assim, às melhores amadoras oferecia-se-lhes o direito de estar na Grande Prova Nacional. Era para conseguirem este direito que teriam que lutar na primeira metade da época. Melhor, para evitar eventuais desmotivações no último terço da temporada – porque temos de arranjar maneira de ter Ciclismo até Outubro, pelo menos – eu faria outra coisa. A equipa vencedora dessa Taça de Portugal – a correr de Fevereiro a Outubro, por exemplo – ganharia o direito a, no ano seguinte, disputar a Volta.
Assim obrigava a que se mantivesse viva a competição do princípio ao fim. Contudo, em meados de Maio, e conforme estivesse a classificação dessa competição, na altura, elegia mais duas ou três equipas para correrem a Volta. Sendo que um lugar já estava destinado para a vencedora da competição no ano anterior.

Reparem… com encargos muito menores, as equipas Elite não perdiam a hipótese de correr a Volta. Só iam eram as melhores em cada ano, o que obrigaria a uma grande luta pelos lugares cimeiros nessa tal competição puramente nacional. E, sem restrições de idades, as equipas Elite tinham como mercado, os melhores jovens vindos dos sub-23, mas também aqueles atletas mais maduros que, tendo corrido nas equipas profissionais, por renovação destas, não se viam na obrigatoriedade de encostar a bicicleta aos 32 ou 33 anos, altura em que ainda têm muito a dar ao ciclismo. Pronto, há uma idade para tudo e, na eventualidade de dispensados por uma das equipas profissionais… provavelmente iriam ganhar menos, mas teriam uma oportunidade para adiarem o final de carreira.
Aproveitavam-se os melhores a montante, mas havia sempre a oportunidade de aproveitar a experiência de alguns menos jovens, a juzante do organigrama.

Percebem que com este sistema não só se abriam novas e, sobretudo, maiores oportunidades para os mais jovens, mas também um aproveitamento qualititativo daqueles que, pela exigência da competição ao mais alto nível, deixavam de ter lugar nas equipas que ocupariam o patamar imediatamente superior?

Entretanto também já viram no quadro que eu prevejo uma equipa de topo.
Mas esse caso seria algo de completamente revolucionário. Eu já falei disso há cerca de um ano. Por acaso, o doutor Artur Lopes até me ligou a dizer que a ideia era interessante… Por obrigações pessoais, hoje vou ficar por aqui, mas amanhã regresso para falar desse tal… PROJECTO NACIONAL, que seria o de termos uma equipa no topo. Venha ele a ser, de novo, a I Divisão UCI, ou que seja o ProTour, se este resistir. Mas que temos que ter uma equipa portuguesa a parecer nas televisões de todos os países, na maior parte da temporada, isso é fundamental.

E a solução que eu apresento poderia mexer com toda a estrutura do Ciclismo nacional.
Teria que mexer. É esse o objectivo.

1 comentário:

mzmadeira disse...

Obrigado, Viking...

Infelizmente, e porque hoje tive outros afazeres, mais uma vez ficou suspenso o final deste (reconheço que sim, longo "post"...
Ainda falta o mais original...
O que pode causar maiores polémicas - que são bem vindas, desde que respeitem a urbanidade pela qual venho a reger este Blog.
Honestamente, hoje já não vai apareer nada. Estou cansado...
Amanhã à tarde tentarei concluir este... "estudo".

Entretanto, obrigado pelas palavras amigas que tenho recebido. Quer aqui, em respostas directas, que por email...
Obrigado a todos.

A todos os que conseguem ver neste meu trabalho... apenas aquilo que ele é. Um exercício académico... sem pretensões...
Não serei e, certamente, a mudar alguma coisa no Ciclismo nacional.

Mas não me acusem de não ter tentado contribuir.

É tudo o que peço...

Até já.