quarta-feira, janeiro 17, 2007

401.ª etapa


NÃO HÁ AGORA, MAS PODE HAVER!

Razões várias mantiveram-me afastado deste espaço por um tempo claramente superior ao que vinha a ser habitual. A todos os que neste parêntesis visitaram o VeloLuso à procura de algo de novo e nada encontraram, peço as minhas desculpas.

Até porque ficou pendurada a promessa que fizera. Que iria contra-argumentar em alguns pontos, os comentários deixados em resposta (quase que diria, em complemento) da “tese” que tinha ficado à discussão…

Em relação ao tema ProTour, de início não havia nada a contrapôr, o que deixa de acontecer quando você diz que “não há, nem haverá tão cedo, possibilidades” de meter uma equipa portuguesa no Pro-Tour.
Não há, agora, este ano e provavelmente para o próximo porque, de facto, aquilo é uma liga fechada, mas a continuar dentro dos moldes que adoptou e parece querer manter, este ProTour não levará muito tempo a desmoronar-se.

Não me oponho, nunca me opus, à existência de uma Divisão de Elite, ao nível da arrumação das equipas, mas não pode ser um liga fechada e já está provado o quanto pernicioso isso foi (está a ser para o restante ciclismo). Por isso, ou a ideia ProTour cai de podre, ou se reajusta, sendo que não acreditarei em nenhum reajustamento que não contemple a abertura dessa Divisão de Elite, o que significaria passar a haver subidas e descidas de divisão.

Estou perfeitamente consciente que, mesmo para alguns dos projectos – destes, dos que actualmente fazem parte do quadro ProTour – teria sido muito melhor não tivessem sido obrigados a dar um passo mais longo que as próprias pernas. É que, para além das taxas cobradas pela UCI, a obrigatoriedade de fazer crescer os plantéis até quase às 30 unidades – obrigatoriedade provinda do facto de as equipas serem obrigadas a cumprir um calendário demasiado longo e preenchido –, mais uma dúzia de assistentes, mais médicos, mais material circulante, necessariamente em duplicado, pelo menos, eleva as obrigações, em termos financeiros, até números quase proibitivos.

Mas, e é isto o mais importante, mantendo-se ou não o nome ProTour, redimensione-se este escalão de topo no seu número de equipas – 20 é exagerado – acabe-se com a tal obrigatoriedade de todas as equipas acorrerem a todas as corridas, deixando que cada uma estabeleça o calendário que se lhes adapte melhor (podendo, ao mesmo tempo, ter plantéis um pouco mais reduzidos)… e o que é que impedirá uma equipa portuguesa, das existentes ou vir a ser criadas de, mesmo começando obrigatoriamente no segundo escalão – e eu não me chocaria se ficasse determinado que para se chegar ao escalão de topo fosse necessário conquistar, desportivamente, um lugar lá –, ao fim de dois, três anos chegar ao topo?

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